
0.10 | 𝗭𝗜𝗟𝗟𝗜𝗢𝗡
𝖰𝖴𝖠𝖭𝖣𝖮 𝖤𝖴 𝖣𝖨𝖲𝖲𝖤𝖱 '𝖡𝖠𝖭𝖣𝖨𝖣𝖮'
𝖵𝖮𝖢𝖤̂ 𝖣𝖨𝖹 '𝖢𝖠𝖣𝖤𝖨𝖠'
JÁ DE volta ao QG da AMMO, Holly batucava os dedos no balcão de ferro, os olhos fixos nas fotos que Dorn projetava no telão. Cada imagem parecia trazer um novo fragmento de informação, e o ambiente estava carregado com a tensão de uma investigação prestes a esquentar.
— Juiz, promotor, informante do crime, o capitão e você,— Rita enumerou, olhando diretamente para Mike. — O que você tem em comum?
— Centenas de investigações, operações,— Mike respondeu, a seriedade marcando suas palavras.
— 847 casos, contando com todas as vítimas, —Holly murmurou, fazendo com que todos olhassem para ela. — Fiz meu dever de casa,—deu de ombros.
— Quem desses quer te matar? —Rita perguntou ao detetive.
— Uh, quem não quer? — Marcus falou, trazendo um pouco de humor à situação.
— E essa é a pergunta de um milhão de dólares,— Holly estourou uma bola de chiclete, o estalo suave ecoando na sala.
— Pera aí, vocês dois,— Mike olhou para a dupla de tio e sobrinha, claramente 'irritado' com a falta de seriedade.
— Esses daí são só os criminosos. Eu não confio em ninguém que queira matar ele. Ponhe meu nome aí também,— Marcus afirmou.
— Muito obrigado, tranquilo, Marcus, valeu,— Mike respondeu com um tom irônico.
Holly soltou um riso baixo, a tensão da situação misturada com a dinâmica familiar trazendo um alívio cômico.
— O que tiraram do contador? — Holly perguntou a Dorn.
— Os arquivos estão uma zona,— o loiro respondeu, parecendo exasperado.
— Que surpresa,— Rafe comentou com sarcasmo.
— Mas eu consegui acessar a rede deles,— Dorn informou, andando até o notebook.
— E aí? O que descobriu? — perguntou, a curiosidade evidente em sua voz.
— Todos os contatos, boom, —Dorn apertou um botão, transmitindo as imagens para a tela grande.
— Tô vendo muita foto e pouca pista,— Marcus falou, olhando para as fotos que se acumulavam na tela.
— Reconhecimento facial de todos,— Rita pediu.
— Agora,— Dorn começou a digitar rapidamente no notebook, as mãos voando sobre as teclas.
— Três dias antes de atirarem em mim,— Mike disse, olhando a data da foto. Dorn começou a passar as fotos rapidamente.—Ai, volta na última foto, aquela da corrente.
— Da zoom aí, meu filho, — Marcus pediu, aproximando-se da tela.
A ex-dupla de detetives se olhou, o reconhecimento mútuo evidente. — Zway-lo,— disseram em uníssono.
— Quem é Zway-lo? — Rafe perguntou, a confusão estampada em seu rosto.
— Lorenzo Rodríguez, chamam ele de Zway-lo,— Holly falou, desencostando-se do balcão e olhando para o tio.
— Era da minha escolinha de basquete antes dele entrar para a vida de bandido.— Marcus começou a explicar —Jogador bom, mas deixei ele no banco no campeonato,
— Deixou um moleque de 10 anos no banco no campeonato? — Mike olhou para o ex-parceiro, incrédulo.
— É, o merdinha me chamou de cuzão,— Marcus afirmou, sem remorso.
— Ganhou pelo menos? — Mike perguntou, curioso.
— Nem a pau, ele era o melhor jogador. A gente perdeu por 40, mas ele aprendeu que time tem que jogar junto,— Marcus falou, fazendo Holly soltar um riso nasal e balançar a cabeça.
— Você não jogou junto, otário,— Mike falou.
— Já vão começar de novo? — Holly olhou para os dois, exasperada. — Cadê o foco de vocês?
— Olha, Zway-lo mexe com drogas, armas e é um dos tenentes do Taglin, — Marcus voltou ao ponto principal.
— Acharam Taglin morto na mesma noite que o Mike foi baleado,— Rafe comentou, adicionando umaa nova informação.
— Então deve ser tenente de outro agora,— Marcus concluiu.
— Possivelmente do seu atirador, tio Mike,— Holly acrescentou, ligando os pontos.
— Lorenzo Rodríguez, sem hipoteca, não tem nem conta em banco, mas o aniversário dele é amanhã, — Dorn informou, suas mãos ainda trabalhando rapidamente no teclado.
— Existem três lugares para um cara assim comemorar: Detto, Ice 45, Zillion, — Rafe listou.
— Zillion entre os três é o melhor lugar para se comemorar o aniversário de um traficante,— Holly falou com certeza, sua experiência evidente.
— Procura aí onde ele tem ido,— Kelly pediu a Dorn.
— A Ice 45 devia melhorar a segurança deles,— Dorn comentou enquanto digitava. — Pronto, Ice 45, Detto, Zillion, — Dorn apontou para cada tela.
— Ali, Rodríguez, — Rita apontou para a tela, identificando o alvo.
— Bingo, — Dorn olhou para Holly, que tinha um sorriso no rosto.
— A festa é hoje,— Rita afirmou, a decisão clara.
— Partiu Zillion, — Rafe disse, girando na cadeira giratória em que estava.
O clima na sala mudou, a adrenalina subindo à medida que todos se preparavam para a próxima etapa da missão.
Todos estavam em volta de uma mesa cheia de armamentos, o brilho metálico das armas refletindo a luz fria do QG. A tensão no ar era palpável, misturada com a excitação de uma operação iminente.
— Seguinte, vamos nos encontrar na boate às 11, disfarçados. Usem sua melhor roupa. É jogo rápido: entramos e saímos sem mortos. Operação estritamente não letal,— Rita informou, sua voz firme e autoritária.
—Não letal? Alguém avisou isso pros bandidos,— Mike resmungou, sua desconfiança evidente no tom de voz e na maneira como ele segurava uma das balas de borracha, examinando-a com ceticismo.
—Munição neutralizadora de borracha. Vai por mim, você vai gostar. Pode atirar quantas vezes quiser, — Kelly explicou.
— E dói pra caralho,— Holly ressaltou, enquanto enchia seu pente com precisão.Ela lembrava de um treinamento onde havia sido atingida por uma dessas balas e como a dor era intensa.E tinha ficado um hematoma.
— Bad Boys, Bad Boys,— Dorn começou a cantarolar, tentando aliviar o clima.
—Whatcha gonna do, —Kelly continuou, enquanto Rafe fazia um som de beatbox, tentando acompanhar.
Holly começou a fazer sinais com a mão para eles calarem a boca, mas a brincadeira continuou.
— Ei não, não, — Mike interrompeu, falando junto com Marcus. — Nunca,nunca mais façam isso.
— E ainda erraram a letra toda. Leva um tempão pra aprender, não cantem, — Marcus acrescentou, balançando a cabeça.
Holly balançou a cabeça com um sorriso no rosto enquanto terminava sua tarefa, colocando a última bala de borracha no pente. — Vejo vocês na Zillion, — disse, colocando a arma no coldre. — Até a noite.
Todos acenaram e se despediram dela, retornando a suas preparações finais. Holly começou a se afastar, cantarolando baixinho para si mesma.
— Bad Boys, bad boys, whatcha gonna do? Whatcha gonna do when they come for you? — Ela entrou no elevador, ainda sorrindo, mas ouviu a voz de Rafe ao fundo.
— E ela pode cantar? — Rafe perguntou, o que fez Holly rir.
O elevador se fechou, e Holly respirou fundo, preparando-se mentalmente para a missão.
Ao sair do carro, Holly puxou a saia justa preta mais para baixo, garantindo que ficasse no comprimento ideal, e ajeitou a blusa de seda de manga longa, que tinha um decote profundo na frente. Ambas as peças eram da cor preta, criando um visual sofisticado e elegante. O salto alto preto complementava sua altura, enquanto a bolsa da Louis Vuitton adicionava um toque de luxo ao conjunto.
Ela apertou o alarme do carro, que respondeu com um bip duplo, e começou a caminhar em direção à entrada da boate. A música pulsante e as luzes neon criavam uma atmosfera vibrante que se espalhava pela rua. Holly, sem sequer considerar a fila de espera que se estendia pela calçada, dirigiu-se diretamente às meninas que verificavam os nomes na lista.
— Boa noite, meninas. Hobbs, Holly Hobbs, —ela disse, sua voz firme mas amigável, enquanto exibia um sorriso.
— Ah, aqui está. Pode entrar, Holly, — uma das meninas respondeu, um sorriso acolhedor iluminando seu rosto enquanto riscava o nome na lista.
Holly retribuiu o sorriso, agradecida pela cortesia, e entrou na boate. Ao atravessar a entrada, foi recebida por uma onda de música eletrônica e luzes estroboscópicas que iluminavam a pista de dança repleta de pessoas. As vibrações da música ressoavam em seu peito, aumentando sua adrenalina.
Dentro da boate, Holly passou os olhos pelo ambiente, cuidadosamente observando a multidão e a disposição do local. Ela pegou discretamente um ponto de ouvido da bolsa e, fingindo arrumar o cabelo, colocou o dispositivo no ouvido, garantindo uma comunicação eficiente com sua equipe sem levantar suspeitas.
Ela logo se dirigiu ao bar, seu caminhar confiante e descontraído, mas seus olhos atentos a cada detalhe. Aproximou-se do balcão e pediu um Bloody Mary sem álcool. Afinal, apesar do disfarce, estava ali para trabalhar e precisava manter a mente clara e o foco afiado.
Enquanto esperava sua bebida, Holly continuou a observar os arredores. As luzes estroboscópicas lançavam sombras e brilhos sobre a multidão dançante, criando um ambiente hipnótico e caótico ao mesmo tempo. As pessoas ao seu redor riam, conversavam e se divertiam, completamente alheias à missão que estava em andamento.
— Bloody Mary, sem álcool, — o barman entregou a bebida com um sorriso profissional. Holly agradeceu com um aceno de cabeça, pegando o copo e levando-o aos lábios, enquanto continuava a varrer a sala com seu olhar.
— Kelly, localização do alvo? — a voz de Rita soou pelo ponto, com um tom de urgência.
— Segundo andar, na área VIP. Tô de olho nele,— Kelly respondeu de imediato, mantendo seu disfarce de garçonete enquanto seus olhos seguiam o alvo.
— E lá em cima,— confirmou Mike.
Holly, ainda segurando seu drink, levou-o aos lábios, fazendo parecer que estava apenas aproveitando a noite. — Estou subindo,— murmurou suavemente, quase inaudível, apenas para o ponto de ouvido.
Ela começou a caminhar em direção às escadas que levavam ao segundo andar, especificamente à área VIP. Seus passos eram firmes, mas não apressados, misturando-se com a multidão ao seu redor. Ao se aproximar do segurança, ela exibiu a pulseira VIP que havia recebido das meninas na entrada.
O segurança examinou a pulseira e a liberou com um aceno. — Subindo,— confirmou Holly através do ponto, mantendo sua voz baixa e controlada.
Enquanto subia as escadas, Holly sentia a adrenalina pulsar em suas veias, intensificando cada um de seus sentidos. Cada passo a levava mais perto do objetivo, e a tensão da missão se refletia no ritmo acelerado de seu coração.
Ao chegar ao segundo andar, a mudança de ambiente era perceptível. As luzes eram mais suaves, criando uma atmosfera intimista e sofisticada. O som abafado da música lá embaixo tornava o local ainda mais exclusivo. A vista privilegiada da pista de dança oferecia uma perspectiva ampla e estratégica.
Holly fez uma rápida varredura visual do ambiente, seus olhos treinados identificando rapidamente o alvo principal, Lorenzo Rodríguez, conhecido como Zway-lo. Ele estava sentado em um canto mais reservado da área VIP.Não muito longe dali, Holly avistou Kelly, que estava disfarçada e casualmente posicionada perto do grupo de Zway-lo.
Holly começou a se mover pela área VIP com naturalidade, misturando-se aos outros frequentadores. Ela parava de vez em quando, fingindo observar a vista ou trocar algumas palavras com outros convidados. Sua abordagem era calculada, cada movimento pensado para não levantar suspeitas enquanto ela se aproximava do alvo.
Ela aproveitou uma oportunidade quando um grupo ao lado de Zway-lo começou a se dispersar. Com movimentos graciosos e confiança, Holly deslizou para o local, agora a poucos metros de distância do alvo. A proximidade permitia ouvir partes da conversa de Zway-lo, embora o barulho ambiente ainda fosse um desafio.
— Estou em posição,— murmurou Holly discretamente pelo ponto, mantendo sua voz baixa e controlada. Seus olhos estavam fixos em Zway-lo, atentos a cada detalhe, cada expressão facial.
Encostada no parapeito de vidro, Holly olhava para o andar de baixo, onde a pista de dança fervilhava de gente. Ela bebia sua bebida enquanto observava uma mulher realizando acrobacias em um tecido suspenso, movendo-se com graça e força. Era uma cena hipnotizante, mas sua atenção foi rapidamente desviada quando a voz de seu tio Marcus soou em seu ponto.
— Mike, como será que ela consegue fazer isso? Ela deve ter músculos incríveis,— disse Marcus, admirado.
—Vou te falar uma coisa, Mike. Eu não transo há muito tempo,— Marcus confessou abruptamente.
Holly arregalou os olhos e quase se engasgou com sua bebida, soltando uma tosse para disfarçar. Ela não pôde evitar a expressão de choque que tomou conta de seu rosto.
— Uh, — respondeu Mike, sem saber como reagir.
— Faz muito tempo, Mike. Muito tempo. Eu estou pensando em merda, muita merda, — continuou Marcus, sem perceber a gravidade do que estava dizendo.
— Marcus... — Mike tentou intervir.
— E eu acho que estou na seca, — Marcus prosseguiu, mas foi interrompido.
— Oh, Marcus, você sabe que eles escutam,— alertou Mike.
— Está muito alto aqui. Eles não estão ouvindo, não. Às vezes, eu entro na internet e vejo umas coisas bizarras, cara. Eu já vi um cara enfiar...— Marcus começou, mas foi interrompido por Mike.
— Marcus...— Mike disse, apontando para o ouvido, tentando avisar que todos estavam ouvindo.
— Estamos te ouvindo,— a voz de Rita soou pelo ponto, cortando o ar.
— Vou contar tudo para a tia Theresa, — disse Holly, com um sorriso malicioso.
— Oh, não! — Marcus praticamente gritou. — Era só brincadeira, gente. Vocês não ouviram, né? Hahah, Holly, não precisa contar para sua tia.
— Em posição,— comunicou Rita, trazendo a conversa de volta ao foco da missão.
— Preparar. Mike, Marcus, estou esperando em cima,— Kelly informou.
— Mike e Marcus avançando pelas escadas à direita,— Dorn atualizou a equipe pelo ponto.
Holly retomou seu foco, ajustando-se ao parapeito para observar melhor a movimentação no andar de cima. A música continuava a pulsar ao seu redor, mas sua mente estava agora completamente imersa na missão. Ela viu Mike e Marcus subindo as escadas, mantendo-se atentos e discretos.
Kelly, já posicionada, lançou um olhar breve para Holly, confirmando que estavam prontos. Holly deu um pequeno aceno de cabeça em resposta, indicando que estava pronta para seguir em frente.
— Rita a caminho da escada da esquerda,— Dorn comunicou pelo ponto.
— Todo mundo em posição? — Dorn perguntou, a tensão em sua voz evidente.
— Pronto,— Mike respondeu com firmeza.
— Pronto, — Rafe ecoou logo em seguida.
— Pronta,— Holly murmurou, ajustando sua posição para ter uma visão clara do alvo.
— Pronta,— Kelly confirmou, mantendo os olhos fixos em Zway-lo.
— Que vestido maravilhoso, gata.Mo estilo,— a voz de Zway-lo saiu pelo ponto de Rita, soando casualmente sedutora.
— O que, obrigada,— Rita respondeu, tentando manter a naturalidade. — Espera, espera, —ela comunicou para a equipe.
— Não dá, eu vim com as minhas amigas, —Rita disse, tentando criar uma desculpa plausível.
Holly, observando tudo de seu ponto estratégico, balançou a cabeça com um sorriso no rosto. Era interessante ver como Rita lidava com a situação.
— Chama elas para cá, — Zway-lo insistiu, claramente interessado.
— Hoje não dá,— Rita tentou se esquivar, mantendo o tom leve.
— Pode dar um chute no saquinho e vamo bora,— Mike fala pelo ponto, ao ver a cena.
— Cof cof, sinto cheiro de ciúmes, — Holly falou fingindo tossir, com um tom divertido.
— De Twain,— Zway-lo falou para Rita, um sorriso arrogante no rosto. Seu tom de voz era de quem se achava dono da situação.
— De Twain, —Rita respondeu, apontando para ele com um ar de indiferença, suas palavras carregadas de desprezo escondido.
— Beijo, gata,— Zway-lo disse enquanto se afastava, seu ego inflado pelo próprio charme.
— Tchau, lindo, —Rita falou, revirando os olhos assim que ele se virou, a irritação evidente em seu rosto.
Mike, observando de longe, não pôde deixar de comentar: — Esse vestido não é vestido de disfarce. Devia estar mais disfarçada.
Rita, com um toque de sarcasmo, rebateu: —Hora do parabéns.
Holly aproveitou esse momento para se aproximar dos seus tios. — O senhor deveria disfarçar melhor, — ela murmurou olhando para o tio Mike, com um sorriso malicioso nos lábios.
Bem na hora, Rafe anunciou pelo microfone:
— Bora, galera, faz barulho aí! — Uma buzina apitou e um holofote se direcionou para Zway-lo, que começou a andar até o parapeito com vista para o andar de baixo.
A multidão respondeu com entusiasmo crescente.— É o aniversário dele. Vamos desejar parabéns em 3...2...1,— Rafe contou animadamente.
— Parabéns! — todos na boate gritaram em uníssono, a música abaixando momentaneamente para amplificar o coro.
— Amamos você, Zway-lo! — gritou Rafe, e a música retornou com força total, elevando ainda mais a energia do ambiente.
— Parabéns, babaca, — Marcus murmurou enquanto batia palmas, seu tom carregado de sarcasmo.
Kelly e outras garçonetes começaram a caminhar em direção a Zway-lo, carregando garrafas de champanhe com velas estreladas na ponta. O brilho das velas iluminava o caminho até o centro da atenção, criando um espetáculo visual.
Kelly entregou as garrafas que segurava para Mike, que passou uma para Marcus e ficou com a outra. Holly, sempre alerta, pegou uma das garrafas do balde de gelo que uma das meninas carregava, suas mãos firmes e prontas para a ação.
Os três se alinharam, prontos para se aproximar de Zway-lo. Holly, sentindo a energia da música, balançava a cabeça no ritmo enquanto andava. Ela murmurou, usando todo o seu sotaque espanhol: — Dinero, dinero, dinero.
À medida que se aproximavam, Holly manteve a postura relaxada, mas seus olhos estavam atentos a cada movimento ao redor. O ambiente estava repleto de energia e tensão, com risos e música misturando-se com o murmúrio dos planos prestes a serem executados.
Zway-lo estava no centro das atenções,ele ria e brindava, completamente alheio.
Colocando as garrafas de champanhe sobre a mesa com um gesto rápido e decidido, Mike e Marcus se posicionaram ao lado de Zway-lo, adotando uma postura descontraída. Eles estavam cercados por uma aura de festividade, batendo palmas e mantendo um sorriso no rosto. Holly, um pouco mais afastada, estava atenta, com a mão repousada sobre a bolsa onde sua arma e um par de algemas estavam discretamente escondidos.
— Vai pra cadeia hoje, neném,— Marcus falou, com um tom jocoso, provocando Zway-lo, que lançou um olhar de confusão e desconfiança para ele.
— Quando eu disser 'bandido', você diz 'cadeia'. Bandido! — Mike exclamou, pulando animadamente e gesticulando com os braços.
— Cadeia! — Marcus respondeu com entusiasmo, acompanhando o ritmo.
— Bandido! —Mike continuou, enquanto saltitava e fazia gestos exagerados, seu comportamento animado contrastando com a tensão iminente.
— Cadeia! — Marcus respondeu novamente, dando a deixa para que Holly entrasse em ação. Aproveitando a distração de Zway-lo e a animada encenação, Holly pegou sua arma de forma rápida e precisa.
— Parado! Polícia de Miami! —Holly gritou, sua voz firme e autoritária, enquanto apontava a arma diretamente para um dos seguranças de Zway-lo, que imediatamente demonstrou surpresa e hesitação.
Holly observou pelo canto do olho Zway-lo se movendo rapidamente, saltando em direção a uma estrutura de ferro. O barulho da estrutura despencando ecoou pelo ambiente, e Zway-lo caiu para o andar de baixo com um estrondo. Sem perder um segundo, seu tio Mike seguiu Zway-lo, utilizando o tecido acrobático para descer de forma ágil e rápida.
— Vai com eles,— Kelly instruiu, seu tom urgente transmitindo a necessidade de ação imediata.
Holly acenou em concordância e começou a correr através do tumulto crescente. Ela esbarrou em pessoas em pânico, que corriam na mesma direção, aumentando a sensação de caos ao seu redor. — Odeio salto alto, — ela esbravejou, enquanto descia as escadas com velocidade, cuidando para não perder o equilíbrio e cair.
Quando chegou na saída da boate, seu olhar ágil percebeu seu tio Marcus entrar em um carro e o mesmo se distancia rapidamente. "Traidores, nem me esperam," ela murmurou com frustração, e correu para seu próprio carro, seu pensamento focado na perseguição.
Assim que entrou no veículo, ela lançou a bolsa e a arma no banco do passageiro com um movimento brusco. Ligou o motor com determinação e saiu disparando, os pneus cantando no asfalto enquanto ela acelerava. A adrenalina corria em suas veias, preparando-a para o que estava por vir. E ela mal sabia o que o futuro lhe reservava.
🍒 。・゚000 ゚・。• Primeiro de tudo, gostaria de pedir desculpas pela demora na atualização. No final de semana passado, acabei me mudando e, por isso, não tive muito tempo para escrever. Além disso, eu havia mencionado que neste capítulo o caminho de Holly e Armando se cruzaria novamente, mas infelizmente decidi dividir esse capítulo em duas partes. Como vocês já estão sem atualização há duas semanas, achei injusto fazer vocês esperar ainda mais. Como essa é a minha semana de provas, não terei tempo para escrever.Portanto, o aguardado "encontro" de Holly e Armando ficará para o próximo capítulo.
🍒 。・゚001 ゚・。• Espero que tenham gostado deste capítulo. Até o próximo!
🍒 。・゚002 ゚・。 • Por último, gostaria de convidar vocês a lerem minha nova história, que já está disponível no perfil. É sobre "The Walking Dead" e o nosso amado xerife Rick Grimes.
🍒 。・゚003 ゚・。• Andamos juntos, morremos juntos. Bad Boys para sempre.
🍒 。・゚004 ゚・。• E, para que vocês possam visualizar melhor, aqui está uma foto da roupa da Holly.
2024©
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