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62-Arrecadação

Capítulo narrado pela Isabel.
vão entender o porque. Obrigada por lerem ❤
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Dias depois.

𝙄𝙨𝙖𝙗𝙚𝙡.

Levantei cedo e disse às meninas que iria encontrá-las na república logo, só precisava tomar um banho e comer algo. Vesti minha regata amarela e calças jeans clara, tênis branco e amarrei o cabelo como sempre faço.

Mastiguei uma bobeira qualquer e fui direito para o espaço onde estaria sendo realizada a pequena festa, a ansiedade não me permitiu esperar elas, comecei sozinha, organizando os panfletos.

— Você está linda Bel. — Escuto uma voz familiar, ergo a cabeça para ver quem é, sentindo um peso no estômago.

Recuo alguns passos e não respondo.

— Bel, eu só quero conversar. — Diz, no tom de santinho que usava antes.

— Pode parar Marcos, eu já conheço esse seu teatrinho, não vai colar. — Impeço que se aproxima ao erguer a mão. Marcos suspira, frustrado.

— Isabel, todo mundo desistiu de mim, a única que ainda fala comigo é a minha mãe, eu perdi tudo, não restou mais nada. Como posso mostrar que mudei, que estou arrependido, se não me derem a chance? — Pergunta, parece realmente estar triste e talvez arrependido. Sinto que ele está perto demais e recuo novamente.

Vejo a aliança no seu dedo, deve estar de compromisso sério com alguém.

— Marcos, pode ser que talvez esteja realmente disposto a mudar, mas eu não vou ser a sua valvúla de engate, redenção é para quem merece, não quem faz por manipulação. — Direi tudo que está preso aqui, mesmo que vá doer. O homem de olhos claros assente, mexendo na aliança em seu anelar.

— Estou construindo uma nova vida, quero ser um bom pai, um namorado bom, tudo que meu pai me fez... — Interrompo gesticulando.

Chega desse papo.

— Isso não é desculpa para ser um babaca, seu namorado acredita em você, mas eu não quero te levar nas costas, acha que encontrei minha dignidade no lixo? Você sempre faz isso, eu te desculpei, deixei que voltasse e te dei uma chance, o que tu fez? A mesma droga de atitude de sempre, decepcionante. — Nunca fui tão ríspida com alguém quanto estou sendo agora.

— Eu sei Bel, não mereço você... estou descobrindo muita coisa ainda, queria poder voltar no passado... você é importante para mim, eu preciso que esteja na minha vida, porque gosto da sua companhia, do seu humor, Isabel você é uma garota extraordinária. — A tática de me cobrir de elogios é muito inconsistente, não funciona mais.

Essa cara de coitado não me convence.

— Mas, eu não preciso de você, sou importante para você agora né? Porque naquele dia, nem se importou em me perguntar, o que eu estava sentindo, Marcos você fingiu gostar de mim, confiei e no dia seguinte você me descartou como se fosse um brinquedo enjoativo, eu tenho sentimentos, dizer coisas lindas e foder comigo, não foi suficiente, você é só mais um babaca na multidão. — Me afasto a fim de ir à outro lugar onde ele não esteja, todavia Marcos segura meu pulso.

— Me desculpe, eu sinto muito que as coisas tenham terminado assim, você tem uma vida pela frente e juro que não vou atrapalhar isso, quero apenas que sejamos bons amigos! — Insiste, me olhando de um jeito que detesto.

Solto meu braço bruscamente.

Estou farta dele!

— Cala essa maldita boca! Para de se vitimizar! Você perdeu tudo porque quis! Sempre teve tudo de mão beijada, essa tentativa de chantagem emocional que você faz não vai funcionar mais! Eu irei seguir a carreira espetacular que me espera e isso não envolve Marcos Avelar, surpresa! O planeta gira em volta do sol, não de você! Some, desaparece! Estou ótima sem a sua presença e irei continuar assim, porque ninguém precisa de Marcos Avelar para respirar, entendeu caralho? — Berro, liberando toda minha raiva dele.

Marcos escuta calado, perplexo.

— Sabe o que eu senti quando transamos naquele dia? Me senti muito bem, eu confesso, sendo sincera, ninguém tinha olhado para mim daquela forma, esse é o problema, você se aproveitou, me colocou no pedestal mais alto e depois destruiu tudo, fodeu comigo pensando em quem? Na minha irmã ou na Júlia? Quer saber, vai se foder, não quero te ver nunca mais na minha vida seu cretino. — Deixo os braços cederem, as lágrimas invadem meu rosto e as deixo rolar. Dando às costas ao cínico, manipulador.

— Só quero que saiba, que não menti sobre o que disse, realmente adorei a noite que passamos, você é simplesmente perfeita Bel, o garoto que tiver a sorte de... — Volto alguns passos e acerto um tapa no rosto dele, minha palma arde como se pegasse fogo. Porém, estou mais satisfeita.

Você é tão podre. — Digo com todas as letras, e saio em seguida, pegando os panfletos que preparei. Desde o dia em que Marcos me ofendeu, me perseguiu e fez todo aquele escândalo na casa da Carlota Avelar, decidi que iria colocar meu amor próprio em ação, a voz na minha cabeça me dizia que sempre mereci infinitamente mais, ser tratada como distração sexual era nojento, não percebi isto porque estava tão vidrada em ter a sensação de ser desejada, amada, que aceitei mera porcaria.

Ele me levou ao céu e me tirou o chão na mesma intensidade.

— Bel, está tudo bem? — Carlos surge de repente, notando meu choro.

— Sim, não se preocupe, só preciso ficar sozinha um pouco. — Deixo claro que necessito de espaço. Estou bem melhor sozinha do que acompanhada.

Preciso me amar em primeiro lugar, é isto definitivamente. Demorei a perceber e por isto, fui usada e magoada.

Sinto alguém se aproximando e ignoro, até que a pessoa tropeça toda atrapalhada e chama minha atenção.

— Quem colocou uma pedra aqui? Cacete! — Reclama Victor feito um velho. Contenho o riso, eu não vou pro céu assim meu Deus!

— O que faz aqui? Pensei que viria com a Leila mais tarde. — Pergunto, saindo do feno onde estou apoiada e me aproximando do meu amigo.

— Um cego não tem muito o que fazer em casa no sábado, então vim mais cedo, a Leila vem depois, vai trazer a minha mãe, você se importa? — O ajudo a vir mais perto, pegando sua mão, não quero vê-lo tropeçar de novo e se ferir.

— Claro que não, ela será bem-vinda. — Respondo sinceramente.

— Parece que estava chorando, aconteceu algo? — É difícil de disfarçar, principalmente porque os sentidos de Victor são muito bons. Suspiro pesado.

— Como você descobriu que gostava da minha irmã? Tipo, você sentia que faltava algo? Sei lá... — Devo ter deixá-lo  confuso agora, mal consigo explicar direito algo tão simples.

O branquelo respira fundo, pensando na resposta.

— Quando gostamos de uma pessoa, nós sentimentos diferentes quando ela chega perto, é como se a presença dela ativasse um botãozinho e isso libera fogos de artifício lá dentro. — Explica, gesticulando uma pitadinha na ponta ponta dedos indicadores.

— E a Leila te faz sentir isso? — Mal sei por que estou fazendo esta pergunta.

— Ela me faz sentir uma chuva de fogos de virada de ano. — Sorri todo apaixonado, isso é fofo, embora meloso.

— Está gostando de alguém? — Victor questiona, franzindo o rosto pelo sol forte que incomoda sua pele.

Droga. Este sentimento está me invadindo outra vez e não me deixa falar.

Mesmo depois de tudo o que o Marcos fez, não consigo deixar de pensar nele e cogitar a ideia de dar uma nova chance, isto é uma desgraça, porque eu ainda gosto dele, embora tenha dito todas aquelas coisas, algo me atrai a estar perto dele, querer manter contato.

— Eu não sei o que fazer, por que tem uma pessoa que mesmo saindo da minha vida, continua empregnada feito uma praga aqui dentro, toda vez que penso nela me sinto mal, mas não consigo me afastar, entende? — Talvez ele saiba do que estou falando.

— Entendo muito bem, você faz milhares de coisas no seu dia a dia, mas é como se o seu mundo girasse apenas em torno daquela pessoa, mesmo te fazendo tão mal, você sente vontade de estar com ela, a necessidade de perdoar e a culpa por ter confiado, e colocado afeto em alguém tão frívolo na hora de te foder... — É exatamente isto o que eu sinto e ainda um pouco mais.

— Seu irmão é um monstro, mas eu continuo ficando feito uma trouxa, toda vez que ele se aproxima e faz meu coração disparar, o pior é que não sei se isto é medo ou sei lá o que... eu sou uma idiota. — Enfio o rosto no meio das mãos e começa a chorar.

— Você não é! Ei! Você é uma garota incrível Isabel! E vai conseguir queimar todo este sentimento que ainda existe pelo meu irmão aí dentro, acredita em mim, sei porque vivi. — Sou abraçada de maneira carinhosa, retribuo na vontade de desabafar no ombro de um amigo. Quem diria que ficaríamos tão próximos por assuntos em comum.

Horas depois.

A arrecadação está sendo um sucesso. Embora eu tenha que atingir uma meta de venda de broches, estou quase alcançando e logo terei cumprido, o que vai me deixar imensamente feliz.

— Já pensou em ser voluntária em viagens para países carentes? Isso seria algo tão bom, é claro... se gostar. — Leila sugere, enquanto me ajuda organiza o que sobrou dos panfletos.

— Talvez, mas antes eu vou cumprir uma coisa que prometi a mim mesma. — Sorrio, imaginando o quanto isto será incrível futuramente. Uma visita ao México, eu sonho com isso desde pequena.

— Já volto, vou ao banheiro. — Avisa carinhosamente, pegando na sua bolsa de mão um absorvente e a deixando sobre a mesa.

— Tenho uma ideia, preciso que me ajude, entretanto preciso ser rápido porque a sua irmã logo vai voltar, topa ou não? — Pergunta Victor discretamente, parecendo um espião, chega a ser engraçado.

— Ai! Será que pode afastar isso da minha canela? — Peço com medo de levar outro golpe de sua varinha para deficiente visual.

— Desculpe, não possuo muito senso de direção. — Nós damos risada pelo comentário.

— Então, como você estuda moda, é a pessoa perfeita para me ajudar, quero fazer uma surpresa para sua irmã, já conversei com a Ivone e o Antônio, eles estão cientes e vão colaborar em outra parte do plano, a ideia é a seguinte...

Explica detalhamente cada parte do plano, somos todos cúmplices dessa missão secreta agora.

— ISSO VAI SER TÃO INCRÍVEL, MAL POSSO ESPERAR. — Pulo feito um Canguru, nunca tive a chance de mostrar minha capacidade até agora. É tão empolgante! Já preciso controlar a ansiedade porque se não, vou acabar dando com a língua nos dentes.

— O que foi? Por que estão tão animados? — Questiona Leila, curiosa, Victor se assusta e põe a mão no peito devido ao intenso susto. Isto levanta a suspeita dela de que algo está sendo escondido, uma arqueada na sobrancelha surge pela desconfiança.

Começo a coçar a nuca, me fazendo de sonsa, preciso disfarçar o máximo possível.

— Victor? Isabel? O que estão aprontando? — Pressiona cerrando as pálpebras. Victor e eu disfarçamos perguntando repetidamente um ao outro: aprontando? Você está pensando em alguma coisa? Não, eu também estou de boa.

Chuto pedrinhas com a ponta do meu tênis preto, me fazendo de sonsa.

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