
0.7 | 𝗢 𝗠𝗢𝗧𝗢𝗤𝗨𝗘𝗜𝗥𝗢
9 𝖤́ 𝖱𝖴𝖨𝖬
— ME SENTI em uma cena do filme 'Premonição', tio Marcus, —Holly comentou do banco de trás do carro, que era da sua tia Theresa. Ela estava explicando ao tio sobre a morte bizarra de Booker Grassie.
— O que é isso aí? — Mike perguntou de repente, pegando na pochete que Marcus usava. — Tá levando as bolas apertadinhas aqui?
Holly fez uma careta ao ouvir a conversa.
— Sinceramente, nem uma das minhas bolas quer ficar aqui com esse maluco chato, — Marcus respondeu, olhando para Mike.
— Sem comentários sobre suas genitais, repito, sem comentários sobre suas genitais,— Holly falou apressadamente. — Temos uma criança no carro.
— Você não é uma criança, Holly, — Mike respondeu, mas o mini Marcus fez um barulho engraçado com a boca. Mike se virou, vendo o bebê conforto ao lado da sobrinha.
— Tô falando desse bebê, tio Mike,— Holly apontou para o garotinho que tinha um sorrinho banguela em seu rosto, fazendo-a sorrir para o afilhado. Afinal, ela era a madrinha do mini Marcus.
— Você trouxe o mini Marcus para uma investigação de homicídio? — Mike se virou, olhando para Marcus com incredulidade.
— Vamos deixar ele no SPA, — Marcus explicou.
— Vamos deixar ele no SPA,— Mike repetiu com um tom zombeteiro. — O Carver tá com medo, ele não vai esperar, mano.
— É no caminho, Mike,— Marcus respondeu, olhando de soslaio para o ex-parceiro.
Holly observava tudo quietinha lá atrás, afinal, era divertido ver os dois 'brigando' como gato e rato.— E o que o cara que atirou em mim quer com um rato que nem o Carver Remy? — Mike se questionou.
Holly murmurou baixinho: — Uma boa pergunta.
— Tô te levando lá pra descobrir, ô cuzão,— Marcus falou, irritado.
Holly tampou os ouvidos do mini Marcus. —Linguagem, por favor.
Marcus se lembrou do neto e se virou. — Opa, desculpa a boca, mini Marcus. O vozão não devia xingar desse jeito, só que pra aturar gente como esse tal de Mike não tem opção, porra.
— Tio Marcus, — Holly o repreendeu, tampando novamente as orelhas do mini Marcus.
— Desculpa, falei de novo, — Marcus disse, rindo.
O mini Marcus balbuciava e sorria, alheio à discussão ao seu redor. Holly não conseguia deixar de rir da situação, apesar da seriedade da missão. Era uma cena familiar, com toques de humor que só a dinâmica única entre Mike e Marcus poderia proporcionar.
— Entregar o bebê ali,— Marcus olhou para Mike assim que estacionou o carro em frente ao SPA.
— Ah, eu não vou entrar,— Mike falou, cruzando os braços e franzindo a testa.
— Então não vai descobrir quem quer te matar,— Marcus disse, com um sorriso no rosto, claramente se divertindo com a situação.
Mike se virou para a sobrinha, que ao notar o olhar do tio, balançou a cabeça repetidamente, um sinal claro de que não queria se envolver.
— Tira o meu da reta, lá eu não entro,— Holly cruzou os braços. — A tia Theresa vai ficar uma fera."
— Tá, e eu entrar ali, eu sei quem vai me matar,— Marcus começou a falar, levantando uma sobrancelha. — Theresa Burnett."
— Parem de sacanagem. Um de vocês peguem o bebê e entrem logo,— Mike insistiu, impaciente.
— Dobro e passo para o próximo,— Holly se inclinou para frente, olhando diretamente para Mike. — E o próximo é o senhor, tio Mike,— dando uma batidinha no ombro dele com um sorriso travesso.
— Mike, o Carver tá com medo, ele não vai esperar o dia todo,— Marcus usou a fala de Mike contra ele mesmo, aproveitando a oportunidade para provocar o amigo.
— Ah, tá, falou,— Mike tirou os óculos de sol e abriu a porta do carro com um suspiro resignado.
— A gente se vê depois, mini Marcus,— Holly olhou para o bebê com carinho. — Tia Holly te ama, — ela se inclinou, depositando um beijinho na testa do pequeno em despedida antes de Mike o levá-lo.
O carro ficou em silêncio por alguns segundos, até Holly quebrar o gelo.
— Aposto 10 dólares que o tio Mike vai sair correndo de lá porque a tia Theresa vai ficar muito zangada,— Holly disse, divertida, olhando para Marcus com um sorriso desafiador.
— Fechado,— Marcus olhou para a sobrinha, sorrindo de volta, aceitando a aposta.
Não demorou muito até verem Mike saindo correndo do SPA, com uma expressão de pânico.
— O que você fez? — Holly perguntou, arregalando os olhos em surpresa.
— Ela tá vindo? — Marcus perguntou, olhando nervosamente para Mike que abria a porta do carro com pressa.
— Vai, vai, vai!— Mike falou apressadamente, apontando para frente enquanto olhava para a porta do SPA.
— Ela tá vindo. Ah, que merda,— Marcus murmurou, arrancando com o carro rapidamente, o motor rugindo enquanto se afastavam do SPA.
Já a uma distância segura do SPA, Marcus perguntou, tentando entender a situação.
— Mike, você conhece a Theresa há muito tempo. Acha que ela tá muito puta?
— Como assim? Tipo de 1 a 10? — Mike perguntou, tentando medir a gravidade da situação.
— E 10 tipo...— Marcus começou a falar, mas Mike o interrompeu.
— Tipo quando eu terminei com a mãe da Holly, sua irmã? — Mike perguntou, referindo-se a um fato do passado que não podia ser esquecido. Holly Burnett quase teve Mike Lowrey como seu padrasto.
— Não, aí sou eu no 10, —Marcus respondeu, rindo.
— É,— Mike murmurou, pensativo, lembrando-se dos tempos antigos.
— E porque tinha que me lembrar disso agora? — Marcus reclamou, sacudindo a cabeça.
— Tá, tá, eu só queria...— Mike mexia as mãos, tentando se explicar.
— A Theresa no 10 é tipo...— Mike o interrompeu novamente.
— Eu naquela vez que você derramou aquele frappuccino na minha Ferrari.
— É, é isso aí, tipo isso, — Marcus balançou a cabeça em confirmação, lembrando-se da cena.
— Ah, então ela deve estar no 9, — Mike deduziu, pensando alto.
— 9? —Marcus perguntou, surpreso. — 9 não, não...
— 9 é ruim, — Holly afirmou, franzindo a testa.
— Acho que vai para 10,— Marcus falou, mostrando um pacote de lencinhos de bebê —Esqueci de deixar o lencinho também.
— Ah, que tragédia,— Mike comentou sarcasticamente, revirando os olhos.
— Você vacilou, tio Marcus, você vacilou, —Holly disse, rindo da situação.
— Obrigado por me lembrar, amada sobrinha,— Marcus falou, olhando para ela com um tom irônico.
— De nada, tio,— Holly respondeu sarcasticamente, voltando seu olhar para a janela, observando as ruas de Miami passarem rapidamente enquanto esperava chegarem no apartamento de Carver.
— Você tá parando? O sinal tava no amarelo e a gente tá com pressa,— Mike reclamou assim que Marcus parou em frente à faixa de pedestres. — Qual é? — Holly desviou o olhar da janela, observando os dois, e viu um grupo de mulheres passando, rindo. Mike começou a colocar os óculos escuros, tentando se esconder.
— Ei, que foi? Tá com vergonha de te verem nesse carro? — Marcus perguntou, olhando para o ex-parceiro com um sorriso provocador.
Holly viu o tio começar a buzinar enquanto gritava.
— Oh, Mike Lowrey tá aqui! — Marcus buzinou novamente. — Mike Lowrey em um Nissan Quest! — Ele buzinou mais uma vez. — Tá todo mundo cagando, Mike, — ele disse, olhando para o amigo com um sorriso malicioso.
— Ele é o meu Uber, galera,— Mike gritou de volta para as mulheres, tentando manter sua dignidade.
Holly observava a cena, rindo tanto que quase não conseguia respirar. Andar com a sua família era sempre uma diversão garantida, e ela amava esses momentos.
As mulheres continuaram a rir e a andar, sem dar muita atenção à provocação de Marcus.Mike olhou para Marcus com uma expressão de frustração, enquanto Marcus dava de ombros e soltava uma risada.
— Você é impossível, sabia? — Mike disse, ainda tentando se recuperar da provocação.
— Ah, relaxa, Mike. Às vezes, é bom se divertir um pouco, — Marcus respondeu, piscando para Holly pelo retrovisor.
Holly deu uma risada alta, balançando a cabeça. — Vocês dois nunca mudam, né?
— Não mesmo, — Marcus respondeu, acelerando o carro quando o sinal ficou verde. — E é por isso que você nos ama, certo?
— Certo, — Holly concordou, sorrindo. Ela adorava a dinâmica entre os dois. Era caótica, mas sempre trazia um pouco de luz e alegria, mesmo nos momentos mais tensos.
Enquanto Marcus voltava a dirigir, Holly pensou em como esses momentos descontraídos eram importantes. Eles aliviavam a tensão e fortaleciam os laços entre eles, lembrando-a do quanto sua família significava para ela.
Não demorou muito para Marcus parar em frente ao apartamento de Caver. Holly saiu do carro e colocou seus óculos no rosto, observando ao redor enquanto fechava a porta do carro. O bairro parecia tranquilo, mas uma tensão no ar deixava claro que algo estava prestes a acontecer.
— Uma parte importante de combater o crime é estar um passo à frente do criminoso, — Mike comentou enquanto começavam a caminhar pela calçada. — E não tem que parar, porque se você vai para cima, eles saem voando.
Nesse momento, o som de algo caindo em cima de um carro, seguido pelo vidro se quebrando, fez o trio parar abruptamente. Era um barulho alto e súbito que ecoou pela rua.
— Eu acho bom ser um cofre ou um piano, — Mike disse, apontando o dedo para o céu, tentando manter o humor em meio à tensão. Ele olhou para Marcus, que parecia não estar acreditando no que estava acontecendo.
Holly se virou rapidamente, vendo um corpo jogado em cima do carro da sua tia Theresa. O corpo, pela descrição, parecia ser de Caver Remy. O impacto havia afundado o teto do carro e espalhado estilhaços de vidro por toda parte.
— Se a tia Theresa já estava brava, não quero nem ver agora, — a morena falou, analisando a situação do carro com uma expressão preocupada.
— É o carro da minha mulher! — Marcus gritou, visivelmente chocado. Seu rosto estava uma mistura de incredulidade e raiva.
— E o rato do Caver Remy, — Mike adicionou, observando o corpo. Ele se aproximou com cautela, examinando os arredores.
— Não sabemos se é o Caver Remy, pode ser qualquer um,— Marcus retrucou, ainda em choque e tentando processar a situação.
— Vigia a porta da frente,— Mike ordenou, sacando sua arma e correndo em direção ao prédio sem hesitar.
— Ei, eu tô aposentado! Eu sou civil! — Marcus gritou, mas seu instinto policial falou mais alto. Ele deu um passo para frente, sentindo-se dividido entre a necessidade de ajudar e o desejo de manter-se fora de perigo.
Marcus se aproximou do carro e começou a fazer sons de vômito ao ver o estado do corpo. A visão era grotesca, com sangue e vidro espalhados por todo lado.
— O tio Mike está certo, — Holly disse, analisando o corpo de perto. — Esse com certeza é Caver Remy. — Ela sentiu um frio na espinha ao confirmar a identidade do homem.
— Isso é um sinal, um sinal de Deus, — Marcus murmurou, e seu celular começou a tocar. — Ai não, ela sabe, ela sempre sabe. — Ele olhou para o telefone, vendo o nome de Theresa na tela.
— Liga para a polícia, vou atrás do tio Mike,— Holly falou, sacando sua própria arma da cintura e se preparando para correr.
— Preciso de reforço no hotel Broadmoor,— Marcus disse ao telefone, pedindo apoio. Ele sabia que a situação estava prestes a piorar.
De repente, o som de vidro se quebrando fez Holly, que estava prestes a correr para o hotel, e Marcus, que estava ao telefone, se virarem. Eles viram Mike e o atirador voarem de uma janela do que parecia ser o terceiro andar, em uma luta desesperada.
— Puta merda,— Holly esbravejou antes de correr para dentro do hotel, subindo as escadas o mais rápido que podia. Cada passo ecoava no corredor estreito e escuro.
A respiração de Holly estava ofegante à medida que ela corria para chegar lá em cima. Quando chegou na sacada, viu seu tio pulando para o telhado verde. A morena correu e avistou o atirador correndo por ele também, saltando entre os prédios com uma agilidade assustadora.
Ela apontou a arma em direção ao homem de roupas pretas e capacete. Com um suspiro, ela atirou, acertando seu braço de raspão propositalmente, apenas para desestabilizá-lo. Funcionou, pois ele rapidamente se virou para a sacada e a viu.
Isso deu a chance de Mike se jogar, agarrando as pernas do atirador e fazendo-o cair. Ambos rolaram e caíram na calçada do hotel com um baque ensurdecedor.
— Porra, — Holly disse, se virando e correndo novamente para o térreo. Sua mente estava a mil, tentando antecipar os próximos movimentos.
Quando chegou lá, viu apenas seus tios em pé, olhando para o horizonte da pista à frente deles. Foi aí que ela soube que o motoqueiro atirador havia escapado, desaparecendo nas ruas movimentadas da cidade.
— Mas que porra, — Holly disse ao se aproximar dos tios, começando a ouvir o som das sirenes ao longe. Ela respirou fundo, frustrada. Talvez ela devesse ter atirado para matá-lo, pensou, mas agora era tarde demais. A caça ao atirador estava apenas começando.
🍒 。・゚000 ゚・。 • A atualização demorou um pouquinho, mas finalmente chegou! Peço desculpas pela demora. Com o retorno das minhas aulas, fica um pouco difícil atualizar as histórias no meio da semana. Estou me adaptando a essa nova rotina e prometo fazer o possível para manter as atualizações em dia. Também vou me esforçar para seguir o cronograma que montei para evitar futuros atrasos.
🍒 。・゚001 ゚・。• Nesse capítulo, Armando e Holly finalmente estão quites: ele quase a atropelou uma vez e ela agora atirou nele de raspão. Quem diria que uma história de amor poderia começar assim, não é?
🍒 。・゚002 ゚・。 • Espero que tenham gostado deste capítulo!Até o próximo capítulo.
🍒 。・゚003 ゚・。 • E como sempre, lembrem-se: Andamos juntos, morremos juntos. Bad Boys para sempre!
2024©
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