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⁵⁷|A surpresa

Obrigada por não desistirem🖤

     — Não acredito que estamos mesmo aqui. — Ouço Kathryn dizer de onde está, perto da janela da suíte. Pousamos há duas horas e viemos direto para o hotel onde ficaremos nesse final de semana. — Mal posso esperar para visitar a cidade amanhã.

     Abraçando-a por trás, entrego a taça com vinho. Ela bebeu um pouco quando jantamos, meia hora atrás, mas eu percebi que ela ainda está hesitante sobre beber bebidas alcoólicas na minha frente.

     Provando que estou certo, ela olha de mim para a taça, abrindo a boca provavelmente para recusar.

— Beba — insisto. — Está tudo bem.

— E está tudo bem se eu não beber também. — Kathryn coloca a taça em uma mesinha próxima e depois vira para mim, ficando na ponta dos pés ao passar os braços ao redor do meu pescoço. — Você não precisa fazer isso para provar  que é capaz de não se entregar ao vício. Apenas o fato de você escolher estar sóbrio e lutar todo dia contra essa doença, já é prova o suficiente da sua força. Eu vejo isso. No entanto, eu também posso fazer algumas mudanças. Quando escolho não beber perto de você, não é porque não acredito em você, mas porque apesar de saber como você está lutando, eu sei que também não é fácil, e o mínimo que eu posso fazer é não tornar isso ainda mais difícil. Ok?

     Eu a amo. Provavelmente desde a primeira vez que ela entrou por aquela porta e me encarou como se me entendesse. E ela… entende. Mais do que ninguém, Kathryn sabe exatamente como é para mim ter que lutar contra uma doença que não tem cura. Não achei que poderia, mas a amo ainda mais.

     Afasto seu cabelo e seguro seu rosto em minhas mãos, encarando seus olhos.

— Case comigo.

    Com os lábios entreabertos, Kathryn suspira.

— Khalil… — começa. Eu sei que o que está prestes a sair da sua boca: uma recusa educada e lógica.

— Não foi uma pergunta, Kit Kat. — Lhe dou um selinho. — Quando você menos esperar, farei de você minha esposa.

— E se eu não quiser? — Arqueia a sobrancelha atrevida.

    Sem muito esforço, pego-a no colo, entrelaçando suas pernas na minha cintura.

— Farei você mudar de ideia — prometo ao carregá-la para a cama. — Talvez com uma ajudinha… Já pode começar a pensar no nome do nosso filho.

— Khalil Blackburn, não ouse me engravidar.

     Apenas sorrio e a jogo na cama.

☠️

     Ao acordar, achei que encontraria a minha namorada – futura esposa – ao meu lado na cama, então faríamos amor de novo, uma repetição mais preguiçosa de ontem a noite. Mas tudo o que encontro é o seu lado da cama vazio.

     Pego meu celular de onde caiu no chão. Há uma mensagem sua avisando que está comprando roupas para nós em uma loja do hotel, mas que logo está de volta.

     Digito um "ok" e deixo o celular de lado, voltando a deitar. Eu deveria responder as mensagens da minha família, mas todos sabem que esse não é o meu estilo. Na verdade, não sei por que ainda fazem isso. Anthony é o que mais enche minha caixa de mensagens. Um dia perguntarei porque ele acha que eu preciso saber quantos banheiros tem a Casa Branca.

     Sozinho no silêncio do quarto de hotel, percebo que é a primeira vez que estou, de fato, sozinho desde que saí da clínica. Espero pelo desejo traiçoeiro ou os pensamentos sombrios que costumam se infiltrar em minha mente como ervas-daninha até tomarem conta de tudo, me deixando ansioso e inquieto, mas… Não sinto nada. Pela primeira vez, não sinto a necessidade de preencher o silêncio, com medo do que pode acontecer se eu der ouvido às vozes na minha cabeça.

      Por muitos anos, menosprezei a reabilitação e a terapia. Talvez, se eu não tivesse sido tão contra a ideia, se eu tivesse escolhido me tratar, muitas coisas seriam diferentes. Mas não vou lamentar o passado. Isso nunca leva a nada. O que conta é que estou aqui – não estou curado porque essa doença não tem cura – mas estou num lugar muito melhor do que já estive antes.

     Ouço a fechadura da porta da suíte e segundos depois, os saltos de Kathryn passando pela sala de estar até ela finalmente entrar no quarto.

— O que você ainda está fazendo aí? — Ela põe as sacolas das compras na cama. Está com as mesmas roupas de ontem. — Vamos descer em alguns minutos para tomar café, e depois vamos sair. Não quis te acordar, então fui lá e escolhi suas roupas. Espero que goste. Vou tomar banho. — Me dá um selinho, então desaparece no banheiro.

    Suspirando, sento na cama e pego uma das sacolas. Quando tiro as "roupas" que ela escolheu, só posso presumir que há algum engano.

— Kathryn — chamo. — Alguém na loja deve ter trocado as roupas.

     Tudo o que ouço em resposta é o barulho do chuveiro.

     Torno a suspirar. Tem que ser um engano. Kathryn não escolheria uma camisa polo azul e uma calça branca de alfaiataria para mim, certo? Ela sabe que não usarei isso.

     Para piorar, ainda acho um par de sapatênis branco em outra sacola.

     Nem fodendo.

     Deixando essas roupas de lado, vou encontrá-la no banheiro. Ao ver seu corpo nu sendo banhado, quase esqueço porque estou irritado com ela.

— Você me chamou? — pergunta, virando completamente para mim quando entro no box.

— Trocaram as minhas roupas. — Entro debaixo do chuveiro com ela.

— Sério? — Kathryn despeja sabonete na esponja, franzindo as sobrancelhas. — Eu vi a vendedora colocar as roupas na sacola.

     Observo seu rosto um pouco mais. Ela está franzindo os lábios como se estivesse tentando não rir.

— A não ser que você esteja ficando louca.

     Percebo meu erro, mas já é tarde demais. Kathryn agarra meu pau, dando um aperto.

— Não chame uma mulher de louca quando você está com os seus bens expostos — avisa ela. Seu olhar tem um misto de perversidade e diversão.

— Querida — começo com calma porque ela realmente tem uma coisa muito valiosa em mãos —, eu não vou usar aquelas roupas. Eu ainda tenho algum senso de autopreservação.

     Kathryn me avalia por alguns segundos. Não sei o que ela está pensando, mas conheço esse olhar: ela está planejando alguma coisa.

      Logo, descubro o que é quando ela se ajoelha à minha frente. Erguendo a cabeça, ela me olha com falsos olhos inocentes.

— Nem se eu pedir com jeitinho, daddy? — praticamente sussurra as palavras. Então, antes que eu registre totalmente o efeito delas sobre mim, sua língua quente está em meu pau. Sinto um arrepio quando Kathryn lambe a fenda e depois chupa a cabeça.

Kathryn — tento usar um tom de repreensão, mas sai mais como uma súplica.

— Sim, daddy? — Pisca os cílios. — O senhor quer que eu pare?

     Apesar de perguntar, ela não me espera responder, engolindo mais do meu pau. Preciso apoiar a mão na parede para manter o equilíbrio. Kathryn chupa e lambe todo o meu pau antes de descer sua boca até minhas bolas enquanto sua mão continua a me masturbar.

— Porra — praguejo.

      Kathryn me observa. Eu sei o que ela está fazendo: usando suas incríveis habilidades de boquete para me seduzir. A pior parte é que ela é boa demais e mesmo sabendo disso, não consigo mandá-la parar.

       E Kathryn também sabe disso.

— Estou sendo boa, não estou, daddy? — pergunta inocentemente. Porra de apelido.

— Sim — grunho quando ela faz uma pausa para sugar a ponta antes de me deixar ir com um "pop".

— E boas garotas são recomendadas — lembra prestativamente. — Você vai me recompensar?

— Kathryn. Cacete. — Jogo a cabeça para trás, suspirando. Não apenas pelo prazer, mas porque eu sei que ela pedirá depois se eu disser "sim". No entanto, eu sou um clichê, um homem que em condições como essa não é capaz de negar nada. — Sim. O que você quiser.

     Quando olho para baixo, a filha da puta está sorrindo.

     Depois, ela me faz gozar tão forte que eu sei que valerá a pena ter que usar aquelas roupas.

☠️

     Preciso admitir que ouvir minha cunhada não foi uma escolha tão ruim. Minha primeira escolha de destino havia sido Paris, mas Genevieve aconselhou Barcelona. Ela disse que Paris é romântica demais para alguém como Kathryn. De alguma forma, entendi o que ela quis dizer. Um dia provavelmente a levarei para Paris, mas para essa nossa primeira viagem, sei que tomei a decisão certa de trazer Kathryn a Barcelona.

      Durante todo o dia, fizemos visitas a pontos turísticos e provamos a culinária argentina. Kathryn não quis um guia, porque segundo ela a experiência será mais divertida seguindo o mapa e o GPS nós mesmos. Acabamos nos perdendo duas vezes por conta disso, mas o espanhol de Kathryn nos ajudou a pedir informações.

— Humm… Isso é uma delícia! — murmura ao devorar uma ensaimada, que nada mais é do que um uma espécie de pão doce em formato de espiral, polvilhado com açúcar de confeiteiro.

— Você disse isso de todas as comidas que provamos até agora.

— É porque todas são maravilhosas. — Para provar, ela me oferece um pedaço do que está comendo. Eu aceito, dando uma mordida. Enquanto aprecio a comida, Kathryn olha para o pequeno pedaço da ensaimada que sobrou, depois franze as sobrancelhas. — Você comeu todo o meu pãozinho!

— Desculpe?

      Ela cruza os braços, fazendo cara de brava enquanto me observa mastigar a sua preciosa ensaimada. Quando termino, dou risada, mas na verdade estou com dó dela.

— Vamos comprar outro — digo, entrelaçando nossas mãos.

— Não precisa. Ficamos mais de uma hora na fila só para conseguir esses. Vamos à outro lugar. — Ela começa a me puxar em direção contrária da confeitaria, mas eu continuo onde estou.

— Não. Vamos lá pegar outros pãezinhos para você. Vou mandar fechar a confeitaria só para nós.

     Kathryn ri, passando os braços ao redor do meu pescoço. Desço minhas mãos por seu vestido até sua cintura. Ela está usando um modelo que é colado em seu corpo, vermelho com detalhes pretos, no meio das coxas. Muitos olhares, principalmente masculinos, se voltaram para ela diversas vezes durante nosso passeio. Mas Kathryn não olhou para nenhum deles e eu também não quebrei a cara de nenhum filho da puta por cobiçar o que é meu. Vê? Sou um homem evoluído.

— Você não pode fazer isso — ela diz enquanto seu cabelo voa contra o vento. Kathryn colocou uma bandana na cabeça também, no estilo camponesa. Ela consegue ser sexy e fofa ao mesmo tempo, e me deixar duro sem qualquer esforço além da sua própria presença.

— Claro que posso. E você sabe que eu faria se você pedisse.

     Kathryn penteia meus cabelos com os dedos por alguns momentos, com um sorriso tranquilo em seus lábios. Por fim, ela acaricia meu rosto e encontra meus olhos.

— Sabe, ainda estou me acostumando com isso — diz baixinho.

— Isso o quê?

— Ser amada por você. Saber que você faria qualquer coisa por mim só porque me ama. Até coisas simples como ficar horas na fila para conseguir um doce. — Seu sorriso atinge meu coração. — Eu nunca tive isso antes.

— Enfrentarei todas as filas que for necessário se for te fazer feliz — garanto a ela.

     Kathryn ri, mas há um brilho em seus olhos. Eu amo isso, que sou eu fazendo-a sorrir desse jeito e que esse olhar apaixonado é direcionado somente a mim e a mais ninguém. Que sou digno desse olhar, do seu amor, da própria Kathryn.

— Amo você — diz, me dando um selinho. — Eu também enfrentarei algumas filas por você, se necessário, contanto que eu tenha sapatos confortáveis.

      Nós dois olhamos para seus pés e os saltos brancos de tiras de amarrar que ela está usando. Então, por algum motivo, caímos na gargalhada.




     — Khalil, as pessoas estão olhando! — Kathryn sussurra-grita enquanto caminho com ela em meus braços pelo lobby do hotel.

— Deixe que olhem.

— Meus pés estão melhores. Posso andar, juro.

     Quando não lhe dou ouvidos, Kathryn suspira e volta a comer seus pãezinhos. Ficamos uma hora e meia na fila para comprar mais desses. Dessa vez, garanti que fossem vários.

     Ainda quando estávamos na fila, Kathryn começou a fazer caretas e trocar sutilmente o seu peso de um pé para o outro. Foi depois de irmos a confeitaria pela segunda vez que ela confessou estar com os pés doendo demais para irmos a Passeig de Gràcia, outro ponto turístico que ela tinha programado. Mesmo quando falei que tudo bem e logo pedi um táxi para nos trazer para o hotel, Kathryn ficou chateada, como se cuidar do seu bem estar fosse algum empecilho.

— Sinto muito. Queria que tivéssemos aproveitado mais — lamentou quando estávamos no táxi.

— E aproveitamos — a tranquilizei rapidamente. — São cinco horas. Teremos tempo de tomar banho e descansar antes de descer para jantar. Além disso, ainda temos amanhã.

      Algo muito raro aconteceu: Kathryn me deu ouvidos. Duvido que aconteça novamente tão cedo, mas fiquei feliz por hoje.

— Você deixou o carregador trazer as nossas compras sozinho — Kathryn acusa quando chegamos ao elevador.

     Não preciso responder porque o próprio ouviu minha namorada já que não estava muito atrás de nós.

— Não se preocupe, senhora, eu estou bem. Na verdade, estou sendo pago para isso — diz com um sorriso, seu inglês com um forte sotaque, e aperta o botão para chamar o elevador.

     Kathryn parece um pouco mais conformada com as palavras dele, deixando o assunto de lado. Mesmo se ela insistisse, não teríamos como ajudá-lo, a não ser que eu a colocasse no chão, algo que eu obviamente não irei fazer. Compramos muitas coisas, a maioria são roupas, mas as outras são presentes que Kathryn insistiu que levássemos para a nossa família, além de outras coisas que eu insisti em comprar depois de vê-la admirar pela vitrine uma ou duas vezes.

      Enquanto subimos para o nosso andar com Kathryn confortavelmente em meu colo, noto o olhar do carregador sobre nós. Ou melhor, sobre Kathryn. Ele não deve ter mais do que vinte anos. E eu obviamente já tive sua idade, então sei o que está se passando pela sua cabeça nesse momento enquanto admira a minha mulher.

     Ele deve sentir meu olhar nada agradável sobre ele, porque desvia sua atenção das pernas de Kathryn e encontra meus olhos. Eu não digo nada, mas pela primeira vez acredito nesse negócio de palavras no olhar, porque o garoto rapidamente abaixa a cabeça, todo seu rosto ficando vermelho. Ele fica assim até chegarmos ao nosso andar.

      Quando chegamos ao nosso quarto, Kathryn consegue abrir a porta ainda em meu colo. Assim que entramos, instruo o garoto a pôr nossas compras na sala, enquanto levo Kathryn para o quarto. Eu a deixo na cama, então volto para a sala, onde o garoto está quase saindo.

— Espere — chamo, fazendo-o parar. Posso vê-lo engolir em seco e me pergunto o que ele acha que irei fazer. Talvez eu devesse prensá-lo na parede apenas para lhe dar um susto e ensiná-lo a nunca mais cobiçar a mulher dos outros tão descaradamente, mas ele é só um menino. Kathryn me mataria se eu fizesse alguma coisa com ele. — Aqui. — Tiro uma nota de cem euros e entrego a ele.

— O-obrigado, senhor — murmura, então sai praticamente correndo.

      Tranco a porta, achando um pouco de graça da sua cara de assustado antes de ir.

     Depois, volto para o quarto. Paro na porta, me encostando na mesma e pondo as mãos dentro dos bolsos enquanto observo Kathryn. Ela já se livrou dos saltos e da bandana e agora está tirando suas joias.

      Ao me ver pelo espelho, ela me olha por cima do ombro, fazendo seu cabelo deslizar pela sua pele macia.

— Você assustou o garoto com seu olhar assassino — acusa.

— Ele estava tendo pensamentos inapropriados sobre a minha mulher.

     Por algum motivo, as bochechas de Kathryn ficam rosadas. Ela tenta disfarçar erguendo as sobrancelhas.

— E você lê mentes agora?

— Pior. Eu conheço os homens.

    Kathryn bufa.

    Afasto-me da porta e caminho até estar parado atrás dela. Beijando seu pescoço, ponho a mão sobre seu ventre.

— Por isso não podemos ter uma menina — aviso de antemão.

— Como é?

— Eu vou ficar louco sabendo o tanto de filho da puta que tem por aí, ou seja, literalmente todos que não são da nossa família. Então todos os nossos filhos serão meninos. Preciso de um pouco de paz.

— Vocês, homens Blackburn, não combinam com essa palavra, “paz”. — Kathryn afasta minha mão da sua barriga. — E não é você que decide o sexo do bebê. Não te ensinaram isso na escola?

— Eu sou um homem de fé.

     Kathryn bufa novamente, então vira para me empurrar em direção ao banheiro.

— Certo, Homem de Fé, por que você não vai logo tomar banho? Aproveita e tira essas ideias malucas da sua cabeça.

     Andando de costas, mostro minha palma para ela, meus cinco dedos levantados.

— O quê? — Kathryn questiona sem entender.

— Cinco meses. É o tempo que vou levar para te engravidar.

    Em vez de me dizer para esquecer isso outra vez, ela arqueia a sobrancelha.

— Muitos homens levariam menos de dez segundos para conseguir.

     Eu paro de andar.

— Se você está com tanta pressa para ter o meu bebê, Kit Kat, é só falar.

     Ela revira os olhos.

— Eu não vou ter a sua prole. Agora vá tomar banho.

     É o que veremos…

☠️

     O restaurante é tão elegante e sofisticado quanto o próprio hotel. Com uma decoração que mescla elementos modernos e tradicionais, o ambiente oferece uma vista deslumbrante da cidade. A culinária é um deleite para os paladares mais exigentes, apresentando pratos cuidadosamente elaborados que destacam ingredientes frescos e locais. A carta de vinhos é extensa, incluindo uma seleção premium para complementar a experiência gastronômica. O serviço impecável e a atenção aos detalhes fazem deste restaurante uma opção de excelência para os amantes da alta gastronomia em Barcelona. Eu sei que Khalil nunca escolheria nada ruim, mas confesso que sua escolha de hotel foi excelente. Com certeza não irei reclamar se ele quiser que a gente visite mais vezes.

— Agora que você voltou, acho que vou visitar meu pai em Nova York — comento com Khalil após fazermos nossos pedidos. Para as entradas, pedi carpaccio de beterraba enquanto Khalil optou por tártaro de salmão.

— Acabei de voltar e você já quer ficar longe de mim, Kathryn? — Khalil arqueia a sobrancelha.

— Você vai aguentar.

     Khalil apoia os cotovelos na mesa, me olhando intensamente. Quando ele está com esse olhar, o mundo ao meu redor some. Agora não é diferente. Para mim, é como se estivesse apenas nós dois aqui: eu, usando um vestidinho branco tomara que caia, com meu cabelo solto e um vibrante batom vermelho, e ele, com uma camisa preta de mangas compridas e gola alta, além de calças da mesma cor. Resumindo, somos dois gostosos e faz total sentido o universo ter nos unido.

— Ou posso ir com você — Khalil diz finalmente. — Podemos estender nossa viagem. Ir daqui para Nova York.

— Definitivamente não. Vamos voltar segunda de manhã e você vai direto para a casa dos seus pais.

— Uma semana a mais ou a menos não vai fazer diferença.

     Khalil volta a se recostar no seu assento. Noto a tensão em sua mandíbula mesmo quando ele tenta se esforçar para relaxar ao pegar a taça com água e levar aos lábios, dando um gole.

— Você não quer vê-los? — questiono, estranhando seu comportamento.

— Não é isso.

     Agora é a minha vez de apoiar os cotovelos na mesa.

— Então o que é? — Não estou apenas curiosa, mas preocupada. Ele discutiu com os pais ou com Eros? Não duvido muito da segunda alternativa, mas também não apostaria muito nisso. Genevieve já teria me contado ou até mesmo o próprio Eros.

     Khalil não responde e o garçom aparece com as nossas entradas.

     Quando ele vai embora, Khalil encontra meu olhar questionador.

— Deixe isso para lá por enquanto, está bem? Não é nada demais — diz ele. Não sei se acredito, mas também não insisto, respeitando seu espaço.

      Depois das entradas, dos pratos principais e dos acompanhamentos, e, é claro, três taças de vinho tinto, eu já estou um pouquinho alterada. Bebi o vinho porque Khalil e eu já tivemos aquela conversa ontem. Está tudo bem para ele, mas também não exagerei.

      A viagem de jatinho e o dia de hoje nos deram a oportunidade de conversar, mas durante o jantar, eu realmente senti que estávamos, de fato, conversando sobre coisas importantes. Khalil falou um pouco mais sobre a reabilitação e como foi importante para ele. Ele também contou que vai começar a frequentar um grupo do AA – alcoólatras anônimos. Isso me deixou orgulhosa. É tão evidente como ele está diferente. Claro, ele estava se esforçando antes de ter aquela recaída, mas agora ele está ainda mais decidido, ainda mais focado no que lhe faz bem.

      Também conversamos sobre a empresa antes das taças de vinho começarem a fazer efeito. No entanto, quando estamos comendo a sobremesa, me sinto incapaz de falar de contratos e reuniões e coisas chatas. Minha mente só está focada em uma única coisa: o quanto o homem à minha frente é gostoso pra caralho e como eu quero dar pra ele a noite toda.

— Porra — Khalil praguieja de repente. Ele está olhando para mim. Eu o estou devorando com os olhos já tem um tempo. — Não olhe para mim com essa cara de safada  quando eu não posso te foder sobre essa mesa.

     Mordo o lábio, arqueando a sobrancelha.

— Quem disse que você não pode? — pergunto, minha voz carregada com a tensão sexual que domina meu corpo. Inclino-me para frente, deixando bem visível a parte do meu decote. — Você pode… Pode me colocar sobre essa mesa e levantar meu vestido… e descobrir que estou sem calcinha… Então você vai me castigar por isso… Vai me bater até a minha bunda estar vermelha.

     A mão de Khalil flexiona sobre a mesa e ele se remexe sutilmente na cadeira. Aposto minha coleção de sapatos que ele tem uma ereção.

— E depois? — pergunta, seu tom de voz baixo e rouco, atingindo o ponto sensível entre minhas pernas, que estou apertando uma contra a outra no momento, em busca de um alívio.

     Distraidamente, faço círculos imaginários na toalha de mesa cara, olhando para ele – devorando-o com os olhos.

— Depois você vai me fazer chupar seu pau. Você vai mandar eu fazer direito, dizendo para eu deixá-lo bem molhado para quando você for foder minha boceta. Você vai me chamar de vagabunda. Vai contar a todos que eu sou sua putinha. — Aperto minhas coxas com mais força, sentindo o calor dominar meu corpo. — Então, você vai me colocar de pé de repente, porque eu sou uma "ótima chupadora de pau" — recito suas próprias palavras —, e você precisa desesperadamente me foder.

— Parece que alguém tem um ego bem grande — Khalil ronrona, malícia e divertimento em seu olhar.

     Tiro meu pé direito do salto e o coloco entre suas pernas. Khalil se sobressalta, tendo sido pego de surpresa.

— Não sou a única com coisas grandes por aqui — informo-o, apesar de saber que ele tem consciência da própria ereção que no momento eu estou acariciando com meu pé.

— O que acontece depois? — pergunta então, deixando-me acariciá-lo.

— Você me fode. Duro, rápido e com força. — Estou tentada a colocar minha mão entre minhas pernas com a imagem mental que estou criando. A que eu sei que somos capazes de realizar. — Você não se importa se temos plateia. Você só quer deixar minha boceta tão maltrata e viciada no seu pau, que vou te sentir por dias. Você quer me fazer gritar para que todos saibam quem está me fodendo… quem é o meu dono.

     Khalil não tira os olhos dos meus ao pegar a taça, e enquanto bebe a água, ele arqueia a sobrancelha, esperando que eu continue.

— E depois de me fazer gozar tantas vezes até me deixar sensível e fraca, você vai me fazer implorar para receber a sua porra. Você vai me colocar de joelhos outra vez, sorrindo enquanto eu imploro. Até que finalmente você vai gozar na minha boca, no meu rosto, nos meus seios… Vou ficar coberta de você. Marcada como sua.

     Quando termino, eu sei que, se ele fosse fazer o que eu descrevi, eu gozaria na primeira palmada que ele me desse.

     Khalil não diz nada até terminar sua água.

     Assim que põe a taça vazia sobre a mesa, ele fica de pé e estende a mão para mim.

— Vamos.

    Descalça e com os sapatos em uma mão, entrelaço a outra na dele. Assim, saímos do restaurante. A cada passo que eu dou, sinto a umidade entre minhas pernas. E fico cada vez mais molhada com a certeza do que está por vir.

— Você não terá uma foda pública e humilhante hoje, Kit Kat — Khalil sussurra em meu ouvido quando entramos no elevador. — Mas há uma surpresa para você em nosso quarto.

— Que tipo de surpresa? — Apoio-me na parede de metal e ele se aproxima, colocando uma mão ao lado da minha cabeça. A outra, ele põe debaixo do meu vestido. Eu afasto minhas pernas, soltando um gemido quando seu dedo brinca com meu clítoris.

— É um presente, na verdade.

     Quero perguntar mais, mas Khalil escorrega seu dedo pelos meus lábios, espalhando minha umidade.

      Infelizmente, é também quando as portas do elevador se abrem. Ainda não é nosso andar, mas outras pessoas entram, interrompendo o momento. Khalil se afasta, ficando ao meu lado, mas estou tão consciente do seu corpo que não presto atenção em mais nada.

     Finalmente, os intermináveis segundos passam e chegamos ao nosso andar. Khalil anda em passos largos pelo corredor e eu praticamente corro para tentar acompanhá-lo.

      Ele não demonstra pressa ao abrir a porta, no entanto, e eu puxo-o para dentro. A porta mal bateu e eu já estou pulando em cima dele, devorando sua boca. Com minhas mãos ágeis, começo a desafivelar sua calça enquanto tropeçamos até o quarto.

— Você pode dizer não, se quiser — Khalil está dizendo. — Mas você pode dizer sim, também. Não se detenha por minha causa. Lembre-se: essa noite é sobre você, ok?

      Não sei do que ele está falando, mas anuo.

     Então Khalil indica alguma coisa atrás de mim e eu me viro para ver. É então percebo que há outra pessoa no nosso quarto. Um homem que eu nunca vi antes.

     De repente, aquelas três taças de vinho parecem insignificantes.

     O estranho, que está sentado na nossa cama, com os braços para trás apoiados no colchão, sorri. Percebo que ele é bonito. Bronzeado, com cabelo castanho areia e olhos cor de amêndoas. De pé, deve ter mais ou menos a altura de Khalil, além de parecer ser do tipo que malha também. Nos meus tempos de solteira, ele com certeza seria um candidato para um foda rápida.

— Lue é um amigo — Khalil diz atrás de mim, suas mãos em meus ombros enquanto continuo parada encarando o desconhecido.

— Prazer em conhecê-la, Kate — diz Lue, ficando de pé. Demoro um pouco para entender suas palavras por causa do seu forte sotaque.

— Ele é australiano — Khalil diz. Isso explica o sotaque.

— E o que ele está fazendo aqui, no nosso quarto? — pergunto calmante, não retribuindo o cumprimento de Lue.

     Lue ergue os olhos para Khalil, arqueando a sobrancelha. Ele parece divertido.

— Vou esperar lá fora — diz, então. Assim que ele vai para a varanda, viro-me para Khalil.

— O que o seu amigo está fazendo aqui? De onde vocês se conhecem?

— Escola. Ele fez intercâmbio. Ele foi a Chicago algumas vezes nos últimos anos e acabamos mantendo contato.

— Vocês…

— Não. Não faço ideia se esse é o lance dele, na verdade. — Khalil segura meu rosto, acariciando minhas bochechas enquanto observa atentamente minha expressão. — No jatinho, vi uma postagem dele no Instagram e soube que ele estava aqui.

— Certo… — murmuro, esperando o resto.

— Eu disse que realizaria todas as suas fantasias, não disse? E há uma específica que nunca tentamos.

     Há apenas uma das minhas fantasias sexuais que não tentamos ou falamos sobre ainda porque parecia muito absurda: sexo à trois.

— Você não está falando sério — digo então, mesmo que eu sinta… algo se agitar dentro de mim com a ideia.

— Achei que Lue seria a escolha perfeita — Khalil continua. — Podemos confiar nele.

     Pisco uma vez. Então de novo. Três taças de vinho são capazes de levar alguém a alucinar? Se não for, serei o primeiro caso registrado na história, porque nem fodendo isso está acontecendo.

— Khalil — começo, então solto uma risada porque isso parece muito absurdo. — Meu amor, você ameaçou quebrar o nariz de Brody uma vez porque ele estava olhando para mim, mas está dizendo agora que tudo bem se outro cara me tocar? Literalmente… me foder?

     Em vez de dar uma explicação lógica, Khalil me beija. Já entendi que quando ele me beija assim, é porque quer que eu pare de falar. Eu deveria me sentir ofendida, mas não tenho armas contra esse homem e apesar do que quer que esteja acontecendo nesse quarto com aquele estranho lá fora, esse beijo me lembra que ainda estou excitada.

— Eu te amo e confio em você — Khalil diz contra os meus lábios. Seus olhos são tão sincero. — Quero tentar tudo o que você quiser. Quero realizar todas as suas fantasias. Quero dar a você o que ninguém nunca deu antes. Então, se você quiser que Lue fique, prometo não matá-lo.

     Eu acho lindo que ele esteja fazendo isso por mim, mas ainda me sinto hesitante. Quer dizer… Quem diria que o Khalil todo "Você É Minha E Eu Vou Matar Qualquer Outro Que Chegar Perto De Você", estaria tão aberto a ideia do sexo a trois?

— Não sei se é uma boa ideia — confesso. Khalil pode dizer que está bem com isso, mas na prática pode ser outra história.

— Não vou insistir se você não quiser, mas antes de um não definitivo, podemos fazer um teste.

    Penso sobre isso. Sexo à trois sempre me excitou. A ideia, óbvio, já que nunca participei, mas conheço pessoas que já fizeram e confesso que também já assisti alguns pornôs desse tipo. Já tive ótimos orgasmos me imaginando sendo penetrada por dois homens. O poder, a sensualidade e prazer nisso… Definitivamente essa possibilidade está me excitando muito agora. Principalmente porque poderei ter essa experiência com Khalil. Eu me sentiria muito mais segura com ele lá, em vez de dois estranhos.

     Por isso, resolvo dar uma chance.

— Ok — respondo.

— Vou chamar Lue.

    Khalil me dá mais um selinho e vai para a varanda em busca do nosso convidado. 

    Já eu, uso esse rápido momento para respirar fundo e controlar meu nervosismo. Sempre fui confiante no sexo, mas a situação agora é nova e completamente diferente, então, sim, estou um pouco nervosa com a situação.

     Ouço passos quando os dois homens entram no quarto, mas não me viro, apesar de relaxar meus ombros, espantando o nervosismo.

     Um segundo depois, sinto mãos em minha cintura e um corpo quente e musculoso sendo pressionado ao meu. Eu sei que não é Khalil por causa da colônia, mas mesmo assim permito sua aproximação. Bem como seus lábios em meu pescoço.

— Oi de novo — ele murmura.

— Oi — respondo sobre a minha respiração quando sinto suas mãos se moverem mais para cima. Seu toque é desconhecido, mas não me causa desconforto.

     Sua ereção é firme contra minhas costas enquanto ele se esfrega em meu corpo. Viro meu rosto, esperando encontrar sua boca pronta para me beijar, mas Lue afasta sutilmente seus lábios, rindo levemente.

— Ele não disse? — Lue questiona. — Beijos na boca estão proibidos.

     Procuro Khalil e encontro atrás de nós, nos observando pelo espelho. Ele está na porta da varanda, com os braços cruzados. Sua expressão é neutra, então não sei dizer se ele está silenciosamente tendo uma crise de ciúmes ou não.

— Me foder tudo bem, mas beijar na boca já é demais? — pergunto, arqueando a sobrancelha. Lue ri baixinho contra o meu pescoço antes de morder o lóbulo da minha orelha. Sinto um arrepio. Da porta, Khalil acompanha tudo com seus olhos observadores.

— Eu tenho meus limites — é a resposta dele. Seu tom também é neutro. Instantaneamente começo a ficar nervosa com sua neutralidade.

— Você ficou tensa de repente — Lue observa, parando suas carícias. — Tudo bem?

— Sim. Desculpe — respondo talvez um pouco rápido demais.

— Apenas relaxe.

     É mais fácil falar do que fazer, principalmente com a atenção de Khalil sobre mim, mas eu faço um esforço. Quando suas mãos alcançam meus seios, solto um suspiro, fechando os olhos. Suas mãos são tão grandes quanto as de Khalil. Mesmo através do tecido, Lue consegue explorar e brincar com meus seios até meus mamilos estarem empurrando o tecido do vestido.

     Eu sei que ele está aqui antes mesmo de senti-lo. Não tenho tempo de abrir os olhos para encarar Khalil porque logo sua boca está na minha. Algo desperta dentro de mim com esse beijo. Meu corpo relaxa e acorda ao mesmo tempo. É como se finalmente eu estivesse completa. Khalil me conhece. De alguma forma, ele sentiu que eu precisava dele. Que eu precisava disso.

     Esse beijo não tem o carinho daquele de mais cedo. Pelo contrário, tem a brutalidade e a possessividade que também já estou acostumada. Ele segura meu rosto, me prendendo contra ele até ele dizer que já basta. Eu não reclamo disso. Meu clítoris pulsa, dolorido e minha boceta anseia por atenção.

     Como se sentisse isso, Lue cai de joelhos. Logo em seguida meu vestido é levantado, expondo minha bunda nua.

— Porra. — Ouço Lue praguejar. Talvez eu o tenha pego de surpresa com o fato de não estar usando calcinha.

     Lue amassa minha bunda em suas mãos e chega a me dar uma mordida. Mas é quando sinto sua boca na minha boceta que solto um gemido, quebrando o beijo com a surpresa deliciosa do raio de prazer que percorre meu corpo.

— Você gosta disso, vadia? — Khalil murmura, observando meu rosto enquanto me contorço de prazer com as lambidas e chupadas de Lue.

     Anuo, mordendo o lábio.

     Khalil não desvia seu olhar do meu ao descer uma de suas mãos para o meu pescoço. Ele aperta, limitando minha respiração apenas o suficiente para me dar prazer, e com a outra mão encontra meu clítoris. Choramingo quando Khalil começa a esfregar meu ponto sensível. Por instinto do meu corpo, pressiono ainda mais minha bunda contra o rosto de Lue.

— Aí está a minha puta gananciosa — Khalil diz. Há um indício de um sorriso em seu rosto. — Promete ser uma puta obediente para nós essa noite, Kit Kat?

    Faço que sim, sentindo um tremor nas pernas. Estou tão perto…

     Sinto a ardência em meu rosto antes de registrar o tapa.

— Palavras, Kathryn — Khalil me lembra antes de voltar a me enforcar. Lue geme contra a minha boceta, me levando quase ao limite. 

— Prometo que serei boa — consigo dizer, minha voz ofegante.

     Khalil devora minha boca outra vez. Ele é ainda mais brutal. E eu simplesmente amo isso.

     Estou prestes a brincar com ele que já passamos no “teste”, quando sou pega de surpresa: a língua de Lue lambendo a fenda da minha bunda, seguido dele pressionando-a no meu buraco apertado. E como se isso não fosse o suficiente para me levar ao limite, Khalil escorrega seus dedos entre os lábios da minha boceta até a minha entrada. Assim, os dois me fodem. Um, investindo a língua em meu cu e me abrindo mais aos poucos e o outro com três dedos na minha boceta, metendo tão rápido que não fico surpresa com o orgasmo arrebatador que me atinge, me tirando longos e altos gemidos dos quais não me envergonho nem um pouco no momento.

— Foda-se. Ela é gostosa pra caralho — Lue diz, ficando de pé.

— “Ela” está bem aqui — minha voz está entre um resmungo e um sussurro enquanto me recupero.

     Khalil me dá um tapa na bunda.

— Não seja malcriada com o nosso convidado — repreende.

     Fecho minha boca.

     Vejo o olhar de aprovação de Khalil, o que me agrada.

— Vá para a cama — ordena.

     Recomponho-me, obrigando minhas pernas a funcionarem e caminho até a cama. Ainda estou vestida, mas Khalil não mandou que eu tirasse o meu vestido, então apenas subo na cama e me deito no colchão enquanto espero.

     Lue é o primeiro a terminar de se despir. Seu peito tem um leve caminho de pelos, que desce pelo seu umbigo até o ninho loiro entre suas pernas. Ele está segurando seu pau totalmente duro em sua mão, se acariciando ao subir na cama. Fico com água na boca. Lue não é Khalil – nem chega aos pés, na verdade –, mas posso admitir que ele é bonito e sexy também.  O que significa que serei fodida por dois homens gostosos. Se isso não é o paraíso,  o que é então?

— Tire o vestido dela — Khalil ordena. Ele está tirando suas próprias roupas, mas não parece ter pressa. Eu o conheço, no entanto, e sei o que aquele olhar selvagem significa: ele não vê a hora de me foder.

     Lue obedece e quando estou nua – porque tudo o que eu tinha era aquele vestido – Khalil se junta a nós na cama.

— Tudo bem? — questiona. Eu anuo, um sorriso se formando em meu rosto. Está mais do que bem. — Está pronta para ter nós dois de uma vez?

     Quando anuo novamente, ele me dá um olhar.

— Sim, eu estou — respondo então.

     Ele faz um sinal para que eu lhe dê espaço e eu rolo para o lado, ficando de quatro em seguida. Enquanto Khalil se ajeita na cama, Lue me dá um tapa na bunda. Olho para ele por cima do ombro e lhe dou um sorriso que diz que estou muito ansiosa para o que está por vir.

     Lue solta um gemido de sofrimento, acariciando seu pau mesmo com a camisinha.

— Não posso mesmo beijá-la? — pergunta a Khalil.

— A não ser que queira ficar sem suas bolas — Khalil responde.

     Lue resmunga algo parecido com “isso é injusto”, enquanto eu apenas rio baixinho antes de montar em cima de Khalil.

     Diferente de Lue, Khalil não está usando camisinha, e assim que estou montada sobre ele, observo seu rosto ao deslizar sobre o seu pau. Khalil grunhe alguma coisa, a tensão dominando seu corpo. Ele me puxa para um beijo, entrelaçando seus dedos em meu cabelo de um jeito rude enquanto sua boca devora a minha. Ele tem gosto de menta e morango e sedução. Gemo contra sua boca, aturdida com esse beijo ao me esfregar contra sua ereção.

    Atrás de mim, sinto os lábios de Lue em minhas costas quando ele me beija enquanto suas mãos vagueiam pelo meu corpo. Ele aperta meus seios e belisca meus mamilos a ponto de doer, como Khalil costuma fazer. É claro que isso me excita, fazendo-me pressionar minha bunda contra a ereção de Lue.

     Lue murmura alguma coisa, e em seguida, seu corpo não está mais perto do meu. No entanto, ele não demora. Ouço um click de algo se abrindo antes de Lue voltar. Quando me toca, deslizando seus dedos pela fenda da minha bunda, até o meu buraco, sinto algo gelado em seus dedos. Isso me causa um arrepio e me tira um gemido ao mesmo tempo. Khalil abafa meus ruídos enquanto estremeço de excitação ao sentir os dedos do seu amigo pressionarem meu buraco. Ele aparentemente encharcara seus dedos de lubrificante, o que explica a coisa gelada que senti, tornando mais suave o que está fazendo.
    
     Com isso e o pau de Khalil entre nossos corpos, pressionando meu clitóris, fazendo-me gemer mais alto, está me enlouquecendo, fazendo-me moer meus quadris, implorando silenciosamente por mais.

— Mmhmm… — murmuro ao sentir os dedos de Lue se moverem mais rápido, preparando-me para o que em breve será o seu pênis me preenchendo.

     Fica tensa por instinto quando Lue finalmente consegue entrar, apenas um pouco, mas o suficiente para me dar o choque familiar que é ter alguém me fodendo ali. Quebro o beijo, revirando os olhos e empurro para trás, querendo,  necessitando de mais.

— Ela é tão apertada — Lue murmura, deslizando para trás e colocando de volta, só que mais fundo dessa vez.

— Você está sendo uma boa garota, Kit Kat — Khalil sussurra em meu ouvido quando deixo minha testa descansar em seu ombro.

     Tento responder, mas o dedo de Lue recua e quando empurra novamente, acrescenta outro.

— Mais — consigo murmurar. Está tão bom…

    Lue obedece, empurrando três dedos dentro de mim, indo e vindo, me alargando e me esticando até eu estar gemendo e balançando meus quadris contra seus dedos, ao mesmo tempo que esfrego meu clitóris contra o pau de Khalil. O último geme em meu ouvido e segura minha bunda com ambas as mãos, me expondo ainda mais para Lue.

     Tomo a boca de Khalil, beijando-o com toda a necessidade que está em mim. Entrelaço minhas mãos em seu cabelo, puxando-os tanto que eu sei que deve estar doendo, mas ele não reclama, apenas grunhe, dando um tapa forte na minha bunda.

— Por favor — choramingo. Não aguento mais. Já estou pronta e preciso gozar.

— Posso ir primeiro? — Lue pergunta. Posso sentir a necessidade na sua voz.

— Sim, mas seja gentil — Khalil responde.

     Suas vozes nublam minha cabeça enquanto meu clitóris pulsa com desejo. E o calor dos nossos corpos juntos… Isso é incrível e mal começou.

     Os dedos de Lue saem, e tão rápido quanto eles foram, sinto a cabeça do seu pau na me cutucar até onde estavam segundos atrás.

— Oh, porra — murmuro contra a boca de Khalil. Eu acharia que Lue nunca caberia, mas se Khalil coube daquela vez,  eu sei que Lue também pode, mesmo parecendo que ele irá me dividir ao meio agora.

— Use a palavra de segurança se quiser parar — Khalil diz para mim.

     Encaro seu rosto. Por debaixo de todo o desejo e a excitação, há uma preocupação genuína. É claro que há. Mesmo a prova de que ele está gostando disso estar entre nós dois no momento, Khalis jamais hesitaria em parar se eu pedisse ou demonstrasse que não estou gostando. Como sempre, ele está priorizando minhas emoções em vez do próprio desejo. Existem muitas pessoas por aí que não entendem como isso é importante. Por isso eu o amo ainda mais por fazer parte da porcentagem que entende.

— Ok — asseguro-lhe. — Eu quero isso.

     Como se estivesse esperando essa confirmação, Lue empurra seu pau mais para dentro. Beijo Khalil para aliviar a pontada inicial de desconforto. Dura alguns segundos nos quais eu tento respirar e relaxar novamente, me acostumando com a sensação de ser penetrada ali. Lue geme em minhas costas, então finalmente ele rompeu a última barreira, entrando completamente dentro de mim e fazendo uma sensação avassaladora atravessar meu corpo.

— Porra — Lue está dizendo ao pressionar sua testa em minha nuca. — Caralho. Você é incrível, Kate. Tão quente, porra…

    Rolo meus olhos de prazer quando Lue sai quase totalmente, antes de voltar com força. Estremeço com o quão fundo ele está dentro de mim.

— Vamos colocá-lo dentro de você — Lue sussurra em meu ouvido. Eu concordo, porque preciso desesperadamente de Khalil dentro de mim também. Achei que poderia sentir um pouco de medo ao levar os dois ao mesmo tempo, já que nunca fiz isso antes, mas além de excitação e desejo, tudo o que sinto é segurança. Confio em Khalil, e ele em Lue, eu sei que tudo ficará bem.

      Lue abraça minha cintura com um braço, me erguendo o suficiente apenas para Khalil posicionar seu pau na minha entrada. Quando me abaixo de novo sobre ele, gemidos de nós três ecoam pelo quarto quando eu deslizo totalmente no seu pau.

     Isso está mesmo acontecendo. Estou sendo fodida por dois homens ao mesmo tempo. E é… incrível.

     Minha pele inteira está zumbindo enquanto um nó de antecipação se forma em meu estômago. Abro os olhos, encontrando o olhar de Khalil.

— Você é perfeita — murmura, seus olhos vidrados. Inclino-me para beijá-lo e é quando os dois começam a me foder.

      O ritmo deles é rápido se movendo juntos, parando apenas para retirar ambos os paus quase completamente antes de me invadirem com força de novo. Fazem isso repetidamente até estarmos os três ofegante e suados.

— Está nos sentindo dentro de você, Kit Kat?  — Khalil sussurra em meu ouvido. Sua voz me excitando ainda mais. — É como você imaginou que seria?

— Melhor — sussurro de volta, sentindo que estou por um fio. — Muito melhor…

     Apoio-me em Lue, precisando de algo para me segurar. Ele beija meu pescoço e percorre sua mão até meu clitóris dolorido, começando a acariciá-lo, me empurrando ainda mais até a borda. Estou tão perto…

     Mas eles mudam o ritmo quando veem que estou perto de gozar. Sinto-me como uma boneca, servindo apenas meus buracos para o prazer deles… e o meu, já que não me importo nem um pouco,  pelo contrário, tenho certeza que estou implorando que eles não parem.

     Com a ajuda dos dois, sou orientada a deslizar para frente, pelo pau de Khalil e para trás, de encontro com os quadris de Lue. Esse novo ritmo permite uma fricção maravilhosa no meu clitóris e eu acelero meus movimentos. Para frente e para trás.

    Para frente e para trás.

    Para frente e para trás.

    Para frente e para trás.

    Para frente e para trás…

    Eu sei que vou gozar em poucos segundos. Pelo menos eu acho que sim porque está tão bom, e eles estão me preenchendo tão bem…

     Mas…

     Mas eu preciso de mais do que isso.

— Me bate — peço a Khalil. Não me envergonho do meu pedido, não quando Khalil sabe do que eu gosto e entende do que eu preciso.

     Seu sorriso tem um misto de crueldade e safadeza.

— Essa é a minha putinha — diz.

     Logo em seguida esbofeteia meu rosto.

     A picada de dor me faz gemer e encontrá-los mais rápido enquanto Lue segue o exemplo de Khalil e dá um tapa forte na minha bunda. Eu grito, agarrando os lençois da cama com o quão forte meu orgasmo está vindo.

     De repente, minha respiração é cortada quando Khalil agarra meu pescoço. Ele me segura próximo ao seu rosto.

— É assim que você gosta, vagabunda? — Sua pergunta é seguida por um tapa na minha outra bochecha. — Gosta de ter dois paus te preenchendo?  — Eu anuo. — Palavras.

— Sim, senhor — consigo sussurrar quando ele afrouxa seu aperto.

     Lue me dá outro tapa, então de novo quando, percebo um pouco horrorizada, começo a implorar por mais.

    Isso os enlouquecem. Enquanto Lue segura apertado minha bunda, Khalil segura meus quadris, ambos me mantendo parada. Então começam a estocar dentro de mim. Mais rápido e mais forte que antes, enquanto fico parada, apenas levando os dois. Sentindo-me ser preenchida como nunca fui antes. Não consigo explicar o quanto é incrível e único o que estamos fazendo, nem mesmo sei se consigo compreender ao todo, de tão bêbada de prazer que eu estou.

     De repente, isso tudo é demais. O êxtase e a libertação correm nas minhas veias, atingindo meu núcleo quando o prazer explode em mim.

— Goze, Kathryn — Khalil manda, sem fôlego, me conhecendo tão bem. Gostaria de gozar com eles, de esperar, mas estou no limite e não tenho controle sobre mim mesma agora.

     Deixo o orgasmo me dominar, estremecendo com tanta força e sendo tão consumida por essa sensação avassaladora que posso jurar que vi estrelas explodindo atrás das minhas pálpebras fechadas.

     Como uma reação do meu corpo, mesmo com meus espasmos, aperto ainda mais seus paus dentro de mim, arrancando longos gemidos dos homens.
    
    Lue bombea mais forte e mais rápido, fazendo meu corpo tremer, enquanto murmura em outra língua, seu corpo enrijecendo. Ele geme longamente contra minhas costas, seu abdômen tensionando contra minhas nádegas.

     Khalil dá mais algumas estocadas, buscando seu próprio clímax, enquanto suas mãos deslizam para minhas costas e ele me abraça, puxando meu corpo até eu estar pressionada contra ele. Agarro seus cabelos enquanto Lue sai de dentro de mim.

     Meu corpo está exausto e não sei de onde tiro forças, mas Khalil e eu começamos a foder, agora apenas nós dois. É rápido porque ele já está no seu limite, mas ainda posso sentir os resquícios do meu orgasmo em meu corpo e estar aqui, montando em cima dele, com meu clitóris sendo atingindo com toda essa fricção, é impossível não gozar também. Quando geme alto contra minha boca, explodindo sua porra dentro de mim, eu gozo novamente, e é quase tão forte quanto da segunda vez.

    Alguns segundos depois, saio de cima de Khalil, caindo no espaço entre ele e Lue. Nós três ficamos aqui, apenas respirando e olhando para o teto por um tempo.

    Até Lue dizer:

— Quero foder a boceta dela na segunda rodada.

— Tiramos no cara ou coroa — Khalil responde.

    Reviro os olhos, fazendo um som de indignação… Mas nós três sabemos que eu não irei rejeitar nada, principalmente se houver outras posições envolvidas…

   
    

☠️

OLHA SO QUEM VOLTOOOUUUU

Primeiramente, mil desculpas pela demora, eu sei como é chato, mas obrigada por não terem desistido de mim ou dessa história! Eu estava com muita dificuldade para escrever nos últimos meses, mas finalmente consegui voltar um pouco com a minha rotina.

Pra quem não me segue no ig ou aqui, fiquem sabendo que Desejo Insaciável está FINALIZANDO. Isso mesmo. Só falta agora revisar os capítulos e fazer alguns ajustes. Vou tentar voltar com a rotina de postar postagem, mas não prometo nada, hein!

Enfim, espero que tenham gostado desse capítulo e estejam preparadas para os próximos...👀🖤

Até sexta...💋

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2bjs, môres♥


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