Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

28-Esculacho

Assim que coloquei o pé em casa, minha mãe estava me esperando feito um general de exército, prestes a me punir.

Bufando de ódio.

— Leila Tavares, eu acho que mereço uma explicação não é? — Isabel apenas balançou a cabeça em concordância do lado direito de Ivone.

Deixo o guarda-chuva que Carlota me emprestou do lado da pia e engulo a seco.

— Mãe, eu peço minhas sinceras desculpas, não foi minha intenção realmente, eu apenas acabei pegando no sono. — Explico bem tranquilamente, qualquer passo em falso e ela me mata...brincadeira, estou exagerando um pouquinho.

— Dormiu na casa do seu patrão? Filha! — Repreende minha mãe incrédula.

Isabel segura a risada.

— Isto, apenas dormi. — Digo enfatizando e mantendo o olhar em Bel, certamente ela aumentou o ocorrido.

Retiro minha boina preta e minhas luvas e sorrio sem graça para a mulher de gorro preto que ainda me fuzila com o olhar.

— Eu confio em você Leila, acredito no que está dizendo...porém não me faz perder a confiança, que seja a primeira e última vez. — Da a bronca e sai da cozinha batendo o pé, Bel fica me olhando com expressão seca...vamos conversar agora.

— Você, vem até aqui mocinha. — Gesticulou usando o indicador.

Bel vem até mim sem nenhum medo, apenas a expressão emburrada sob a pele negra.

— Disse o que aconteceu ou jogou na roda alguma outra coisa? — Cruzo os braços vigiando para certificar que Ivone não está escutando.

— Eu hein, acha que eu sou sonsa por acaso? Claro que não...tem uma coisinha.
— Admiti sorrindo desajeitada.

É mania dela mexer na franja quando está escondendo algo.

— Então solta a língua, Isabel. — Não estou com paciência, sinceramente.

Bel suspira frustrada.

— Eu disse que você está gostando do branquelo lá. — Confessa sem muito orgulho.

— Isabel, deixa eu te explicar algumas coisas. — Pego o braço dela delicadamente e a afasto da saída da cozinha.

Não vou brigar, nem arrumar confusão desnecessária por isto, apenas quero que ela compreenda...já basta de discussões depois do que houve.

— Victor está se recuperando do término, da traição, ainda é muito recente...ele passou mal ontem e eu fiquei lá até que ele dormisse, aí acabei pegando no sono também — não rolou nada entre nós dois, porque nos respeitamos e não é o momento certo, compreende? — Bel fica perplexa ouvindo tais coisas.

— Sim, acho que saquei tudo. — Responde baixinho, parece ter sido atropelada por um caminhão.

— Leila, não te vi chegando filha. — Diz meu pai entrando na cozinha com seu boné azul gasto em mãos.

— Pai, o senhor está bem? — Desvencilho de minha irmã e vou até perto da geladeira onde ele busca algo para comer, faminto.

— Estou com uma dor de cabeça terrível, cansado, mas não se preocupa pequena, estou bem. — Garante respirando com dificuldade, o abraço forte e ele retribui.

Certamente não sabe da minha "escapadinha", pois trabalhou a madrugada toda e veio somente tomar café e dormir duas horas, para em seguida voltar a trabalhar.

— Vou tomar um banho rápido e descansar, senão perco o emprego...não posso chegar atrasado. — Informa meu pai mordiscando um pedaço de presunto que pegou da geladeira, este trabalho está acabando com ele, não posso permitir que continue assim.

Todo dia queixa de dores na coluna e na cabeça, ou do inchaço dos pés — meu pai merece algo mais leve e digno para trabalhar.

Já sei! Tive uma brilhante ideia.

— Eu vou lá para sala ver televisão. — Informa Bel saindo da cozinha tranquilamente.

As coisas não estão nada fáceis.

Mensagem de Marcos:

Leila, será que podemos nos ver? Quero só conversar, juro.

Era só o que me faltava mesmo.

Para Marcos:

Vou pensar na ideia, o show que você deu me desrespeitou.

Off.

◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈

Acabo de tomar banho e estou tentando pôr a cabeça no lugar.

O silêncio não ajuda, estranhamente não ajuda em nada minha cabeça a pensar.

Melhor ir ocupar o tempo fazendo alguma coisa não é.

O que? O que vou fazer?

Estou precisando de uma boa dose de cafeína agora.

A única coisa que estampa meus pensamentos é a carinha dele quando abri os olhos diante daquele quarto enorme.

Ligação desconhecida:

— Alô, quem fala?

— Leila, sou eu, Marcos. — Diz a voz agitada.

— Que audácia a sua me ligar depois de tudo que você falou! — Perco as estribeiras.

— Eu sei, eu sei que te magoei Leila, desrespeitei e...Por favor, só quero conversar, prometo. — Não consigo confiar nesta voz mansa dele.

— Se quer me encontrar, te dou a oportunidade, mas vamos andando e gastarei o mínimo de tempo possível...não quero que seu irmão saiba, escutou? — É melhor manter isto apenas entre nós.

— Ótimo! Como você quiser, conheço uma cafeteria perto da sua rua, vou te passar o endereço, te espero lá às duas, pode ser? — Resmungo que sim.

Desliga.

****************************************

Mordo a língua e cogito várias vezes se ir ou não, até porque todo mundo merece uma chance de tentar consertar as coisas (depende do caso né) e errar é do ser humano, mesmo que tenha sido escroto demais o que Marcos fez com o próprio irmão.

Entro na cafeteria empurrando a porta de vidro e suspiro fundo, vidro espetando meu estômago.

Vejo Marcos sentado nos fundos do lugar e vou até ele que já me notou e ficou inexpressivo, mexendo os dedos sob a mesa.

— Achei que não iria vir. — Murmura meio constrangido.

— E não iria mesmo. — Articulo sincera, sentando na frente dele no sofá banco de couro.

— Em primeiro lugar eu quero pedir desculpas pelo que te falei...Não foi minha intenção. — Fala Marcos parecendo ansioso.

— Pode parar de teatro ok, Marcos? Não dá para voltar atrás, o dano já foi feito. — Digo elevando a mão para longe da madeira do móvel, Marcos apenas escuta sem conseguir me encarar.

— Eu entendo que não queira me perdoar tão cedo...entretanto, por favor Leila, não me afasta de você...é a única amiga que eu tenho. — Pede a voz trêmula e chorosa.

Marcos move a mão sob a mesa afim de alcançar a minha e eu recuo.

— Vai devagar, como acabei de dizer, o dano já foi feito...Pensou em Victor? Em pedir desculpas para ele? — Cito o segundo pivor da situação.

Marcos encosta no assento e dirige o olhar para janela ao seu lado onde mostra a rua.

— Sim, eu pensei...mas Victor não quer me ver nem pintado de ouro, não posso pisar naquela casa se não tiver sua ajuda. — Ergo as sobrancelhas, como assim; "sua ajuda?"

— Espera aí, está querendo dizer o que com isto? — Gesticulo com a mão em dúvida.

Marcos sorri fraco e abaixa o olhar.

— Você é a única pessoa que Victor vai escutar Leila...ele gosta muito da pessoa que fica ao lado dele todos os dias. — Ele fala como se eu fosse a esposa do irmão dele, não é bem assim não.

— Engano seu, Victor não está instável suficiente ainda, o que fizeram abalou demais ele...o que te faz pensar que eu sou a única pessoa que ele vai escutar? Só por estarmos todos os dias juntos, não significa que...

— Leila, para de ser tão ingênua, apenas você não percebeu que ele é fascinado por ti, está o tempo todo buscando um motivo para que conversem, escutando cada letra que sai da sua boca com tanta atenção mesmo que o assunto não seja do interesse dele. — Marcos me interrompe um tanto irritado.

Preciso digerir isto tudo.

Desvio o olhar e fico observando lá fora para que encontre respostas.

— O ponto aqui é: Se disser ao meu irmão que me dê uma chance para conversamos, talvez as coisas não fiquem tão tortas assim. — A voz preguiçosa e fria explica.

— Eu amo o Victor, por mais que tenha o ferido desta forma tão pesada...Nunca deixei de me importar com ele, é meu irmão Leila. — Revela Marcos escondendo a mão debaixo da manga do sobretudo preto. Encaro suas íris verdes hortelã e suspiro sentindo o peso dos ombros esvair.

— Posso tentar, porém apenas quando eu achar o momento certo, quando Victor estiver menos abalado...fim de papo. — Dou a sentença final, até porque será coisa demais pra ele suportar agora. Ainda não está pronto.

— Obrigado Leila, por ter este coração tão bondoso, por me ajudar mesmo depois de tudo que eu fiz. — Agradece Marcos de forma sensível e até.... sincera, pelo menos parece né.

Perdão não acontece da noite para o dia, ninguém pode carregar este fardo e escolher como uma roupa para vestir, perdoar é merecer redenção, merecer o novo voto de confiança.

Perdi três neurônios somente neste curto período de tempo, meu cérebro está fritando.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro