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⁶⁸|Minha pequena vênus

     Paro no corredor, piscando algumas vezes enquanto releio sua mensagem.

    Venha para casa, Khalil.

      Casa? O que ela quis dizer com isso? Ela está… ela está na minha casa? No seu antigo apartamento?

     Eu deveria perguntar, exigir mais detalhes, mas se ela estiver mesmo lá… se estiver aqui, eu não quero perder tempo trocando mensagens. Eu quero vê-la. Agora. Foda-se que eu tenho uma reunião em três minutos. Eles podem esperar. Eu esperei um ano para ter Kathryn de volta. Apenas algumas horas a mais não deveriam importar, mas agora que eu sei que ela está há alguns minutos de distância em vez de horas…

     Praticamente corro até os elevadores. Eu aperto os botões de ambos, com pressa, mas depois de alguns segundos e nada acontecer, eu praguejo baixinho e corro para as escadas. Qualquer outro dia eu reconsideraria porque são vinte e dois andares, o que equivale a sessenta e seis lances de escada, mas é como se eu tivesse tomado três carreiras de coca e nada disso importasse.

      Então desço os lances de escada com pressa, meu coração batendo forte no peito. Mal consigo conter a ansiedade enquanto penso em encontrar Kathryn novamente. Cada degrau parece uma eternidade enquanto fico cada vez mais perto de encontrá-la. O pensamento de revê-la me impulsiona a descer ainda mais rápido, meus passos se tornando mais determinados a cada segundo. A mensagem dela ecoa na minha mente, aumentando minha pressa e o desejo de chegar até ela o mais rápido possível.

     Quando chego na garagem, três minutos depois, estou quase sem ar, meus pulmões implorando descanso. Eu não paro. Não conseguiria nem se quisesse.

     Avisto Bessie e disparo até ela.

     Quinze segundos depois, estou deixando a garagem da Blackburn Empire para trás.

☠️

     O trajeto que eu geralmente faria em trinta minutos, fiz em treze. Ultrapassei todos os sinais e peguei todos os atalhos possíveis. Consegui usar esse tempo – que ainda foi muito na minha opinião – para respirar e por meus pensamentos em ordem. A última parte não funcionou bem.

     Mas quando chego no apartamento, paro por um segundo. Eu realmente paro e fecho meus olhos. Consigo ouvir minha respiração saindo em rajadas, meu coração acelerado batendo tão forte que ecoa em todas as partes do meu corpo. Também sinto o suor na minha pele pelo esforço que fiz para chegar rápido e a ardência em minhas mãos pela forma como segurei os guidões de Bessie como se minha vida dependesse disso.

     Mas além disso tudo, além da ansiedade, eu encontro uma calma que não achei que tinha. Um pouco de razão, por menor que seja. Eu não queria estar me preparando para o pior, mas eu preciso. Não sei o que Kathryn quer, de fato, se é apenas a mim ou… Eu não sei, e preciso estar preparado para isso.

     Então, depois de respirar fundo e ter um dilema interno comigo mesmo, abro a porta.

     Algumas informações são atiradas em mim ao mesmo tempo e eu pisco algumas vezes para assimilar tudo. Há malas na sala. Quatro delas e uma daquelas transportadoras de animais. Meus olhos se voltam para os Louboutins, como se ela tivesse chegado cansada de viagem e tirado os saltos para descansar os pés. Não achei que eu poderia sentir falta desse simples ato de normalidade.

     Meu coração ainda está batendo como um tambor em meu peito quando finalmente ergo o rosto. Lá, perto das janelas, está ela.

     Aqui, a palavra se repete. Ela está aqui.

     Kathryn está de costas e eu tomo esse pequeno tempo para observá-la. Para entender que é real. Ela está usando vermelho. Claro que estaria, porque golpear meu coração apenas com a sua presença não basta. Eu gosto disso, desse vestido de veraneio que ela escolheu. É semelhante a um que ela usou em Barcelona. Seu cabelo está solto em suas costas, formando uma cascata, lembrando-me das vezes que enrosquei meus dedos neles enquanto a tomava. A lembrança é um pouco inapropriada para o momento, mas não sou santo nem hipócrita, não posso negar que também senti falta do corpo dela, de estar dentro dela.

    Fecho a porta, fazendo um leve barulho. Kathryn olha por cima do ombro e um enorme sorriso toma conta do seu rosto. Sinto meus joelhos fraquejarem, mas me obrigo a me manter firme mesmo quando uma flecha parece acertar meu coração nesse momento.

— Você chegou rápido — são suas primeiras palavras para mim ao se virar totalmente. Morgan está em seu colo, recebendo carinho. — Eu ainda tinha a chave do apartamento. — Suas bochechas ganham cor. — Desculpe por invadir desse jeito.

     Não consigo falar nada. Há uma bola do tamanho do Texas na minha garganta. Kathryn está aqui. Kathryn está aqui e está sorrindo para mim. São as palavras que ficam rodando na minha cabeça. Os últimos meses foram ainda piores do que os anteriores. Achei que as mensagens ajudariam a suprir a falta que ela me fazia, mas fez ficar ainda maior. Eu podia ouvir sua voz em cada mensagem, imaginar suas expressões faciais e o que ela estava fazendo, mas não podia vê-la ou tocá-la e isso estava me matando. Não sei como consegui aguentar. Passei todos os dias dos últimos dois meses esperando ansiosamente por cada mensagem sua, mesmo as monossilábicas. Me mantiveram aguentando, esperando por esse momento.

     E agora que ela está aqui, eu simplesmente não tenho mais palavras.

     Kathryn franze as sobrancelhas, deixando Morgan pular do seu colo. A gata corre para algum lugar do apartamento enquanto Kathryn dá passos hesitantes até mim.

— Khalil? — pergunta. Deus, a forma única como ela fala meu nome…

     Quando Kathryn já está perto o suficiente para eu alcançá-la, caio de joelhos. Seja porque gastei todas as minhas forças no trajeto até aqui ou porque vê-la realmente foi demais. Meus braços já estão ao redor da sua cintura antes que ela reaja.

— Senti tanto a sua falta — sussurro, meu rosto pressionado contra seu estômago. — Achei que eu iria morrer.

— Khalil… — Kathryn murmura, passando os dedos pelo meu cabelo.

— Senti falta disso também. — Inspiro seu cheiro. Ela está usando um perfume diferente, mas, lá no fundo, consigo sentir aquele cheiro único e viciante que só ela tem.

     Kathryn se remexe e eu afrouxo um pouco meu aperto. Ela aproveita essa oportunidade para se abaixar também, mas em vez de se ajoelhar como eu, ela monta em meu colo. A familiaridade com que ela fez isso me tira um suspiro enquanto passo as mãos pelas suas costas, pelas suas coxas… Um ano. Um ano que eu não a tive tão perto assim.

— Você está pálido — Kathryn observa, segurando meu rosto. Fecho os olhos, minha existência se resumindo apenas a esse toque.

— Desculpe — peço, minha voz rouca. — Queria estar mais apresentável, mas minha ansiedade falou mais alto.

     Ela dá uma risadinha. Abro os olhos de novo, encarando agora o sorriso tranquilo em seus lábios. Me sinto abobalhado enquanto olho para ela, mas não há outra forma de olhar. Ela está aqui. 

— Como você chegou tão rápido? — questiona, distraidamente tocando meu rosto, como se também sentisse dificuldade de acreditar que sou real.

— Bessie — murmuro a palavra, segurando suas coxas. Ela está muito perto e faz muito tempo.

— Você nunca me disse por que o nome da sua moto é Bessie ou por que ela tem um nome para início de con…

     Eu a beijo. Porra, eu não consigo me controlar. Sinto que deveria. Temos tantas coisas para conversar, para saber um do outro, mas eu preciso sentir. Sentir que ela é real. E pela forma como Kathryn suspira, gemendo em seguida, eu sei que ela entende.

     Suas mãos se enroscam em meu cabelo, puxando os fios enquanto eu puxo seu corpo mais contra mim, fazendo com que sinta a evidência do que está fazendo comigo. Kathryn ronrona quando aperto sua bunda, começando a se esfregar contra a minha ereção. Porra. Faz meses. Doze meses e quatorze dias. E eu já me sinto como um cachorro no cio. Sei que Kathryn está reagindo da mesma forma, mas talvez não seja isso que ela tenha planejado. Pior, ela pode achar que eu só a quero para foder, e isso não é verdade. Eu passaria mais um ano sem sexo se isso significaria tê-la de volta.

     Com um pouco de racionalidade, desacelero o beijo. É um porco difícil porque Kathryn está tão ávida quanto eu, mas ao perceber que estou parando, ela faz o mesmo.

      Com as testas apoiadas uma na outra, tomamos alguns segundos para respirar. Eu a encaro, uma mão sua nuca e outra acariciando levemente sua coxa, enquanto Kathryn não tira os olhos da minha boca. O olhar em seu rosto pode muito bem me arruinar. Mais do que já estou.

— Sinto que deveríamos conversar — sussurro, roçando levemente meu nariz no seu, conforme minha mão sobe devagar pela sua coxa. — Temos tantas coisas para falar… — Meus lábios encontram o caminho até o seu pescoço e eu deixo alguns beijos leve ali enquanto Kathryn ronrona, puxando minha camisa. — Quero saber de você. Quero saber cada detalhe…

— Depois. — Seus dedos pequenos e ágeis começam a desabotoar minha camisa. — Também senti sua falta, Khalil. De tudo, mas principalmente disso, de nós. — Sua voz ofegante é uma tentação e eu paro de resistir. Paro de tentar ser racional. Nunca gostei, na verdade.

     Não dou um aviso a Kathryn ao segurar suas coxas e ficar de pé. Ela rapidamente entrelaça as pernas ao redor da minha cintura, abraçando meu pescoço enquanto pega minha boca em outro beijo desesperado. Aparentemente poucos minutos no chão foram o suficiente para que eu recarregasse minha força, pois não me sinto nem um pouco cansado quando caminho com ela para o quarto, usando apenas minha memória como guia.

     Ponho Kathryn sentada na beira da cama e não perco um segundo sequer, tirando seu vestido em seguida. Ela está sem sutiã e seus seios fartos ficam expostos para mim. Mas não lhes dou atenção ainda. Vou ter muito tempo para isso mais tarde. Com a ajuda de Kathryn, tiro os restantes das minhas roupas e logo minha boca já está na sua de novo enquanto nos arrastamos pela cama.

     Com uma mão em sua garganta, mantenho Kathryn deitada quando começo a explorar seu corpo. Um corpo que gravei cada detalhe e os revivi nos últimos meses, tudo o que eu tinha para me satisfazer quando eu deixava minha mente vagar por certas lembranças.

— Senti falta deles — conto, abocanhando um dos seus seios. Sinto sua risada vibrar em minha mão e se transformar em um longo gemido que vai diretamente para o meu pau.

     Eu brinco com um seio e dois com outro enquanto Kathryn se remexe embaixo de mim, desesperada. Eu a conheço e sei apenas pela sua respiração que ela está quase lá. No entanto, por mais que me deixaria muito satisfeito fazê-la gozar apenas enquanto brinco com seus seios, eu preciso desesperadamente provar sua boceta.

     Seguro o bico do seu peito em meus dentes por alguns anos antes de soltá-lo, rindo para o gritinho de Kathryn. Eu deixo seus seios maltratados em paz por enquanto ao descer por seu estômago, deixando uma trilha de beijos no caminho.

— Gozou muito pensando em mim? — pergunto ao chegar no cós da sua calcinha. Kathryn abre os olhos, me encarando quando chupo sua boceta através do tecido. Suas pálpebras tremem, mas ela não desvia o olhar.

— Um pouco — admite.

    Estava prestes a tirar sua calcinha, mas eu paro, meus dedos segurando o pedaço de pano, e arqueio a sobrancelha.

— “Um pouco”?

— Eu não me deixei pensar muito no sexo até alguns meses atrás. Eu não queria basear minha decisão no quanto somos bons na cama. Mas… — ela hesita, ainda mais corada.

— Diga — a incentivo, tirando de vez sua calcinha. Eu abro suas pernas, contendo um gemido com a visão do caralho que é a sua boceta molhada e exposta para mim.

— Comprei um novo vibrador — Kathryn confessa. Suas próximas palavras, no entanto, se transformam em um gemido quando eu dou a primeira lambida na sua boceta ansiosa. — Porra.

— O que você estava dizendo? — murmuro ao arrastar novamente minha língua úmida sobre ela. Kathryn geme, tão alto que eu sei que o vizinho mais próximo vai ouvir, mesmo eu não me importando nem um pouco.

     Ela choraminga, pressionando contra mim com força. Minha língua mergulha entre seus lábios, deslizando para cima e para baixo sobre sua abertura antes que eu chupe seu clitóris latejante.

— Oh, Deus… — Kathryn grita, seu peito arfando. Seus dedos se enroscam em meu cabelo novamente, mantendo minha boca sobre ela. — Eu… eu comprei um vibrador novo… Um que fosse do tamanho… do tamanho do seu pau… — Um sorriso começa a se formar em meu rosto enquanto ouço sua declaração. — Eu nunca tinha me feito gozar tão forte quanto da primeira vez que usei aquele vibrador… imaginando que era você.

      Consigo imaginar… Consigo imaginar Kathryn suada na cama, com um vibrador do tamanho do meu pau, se satisfazendo e imaginando a todo momento que era eu lhe tirando gemidos e a fazendo gritar.

     Algo como um rosnado deixa meu peito com essa cena, e eu  me movo mais  alto.  Eu chupo seu clitóris entre meus lábios, fazendo-a tremer e gemer enquanto sinto sua umidade escorrendo pelo meu queixo enquanto giro  minha língua ao redor e de novo pela pequena protuberância  até que seu corpo inteiro esteja tremendo. Eu gemo nela, meu pau tão duro contra os lençóis enquanto como sua doce buceta até que  eu possa a sentir começar a ficar tensa. Minha língua gira em torno do seu  clitóris, meus gemidos estrondosos através dela e minhas  mãos agarram ela com força, mantendo-a na cama enquanto eu a devoro. A respiração de Kathryn está rápida e curta conforme ela agarra os lençóis gemendo. Esse som são como músicas para o meu ouvido.

    Meu pau está quase furando o colchão de tão duro e necessitado e eu o pressiono na cama, esperando aliviar um pouco minha necessidade.

     Kathryn geme quando giro minha língua em círculos rápidos ao redor do seu clitóris, então se desfaz por completo. Eu mergulho minha língua em sua boceta, lambendo e chupando seu gozo, não querendo perder nada.

    Quando o último estremecimento passa por ela, dou um último beijo em sua boceta e faço outra trilha de beijos de volta até seu rosto dessa vez. Kathryn está com aquele sorriso preguiçoso no rosto ao me puxar para um beijo molhado. Ela entrelaça as pernas ao redor da minha cintura, silenciosamente implorando pelo meu pau, que está cutucando sua entrada. O mero contato envia um arrepio pela minha espinha e eu me afasto um pouco.

— Eu… — começo, apoiando minha testa na sua. — Faz um tempo.

     Kathryn entende o que quero dizer. Faz um tempo e talvez eu não dure tanto o que o de costume ou o quanto eu gostaria.

— Tudo bem. — Então um sorriso estranho surge em seu rosto. — Isso significa que você não esteve com mais ninguém.

— Você tinha dúvidas? — questiono, talvez um pouco ofendido. Kathryn, no entanto, nega, ainda sorrindo.

     Sinto seus dedos ao redor do meu pau quando ela me guia até sua entrada. Tensiono a mandíbula, e não aviso ao deslizar para dentro dela com um único golpe. Um ruído gutural deixa minha garganta e eu paro por um momento, respirando. Isso nunca aconteceu antes. Nunca fiquei tão louco a ponto de precisar de um segundo para não gozar imediatamente. Kathryn está me transformando em um monstro.

     A pequena diaba se move, apenas um pouco, um brilho travesso em seu olhar. Ela sabe o que está fazendo. Sinto um desejo diferente, um que estava adormecido, mas o mantenho onde está. Não vou ouvir Kathryn agora. Esse momento… Agora, é especial. É como se fosse a nossa primeira vez de novo. Não é só sexo. É conexão, é amor. Nada do que poderíamos falar seria mais verdadeiro do que o que sentimos um pelo outro e o que fazemos o outro sentir.

     Lentamente, então, me retiro de dentro dela, batendo tão fundo de volta que Kathryn desliza um pouco na cama. Porra, ela está tão molhada, tão pronta para ser levada. Eu bato nela de novo e de novo, enquanto seus gritos enchem o ar, meus próprios gemidos se misturando aos seus.

     É impossível olhar para o rosto dela sem minhas bolas apertarem, me avisando que minha resistência não vai durar muito.

— Kit Kat — sussurro, meus cotovelos apoiados na cama enquanto acaricio a coluna do seu pescoço com o meu nariz. Kathryn ri e geme ao mesmo tempo.

— Senti falta até desse apelido idiota — dispara de volta, suas unhas afiadas arranhando minhas costas. Eu gosto disso mais do que deveria.

— Você ama esse apelido. — Aperto seu quadril, sabendo que no mínimo deixarei minha impressão digital em sua pele. Meu autocontrole está se esvaziando. Não vou aguentar mais muito tempo, mas também me recuso a vir sem que Kathryn tenha gozado em meu pau.

— Khalil — Kathryn chama, ofegante.

     Cubro sua boca com a minha e pego suas mãos, entrelaçando as minhas acima da sua cabeça. Nossos gemidos são abafados pelo beijo conforme eu invisto mais rápido e mais fundo em Kathryn, como um homem possuído, sem freios e sem controle. Ela se contorce lindamente, querendo mais, implorando por mais. E eu dou isso a ela. Dou tudo a ela.

— Venha para mim, Kit Kat  — sussurro, mordiscando seu lábio rosado. Suas pernas se apertam ao meu redor enquanto ela toma tudo de mim. — Goze no meu pau.

     Eu observo seu lindo rosto se contorcer de prazer conforme seu corpo cede. Sinto sua barriga tensionar primeiro, então Kathryn está gozando, seus gemidos ecoando pelo quarto. Sua doce boceta aperta ao redor do meu pau, e eu simplesmente não consigo me segurar por muito mais tempo. Meu corpo estremece e aperta enquanto sua boceta pulsa no meu pau. O êxtase que toma conta de mim é tão forte que é como um apagão. Nada resta além de nossos corpos pulsando em uníssono e eu gozo, bombeado até a última gota dentro dela.

     Não quero me separar dela, não quero quebrar essa conexão, mas preciso porque caso contrário posso esmagar Kathryn se desabar em cima do seu pequeno corpo. Então, caio ao seu lado na cama. Puxo seu corpo para mim, beijando sua testa, sua bochecha, seu nariz. Eu beijo todo o seu rosto enquanto sussurro que a amo.

     Ouço aquela risada novamente e abro os olhos, encontrando os seus brilhando.

— Eu também te amo — ela sussurra as palavras que eu não sabia que precisava ouvir até agora. Um nó se desfaz em meu peito. Eu sabia que ela ainda me amava, mas ouvi-la confessar é diferente. É real.

    A exaustão está pesando meu corpo, mas obrigo meus olhos a continuarem abertos.

— Você vai estar aqui quando eu acordar? — Acaricio sua bochecha, engolindo em seco. Me sinto vulnerável, mas não me incomodo em tentar esconder  o medo em meu rosto.

     Sua expressão suaviza e Kathryn deixa um beijo rápido em meus lábios.

— Disse a você que voltaria quando estivesse pronta — sussurra. — Eu voltei, eu estou pronta, Khalil, e não vou a lugar algum.

     Sorrio, então. Um sorriso de verdade que eu não dava há muito, muito tempo. Por um momento, achei que Kathryn poderia estar aqui apenas para uma despedida. Uma última vez para então me tirar de vez da sua vida. Mas eu estava enganado. Tão enganado…

     Kathryn é tão minha hoje quanto há oito anos, e não há nada nem ninguém que possa nos separar.

☠️

    Os braços quentes de Khalil ao meu redor quase me fazem esquecer o motivo de eu ter acordado: o toque estridente do meu celular em algum lugar do apartamento. Acho que está na sala, dentro da minha bolsa que eu deixei no sofá.

    Não quero deixar Khalil, mas tenho quase certeza de quem está me ligando: meu pai. Avisei a ele por mensagem quando o avião pousou em Chicago, mas acho que não foi o suficiente para tranquilizá-lo. Eu o entendo. Achei que brigaríamos quando contei que voltaria para Chicago… para Khalil. Meu pai – assim como as outras pessoas na minha vida – não sabem o motivo que me levou a terminar com Khalil. Mas meu pai viu o quanto eu fiquei abalada e isso para ele é imperdoável. Então, vai demorar um pouco para ele não apenas se acostumar com o fato de eu ter reatado com Khalil, mas para gostar dele também. No momento eu diria que meu pai o odeia. Principalmente porque voltar com Khalil significa voltar porque voltar com Khalil significa voltar para Chicago.

     Sussurro para Khalil que vou atender meu celular e deixo um beijo na sua bochecha antes de rolar para longe dos seus braços. Visto a primeira coisa que acho no caminho, e por acaso é a camisa de Khalil. Eu sorrio levemente enquanto abotoo alguns botões, caminhando para fora do quarto. O apartamento está escuro. A luz do sol se foi. Que horas são? Não deve ser muito tarde porque ainda posso ouvir o barulho familiar das pessoas lá na rua.

     Pelo relógio na parede, confirmo minhas suspeitas: 19h23. Acho que só pegamos no sono porque tanto Khalil quanto eu estávamos cansados. Eu ainda me sinto assim, mas de uma forma agradável.

     Pego meu telefone na bolsa. Sem surpresa, o nome “Pai” brilha na tela.

    Atendo a ligação.

— Oi, pai — cumprimento, andando preguiçosamente pelo apartamento. Quando cheguei e entrei, fiquei surpresa como tudo parecia praticamente igual.

Amaya. Você me deixou preocupado.

— Eu mandei uma mensagem — lembro a ele com calma. Ele soa como Eros, às vezes.

E depois não atendeu as minhas ligações. — Cedric faz uma pausa, suspirando. — Não vou me desculpar por estar preocupado com a minha filha.

— Está bem. Apenas relaxe. Você não tem mais idade pra ficar se estressando assim. — Em partes, estou brincando, mas nunca se sabe.

Engraçadinha. Você está bem? Seu namorado idiota lhe fez algo?

    Bem nesse momento, Khalil surge na sala. Ele acende as luzes, franzindo as sobrancelhas. Meu estômago se aperta com a visão dele assim, meio desorientado e com o cabelo bagunçado do sono e pelos meus dedos. Infelizmente ou felizmente ele está de cueca, mas ainda há muito do seu corpo que posso ver, especialmente as marcas em suas costas quando ele vai para a cozinha.

— Ele não é idiota — defendo meu homem. Khalil olha por cima do ombro, arqueando a sobrancelha. — Na maior parte do tempo, pelo menos. Mas eu posso lidar com isso.

     Khalil pisca um olho, então volta para o que estava fazendo. Eu vou até a janela, sentando no batente enquanto olho as pessoas lá embaixo, na rua.

Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? Além disso, se mudar de ideia, você ainda tem uma família aqui.

     Engulo em seco, sentindo um aperto em meu coração. Doeu muito vir embora. Eu me sentia deslocada em Nova York, meu pai e Gavin sabiam disso, mas ainda assim, eu tinha os dois. Apesar das circunstâncias que me levaram a passar esse tempo lá, não me arrependo do tempo que passei com eles. Me sinto como uma traidora, mesmo que ambos tenham dito que entendiam a minha decisão e que eu deveria seguir meu coração. Mesmo meu pai parecia entender. Eu sei que ele não está falando essas coisas agora por mal, o que faz doer mais. Ele realmente me aceitaria de volta se eu mudasse de ideia.

— Eu sei, pai. Obrigada. — Pisco para afastar as lágrimas. Nova York não é tão longe. Posso visitá-los de tempos em tempos, como eu prometi. Tudo ficará bem.

Certo. Vou deixá-la em paz agora. Eu te amo.

— Também te amo. Diz a Gavin que eu mandei um beijo.

Pode deixar. Até mais.

— Até.

    Depois de desligar, solto um suspiro, me sentindo um pouco melancólica.

     Mãos fortes estão nos meus ombros um segundo depois.

— Tudo bem? — Khalil pergunta com cuidado, beijando meu cabelo.

— Sim. Apenas… Só estou com saudade deles. Do Frank. Ficamos muito próximos nesse último ano. Eles me ajudaram a… voltar a ter uma vida. Me sinto um pouco mal por deixá-los assim.

     Khalil não diz nada por um momento enquanto acaricia meus ombros.

     Por fim, depois do que parece ser uma eternidade, ele diz:

— Podemos nos mudar pra lá.

     Engasgo com uma risada. Às vezes ele é um pouco louco.

— Não podemos, não.

— Se você quiser, nós podemos, sim.

     Meu coração é tão fora da caixinha quano Khalil porque ele transborda de amor com o que ele está fazendo. Mas eu ainda consigo ser racional perto deste homem, então viro-me para ele, erguendo o rosto para encará-lo.

— Eu aprecio a sua oferta, mas a verdade é que… eu nunca quis me mudar para Nova York. Fui forçada a isso. — Observo Khalil tensionar o maxilar, a culpa em seu rosto. — Eu amo Chicago. Passei minha vida toda aqui, meus amigos estão aqui, a… a família que eu escolhi, está aqui. — Pego sua mão, dando um beijo nos nós dos seus dedos. — Você está aqui. — Isso faz um pequeno sorriso surgir em seu rosto. — Meu pai e Gavin entendem isso, e eu só preciso me acostumar com isso também. Acho que está sendo difícil porque nunca estive nessa situação. Eu sempre tive apenas uma família, que são vocês e sempre estiveram perto de mim. Mas há tantas pessoas que têm famílias espalhadas pelo mundo e arranjam uma forma de lidar com isso. Eu vou conseguir. Vou visitá-los quando puder, além disso, temos a tecnologia, eles estarão sempre há um telefonema de distância. Vai ficar tudo bem.

     Khalil assente, me puxando para que eu fique de pé. Ele acaricia meu rosto, suas sobrancelhas franzidas.

— Sinto muito que você tenha precisado ir embora daquele jeito — diz então. — Nunca vou me perdoar por ter sido o motivo de fazer você largar sua vida aqui e começar de novo em lugar que você nem conhecia.

— Foi muito ruim, é verdade, mas precisávamos desse tempo. As coisas poderiam ter sido piores se eu tivesse ficado. Em Nova York, eu consegui… respirar e pensar melhor. Consegui perdoar você.

— Foi muito difícil? — Khalil pergunta baixinho. — Me perdoar — esclarece.

    Penso um pouco enquanto passo meu dedo por cima de uma tatuagem de corvo que ele tem no estômago.

— Um pouco. Eu estava decidida a não te perdoar até você aparecer e dizer aquelas coisas.

— O que mudou?

     Ergo os olhos para o seu olhar esmeralda.

— Perceber que o meu amor por você continuava tão forte quanto antes. Achei que poderia te odiar mais do que te amar, mas fui uma tola. E quando aceitei isso, percebi que poderia, sim, te perdoar e viver com a verdade do passado, se eu quisesse. Talvez o que você fez – mentir, me perseguir, fingir ser outra pessoa – não tenha perdão para algumas pessoas, mas eu escolhi olhar além desses erros. Eu escolhi lembrar das outras coisas… as coisas boas. De como você me faz bem, de como eu sou feliz ao seu lado como jamais fui na minha vida. — Passo meus braços ao redor do seu pescoço, sorrindo um pouco para a forma como seus olhos estão brilhando. — Passamos por coisas demais, Khalil. Tanto juntos quanto separados. E amar, às vezes, também significa que é preciso perdoar as cicatrizes do passado. Nosso amor é forte demais para ser esquecido ou apagado assim. E isso me conforta porque eu não quero esquecer como é amar você.

      Amo o olhar em seu rosto, como se ele não soubesse o que dizer. Estou surpresa comigo mesma por conseguir explicar. Como disse a ele, foi difícil tomar essa decisão e levou todo esse para que eu não apenas perdoasse ele, mas aceitasse que eu podia fazer isso e conviver com a minha decisão.

— Obrigado — Khalil sussurra contra os meus lábios. — Obrigado por não desistir de nós, por não me deixar. — Khalil segura meu rosto, olhando nos meus olhos. — Prometo que farei de tudo para não decepcioná-la nunca mais. E isso não é da boca para fora. É uma promessa. Uma promessa de que passarei os meus dias até a minha morte, me dedicando a fazê-la feliz. — Seus lábios pousam nos meus por um breve momento, deixando um beijo suave. — Minha pequena vênus.

      Lentamente, um sorriso toma conta do meu rosto. Também senti falta desse apelido.

— Você ainda tem aquele anel? — pergunto, então, uma hora depois quando estamos de volta à cama.

     É a vez de Khalil sorrir. Em vez de responder, ele se afasta, se esticando até a mesa de cabeceira. Depois de pegar a caixinha de veludo, ele volta para a cama.

    Estendo a mão e Khalil põe o anel de rubi em meu dedo. Se encaixa tão perfeitamente quanto há um ano atrás, quando aceitei o pedido de casamento de Khalil.

— Bom, parece que temos um casamento para planejar — digo sorrindo para o anel.

     Khalil avança, ficando em cima de mim. Ele está sorrindo, mas tem um olhar malicioso do rosto que faz minhas partes femininas se contraírem.

— O que a futura Sra Blackburn tem em mente?

— “Futura Sra Blackburn”. Quem diria, não é?

      Ele arqueia a sobrancelha.

— Está arrependida?

— Nunca.

— Ótimo, porque como você disse, temos um casamento para planejar e filhos para fazer.

     Engasgo com uma risada, sendo pega de surpresa, mas… Eu não o contradigo. Eu quero me casar com Khalil e quero ter filhos com ele também. Quero uma família.

     Eu quero tudo com ele como nunca quis nada na minha vida antes.

— Podemos começar agora — sussurro, meio brincando, mas… bem, não somos o maior exemplo de controle de natalidade, não é mesmo?

     Pelo sorriso de Khalil, ele gosta muito dessa ideia.

☠️

ÚLTIMO, capítulo antes do epílogo😭😭😭😭

É tão bom finalmente ver eles juntinhos e felizes 😭😭😭.

Oq vcs acharam desse reencontro? Foi como estavam imaginando???? Espero de coração que vocês tenham gostado 🥺🥺🥺🥺

E agora ... Vamos para o último capítulo!

(EU NÃO TO PRONTA.
EU NÃO TO PRONTA
AaaaAAAaaaAAaa)

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