¹¹|Até os melhores caem às vezes
Ela dormiu na minha cama. Nos meus lençóis.
Algo mudou entre nós, eu tenho certeza, começando por aquele momento no banheiro quando ela exigiu que eu implorasse.
Agora ela está agarrada a mim. Literalmente.
Seus braços pálidos abraçam minha cintura enquanto Bessie nos leva pelas ruas engarrafadas de Chicago às oito da manhã. Eu concentro minha atenção totalmente nas sinalizações e na minha moto ao invés de na mulher atrás de mim.
Quando eu disse que a levaria de moto para casa, Kathryn não hesitou, diferente de meses atrás quando fomos juntos para aquele baile. Naquela ocasião, ela estava de vestido – um de seda, longo e vermelho –, mas agora ela está de calça de flanela e uma camisa grande demais para o seu tamanho pequeno, ambas as peças de roupa folgadas demais escondendo seu corpo esbelto. Naquele dia, no entanto, ela estava mais tensa e foi o trajeto inteiro tentando manter alguma distância entre nós. Dessa vez, Kathryn parece alheia ao fato dos seus seios estarem pressionados minhas costas e das suas coxas estarem abraçando as minhas, passando seu calor para mim.
Ela me aperta quando acelero a moto e faço uma curva rápido demais. Sorrio um pouco. Eu não estava tentando aterrorizá-la, mas não lamento. Kathryn se faz de durona sempre, mas fica com medo quando acelero minha moto? Hilário.
Ela não pede para eu ir devagar, mas suas unhas cravam em meu abdômen, me ferindo mesmo através da minha camisa. Então quando chegamos ao seu prédio, sei que mais tarde terá marcas das unhas na minha pele. É um pouco excitante.
— Muito obrigada pela experiência de quase morte, idiota — resmunga após descer da moto e tirar o capacete. Os fios do seu cabelo disparam para tudo que é lado e sua pele está corada.
— Ao seu dispôr — murmuro. Eu mesmo já tirei meu capacete, então levo dois dedos à testa como saudação para ela.
Kathryn bufa e empurra o capacete reserva para mim.
— A propósito, de nada. Eu disse ao Arnold que não contasse ao Eros o que aconteceu. Ele já deve ter ligado a essa altura ao ver as ligações perdidas de Arnold ontem a noite.
Anuo. Enquanto ela falava, tirei meu maço de cigarros do meu paletó e agora estou acendendo um.
Kathryn faz uma careta. Ela sempre odiou me ver fumando ou o simples cheiro da nicotina.
— Você vai morrer antes dos cinquenta se continuar assim.
— Estou contando com isso.
Kathryn revira os olhos, não levando minhas palavras a sério.
— Boa sorte com isso. Agora vou tomar um banho pra me livrar desse… cheiro.
A palavra "banho" me lembra de mais cedo e enquanto ela se dirige ao seu prédio, eu repasso a imagem na minha mente. Eu não dormi, como disse a Kathryn, e segui minha rotina normalmente ao ir tomar banho no banheiro mesmo que Kathryn estivesse na minha cama. Fiquei lá por meia hora, esperando que meus músculos relaxassem, e ouvi a fechadura da porta. Eu sabia que era ela porque não havia mais ninguém no apartamento. Um homem decente teria dito a ela que eu estava "indecente", mas fiz o contrário, talvez até pior: saí nu do box sabendo que ela estaria vendo tudo.
Tudo em mim esquentou com aquela porra de olhar. Ela parecia impressionada. Em oito anos convivendo um com o outro – obrigatoriamente –, nunca ficamos no mesmo banheiro, muito menos duas vezes consecutivas ou com um de nós sem roupa. Mas eu gostei daquele olhar. Até demais, eu diria.
Kathryn, Kathryn… você não devia ter entrado naquele banheiro.
☠️
Eu apostei comigo mesmo: trinta minutos até meu irmão vir me procurar.
A porta abre no minuto vinte e dois.
— Está ocupado? — Bom, pelo menos ele teve a decência de perguntar.
— Depende do assunto.
Ele vê isso como permissão para entrar e fechar a porta atrás de si.
— Você podia redecorar o lugar. — Olho para cima para ver Eros olhando em volta do escritório. Eu deixei como meu pai deixou: paredes de um tom de cinza escuro fosco, móveis modernos e minimalista – a mesa de carvalho a qual estou usando e a poltrona, um conjunto de mesa e cadeiras, um sofá com um tapete branco no chão, uma estante com alguns livros e prêmios. Também havia um mini bar, mas foi retirado antes mesmo de eu assumir.
— Você veio aqui para me dar conselhos de decoração? — Arqueio a sobrancelha.
Eros revira os olhos castanhos-esverdeados que herdou do nosso pai e ocupa um dos assentos à minha frente.
— Só estou tentando ter uma conversa amigável com o meu irmão mais velho.
— Sua terapeuta que recomendou isso?
Eros cruza os braços, seu rosto ficando levemente corado. Parece aquele garotinho de seis anos de novo.
— Ela pode ter mencionado alguma coisa sobre "construir um relacionamento mais saudável", sim.
— Comovente.
Como ele não diz mais nada, volto a ler o relatório de Jones. Nossas vendas deste semestre superaram o que esperávamos, mas quanto mais, melhor, então tenho que saber como superar essa meta.
— Como vai o tra… O que aconteceu com a sua mão?
Com a atenção excruciante do meu irmão, flexiono minha mão automaticamente, sentindo a picada confortante da dor.
— Caí da moto.
— Você caiu da moto. Você.
— Até os melhores caem às vezes, irmão.
Não preciso olhar para saber que ele não acredita muito em mim.
— Arnold Corbat me ligou ontem à noite. Sabe dizer o por quê?
— Deve ter sido engano.
— Foi o que ele disse quando eu retornei hoje de manhã. — Eros faz uma pausa e eu sinto sua desconfiança como algo físico. — Então não tem nada a ver com a sua mão?
Lhe dou um olhar frio como resposta. Odeio ser repetitivo, faz parecer que estou tentando reforçar uma mentira. E mesmo que eu esteja mentindo, não preciso agir como se estivesse.
Eros suspira, deixando o assunto de lado. Ele tem se saído melhor em não se intrometer tanto na minha vida. Eu sei que ele não vai recuar de vez porque está enraizado nele cuidar de mim, mas ele está me dando espaço para resolver meus problemas eu mesmo.
— Genevieve quer saber se já encomendou o seu terno.
— Não. — Volto minha atenção para os papéis, mas lembro que Genevieve me mandou uma mensagem sobre isso. Não devo ter respondido se meu irmão está perguntando.
— O casamento é em um mês e meio. Ela vai te matar se você aparecer de jaqueta de couro. E Kate vai ajudar. Aquelas duas juntas são um perigo.
— Eu estive ocupado. Vou resolver isso.
— Vai, sim. Amanhã. Você virá conosco tirar as medidas. Anthony também ainda não encomendou o dele.
Acho que Eros está esperando alguma luta da minha parte sobre isso, mas anuo. Não há motivos para eu dificultar as coisas. Posso não ter gostado de Genevieve no início – eu achava que ela estava nos espiando e relatando tudo para o seu pai –, mas não sou contra o relacionamento deles ou o casamento. Além disso, Genevieve vai ficar no meu pé se eu não tiver isso resolvido logo. Não é difícil de imaginar porque sua filha é tão persistente.
— Ok. Não se esqueça. — Quando ele levanta, a porta do escritório abre. Será que ninguém sabe bater? Ou melhor, onde está Kathryn para me avisar que tenho visitantes?
— Alvin e Simon estão reunidos e não me chamaram? — Anthony adentra meu escritório, sua mão dramaticamente em cima do coração.
— Você não é o Theodore — Eros diz ao nosso irmão.
— Claro que eu sou o Theodore. Eu sou fofo e muito mais gentil que vocês dois.
— Você está se esquecendo que o Theodore também é atrapalhado e tem baixa autoestima.
— Detalhes, detalhes. Ninguém é perfeito, apesar de eu estar bem perto disso.
Eros revira os olhos e passa por Anthony. Quando sai, ele fecha a porta e eu estou mais uma vez com um irmão meu.
— Não precisa ficar me dando esse olhar mortal, eu vim na paz — Anthony avisa ao ocupar o assento que Eros estava. Ele tem um tablet nas mãos. — Precisamos acertar os últimos detalhes para sua festa de posse.
Faço uma careta. Eu não quero uma festa. Eu disse isso a Lorelei – nossa Relações Públicas e chefe de Anthony –, mas ela disse que seria bom para a empresa e para minha imagem já que todos me conhecem apenas como o irmão Blackburn mais velho que esteve sempre em manchetes. O que ela quis dizer é que meu histórico com o álcool e as drogas não deixará de ser um problema só porque eu estou limpo.
Por isso aguento as perguntas de Anthony e as sugestões que ele faz. Meu irmão é bom com essas coisas, é o seu ramo, afinal, então basicamente deixo tudo nas suas mãos.
Depois, quando ele sai, não consigo me concentrar muito no trabalho e anseio por um cigarro. Infelizmente não posso fumar no escritório por causa dos censores.
Vou para o terraço, então, onde posso fumar em paz. Kathryn estava certa hoje mais cedo – não que eu vá admitir isso para ela –, fumar toda essa merda só irá me colocar em uma cova mais cedo. O que é irônico porque fui para a reabilitação para não acabar nesse caminho.
Enquanto fumo, navego pelo Instagram por algum tempo. Eu mal uso agora, mas em momentos como esse passo alguns minutos vendo as baboseiras que as pessoas andam postando. No passado, eu postava tanta merda que Eros me obrigou a dar acesso a minha conta para a nossa Relações Públicas monitorar. Isso gerou uma briga muito acalorada entre meu irmão e eu, além de semanas sem se falar.
Uma foto em particular me faz parar de rolar o feed. É de uma mulher mais velha, loira e com um sorriso exagerado. É a mãe de alguém que eu conheço, mas não lembro exatamente quem, o que não importa. O fato é que por um segundo achei que essa mulher fosse outra pessoa. Ela.
Eu tento o máximo não pensar na mulher que me gerou no seu útero, mas parece que ela está sempre tentando se infiltrar na minha mente e me arrastar para uma espiral de memórias degradáveis dos meus primeiros dez anos de vida. Eu jurei a Eros, antes de Olivia reaparecer na primavera passada, que eu a mataria se a visse. E eu tentei. Quando a vi pela primeira vez depois de vinte e seis anos, eu tentei estrangular a mulher, mas meu irmão me deteve. Ela estava ali, nas minhas mãos, e eu finalmente ia fazer ela pagar por todo o sofrimento que ela nos causou todos esses anos, mas não pude. Sei que Eros me impediu para que eu não fosse preso por homicídio e não porque ele se importa com ela, mas ainda me ressinto dele por me tirar aquela oportunidade.
Quando meu cigarro termina, eu jogo o que sobrou lá embaixo, esperando que nenhum idiota esteja passando no momento. Leva tudo de mim para não fumar outro, mas tenho que manter o controle sobre isso.
Ao descer as escadas de emergência, não vou para o meu andar, mas desço mais alguns lances de escada até o andar do meu irmão. Fiquei distraído tentando não demonstrar que eu estava mentindo sobre a minha mão e a ligação do porteiro do meu prédio que esqueci de perguntar sobre a minha assistente sumida.
Quando chego na recepção, no entanto, Kathryn não está na sua mesa, mas suas coisas sim, o que significa que ela está aqui, só não subiu para o meu andar. Se ela está tentando me irritar para que eu desista de contratá-la, esqueceu que eu gosto de jogar tanto quanto ela e não vou desistir.
As salas de Eros e Genevieve são do lado uma da outra. A porta do escritório do meu irmão está fechada, mas a de Genevieve está semiaberta. Quando me aproximo da porta de Genevieve, ouço a voz dela. Não da minha cunhada, mas de Kathryn.
— …não vejo porque isso é relevante.
— Vamos, por favor. Eros não quer me contar e eu estou morrendo de curiosidade aqui — essa é a voz de Genevieve.
O que quer que ela esteja implorando para Kathryn contar, Kathryn suspira.
— Tudo bem, mas não é nada demais. É simples: eu tentei roubá-lo. Ele estava em um bar e eu estava na saída, observando, esperando a minha melhor presa. E quando eu vi ele lá, todo engravatado e cheio de pose, eu sabia que ele tinha dinheiro. — Kathryn faz uma pausa e quase posso ver seu rosto melancólico enquanto ela mergulha na memória. — Eu era uma ótima batedora de carteira, você sabe, então não era uma coisa realmente difícil para mim. Eu só não contava com a namorada dele. Ei, não faça essa cara, você quem pediu para eu contar!
— Eu sei, eu sei. Mas não gosto de pensar em America e Eros juntos, ok? Na verdade, não gosto de pensar nele com nenhuma mulher que não seja eu.
— Ciumenta. — Kathryn ri, mas o som é rapidamente interrompido. — Enfim. Eu cheguei a pegar a carteira e o relógio dele, mas então, uma mão estava me puxando. America me agarrou e anunciou pra Deus e o mundo que me viu roubando seu nam… Eros. Eu podia ter me livrado dela e corrido, mas se me pegassem, eu seria acusada de agressão também. No final, chamaram a polícia e eu fui presa por roubo e posse ilegal de arma de fogo. Não era a minha primeira vez na cadeia, então eu sabia que estava ferrada. E não, eu não vou contar sobre as outras vezes que fui presa.
— Droga.
— Eu estava esperando o advogado que o estado mandaria porque eu obviamente não tinha dinheiro para um advogado, quando seu querido noivo apareceu para bancar o cavaleiro de armadura brilhante.
Dessa vez é Genevieve quem dá risada.
— Ele queria saber porque eu tentei roubá-lo. Eu lembro de olhar para ele e achá-lo o cara mais idiota do mundo. Também lembro de responder "Era o meu sonho ser presa e passar uma noite na cadeia. O que você acha, babaca?". Eu tinha muito mais temperamento antes do que agora.
— Não achei que isso fosse possível.
— Engraçadinha. Eros não pareceu impressionado ou ofendido. Na verdade, ele disse "Pode me atacar o quanto quiser. Eu tenho um irmão que é igual a você. Não me ofendo facilmente". Eu dei a ele minha melhor cara de que "que porra eu tenho a ver com isso, cara", mas então ele disse que retiraria as acusações de roubo e porte de arma se eu trabalhasse para ele. Veja, na hora isso pareceu muito errado e talvez eu tenha chamado ele de bastardo filho da puta porque pensei que ele estava falando de sexo e eu poderia estar numa cadeia, mas ainda tinha alguma dignidade.
— Eu teria pensado igual.
— Pois é. Depois que ele explicou, eu ainda não acreditei muito, mas ele disse aos policiais que havia sido um mal entendido. Quando eles engoliram essa história, mesmo com uma testemunha com olhos de águia feito America, eu soube que o cara tinha alguma influência na cidade. Eu deveria ter mandado ele ir para o inferno porque se um homem pode fazer uma acusação de posse ilegal de arma sumir, ele podia fazer o que quisesse comigo também, mas… Eu fui imprudente e aceitei. E isso me salvou. Eros me deu o trabalho, como havia prometido, e deixou eu ficar em um apartamento que ele disse que era da sua família, mas que eu podia ficar quanto tempo eu quisesse.
“Eu pensei em ir embora no primeiro momento que fiquei sozinha naquele lugar. Quer dizer, por que alguém que nem me conhecia e que eu quase roubei, tentaria me ajudar? Eu ficava dizendo a mim mesma que era uma cilada, que roubar e viver nas ruas era o que eu tinha que continuar fazendo. Decidi que iria embora no dia seguinte, mas que naquele momento eu precisava de um banho e um descanso.
“Mas no dia seguinte Eros estava tocando a campainha. Não deixei de notar que ele poderia entrar se quisesse, porque o apartamento era dele, afinal. Ele tinha a chave. Mas ele esperou eu abrir. E lá estava ele, com sacolas de roupas e sapatos de grife e tudo do meu tamanho. Ele disse que meu primeiro dia de trabalho era naquele dia e que eu deveria me apressar porque ainda íamos passar na cafeteria preferida dele.
“Eu escapei pela janela quando fui me trocar no banheiro. Tinha uma escada de incêndio e eu estava familiarizada com escapadas assim, então foi moleza. Corri por cinco quarteirões antes de parar e me perguntar do que diabos eu estava fugindo. Uma cama para dormir que não fosse em um abrigo com algum tarado idiota tentando me apalpar no meio da noite? Mais de uma refeição por dia? Roupas limpas? Um emprego? Um… amigo?
Kathryn suspira e sua pausa dessa vez é maior. Eu estava evitando a fresta da porta já que está entreaberta, mas decido olhar. Kathryn e Genevieve estão sentadas em um sofá no canto da sala. Genevieve está entrelaçando sua mão na de Kathryn que olha para as mãos das duas e sorri um pouco.
— Eu voltei. Corri de volta para o apartamento e desmaiei quando cheguei na porta. Eu não tinha tomado café. Na verdade, não comi nada que havia lá por pura desconfiança e teimosia. Quando acordei, Eros me deu um sermão. Ele disse que eu deveria me alimentar bem ou ele daria um jeito de injetar um IV em mim. Você sabe como ele é todo superprotetor.
— Eu sei — Genevieve diz baixinho, olhando para a melhor amiga com carinho.
— Parece que fiquei muito tempo desacordada porque ele fez panquecas, torradas e bacon. Foi isso que me acordou, o cheiro da comida. Eros não perguntou porque eu saí pela janela como uma criminosa ou porque eu voltei. Percebi, então, que fora perguntar porque eu o tinha roubado, ele não me perguntou mais nada. Então quando vi aquele café da manhã… Eu comecei a chorar. A última vez que alguém tinha sido gentil comigo, sem segundas intenções, foi a minha mãe. E ela tinha morrido cinco anos antes.
— Meu Deus, Kate. Eu sinto muito.
— Obrigada. Eu contei tudo a Eros. Sobre minha mãe, sobre Alexander e o tempo que fiquei com ele. Contei como fui parar nas ruas e porque eu tinha uma arma e tantas facas comigo quando fui presa. Ele não me julgou, mas me acolheu. A família toda dele. Bem, tirando Khalil. — As duas riem e eu sorrio um pouco. — Com o passar do tempo, os Blackburn se tornaram a minha família e eu deixei meu passado para trás.
— Obrigada por me contar — Genevieve abraça Kathryn e eu resolvo que já vi e ouvi o suficiente.
Enquanto volto para o meu escritório, penso em tudo o que ouvi. Eros nunca me contou isso. Eu imaginei que Kathryn era flor que se cheire já que ficamos na mesma cela daquela vez. No seu relato, ela não mencionou a Eros que já havíamos nos conhecido. Não acho que ela esqueceu de contar a Genevieve. Não, Kathryn não contou isso a ninguém.
Interessante.
☠️
Oioi, como vcs estão??
Aos poucos o passado da Kate vai se revelando...👀
Espero que tenham gostado!
Sexta-feira tem capítulo, hein😘
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2bjs, môres♥
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