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54-Mudança

Vɪᴄᴛᴏʀ.

Presente comprado. Pedi para minha mãe embrulhar tudo, é surpresa. Vou ir com o motorista da família daqui a pouco.

Vesti minha melhor roupa, tomei um banho, fiz barba, cortei até um pouco do cabelo (coisa que não tenho costume, pois, gosto do meu cabelo de Urso). Segundo minha progenitora, estou um pitel.

— Vem aqui, está todo parecendo um velho cafona, não seja desleixado Victor! Não foi assim que eu te ensinei a se vestir. — Sou puxado pela minha mãe, que insiste em arrumar minha roupa conforme seu olhar crítico de mãe reparadora.

— Tá bom mãe! Chega! — A faço parar de fuçar minha gravata pela milésima vez, retirando as mãos enrugadas do meu terno.

— Comeu uma balinha? Imagina chegar lá e estar com bafo, é para matar qualquer um de desgosto Victor! — Diz com aquele tom de mãe coruja, quantos anos ela julga que eu tenho? 12?

Estou ficando mais ansioso do que o cara que um atleta nas olimpíadas.

— Pegou tudo? Carteira de identidade? — Pergunta Carlota, ajeitando novamente alguns fios do meu cabelo, a afasto suavemente, não preciso disso, não sou mais uma criança que precisa de auxílio.

— Quem vai parar um cego na rua mãe? — Devolvo a pergunta, isso é tão besta de pensar que chega me faz rir. Apesar de que, hoje em dia, não duvido muito de nada.

Carlota suspira, rendendo-se ao fato de que não precisa me auxiliar feito um desmiolado no mundo. Feito uma criança.

Pego os presentes, ajeitando as alças no pulso. Espero que minha boneca goste, confiei no instinto, no conhecimento que tenho sobre os gostos da Leila e na Bel, se não der certo, vou pegar aquela anã de faculdade e esganar depois.

— Toma cuidado e diz para Leila, que desejo tudo de bom e logo vou dar o presente dela. — Pede minha mãe, após me dar um beijo na bochecha e um abraço apertado, a qual retribuo. Ela é meu maior porto seguro. A minha base sobre tudo.

— Mãe. — A chamo, antes de deixá-la seguir para o corredor do banheiro.

— Fala querido? — Escuto sua voz mais distante, talvez alguns centímetros apenas.

— Eu te amo, obrigado por ser tão incrível. — Agradeço com toda sinceridade e amor que guardo no peito pela mulher que me deu a vida, a primeira pelo qual me apaixonei de uma maneira fraterna e pura, minha inspiração, meu grande orgulho. Sinto uma energia boa aquecer meu coração neste momento, como as ondas do mar invadindo a areia da praia.

— Eu também te amo, meu garoto, para sempre. — Responde carinhosamente. Escuto um beijo estalado sendo mandado no ar, provavelmente após entrar em contato com as palmas das mãos dela.

O som dos saltos vai diminuindo até sumir.

Não posso mais ver, mas, jamais esqueço do rosto da minha mãe, ela sempre foi vaidosa, linda e elegante. Transparecendo luz e bondade, uma mulher admirável e infinitamente amável.

Dou uma última conferida nos botões do meu terno azul-escuro e respiro fundo.

É hora de fazer a mulher que eu amo, se sentir mais amada ainda.

Desço devagar as escadas, com a ajuda de uma das cozinheiras da casa, agradeço a ela, quando chego no portão, onde o carro já está me esperando para irmos.

— Já tem o endereço? — Certificar é sempre bom né. Coloco o cinto de segurança e fecho a porta. O motorista não diz nada, quase consigo escutar apenas o motor fazendo barulho, parece que tem algo de errado.

— Entrei no carro certo? — Devo estar ficando burro, não é possível. Só me falta essa! Hoje não é um bom dia, ok universo?

— Claro que sei, já até levei a Isabel lá. — Conheço essa voz cínica, espera aí...

— MARCOS? — Meu coração quase salta da garganta agora, sinto um suor gelado começar a invadir minha coluna toda.

— Relaxa irmãozinho, vou só te levar até lá. — Diz naquele tom perigoso, tranquilo demais para Marcos Avelar. Levo os dedos até a fechadura da porta, obviamente trancada. Que droga! Devia ter suspeitado.

Por que a Rosilene deixou que eu entrasse nesse carro? Sabendo que o motorista foi substituído por Marcos!

— O que você está tramando? Me deixa sair! Eu não vou deixar que você estrague esse dia, não mesmo! — Começo a tentar achar a trava da porta, o carro é antigo, e esta é a sorte. Marcos dá risada.

— Ainda estamos parados, relaxa maninho! Não vou te machucar Victor, fica tranquilo ok? Ou vai acabar tendo um desmaio antes de chegar na casa da sua noiva. — Marcos fala tranquilamente, se divertindo com isso.

Estou passando mal, vou acabar morrendo, preciso sair desse carro imediatamente!

Embora a janela esteja ventilando o ar, ainda me sinto sufocado. Talvez eu estivesse mais aliviado se fosse um ladrão, ao invés de Marcos.

— Você adora estragar toda felicidade que eu puder ter né? Adora roubar a cena, não consegue me ver feliz, sem querer estragar tudo e destruir meu dia não é? Olha o tamanho da sua inveja Marcos, isso não é nenhum pouco saudável... — Marcos acelera com o carro, minha coluna bate contra o banco e me saculeja feito boneco.

— Não vou te fazer mal! Confia em mim, pelo menos uma vez na sua vida! Eu estou tentando mudar, já consegui um avanço. — Começou o melodrama do fingido, minha nossa senhora viu! Só pode ser castigo!

Me aproximo no banco dele e apoio o queixo. Sinto que vou vomitar, o estômago está oscilando de maneira horrível. Parece que paramos Jô semáforo, congestionamento da metrópole, obrigado trânsito!

— Você não muda, nunca vai mudar. — Digo com clareza suficiente para meu irmão escutar. Não tem o direito de estragar esse dia, não tem o direito de me fazer chorar mais uma vez!

Marcos fica em completo silêncio. Pensa que irá me enganar com essa voz doce e este jeitinho tranquilo? Está muito enganado!

— Vou provar para você. — Retruca em tom baixo, como se fosse uma afirmação para si mesmo. O pior é que, não encontro meu celular para ligar para Leila.

— Eu não quero que você me prove nada! Abre a porra desta porta Marcos! — Insisto, procurando o botão que abre o vidro da janela do meu lado de passageiro.

— Juro que se me der uma oportunidade de te mostrar... — Agarro os cabelos da nuca dele, com força e para machucar mesmo.

— Ah! Mais uma? Quantas oportunidades eu já te dei? Para de ser tão sonso! — O solto com brutalidade, sentindo o embrulho invadir minha garganta e quase sair.

— Eu vou ser pai! — Espera aí, essa foi a pior justificativa que eu poderia ouvir.

— Agora o diabo teve uma filha e começou a fazer caridade? Vai se foder e para de mentira! — Fecho a mão para conter o murro que adoraria dar no meu irmão.

Quem vê pensa que essa criança seria muito amada e cuidado por ele, e que Marcos adoraria passar o tempo com a pobre criança. Imagina nascer e descobrir que seu pai é Marcos Avelar? Eu desejaria voltar para o útero no mesmo minuto.

— E quem foi a lerda? — Pergunto já querendo virar um balão e explodir.

Estou suando gelado, preciso sair daqui!

— Você não conhece, o nome dela é Keila, nos conhecemos no carnaval deste ano. — Responde Marcos, em um tom orgulhoso, sério que ele se orgulha de ter feito isso?

Totalmente irresponsável e egocêntrico, coitada desta criança!

— Fiquei sabendo há pouco tempo, meu filho está internado, nasceu prematuro, Keila ficou com medo de dizer... Ele é a coisinha mais linda do mundo. — Acrescenta, em um tom emocionado.

— Ele já te conheceu? — Por via das dúvidas né. Maldito mal-estar que não passa e sufoca meu peito!

— Hã... Sim, fui visitá-lo ontem no hospital. — Até para responder uma pergunta sobre a própria criança, Marcos não é capaz.

— Coitado. — Deixo escapar no ar.

— Eu vou ser um bom pai ok? Só preciso de...

— Uma casa, vergonha na cara, decência, tratamento psicológico, dinheiro, banho, deseja que eu continue meu caro? — Isso é o mínimo que essa criatura desleixada precisa para conviver com um bebê.

— Não precisa esculhambar também né? Já chega cacete. — Marcos se aborrece, a margarida ficou ofendida? Ai tadinho!

O carro derrapa e o pneu grita no asfalto, buzinas irritantes e xingamentos começam a invadir meus ouvidos.

Excelente motorista não?

— Chegamos seu mala? Marcos, se você fizer uma putaria dessas mais uma vez, eu te faço ver Jesus mais cedo! — Isso foi uma ameaça, espero ter sido claro. Quase morri de susto agora pouco. Joguei pedra na cruz, não é possível! A casa da Leila nem é tão longe assim, duvido muito que seja verdade esse papo todo do contador de lorota aqui.

Mais umas três derrapadas que fazem meu cérebro e meus pulmões se revirarem feito um suco no liquidificador e carro para.

— Chegamos boca grande! — Anuncia colo se fosse eu o errado da história, por reclamar de mais e perder a caixa torácica nessa falta de coordenação das mãos dele no volante. Ainda vou me vingar desse cretino! Filho da puta lazarento! Que ódio!

Sinto um alívio imensurável quando a porta é aberta, retiro o cinto e respiro fundo, preciso de alguns minutos para me recuperar. Vou esganar esse aborto mal sucedido! Deixa eu colocar minhas mãos no pescoço dele e vai ver só!

— EU JURO QUE VOCÊ ESTÁ NA FRENTE DA CASA DA LE. — Berra Marcos, quando aperto os dedos com toda força, em volta do pescoço de galeto dele. É uma pena que não posso enforcar essa praga aqui mesmo! Adoraria ver a expressão de trouxa dele, agora.

Não gosta de machucar nos outros? Agora experimente do seu próprio veneno!

— SOLTA VICTOR. — Implora já ficando sem ar, é estranho se sentir bem por finalmente poder devolver um pouquinho do mal que ele me causou?

Largo meu irmão, que puxa ar desesperado e se afasta. Pelo barulho, caiu na calçada.

— E, nunca mais chame a minha noiva de Le, você não tem essa intimidade com ela, palhaço. — Recupero a força que perdi, quase matando meu irmão enforcado.

Saio do carro devagar, estou meio fraco ainda. Preciso andar conforme o corpo aguenta agora.

Marcos permanece tossindo feio um cão na sargenta, pego a sacola no carro e sigo para frente do portão novamente, após fechar a porta do carro. Escuto Marcos dizer alguma bobagem sobre isso ter sido injusto com ele.

Some daqui. — Acrescento com clareza suficiente, deve ter o mínimo de vergonha nessa cara lavada. Ajeito a roupa e sigo.

Não quero que a Leila ou a família dela veja meu irmão aqui.

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