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23-Festa Parte 2

"...E se alguém machucar você, eu quero brigar
Mas minhas mãos foram quebradas muitas vezes
Então eu usarei minha voz, serei rude pra caralho
Palavras, elas sempre ganham, mas eu sei que vou perder..."

♫︎ Another love-Tom Odell. ♫︎

Foco, força e coragem.

Foco, força e não transparecer.

Repito as palavras diversas vezes em minha mente girando e girando e esquentando.

A movimentação intensa de várias pessoas aqui na sala decorada com elegância e iluminada demais até, me faz ficar confusa e incomodada.

Isabel mantém o braço entrelaçado ao meu, parecendo um animal assustado em meio a tantos desconhecidos vestindo roupas de grife e tomando champanhe.

Parecem seres de outro planeta para a garota mais baixa do meu lado.

Meu pai e minha mãe não estão muito confortáveis, recebendo olhares curiosos e certamente julgadores dos arrogantes falsos que preenchem a sala.

Garçons vestindo terno preto e branco com gravata borboleta, todos no mesmo padrão, circulam por todo o espaço oferecendo aperitivos e champanhe em taças muito finas que certamente uma pessoa desastrada feito eu derruba em dois segundos.

— Hum, acho que pode ser interessante essa festa. — Isabel pisca para um dos garçons que passa e lança um olhar indiscreto para ela. Em seguida minha irmã ergue as sobrancelhas escuras de modo esquisito, garota estranha.

— Deixa de ser assanhada menina. — Dou bronca nela e Isabel gargalha.

— Já volto maninha, me dá cobertura. — Fala rapidamente e sai feito um vulto atrás do tal garçom dos olhos azuis, branquelo (Bel não prefere os brancos geralmente, porém este chamou atenção).

Logo trombo com alguém assim que avanço um passo.

— Que bom te ver amiga, queria que me ajudasse a pegar o bolo. — Até esqueci de perguntar ao Victor o sabor que ele gostava, porém Carlota não parece chateada com o deslize.

Sorrio sem graça e abraço ela que retribui em cumprimento.

Me sinto fora de órbita, angustiada e sufocada... isto está errado.

— Como quiser. — Respondo sorrindo e Carlota aprecia a ideia, sai andando e eu também, após pegar um palito contendo queixo temperado da bandeja ambulante que passa perto.

Labaredas de fogo queimam dentro de mim como em um espetáculo circense, arranho a canela dentro dos sapatos, desconfortável.

É injusto que eu tenha que carregar este peso. Passei a noite toda chorando, chorei tanto que minha cabeça está doendo agora, e as maçãs do rosto e pálpebras afetadas por tantas lágrimas.

A música da Sia que toca invadindo cada coluna branca do ambiente quase me faz mergulhar na letra e derrubar o bolo que ajudo a segurar, estragar a chance de experimentar um docinho para aliviar a amargura gelada em mim, não está em meus planos. Triunfo chega, carregando assim peso maquiavélico.

Afinal, não somos nada sem um pouco de maldade não é.

Colocamos o bolo em cima da mesa e não notei Victor ainda, provavelmente está sendo atrasado por seu irmão ou Júlia, já que a festa é surpresa.

Todos os convidados conversam e alguns cumprimentam Carlota, observo a pilha de presentes do lado inferior da escada branca que dá acesso ao quarto dela e o segundo banheiro da casa.

A simpatia receptiva dela acaba distraindo o foco do que ia dizer a mim, a perco de vista assim como meus pais que devem estar assustados com tanta gente desconhecida e metida por aqui.

Espanto poeira invisível do meu vestido preto de seda que tem uma fenda na coxa e decote sutilmente sensual, caminho até o quarto de Victor passando pelos corredores silenciosos e mal iluminados, até Marcos passar por mim e soltar um meio sorriso rápido e aflito, a culpa faz isso né — Você pode escapar da confissão, mas não da verdade. Ela é selvagem e letal.

Encontro Victor sendo paparicado pela vadia loira que veste blusa de mangas longas vinho, uma saia acima dos joelhos xadrez preta e vinho e as botas da mesma cor cano alto de salto.

Em seu pescoço o colar que na ponta tem um quadrado escrito as inicias dos dois, e no dedo anelar direito o anel, desperdício de tempo e dinheiro.

O modo ansioso que Victor mexe os dedos e o quadril indica que não está suportando mais ficar preso no quarto. Impaciente.

— Oi Leila, não sabia que tinha chegado. — Cumprimenta a descarada, desperdiçando lágrimas de crocodilo fingindo estar emocionada pelo aniversário dele.

Ignora para não arrancar este arquinho prateado da cabeça dela na força do ódio e dirijo olhar para Victor, que está impecável, belíssimo e contendo ainda aquele toque sombrio que somente ele tem.

As olheiras profundas ainda são aparente, mas as maçãs do rosto parecem menos mórbidas... que aperto no coração.

— Agora vem comigo, tenho uma coisa para te mostrar. — Diz Júlia de modo alegre, mas disfarçando bem a surpresa que o aguarda.

O homem mais alto que ela, de camisa social azul clara e calça preta também social, caminha sendo guiado pela loira e eu atraso alguns segundos para segui-los, tirando a foto que roubei da cômoda dele dias atrás da minha bolsa e apreciando a beleza dela.

Quem dera pudesse voltar no tempo.

Estou sendo precipitada? Egoísta? Não, acho que não.

Afundando no abismo que é saber o que houve e guardar para mim até sufocar, não vou aguentar mais o peso. Simplesmente não devo e não mereço.

Victor não merece.

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Diante de todos, eles adentram a sala e logo os inúmeros convidados gritam surpresa e assustam Victor ao lado da vaca loira.

Não apagaram as luzes obviamente porque não tem como ele enxergar, porém se esconderam.

— Parabéns filho, eu te amo muito. — Carlota parabeniza sorrindo de orelha a orelha e abraça o filho que retribui sem peso ou receio.

Júlia cogita dar um abraço na sua sogra, porém ela recua antes mesmo que a sonsa se aproxime — Marcos engole a seco mexendo em sua gravata roxa do outro lado, inquieto, culpado.

Pouco a pouco, todos vão cumprimentando Victor que parece ter gostado da surpresa, eu ignoro e apenas procuro Isabel e meus pais em meio a multidão irritante.

— Então esse daí é o branquelo que você falou Le? — Levo um susto com Isabel surgindo do meu lado feito fantasma.

— Sim, bonito não é? — Suspiro feito boba admirando a beleza genial do Victor Avelar.

— Ele é branco dos olhos verdes, que clichê irmã, mas enfim... É seu gosto. — Isabel desdenha sendo antipática.

Para ela todo homem branco e rico é igual em aparência. Prefere tipos como o Terry Chris ou o Omar Sy.

— Cadê a mãe e o pai? — A questiono coçando o pulso e percorrendo o olhar pelo local a procura deles.

— Foram lá para fora, estão conversa com um casal de brancos sem graça, um porre ficar lá. — A garota de vestido azul com brilhinhos e tule revira os olhos entediada.

Logo não demora muito para Isabel avistar Júlia e quase pôr a língua para fora em tanta antipatia que já tem pela loira.

Minha irmã não consegue esconder a transparência em desagrado por Júlia que está distraída conversando acima de um degrau inicial da escada com um casal de velhos irrelevantes.

Cada passo calculado, prevenido e até um pouco assustado.

Victor está do outro lado do salão, recluso da multidão e falando com alguém pelo celular. Amor, fogo está me consumindo e você não percebe...

Chuto o medo e caminho até ele pretendendo contar, Marcos põe os olhos felinos em mim e mantém a rigidez nervosa do corpo.

Antes que posso dizer uma só letra, Victor desliga o celular e me deposita um beijo na bochecha, como se já estivesse preparado para me cumprimentar, reconheceu minha forma de andar ou talvez, apenas reconheceu a Leila, sua amiga e fiel companheira de guia.

Quase desabafo neste beijo ilusório suficiente para nutrir meus sentimentos e o fardo presente no que entalou em minha garganta novamente.

— Preciso que me ajude. — Ele sorri meigo tirando um papel do bolso e colocando em minha palma esquerda, sinto vontade imediata de rasgar esta porcaria e mandar tudo a puta que pariu.

Minha alma está rugindo e chicotes invisíveis arrebentam meus ossos.

Medo te torna fraco.

— Escrevi algumas palavras para Júlia e minha mãe, mas neste tem exclusividade para ela. — Revela sensível e ingênuo, sendo gentil.

Isto golpeia de novo meu coração estilhaçado.

Pisco repetidas vezes e seguro as lágrimas quentes estúpidas que querem extravasar.

— Claro, eu posso te ajudar. — Respondo secamente antes de soltar a mão da dele com revolta... entenda querido, não consigo suportar aquela vaca mentirosa.

Segurando o pequeno papel, viro as costas deixando Victor solitário e confuso, a mercê da curiosidade.

Sigo para a sala principal batendo os pés e nem vendo o que está em minha frente, quase derrubo um garçom, pareço um elegante, estou imparavel feito um porsche a 200 km por minuto, não horas, minutos.

Agora vamos dançar conforme a minha música. Eu dito as regras, flamejante feito o inferno condenando os erros cometidos por gente desprezível.

Continua...
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Roupa da Le na mídia.

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