
0.6 | 𝗩𝗜𝗚𝗜𝗟𝗔̂𝗡𝗖𝗜𝗔
𝖤𝖫𝖤 𝖬𝖮𝖱𝖱𝖤𝖴,𝖳𝖨𝖮 𝖬𝖨𝖪𝖤,
𝖤𝖫𝖤 𝖬𝖮𝖱𝖱𝖤𝖴
AGORA, todos estavam dentro do "Caranguejo" a caminho do galpão onde ocorreria a venda e onde eles pretendiam pegar Booker Grassie. A atmosfera dentro do veículo era silenciosa, e o único som era o do motor roncando enquanto se moviam pelas ruas de Miami.
— Ah, qual é, tá todo mundo muito sério aqui,— Mike quebrou o silêncio, tentando aliviar o clima tenso. — Essas operações são legais, é tipo um passeio de campo com armas.
— A melhor parte delas é quando rola a pancadaria, a troca de tiros,— Holly acrescentou, segurando-se em uma prateleira para não cair devido às sacudidas do veículo. Todos olharam para ela, que tinha um sorriso no rosto. — O quê? Eu gosto de sentir a adrenalina correndo pelas minhas veias, — disse, dando de ombros.
— Não é uma batida, é vigilância, — corrigiu Rita, mantendo os olhos no tablet.
— Vigilância? — Mike olhou para a líder, surpreso. — Então a gente vai só ficar vendo o crime acontecer?
— Vamos gravar a venda e deixar ele preso por um tempo. Depois, conversamos com ele e ele conta tudo o que quisermos, — explicou Rita, mexendo no tablet.
— Ou, já que ele vai estar lá e nós vamos estar lá, podíamos agarrar ele logo de cara,— sugeriu Mike.
— Obrigada pela sugestão,— respondeu Rita, com um tom irônico.
— De nada, — retrucou Mike, com um sorriso travesso.
Holly se aproximou do tio, que havia abaixado a cabeça.— Só para deixar claro, eu gosto mais do seu plano,— ela sussurrou, sorrindo.
— É o seguinte, Booker Grassie foi o cara que vendeu a munição que feriu o Michael,— começou Rita a explicar, mas Mike a interrompeu.
— Olha só, tem como parar de me chamar de Michael na frente da galera?
— É o seu nome,— Rita respondeu, afastando-se dele.
— Tá bom, — Mike falou, balançando a cabeça em resignação.
Holly, percebendo a tensão entre os dois, decidiu provocar. — Essa tensão toda entre vocês se resolveria na cama,— comentou, olhando para o tio que ainda observava Rita se afastar.
— Não estou falando disso com você, — Mike a olhou.
— Não tá mais aqui quem falou,— Holly levantou as mãos em rendição, rindo da própria ousadia.
Minutos depois, o Caranguejo parou perto do galpão. A tensão no ar era palpável enquanto todos dentro do veículo se preparavam para a operação.
— Você é o da informática, né? Caramba,— Mike perguntou, se aproximando de Dorn, que estava sentado em frente a uma série de monitores e controles. A luz azulada das telas iluminava o rosto concentrado do técnico. — Deixam você preso na van? — O detetive tocou o ombro do loiro, fazendo Dorn se virar.
— É, eu fico mais à vontade aqui,— Dorn respondeu, mexendo os braços e esticando os dedos antes de voltar a atenção para os controles.
— Saquei,— disse Mike, observando o espaço apertado e organizado ao redor de Dorn.
— Lançando o Big Barry, — Dorn anunciou, os olhos fixos na tela do computador.
— Você não é o Big Barry? — Mike perguntou, meio que se referindo aos músculos de Dorn.
— É um drone de vigilância,— Holly explicou, aproximando-se para observar.
—Ah, vocês mandam um drone para lá? — Mike comentou, surpreso e impressionado.
Holly olhou para Rafe, que estava no fundo do Caranguejo preparando o drone. Observou-o soltar o drone pela escotilha com precisão.
— Decolando,— anunciou Rafe, com um tom de voz calmo e controlado.
Dorn começou a manejar os controles do Big Barry enquanto todos se aproximavam da tela para ver as imagens transmitidas. A tensão aumentava à medida que o drone se aproximava do galpão.
— E o Barry fica com a diversão,— Mike disse, tentando aliviar a tensão enquanto observava a tela.
— Ali, pick-up preta,— Dorn falou, mostrando imagens de uma pick-up com o infravermelho. — São os H-77 Boys.
—Quem são esses? — Holly perguntou, cruzando os braços e olhando para as fotos dos membros dos H-77 Boys que apareciam na tela ao lado.
— Esses caras são de fora da cidade, querem expandir os negócios, — Rita explicou, seus olhos não desviando da tela. — Se aproxime mais para ver melhor, — ela instruiu Dorn.
O técnico começou a guiar o drone, vulgo Big Barry, para mais perto do galpão, fazendo ajustes precisos nos controles.
— Dá zoom,— Rita falou, com autoridade. Dorn deu zoom na imagem, revelando uma caixa de munições sendo negociada.
— O Booker tá vendendo uma caixa de 5.7 por 28,— Dorn mexeu um pouco a imagem para ter uma visão mais clara. — É o Booker Grassie.
— Quero ouvir a venda, áudio, — disse Rita, sua voz firme.
Holly se desencostou da prateleira onde estava apoiada, aproximando-se mais do computador, sentindo a adrenalina aumentar.
— Essas munições abrem um buraco em qualquer um ou qualquer coisa que você aponta, — Booker falava com uma munição na mão, sua voz clara no áudio. — Eu garanto meu produto.
— Ele tá logo ali, Rita. Dá para pegar,— Mike falou, sua impaciência evidente.
"Não, eu não quero que ninguém saia ferido ou morto," Rita respondeu, sua voz firme e inegociável.
— Vamos entrar...— Mike começou, mas Rita o cortou.
— Espera.
— Você é quem manda, — Mike a olhou, relutante mas respeitoso.
— E eu sei,— a líder da AMMO o olhou de volta, não se deixando intimidar.
— Foi o que falei,— Mike respondeu, segurando o olhar.
— E eu só confirmei,— Rita replicou, com um leve sorriso no canto dos lábios.
Holly, que estava ao lado de Kelly, observava a troca entre os dois com um sorriso divertido.
— Vocês já namoraram, não é? — Kelly perguntou, notando a química.
— Nunca, — Rita respondeu, seu tom definitivo.
— Mais ou menos,— Mike admitiu, dando de ombros.
— Eles tiveram um lance, — Holly afirmou, sussurrando para a agente ao seu lado, enquanto observava os dois.
— Espera, volta, volta,— Mike instruiu Dorn de repente. — O cara,— apontou para um homem com uma bolsa preta na tela.
— O quê? — perguntou Rita, inclinando-se para olhar mais de perto.— A bolsa tá vazia,— disse Mike, seu tom ficando mais urgente. —Não tem dinheiro na bolsa.
Holly se inclinou, olhando para a tela. — É uma armadilha,— a morena falou, seus olhos arregalando. — Vão matar ele.
— É armação, — Mike concluiu, se virando rapidamente para sair do Caranguejo. — O Booker não pode morrer, — ele pegou um colete, suas ações rápidas e decididas.
— Michael, volta aqui! — Rita gritou, mas ele já havia saído. — Merda, — ela resmungou, frustada.
— Vocês duas, vão, vão,— Rita instruiu, olhando para Holly e Kelly.
— Hora de brilhar,— Holly disse, pegando um colete e em seguida uma Mini Uzi M807, suas mãos firmes e prontas para ação.
O som de tiros ecoou pelo galpão, reverberando nas paredes de concreto. Holly se movia com precisão, derrubando os oponentes com uma eficiência e agilidade.Ela dava cobertura pela frente,enquanto Kelly cobria suas costas,mantendo-as seguras.O cheiro da pólvora e o som das balas ricocheteando criavam uma atmosfera caótica.
As duas se abaixaram atrás de um carro, a lataria servindo de escudo temporário. Kelly fazia sinais para Mike, que estava escondido atrás de um balcão à frente delas. Holly observava atentamente, os olhos sempre atentos a qualquer ameaça.
" Vamos dar a volta,— Holly sussurrou, indicando a direção com um movimento rápido da cabeça. Elas se moveram agachadas, contornando o carro com cuidado.
Holly e Kelly agora estavam abaixadas atrás de uma prateleira, tentando se manter fora de vista enquanto observavam Mike abordar Booker Grassie. Grassie estava escondido atrás de um carro, tentando se proteger dos tiros que zuniam pelo ar.
— Estão na escuta? Eu preciso que me deem cobertura,— disse Mike pelo rádio preso ao seu colete. Sua voz era tensa, mas focada.
Holly acenou em concordância,ajudando sua postura — Entendido, — respondeu pelo rádio.
— Vou contar até três,— Mike instruiu, preparado para a ação. — Um, dois, três! — Mike agarrou Booker pelo braço e começou a correr, puxando-o junto. Holly e Kelly abriram fogo, cobrindo os dois. Tiros cruzavam o ar, criando um cenário de puro caos.
De repente, uma pick-up preta começou a acelerar em direção a eles. Holly, percebendo o perigo, reagiu instantaneamente. Com uma precisão incrível, ela disparou nos pneus do veículo, fazendo-o derrapar e colidir com uma pilastra de concreto, o impacto gerando um estrondo ensurdecedor.A colisão criou uma abertura, mas também um novo desafio. Booker, aproveitando o caos, tentou fugir.
— Droga,— murmurou Holly, vendo o traficante se afastar. Ela começou a correr atrás dele, atirando nos criminosos do grupo H-77 Boys que se interpunham em seu caminho.
Enquanto corria, sentiu uma mão agarrar seu braço com força. A surpresa a fez soltar sua arma, que caiu com um som metálico. Ela se virou rapidamente e viu um dos homens do H-77 Boys apontando um para ela.
— Péssima escolha, — disse Holly, com um sorriso desafiador. Com um movimento rápido, ela deu um chute no pulso do homem, fazendo a arma cair. Entraram em uma luta corpo a corpo, Holly se movendo com a graça e a força de uma lutadora experiente.
Ela desviava dos golpes, contra-atacando com socos e chutes precisos.O homem tentou agarrá-la, mas Holly se esquivou e desferiu um golpe forte no estômago dele, fazendo-o dobrar de dor. Aproveitando a oportunidade, ela o agarrou pelo braço e o jogou contra uma parede de concreto. Antes que ele pudesse se recuperar, Holly estava sobre ele.
— Eu te disse, foi uma péssima escolha,— ela murmurou, batendo a cabeça dele novamente na parede, fazendo-o desmaiar.
Holly se virou no exato momento em que uma explosão sacudiu o galpão, lançando Booker contra uma empilhadeira. Por ironia do destino, ele foi empalado pelos "braços" de metal da máquina.
— Puta merda,— Holly exclamou, correndo até ele.
— Aí, aí, Booker,— Mike falou, parando em frente ao fornecedor de munições. —Olha para mim,— ele segurou a cabeça do homem, que tinha sangue escorrendo pela boca. — P90 Herstal, P90 Herstal, quem comprou? — Booker fechou os olhos, deixando Mike frustrado. — Ai que saco!
De repente, um tiro foi escutado, fazendo Holly e Mike se virarem. Rita havia acabado de atirar em um homem com uma bala de borracha, impedindo-o de atirar neles.
— Aí, aí, Booker, Booker! — Mike continuou tentando falar com o homem, mas ele já não estava mais entre eles.
— Michael, — Rita o chamou.
— Tem que chamar uma ambulância, tem que chamar agora mesmo! — Mike insistiu, desesperado."Rita, não espera a autorização, chama eles logo!" Mike gritou.
— Michael, calma, — Rita segurou o braço dele, mas ele se afastou bruscamente.
— Será que dá para fazer o que tô pedindo só uma vez? — Mike gritou, a frustração evidente em sua vez.
— Ele já era, — Rita respondeu com firmeza.
— Ele morreu, tio Mike, ele morreu, — Holly falou pela primeira vez desde que chegou perto do homem, sua voz carregada de uma tristeza resignada.
Holly estava com o resto da equipe da AMMO quando seu tio, Rita e o Capitão Howard se aproximaram.
— Capitão, olha a bolsa. Tá vazia, tá? — Mike falou, segurando a bolsa rapidamente antes de soltar. — Tá sem dinheiro, o cara coçou o nariz, eu vi que não tinha peso ali.
— Eu achei impressionante, — Kelly comentou, admirada.
— Aí, eu gosto dela, — Mike apontou para Kelly com um sorriso.
— Se eu não tivesse percebido, o Grassie teria morrido com certeza,— Mike continuou, olhando para o Capitão Howard.
— Que alívio, porque o cara tá num saco preto, mortinho da silva, — o Capitão Howard respondeu, começando a andar.
— Capitão, — Mike chamou, tentando chamar a atenção dele.
— Mandou bem, Mike, — Rafe comentou, andando ao lado dele.
— Olha só, novinho na moral, — Mike parou abruptamente em frente a Rafe. — Vou te falar uma parada, fica no seu cercadinho, tá legal?
— Me poupa da sua sabedoria, vovô, ninguém quer saber, — Rafe retrucou, com um sorriso desdenhoso.
— Não é porque eu peguei a sua mãe que eu sou seu vovô, — Mike respondeu, provocando risos de Kelly e Holly.
— Aí, parou, parou, — o Capitão Howard interveio, afastando os dois antes que a situação escalasse.
— Eu quebro a sua cara rapidinho, pivete, — Mike falou enquanto Rafe se afastava com o Capitão.
— Pode quebrar, me bate, — Rafe se virou e olhou para Mike, provocando-o ainda mais.
— Que isso, virei professor agora? — O Capitão Howard suspirou. — Vamos, bora, vai, vai.
Holly começou a andar com eles, refletindo sobre a situação. A adrenalina da missão ainda corria em suas veias, mas ela estava tentando processar os eventos.
— Vocês repararam que a morte do Booker foi estilo premonição? — Holly perguntou, a voz cheia de reflexão. — A morte dele foi muito besta. Tipo, um barril explodiu e ele foi arremessado, e por ironia do destino, tinha uma empilhadeira com os braços levantados que o empalaram vivo.
O Capitão Howard, Kelly e Rafe a olharam, surpresos com a observação.
— O que? Foi só uma observação,— Holly disse, dando de ombros.
— Você é sobrinha do seu tio mesmo, —o Capitão Howard balançou a cabeça, se afastando com um sorriso contido.
🍒 。・゚000 ゚・。 • Mais uma atualização concluída, Little Pumpkins! Espero que gostem, embora eu deva admitir que não ficou exatamente como eu imaginei. Infelizmente, ainda estou aperfeiçoando minhas habilidades em escrever cenas de luta, então pode não estar perfeito. De qualquer forma, coloquei muito esforço e carinho neste capítulo.
🍒 。・゚001 ゚・。 • Não se esqueçam de votar e comentar! A opinião de vocês é muito importante para mim e me ajuda a melhorar. Até o próximo capítulo!
🍒 。・゚002 ゚・。 • Andamos juntos, morremos juntos. Bad Boys para sempre.
2024©
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