Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 33

   Os pés de Ellie já não aguentavam mais todas as pedras em seu caminho, JJ, logo atrás, tentava não reclamar ao máximo. Afinal foi ele mesmo quem decidiu segui-la, o mínimo que poderia fazer era não reclamar. Encarando o chão, ele continuou andando até que Ellie colocou a mão na frente impedindo-o.

— Devagar por aqui, podem ter infectados. — Ela avisou, JJ ficou na ponta dos pés tentando ver.

Era uma pequena cidade, algumas lojas, um supermercado grande o suficiente para parecer um shopping.

— Vamos entrar, ver se tem comida e sair. Tenta não fazer barulho ta bem? — Avisou, JJ apenas a seguiu lentamente com cautela.

Ellie foi até a porta e deu uma bela olhada, estava trancada por dentro e o vidro poderia atrair infectados. JJ correu e desapareceu ao lado, a garota o seguiu preocupada.

— JJ! O que eu falei?! — Sussurrou quase gritando, ele apontou para uma pequena janela ao lado da porta dos fundos, estava aberta.

— Eu consigo passar.

— De jeito nenhum, você não vai entrar lá sozinho. — Ellie sequer considerou a ideia, ele pisou no chão.

— Então não vamos conseguir entrar. — Insistiu, Ellie não hesitou em negar outra vez. — Eu sou pequeno, consigo passar por ali. Só preciso de uma ajudinha.

— Se você se ferir? Se tiver infectados lá dentro?

— Eu já to infectado lembra? Somos imunes. — Ele deu de ombros como se fosse óbvio, Ellie bufou.

— É mais que isso, eles são violentos, machucam as pessoas. — Explicou, ele deu de ombros outra vez tentando argumentar.

— Não vão me machucar, prometo que vou tomar cuidado.

— Você entra e abre a porta, nada mais que isso. — Pediu, o garoto deu um salto animado e Ellie se encostou na parede estendendo as duas mãos e então juntando seus dedos. — Vou te impulsionar pra cima, se não tiver nada no outro lado pra diminuir a altura que vai cair, você segura na janela com seus braços e estende seu corpo. Assim, vai cair de pé e sem fazer muito barulho.

Ele concordou se posicionando, Ellie contou até três e então o impulsionou pra cima. O garoto passou facilmente pela janela chegou silencioso no outro lado, Ellie começou a ficar preocupada e encostou a cabeça na porta pra tentar ouvir.

— JJ! — Chamou, ela tentou abrir a porta mas estava fechada, de repente ouviu a tranca se abrindo e JJ do outro lado com um sorriso no rosto.

— Viu? Eu falei que conseguia.

— Vamos fazer silêncio, não sabemos o que pode ter aqui. — Disse indo até a porta, JJ a seguiu levemente frustrado com a situação.

Ellie abriu a porta e o segurou para trás, eles trocaram olhares. Ela ligou uma lanterna e seguiu silenciosa, cuidando para não pisar em nada que pudesse fazer barulho. Haviam vidros espalhados pelo chão, muita poeira, latas vazias, revistas. JJ pisou em um carrinho de brinquedo e então parou e o pegou, era uma miniatura do modelo de um Volkswagen Golf MK2 vermelho. Apesar de pequeno, até uma miniatura tinha um tamanho considerável na sua pequena mão.

— O que está fazendo? — Ellie perguntou, JJ enfiou o brinquedo no bolso da calça rapidamente.

— Nada.

— Encontrou alguma coisa? — Ellie olhou em volta verificando, ele apontou para as prateleiras.

— Ração de cachorro enlatada, podemos comer?

— Só se quiser virar um saco de pulgas. — Brincou e continuou andando pelos corredores, JJ a seguiu.

De repente, Ellie avistou um corpo preso ao chão cheio de fungos em volta, era um infectado mas não estava consciente. A garota puxou JJ pela gola da camiseta antes que pudesse dar mais um passo, e apontou para o infectado. Ele arregalou os olhos e engoliu em seco preocupado, quando se virou, a garota se deparou com algo. Não era um infectado, era algo pior...

Ele fez sons de estalo no meio do vazio dos corredores empoeirados, seu som arrepiou a espinha do garotinho logo ao lado de Ellie. A garota apontou para frente, ele seguiu agachado até o início do mercado onde as portas estavam trancadas por correntes. JJ se viu paralisado, aqueles sons não paravam de ecoar na sua mente, e o formato daquele monstro não se comparava a nada no qual havia visto ou ouvido falar antes. 

Ellie foi até a porta em meio a situação e tocou as correntes, olhou em volta procurando algo para ajudar a abrir. Ela foi até o balcão de funcionário e começou a buscar por algum tipo de chave que pudesse abrir. As chaves estavam penduradas em um prego abaixo do balcão, quando voltou para cima, avistou JJ congelado.

— JJ. — Sussurrou, ele não se moveu, estava de costas, os olhos fixos. — Garot-

Quando Ellie notou, os pés de JJ estavam em cima de uma poça de líquido amarelada. Urina. Ele estava se mijando nas calças de tanto medo. Ellie engoliu em seco e então foi até o garotinho e tocou seu ombro, ele virou a cabeça trêmulo, os olhos arregalados e marejados.

— Tudo bem. Vamos sair daqui. — Ela afirmou, JJ piscou algumas vezes, Ellie passou a mão em seu rostinho impedindo que uma lágrima o umidecesse.

Ele a seguiu até a porta, olhando em volta preocupado. Até então o estalador não havia se manifestado mais, havia fico na escuridão dos corredores. Ellie tentou ser cautelosa ao máximo para abrir a fechadura sem emitir quaisquer sons, com JJ do seu lado tornava a situação muito mais tensa. Assim que o cadeado abriu, as correntes deslizaram pela porta indo em direção ao chão, o coração de Ellie disparou rapidamente. As correntes pousaram calmamente nas mãozinhas de JJ, e ele olhou para cima.

Ela tocou seu ombro aliviada, pegou as correntes e ambos passaram pela porta de entrada. Ellie usou as correntes para fechar por fora, e então soltou o ar que mal percebeu que estava prendendo. Agora fora e longe o suficiente para sentir segurança, Ellie parou e olhou para JJ.

— Foi assustador pra cacete não foi? — Perguntou, ele baixou a cabeça envergonhado. — Aquelas coisas são só um tipo deles, é por isso que não posso arriscar sua vida. Para aquilo não te pegar.

— Eu to com medo. — Ele resmungou pela primeira vez depois de minutos em silêncio, Ellie torceu os lábios e se ajoelhou.

— É normal ter medo, você vai aprender a conviver com isso, ta tudo bem.

— Eu molhei a calça. — Disse decepcionado consigo mesmo, Ellie segurou a risada para não envergonha-lo.

— Eu trouxe outra, era pra caso sentisse frio. Mas acho que dá na mesma.

Ellie lhe entregou uma calça moletom azul celest que parecia mais parte de um pijama, JJ estava emburrecido mas ao mesmo tempo sentindo conforto novamente.

— O que foi?

— Tinha que ser essa? Eu odeio essa cor.

— Na próxima não se mije todo de medo. — Brincou, JJ franziu o cenho e fez um careta irritado. Ellie gargalhou com vontade.

— Não tem graça.

— Ah tem sim, espera só até eu contar pra sua irmã. — Ela dizia, JJ apressou o passo para segui-la.

— Você não vai dizer nada.

— Eu vou sim. Vou contar pra todo mundo que você se mijou. — Ela disse apressando o passo, JJ parou.

— Para! Não vai! Você não pode fazer isso. — Ele correu para alcançá-la, Ellie riu alto.

*

Era final de tarde, uma brisa fria soprava os cachinhos de JJ avermelhando seu rostinho, de repente Ellie se viu agradecida por JJ se molhar para que pudesse vestir algo mais quente logo depois. Ela estava terminando de ajeitar seu pequeno casaco, enquanto ele apenas aguardava em silêncio.

— O que foi? — Disse quebrando o silêncio, JJ negou.

— Nada.

— Está pensando em algo, faz essa cara quando pensa. É a mesma que faz quando quer ir ao banheiro. — Ela levantou e puxou a calça para cima, JJ enfiou as mãos nos bolsos tocando seu carrinho de brinquedo secretamente escondido.

— Não é nada.

— Fala logo. — Ellie pediu, ele soltou o ar que estava segurando nos pulmões.

— Vão ter outros... é-é. Outros daqueles monstros?

— Se chamam estaladores, não esqueça disso. — Ellie afirmou o observando ficar mais aflito. — E talvez possa ter sim, por isso tem que me obedecer. Sempre. Entendeu?

— Entendi. — Ele concordou sem pensar duas vezes.

A garota então apressou o passo, e JJ a seguiu firmemente com cautela. Logo à frente estavam as fábricas, três construções enormes uma ao lado da outra apenas alguns quilômetros de distância. A garota parou e analisou bem o ambiente em volta, haviam cipós, árvores, estava tudo coberto como a maioria das cidades abandonadas nos últimos anos.

— Ual. Nós vamos entrar em alguma? — JJ perguntou, Ellie negou puxando as alças da mochila.

— Não. É arriscado demais. Vamos contornar a área.

— Ta legal.

Ellie contornou algumas construções, caminhões enormes e abandonados. Troncos de madeira tão grandes que tinha a grossura do dobro da altura de JJ. O garotinho caminhava boquiaberto, surpreso com qualquer coisa, afinal era sua primeira vez explorando o mundo em que vivia.

— Esse carro é estranho. — Disse parado em frente a uma escavadeira, Ellie soltou uma risada fraca.

— Não é um carro, se chama escavadeira. Algumas pessoas usavam para carregar material ou cavar grandes buracos.

— Ah... por isso parece uma pá gigante. — Dizia olhando para cima, o olhar fixado no grande veículo. — Você sabe dirigir?

— Não faço ideia, talvez o Joel saiba, ele pode te ensinar quando os encontrarmos. — Ela voltou a andar. — Vamos.

JJ já não se via mais desesperançoso, Ellie fazia parecer com que eles só estivessem em uma viagem, era como se nada se ruim estivesse realmente acontecendo.

De repente, Ellie ouviu vozes vindo dos fundos de uma das fábricas, ela parou e puxou JJ para baixo junto. Dois homens mascarados saíram da fábrica e jogaram sacos de lixo dentro de uma grande caçamba.

— São e-eles? — JJ sussurrou, ela apertou os olhos. — Acha que estão lá dentro?

— Eu não sei, fica aqui ta legal? Fica exatamente aqui. Vou verificar.

— O que? Não! Você disse que era perigoso. — JJ protestou, Ellie tirou a pistola do coldre na cintura e carregou a arma.

— É perigoso pra você, é pequeno e fraco. Me deixa ir na frente e verificar, se não for nada volto bem rápido. — Pediu, JJ concordou com dificuldade.

Ellie se apressou e foi até a porta dos fundos na qual os homens haviam entrado, ela olhou em volta uma última vez e adentrou o local. Um silêncio se instalou no cômodo imenso, estava tudo muito empoeirado, haviam caixas de madeira enormes com marcação de armamento. Ellie engoliu em seco e abriu uma pequena fresta para verificar, era munição, granadas, armas de fogo pesadas.

— Porra.

— Ei! — Um dos homens gritou arrepiando sua espinha, Ellie virou-se rapidamente apontando sua arma.

Outro homem apareceu empurrando Ellie contra a caixa, sua pistola caiu no chão e ele a chutou para longe. Ela conseguiu acertar seu estômago e depois depois de tomar uma pancada no nariz, acertou uma cabeçada fazendo o mascarado cair desnorteado. O outro homem avançou na sua direção, Ellie tirou um canivete do bolso e acertou seu estômago repetidas vezes fazendo-o paralisar. Ele também caiu logo depois, contorcendo-se em dor.

— Ellie. Não achei que viria. — Um outro homem apareceu, tinha o dobro do seu tamanho, o cabelo grisalho recém cortado. Quando tirou a máscara, o rosto de Ellie mudou rapidamente.

— Cadê eles? — Ellie começou a contornar o homem, ele sorriu.

— Onde está o garoto?

— Vai se foder. — Ela cuspiu, ele estendeu os braços dando visão de seus músculos.

— Vai ser divertido levar seu corpo pra eles, quem sabe assim conseguimos uma resposta. — Retrucou, Ellie virou seu canivete pronta para atacar.

A garota correu e começou a luta desviando de seu primeiro golpe, acertou uma facada nas costas do homem e recuou. Ele tirou a faca gemendo em dor, mas ainda de pé e pronto pra reagir. Ellie correu na sua direção outra vez, ele a puxou pela gola da camiseta e acertou seu rosto, uma, duas, três vezes. Ela cuspiu sangue em seus olhos e acertou um chute no meio das suas pernas, ele recuou com dificuldade. Ellie pegou a faca e acertou seu estômago, mas ele sequer reagiu.

— Solta e-ela. — A voz de JJ veio de longe, segurando a pistola de Ellie com as mãos trêmulas e a respiração desregulada. O homem virou segurando a faca na garganta dela, ameaçando machucá-la.

— Você é mais louca do que parece, trouxe ele direto pra nós. — O homem sussurrou sentindo-se vitorioso, JJ insistiu, sequer sabia segurar uma arma direito.

— J-

— O que vai fazer garoto? Se atirar eu corto a garganta dela e você vai vê-la morrer bem na sua frente. — Ele disse, mordeu os lábios.

— S-solta ela.

— JJ larga a arma. — Ellie pediu, o garoto nem se moveu. — Por favor.

— Não. Deixa o garoto decidir. Afinal é tudo culpa dele. — O homem insistiu, JJ estremeceu. — É tudo sua culpa garoto, a situação dos seus pais, eles deixarem a cidade.

— Ele ta mentindo! Não ouve ele! Presta atenção em mim! — Ellie pediu, JJ segurou a arma com força e levou o dedo lentamente até o gatilho.

— Ela vai morrer por sua causa, todos vão morrer por sua causa. — Ele insistia com um sorriso bizarro no rosto, Ellie acertou sua testa com a cabeça fazendo-o cortar apenas alguns centímetros de sua clavícula.

Ela pegou a faca de volta e acertou o seu peito com toda a força que pôde, JJ recuou com seus olhos marejados, chocado com a situação. Ellie virou-se para JJ com as mãos pra cima, tentando contê-lo.

— Joel Júnior. Me escuta. Esse cara é um merda, ele não sabe do que ta falando. Disse que ia me levar para Joel e a Lorie, então eles estão bem. Estão vivos. — Disse se aproximando. — Você não precisa machucar ele, eu já fiz isso, ele ta sentindo a dor que merece.

JJ baixou a arma, Ellie se aproximou rapidamente e a pegou agora de joelhos. Ele encostou a cabeça em seu ombro, ele segurou seus cachinhos deixando um beijo no topo da sua cabeça.

— Desculpa. Me desculpa. — Ele sussurrou.

— Tudo bem, você me obedeceu como pedi, ta tudo bem. — Ellie respondeu o abraçando com firmeza. — Bom garoto.

O homem esfaqueado levantou com dificuldade e partiu para cima dos dois, Ellie puxou a pistola e atirou na sua cabeça, JJ pulou no lugar com o susto do som alto da bala ecoando pelas paredes de metal. Logo depois veio o silêncio, e o baque do corpo atingindo o chão.

— Vamos embora.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro