Capítulo 30. Epílogo
Megumi estava tenso, seu único objetivo era encontrar e extrair o último dedo de Sukuna antes de chegar nas mãos de Yuta. Ele teria que encontrar uma forma de enganá-lo, antes de ser tarde demais. Assim que chegaram ao metrô, Megumi notou o quão destruído Shibuya ficou. Sukuna usou sua expansão de domínio, e acabou destruindo e matando quase todos na cidade.
— Vamos parar se encontrarmos qualquer sobrevivente. As maldições estão soltas por aí, nem todo mundo entendeu o que está acontecendo. — Yuta dizia caminhando na frente, procurando atentamente. Ele virou e notou um pesar nos olhos de Megumi. — Aí. Já aconteceu. Não tem mais nada que podemos fazer sobre o que houve. Nossa missão é ajudar o que restou da cidade.
— Eu entendi.
Megumi acompanhou Yuta até o metrô, haviam corpos de maldições e humanos espalhados por todos os lados. Ele invocou seu lobo e Yuta puxou sua espada, ambos seguiram cautelosos. Megumi tentava analisar e descobrir onde cada coisa aconteceu, como Akiko perdeu seu braço, como as coisas de desenvolveram. Por pouco Sukuna não destruiu o que restou do Metrô. Ele usou sua expansão de domínio, e não estava forte o suficiente.
— Estava aqui?
— Não eu... — Megumi dizia quando notou um movimento logo ao fundo, ele se preparou. — Bem ali.
Havia uma maldição terminando comer alguns membros de um corpo, Yuta lidou com ele rapidamente. Megumi correu e analisou, o que viu o deixou enjoado.
— Meu deus. — Ele disse boquiaberto e sentiu um embrulho no estômago.
— Conhece?
— Não. — Ele mentiu, Yuta cobriu o nariz e a boca e se aproximou.
— Arrancaram o coração. A luta deve ter sido feia. — Yuta dizia, supondo o que aconteceu, Megumi parou ao seu lado, em choque com toda a situação.
Ela deve ter ficado com tanto medo, tudo deve ter sido tão traumático... e onde eu estava? Onde eu estava para ajudar?! Brincando com a morte. Megumi pensou consigo mesmo, Yuta percebeu mas se manteve em silêncio.
— Pra onde vamos agora? — Megumi perguntou, Yuta desviou o olhar analisando as poucas pistas que restaram.
— Vamos pelos trilhos. — Yuta foi na frente, Megumi o seguiu em silêncio. Eles caminharam por meia-hora até Yuta parar e se abaixar para analisar o chão.
— O que foi?
— Tem rastros de energia amaldiçoada, alguém esteve aqui. — Ele apontou. — E faz pouco tempo.
— Aí, não é nada pessoal. — Megumi disse, Yuta se virou. — Eu não ligo se morrer no processo.
— O que? — Yuta se virou, um elefante caiu em cima dele, o esmagando com todo o peso.
— Eu preciso encontrá-los antes de você. — Ele disse. — Tenho que trazer ela de volta.
Megumi deu as costas e correu, ele seguiu os traços de energia amaldiçoada pelo metrô até o lado de fora. Não havia nada além de uma cidade destruída. Ele logo notou que a energia vinha de baixo, dos esgotos, e desceu. Yuta se soltou quase uma hora depois, neste ponto, Megumi já havia garantido uma boa distância.
— Droga. Eu confiei nele.
*
Não havia nada além de mais maldições, mais vítimas do ocorrido. Megumi lutou contra o que pôde enquanto a palavra "culpa" surgia repetidas vezes na sua cabeça. Ele poderia fazer do jeito justo, e lutar ao lado de Yuta. Mas tudo que ele queria agora, era trazer Akiko de volta. Nem mesmo tinha certeza de que seu plano funcionaria, mas precisava tentar.
Megumi estava passando por algumas lojas no centro, quando viu em uma dela, várias TVs ligadas com apenas uma transmissão.
— Se você está vendo isso, seja bem-vindo a nova Shibuya. O novo lar das maldições, onde vocês encontrarão o início de um novo mundo. — Ele dizia do que parecia ser uma torre de comunicação, Megumi virou e se deparou com Yuta novamente. Ele se preparou para lutar, mas Yuta sequer se moveu.
— Eu sei o que está sentindo, mas ela não vai voltar.
— Você não a conhece como eu. — Ele disse e cerrou os punhos.
— Pode ser. — Ele se aproximou. — Mas não será a mesma. Ela vai ser um monstro.
— Não vai me convencer.
— Eu sei. Sei também que não posso te impedir.
— O que? Vai me ajudar? — Megumi o encarou seriamente, Yuta apontou para as telas de TV.
— Vou acabar com ele, e depois com Yuji Itadori. — Apontou para Megumi. — Se a sua namorada voltar como um monstro. Vou acabar com ela também.
— Vai ter que passar por mim antes. — Megumi deu as costas e passou por Yuta, o ignorando completamente.
Os dois seguiram caminho até a torre de comunicação, ambos ansiando por seus objetivos. Subiram de elevador até o último andar em completo silêncio, as portas se abriram revelando pelo menos quatro maldições especiais. Yuta puxou sua espada e partiu para cima ao lado de Megumi, ambos lutando lado a lado para derrotar os monstros.
Kenjaku, a mente por trás de todas maldições, os aguardava do outro lado da sala. Ele já sabia o que esperar, foi quando Megumi adentrou o cômodo quase levando a porta ao chão. O rosto cheio de sangue e sujeira, ele parou para recuperar o fôlego e se posicionou para lutar.
— Como está a minha filha? — Ele perguntou, com as mãos cruzadas em cima da mesa.
— Ela não é sua filha. Você é um monstro.
— Todos são meus filhos. — Ele retrucou, Megumi cerrou os punhos.
— Ela está morta. Seus filhos a mataram.
— Você e eu sabemos que ela não morreria tão fácil com os dons que herdou de mim. — Ele disse, Megumi hesitou, e engoliu em seco. — É por isso que está aqui. Não é?
— Vamos acabar com isso. — Yuta entrou logo depois segurando sua espada, Kenjaku se levantou e tirou um pequeno saco do seu bolso.
— É isso que você quer?
Megumi arregalou os olhos, com raiva e hesito ao mesmo tempo. Yuta notou sua tensão.
— Não se deixe enganar por ele Fushiguro. Vamos lutar.
— Ele não quer lutar. — Kenjaku tentou manipular Megumi, ele engoliu em seco.
Mais maldições invadiram a sala, Yuta se preparou. Kenjaku riu e se afastou da mesa em que estava.
— Você vai pagar por tudo que fez com essas pessoas!
— Será? — Ele arremessou o saquinho para Megumi que o encarou em suas mãos em completo silêncio, Yuta notou. — É hora de escolher Megumi.
Megumi olhou para Yuta, que não expressou reação, apenas aceitou o que estava prestes a acontecer. Ele fechou a mão e correu na direção da porta, Yuta cravou sua espada no chão.
— Expansão de domínio. — Ele disse, Megumi se virou e viu a cortina da expansão de Yuta se fechando diante dos seus olhos.
[...]
Quando abri os olhos, senti uma sede incapaz de controlar. Tudo estava vermelho feito sangue, eu estava faminta. Analisei minha mão e a parte do meu corpo faltando, estava frio, tinha apenas um lençol cobrindo minhas costas.
— M-Megumi? — O vi como um borrão, ele estava surpreso, sem reação. — E-eu...
— Como se sente? Do que se lembra?! — Ele segurou meus ombros, baixei suas mãos.
— Eu não devia estar aqui. O-o que você fez? — Sussurrei, Megumi se afastou. Olhei para os seus braços, depois pescoço.
— O que aconteceu com os olhos dela? — Panda estava no outro lado da sala, toquei meu rosto.
— Você está bem agora. — Megumi me abraçou, olhei em volta me acostumando com o ambiente. Logo me dei conta de que estava no necrotério.
— O-o que aconteceu? Como eu voltei?!
— Megumi usou o último dedo do Sukuna pra te trazer de volta, você absorveu toda a energia dele. — Panda explicou, notei alguns olhares preocupados.
— M-mas e o Sensei? E o Itadori? O que houve?
— Ainda não sabemos, Itadori está desaparecido e o Sensei... — Panda tentava explicar toda a situação quando Yuta entrou na sala, ele estava com uma expressão de surpresa e com o rosto sujo de sangue.
— Como se sente? — Megumi mudou de assunto, franzi o cenho.
— E-eu não sei. — Cobri o rosto, ele tocou meus ombros tentando me reconfortar. Yuta e Megumi trocaram olhares, ele se aproximou.
— Acha que está em condições de nos ajudar?
— Ela acabou de voltar. — Megumi disse e me protegeu, baixei seus braços.
— Tudo bem. — Me cobri e me levantei, olhei em volta. Toquei o rosto de Megumi, ele esticou os lábios gentilmente. — Eu to faminta.
— Vamos arranjar algo pra você comer.
( Obrigada por ler! )
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