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Capítulo 29

   Quando acordei naquela manhã, não sabia o que esperar do meu dia, as reviravoltas que nos levariam ao fim. Encarei o rosto enrugado do meu marido bem na minha frente, acariciei seus cachinhos antes de vê-lo sorrir ainda de olhos fechados.

— Bom dia amor. — O mais velho disse, a voz rouca ainda acordando.

— Bom dia. — Sussurrei, ele abriu os olhos aos poucos, analisando cada expressão em meu rosto.

Assim deixou um beijo em meus lábios e me envolveu em um abraço aconchegante, deixou outro beijo no topo da minha cabeça.

— Temos mesmo que sair daqui hoje? — Resmunguei em seu peito, ele sorriu.

— Não. Não temos.

— Eu mandei você parar! Mãe! Mamãe! — Ouvi os gritos vindos do corredor, me escondi nas cobertas, Joel riu.

— Esqueci que temos dois animalzinhos em casa.

— JJ eu mandei você parar! — Ouvi um estouro, Ellie abriu a porta do quarto esfregando os olhos.

— Que porra vocês dois estão fazendo? Me deixem dormir!

Os ouvi discutindo no corredor, caminhei até a porta, quando abri, notei que Laura estava com um corte na testa e JJ com o nariz ensanguentado.

— Mas o que. Crianças! — Repreendi, Laura se encolheu no lugar.

— Merda, socou a cada dele? — Ellie disse boquiaberta, ela cruzou os braços.

— Eu disse pra parar de me irritar, sou mais velha!

— Vocês são gêmeos, tem a mesma idade. — Corrigi, JJ a encarou se exibindo com a resposta.

— Não somos gêmeos! JJ é pequeno e fraco.

— Cala a boca! — Gritou, a garota o ameaçou acertar outro soco.

— O que está acontecendo? — Amanda surgiu atrás de Ellie ainda de pijama, os cabelos bagunçados.

— Laura deu um belo soco na cara do garoto. — Ellie disse num tom orgulhoso, Amanda arregalou os olhos enquanto me observava cuidar do nariz arrebentado de JJ.

— Estão de castigo. Os dois.

— O que?! Porra JJ, viu o que você fez? — Laura o incriminou, segurei seu braço e apontei para o seu rosto.

— Vocês dois, principalmente você por ter deixado o nariz dele como uma batata.

Os dois trocaram olhares, JJ esticou os lábios, Laura soltou uma gargalhada e os dois começaram a rir juntos confundindo-me.

— O que? Por que essas risadas?

— Seu nariz ficou igual uma batata. — Laura disse entre uma risada e outra, franzi o cenho.

— É verdade. — JJ disse apoiando as mãos nos joelhos, recuei confusa, Ellie colocou a mão em meu ombro.

— Aí Lorie, suas crianças são doidas. — Ela sussurrou, soltei um ar emburrecida.

— JJ vem comigo, vou cuidar desse nariz. — O puxei pelo braço até o banheiro, Ellie voltou para o quarto.

JJ estava quieto, parecia indiferente quanto ao ocorrido. Umedeci um lenço e comecei a limpar o seu rosto sujo de sangue, ele fez uma careta irritado.

— Desculpe. — Pedi, ele continuou para esperando para limpar todo o sangue. — Por que você e sua irmã vivem se espancando? Já falei pra parar com isso. 

— Desculpe.

— Tudo bem. Terminei. — Estiquei os lábios, coloquei o pano sujo de sangue na pia.

— Ta muito ruim? — Ele franziu o cenho, baguncei seus cachinhos fazendo-o rir.

— Seu moleque. — O puxei e comecei a fazer cócegas, o garoto tentava escapar mas era quase impossível, de repente o senti fisgar minha mão com seus dentes. — Ai! Porra JJ.

Ele se afastou surpreso, encarei a mão com a mordida, o sangue começou a escorrer aos poucos pela marca de seus dentes. Foi tão rápido que senti apenas uma pontada e então a dor começou a se espalhar.

— Que merda, isso dói. — Olhei para o ferimento, logo acima estava a cicatriz de uma lembrança antiga, o encarei. — Você não pode morder as pessoas assim.

Ele ficou quieto, parecia nervoso, estava claramente escondendo algo de mim... uma mordida. Especialmente ele não poderia se dar ao luxo de morder alguém, nem por uma mera brincadeira estúpida.

— JJ. — Segurei seus ombros, ele me encarou trêmulo. — Você mordeu mais alguém? Quem você mordeu?!

— N-ninguém.

— Porra me fala! — Gritei fazendo-o estremecer, ele percebeu que eu estava tão nervosa quanto ele. 

— Ninguém mamãe. Ninguém. Eu juro. — Me respondeu rapidamente, engoli em seco e então percebi que estava começando a assusta-lo.

— Desculpa amor. Me desculpa. — O abracei, ele envolveu as mãos envolta de mim com firmeza. — Mas meu bem... você precisa me prometer que não vai morder ninguém. Nem brincando.

— Eu prometo mamãe.

Deixei um beijo no topo da sua cabeça, Joel cruzou o corredor e parou em frente a porta.

— Tudo bem por aqui? — Perguntou, JJ se soltou e correu corredor a fora. 

— Não foi nada. — Me levantei, cruzei os braços pensativa.

Joel massageou meus ombros tirando-me toda a tensão, estiquei os lábios, ele deixou um beijo em meu rosto.

— Vou até a cidade com a Ellie e as crianças, quer alguma coisa?

— Não. Só fique de olho neles. — Pedi, ele assentiu e foi até a porta, Ellie estava vestindo o casaco enquanto ria de algo engraçado que Laura havia lhe dito.

Me encostei na batente da porta enquanto os vigiava, JJ surgiu no corredor e passou por mim sem fazer contato visual. Estava escondendo algo, conhecia muito bem meu filho para definir isso.

— Vocês. Se cuidem. — Pedi, Laura fez joinha com os polegares e correu na frente.

— Eles vão ficar bem. — Amanda me disse, tinha a sensação de que estava longe de ficar bem, mas para aceitar apenas concordei. — Vamos, temos muito o que fazer aqui.

— Tem razão.

Vesti minhas luvas e peguei um balde, saí para levar comida aos animais enquanto Amanda tomava conta dos cavalos, alimentei as ovelhas e as soltei pelo campo. Avistei Amanda correndo com estrela, uma de nossas éguas, ela corria rapidamente pelo campo com um sorriso no rosto. Estiquei os lábios em alegria, talvez ela estivesse certa, não era nada para se preocupar, JJ havia apenas cometido um erro afinal era uma criança e para a idade era comum.

*

A tarde se estendeu bem, colhi algumas laranjas e comecei a espremer para fazer um bolo, Amanda terminou todos os trabalho no campo e voltou para dentro com um cesto de roupas limpas. Ela se sentou perto da mesa e ficou me encarando, coloquei o bolo no forno e respirei fundo alongando as costas.

— O que foi?

— JJ parecia assustado mais cedo, o que houve? — Ela levantou, respirei fundo.

— Ele me mordeu. — Mostrei a cicatriz, ela franziu o cenho. — Ele não pode morder mais ninguém, sabe que Ellie, eu, Laura, somos imunes. Mas Joel, você, o resto do mundo... uma mordida pode mudar tudo.

— Tem razão. Mas ele é criança, não sabe disso, deveria contar que são diferentes.

— Joel quer manter isso em segredo, se eles souberem o resto da cidade pode descobrir, e esse segredo pode se espalhar. Sabe como as pessoas são, demorou pra Ellie entender que ela era mais importante que a cura pra esse mundo perdido. — Olhei pela janela, a estrada ia até a floresta e terminava entre as árvores por onde Joel, Ellie e as crianças haviam passado.

— Mas você ainda acredita nisso? — Amanda perguntou, a encarei.

— O que?

— Ainda acredita que o mundo está perdido? Quero dizer... olhando para nós, para o Joel. Não acha que merecem uma chance de serem curados? — Ela insistiu na pergunta,

— Eu morreria pela minha família. Mas só eu. Eles não precisam morrer por mim. — Amanda entendeu minhas palavras e apenas assentiu, demonstrando apreciação.

Avistamos Joel, Ellie e as crianças voltando pra casa. Fomos até a porta os receber, JJ e Laura entraram correndo e subiam as escadas rapidamente.

— Vão lavar as mãos pro café, não esqueçam de colocar as roupas sujas no cesto! — Gritei, ouvi passos firmes acompanhados de palavras afirmativas, Joel entrou e me deixou um beijo no rosto. — Como foi? Ocorreu tudo bem?

Joel assentiu, Ellie foi até a cozinha e sentou-se perto da mesa, Amanda a repreendeu por não lavar as mãos. As crianças chegaram e sentaram-se famintas, sorri, fui até a mesa e comecei a colocar a comida e as canetas. Joel sentou-se e serviu o café, era uma mesa farta com comida e toda a minha família estava lá bem diante dos meus olhos, em um só lugar. Pensei novamente sobre a questão que Amanda levantou, eu realmente faria qualquer coisa pela minha família, para vê-los vivos e saudáveis, mesmo que pudesse custar minha própria vida...

A noite se instalou na fazenda, estava lavando os pratos quando Joel me encontrou na cozinha. Ele havia acabado de levar JJ para a cama depois do garoto adormecer perto da lareira na sala, o mais velho alongava as costas tentando reduzir a dor.

— Falei pra parar de carregar ele até a cama, um dia teremos que carregar você. — Joguei a toalha no meu ombro e cruzei os braços, Joel negou.

— Vou carregá-los até não conseguir mais. São minhas crianças, e estão crescendo rápido demais.

— Eu sei. — Concordei pensativa, Laura, diferente do irmão, cresceu tão rápido que parece até ser mais velha. Já JJ era um garoto encolhido, tão pequeno que podia se enfiar ou se esconder em qualquer lugar com facilidade.

Joel me abraçou e deixou um beijo em meu pescoço, segurei o seu rosto e o beijei lentamente me perdendo em seus lábios enrugados.

— Também posso te carregar. — Ele sussurrou, sorri. Joel jogou a mão para trás de mim prestes a me levantar, quando ouvimos uma batida forte na porta. Ele me soltou e foi até a porta, para nossa surpresa Tommy estava parado bem na nossa frente com um olhar apreensivo.

— O que aconteceu? — Joel perguntou dando espaço para ele entrar, Tommy parou bem na frente da porta.

— A menina dos Myers. Ela foi infectada Joel, uma mordida. — Ele dizia, senti meu corpo estremecer. —  O marido está raivoso, ele quer respostas que não posso dar.

— Como isso aconteceu? — Joel perguntou indo até a cozinha, ele pegou um copo e encheu com água da pia.

— Não sabemos, os muros são bem fechados, ninguém sai. — Ele dizia, Joel colocou o copo na bancada e respirou fundo.

— Por que eu to sentindo que tem um mas por trás desse silêncio? — Cruzei os braços, Tommy olhou para Joel. — O que estão escondendo?

— A garotinha que adoeceu era amiga do seu filho.

— É claro que era. — Praguejei, Tommy levou as mãos até o queixo.

— Achamos melhor que as crianças não voltem para a cidade, pode ser perigoso.

— Pra vocês ou pra nós? — O intimidei, ele engoliu em seco.

— E se os fizermos adoecer também? — Joel sugeriu, o encarei confusa. — Dizemos que JJ também está doente, e o deixamos em casa até que ele possa voltar.

— Você não está entendendo Joel, ele não poderá voltar.

— N-nós o criamos aqui, ele não precisa voltar pra cidade. — Respondi rapidamente, Tommy levantou e coçou a nuca. — Ele vai ficar aqui comigo.

— Ele não pode ser visto, vamos espalhar a notícia de que também adoeceu. Se funcionar, vai ficar tudo bem.

— E se não funcionar? — Perguntei, me senti tensa só de imaginar o pior.

— Se não funcionar... terão que deixar a casa. Não podemos arriscar colocar a vida das crianças em risco.

— A vida das minhas crianças, ou das suas? — Apontei, estava começando a ficar irritada, Joel segurou meu braço.

— Escuta, eu sou tio dos dois também, me preocupo assim como me preocupo com minhas crianças. — Ele respondeu, bati na mesa enfurecida.

— Então controle o seu pessoal, não estamos fazendo nada de errado! Ele cometeu um erro.

— Um erro que custou uma vida Lorie. Uma criança morreu. — Tommy retrucou, recuei, estava começando a me sentir enjoada.

— Mamãe? — JJ surgiu no corredor coçando os olhos, Laura surgiu logo depois. — O que está acontecendo? Quem morreu?

Fui até os dois e os abracei, ouvi Joel e Tommy resmungando sobre algo. Acariciei o rostinho de JJ, os olhos brilhantes, estava tão assustado quanto eu.

— Vamos embora.

— O que? — Joel perguntou, Tommy colocou a mão no rosto.

— Lorie, não é necessário.

— Minhas crianças não são mais bem-vindas aqui, já entendi isso. Nós vamos embora, vamos para as montanhas. Pode dizer ao seu pessoal o que quiser. — Os abracei, as crianças estavam paradas, estáticas.

— Mas e a casa?

— Amanda e Ellie vão cuidar da nossa fazenda. — Sugeri, Tommy encarou o chão pensativo.

— Podem voltar quando estiverem crescidos. — Ele respondeu, Joel o encarou e então concordou.

— Vão lá pra cima e juntem suas coisas crianças, vamos sair bem cedo. — Pedi, Laura correu escadas acima.

— É culpa minha? — JJ perguntou, segurei seu rosto.

— Não meu amor, só estamos pensando em uma forma de vida mais segura. — O encarei nos olhos, ele assentiu e correu.

Coloquei as mãos na cabeça, estava segura do que havia decidido. Ao menos estaria com meus filhos e meu marido, e poderíamos voltar a qualquer momento.

— Ellie é adulta agora, a fazenda estará em mãos seguras. — Tommy respondeu, Joel assentiu com dificuldade.

Tommy deixou a casa, Joel me abraçou e me acolheu como eu precisava. Encostei a cabeça em seu peito, ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás.

— Vamos fazer isso dar certo, é melhor assim. — Ele dizia, assenti.

— Escuta, se a Ellie pedir, nós voltamos sem pensar duas vezes. — O alertei, ele concordou sem hesito. — Sabe que é melhor assim, eles vão ficar seguros.

— Eu sei amor.

Joel me abraçou outra vez, fizemos nossas malas e deixamos a fazenda naquela manhã, Tommy nos mandou para uma casa nas montanhas onde ficaríamos seguros. Os invernos eram congelantes até demais, mas era mais seguro dos infectados. Ellie ficou com a fazenda, afinal não abandonaria os nossos animais. Era uma solução temporária, o tempo passa voando, nem vai parecer que saímos. Porque somos uma família, e vamos nos reunir de novo... nós vamos voltar. Então isso é um até logo.

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