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Capítulo 16

   Quando a perda se torna uma realidade, mesmo depois de você jurar que não se importaria com mais nada. O seu corpo decide reagir antes da sua mente, e de repente você se vê em uma realidade na qual  é vista como vilã, mas na verdade faria de tudo para escapar do seu destino final...

— Filha da puta! Eu vou te matar! Marlene eu vou te matar!

— Fica quieta! — Um de seus guardas me empurrou contra a maca, o mordi e peguei seu canivete no cinto da calça.

Acertei o outro homem no pescoço, seu sangue espirrou no meu rosto depois de esfaquea-lo, tirei as chaves da algema do seu bolso e usei para sair enquanto o homem que levou a mordida se recuperava. Pulei em cima dele cravando o canivete no seu peito repetidas vezes até que estivesse sem vida. Mais guardas começaram a vir, puxei as cortinas ao meu lado, Ellie não estava mais lá.

— Ela escapou! — Um dos guardas disse fora da sala, carreguei o rifle do homem morto e saí da sala.

Andei pelos corredores prestando atenção nas placas, Ellie deveria estar na sala de cirurgia agora, ficava no segundo andar. Comecei a ouvir tiros vindos do andar de baixo, avisei dois homens surgindo no corredor, corri direto para as escadas e comecei a subir.

Meu coração estava disparado, olhei para o meu braço, a mordida estava cicatrizada assim como a da Ellie o que significa que agora eu era imune como ela. Tinha que salvá-la à todo custo, nem que fosse no seu lugar. Cruzei o corredor onde avistei Marlene, ela estava parada bem na frente da porta de cirurgia, uma arma em mão e a expressão de medo nos seus olhos.

— Não pode fazer isso, é o único jeito de salvar o mundo, de nos salvar. — Ela disse e apontou a pistola pra mim, apontei o rifle.

— Ela é só uma criança, não merece isso, não por gente como você. — Cuspi as palavras completamente irritada, Marlene recuou.

— Vai condenar a humanidade para salvá-la.

— Não existe humanidade Marlene. — Afirmei, a mulher arregalou os olhos e tomou um tiro no estômago, quando olhei para trás Joel estava parado segurando sua arma incrédulo ao me ver.

Corri até a sala de cirurgia, Ellie estava em uma maca em anestesia, apontei a pistola para o doutor. Ele parou o que estava fazendo e ergueu as mãos, as enfermeiras gritaram assustadas.

— Para agora. — Pedi, ele tirou a máscara e me encarou surpreso.

— Não. Eu não vou fazer isso. — Dizia segurando o bisturi, atirei na sua cabeça, as mulheres se encolheram em um canto da sala.

— Anda logo porra! Tira ela agora ou atiro em vocês também! — Apontei para elas, as mulheres retiraram todos os tubos e agulhas enfiadas em Ellie, me aproximei e toquei seu rosto pálido. — Eu to aqui meu amor, vamos sair desse lugar.

Coloquei a pistola no cinto e peguei Ellie no colo, levei a garota para fora onde encontrei Joel, avistei o corpo de Marlene um pouco distante e sem vida. O mais velho se aproximou, segurou meu ombro e verificou.

— Eu to bem, to bem Joel. — Segurei sua mão, Joel tocou meu rosto e me deu um beijo na testa. — Nós temos que ir.

Ele segurou a arma com firmeza e saiu na frente, descemos até o estacionamento e pegamos um carro. Coloquei Ellie no banco de trás e fechei a porta, me encostei no veículo para recuperar o fôlego, meu corpo começou a tremer.

— Você está bem? — Cruzei os braços, Joel segurou meu ombro e tentou contato visual.

— Eles usaram ela pra me curar, e-eu. Eu não sei o que faria se ela tivesse morrido Joel. Por nós. — Tentei segurar as lágrimas mas meus olhos começaram a arder, Joel segurou meu rosto e me puxou para um abraço. — Eu não sei mais o que fazer.

— Tudo bem amor, está tudo bem. Acabou. — Joel afastou meu rosto para me encarar nos olho. — Eu vou proteger vocês com a minha vida agora, não importa o que aconteça. Está bem?

— Tudo bem. — Assenti, olhei para Ellie dentro do carro. — Como vamos dizer à ela?

— Ela não precisa saber, vamos dizer que a cura não seria o suficiente para todo mundo. Vamos dizer que você teve sorte e recebeu a única dose.

— Ela não vai acreditar Joel... — Recuei, ele se encostou no carro.

— Acabou. Ela não tem no que acreditar agora, estão todos mortos.

— Sabe o que vai acontecer se ela descobrir... — Encarei o chão, Joel abriu a porta e me encarou.

— Ela não vai descobrir.

Engoli em seco e entrei no carro, o percurso até sair da cidade foi silencioso, não conseguia parar de olhar para a minha mordida a cada segundo.

— O que foi? Está coçando? Sente algo estranho? — Joel me perguntou, sorri pela primeira vez em dias.

— Estou bem. — Respondi, ele assentiu aliviado. — Você voltou... por quê?

— Eu não fui embora, Marlene fez os guardas me levarem para fora mas eu os embosquei e voltei.

— Obrigada. — Sussurrei, Joel segurou minha mão enquanto segurava o volante com a outra, sorri.

Ouvi Ellie começar a resmungar, limpei o rosto úmido antes que ela percebesse. A garota levantou levemente desconfortável, até se dar conta de onde estava.

— O que... onde estamos?

— Indo pra casa, para Jackson. — Joel dizia com os olhos na estrada, virei-me para Ellie.

— Mas e a cura? E os vaga-lumes? A-a Lorie, e a mordida... — A garota levantou e estranhou a roupa de hospital e então olhou diretamente para mim. — A Marlene me disse que podia salvá-la.

— E você salvou querida. — A encarei através do espelho retrovisor. — Os médicos encontraram uma cura mas não seria suficiente para todo mundo, então usaram a única dose para me salvar. Você me salvou Ellie.

Joel a encarou através do retrovisor, seus olhos desviavam hora ou outra para a estrada. Mostrei à Ellie o meu braço cicatrizado, estava igual ao seu.

— Então agora você também é imune?

— E-eu não sei. Vamos torcer para que sim. — Me virei para frente, Ellie olhou para Joel e então ficou perto da janela. — Obrigada pro me salvar.

— Não foi nada. — Ela deu de ombros e se abraçou, senti sua culpa exalando apenas com um olhar.

Ellie estava se culpando, depois de tudo que passamos e todos que perdemos ela estava se culpando por não poder salvar o mundo. O mundo que Marlene a apresentou, um mundo novo e seguro dos infectados, uma fantasia.

— Vamos pra casa, encontrar o Tommy e a Jessy. — Tentei anima-la, a garota deu de ombros.

— E as minhas roupas?

— Vamos arranjar algumas roupas. — Joel acrescentou, Ellie deitou-se no banco e virou para o lado oposto.

Desviei meu olhar para a estrada sentindo-me culpada por omitir a verdade, uma verdade que em algum momento viria à tona, e Ellie ficaria extremamente chateada com isso.

*

Quando voltamos para Jackson, Tommy e Maria nos receberam de portas abertas, voltamos para a casa na qual haviam nos presenteado. Ellie entrou e foi direto para o seu quarto, olhei para Joel levemente aflita, ele percebeu e segurou meus ombros tentando aliviar minha tensão.

— Eu odeio isso.

— Eu sei amor. — Ele me abraçou, encostei a cabeça em seu peito. — Ela vai superar.

— Nunca perdoaria meus pais se tivesse na mesma situação. — Sussurrei, Joel assentiu acariciando minhas costas.

— Somos os pais dela agora, e ela vai nos perdoar. Vai entender.

— Espero que sim. — Olhei para o andar de cima, a porta do quarto fechada.

Ellie estava em completo silêncio, sentada perto da janela apenas  assistindo a movimentação da janela. Os pôsteres, as maquiagens e o diário em um quarto que não lhe pertencia eram apenas lembranças de algo que ela nunca iria viver... e Jessica, talvez nunca tivesse a chance de sair e conhecer as partes bonitas do mundo, talvez nenhuma outra criança da sua idade teria a oportunidade de ver girafas ou macacos pelo mundo novamente... e a culpa era toda sua, por ser incapaz de servir à um bem maior.

— Ellie. — Bati na porta, estava tudo muito quieto, quando abri a avistei na mesma posição.

— E aí. — A garota disse cabisbaixa, sentei-me do seu lado e encarei minhas mãos.

— Você não deveria sentir culpa.

— Eu não fui capaz nem de ajudar as pessoas, não da forma que queria. Tudo isso, todo o propósito até chegar lá, não serviu de nada. — Ela dizia com raiva, coloquei a mão no seu joelho.

— Você me salvou, é mais que o suficiente pra mim. — A encarei nos olhos tentando convencê-la de que sua luta havia chegado ao fim.

— É mas, eu não sei o que fazer agora. A Marlene parecia certa de que eu era a cura, e então tudo aconteceu e vocês me falaram que não seria o suficiente.

— Você é mais que suficiente pra mim, pro Joel, pra todos nós. — Ela não parecia convencida, me levantei. — Agora é sua hora de viver, escolher o que fazer, que caminhos seguir. Não precisa mais pensar pelos outros, pense por você.

— Eu vou tentar.

— Estarei aqui de precisar de mim. — Deixei um beijo na sua cabeça e saí, Ellie me seguiu com os olhos até a porta se fechar.

Desci as escadas encontrando Maria e Tommy, pareciam preocupados. Me olharam da cabeça aos pés, Joel veio atrás mim e ergueu a manga da camiseta mostrando a cicatriz.

— Viram? Ela é imune. — Ele afirmou, Maria se aproximou e me encarou nos olhos.

— Não sabemos ainda, ela pode virar. É perigoso. — Ela se afastou acariciando a barriga, pisquei algumas vezes e recuei.

— E-eu posso fazer exames, podem me manter presa até terem certeza.

— Não será necessário. — Tommy sinalizou com as mãos, Maria o encarou apreensiva.

— Fico responsável por ela. — Joel afirmou chamando a atenção dos dois, Tommy notou sua determinação.

— Tudo bem então, se é assim. — Maria concordou mais aliviada, ela foi até a porta seguida por Tommy. — Vai haver uma festa mais tarde no bar, estejam lá.

— Nós vamos. — Concordei, Joel me encarou claramente detestando a ideia.

— Depois conversamos. — Tommy o avisou, ele concordou de longe.

Assim que os dois saíram fiquei frente a frente com Joel, cruzei os braços esperando uma explicação.

— Vai contar para ele sobre a Ellie? Sobre o que aconteceu?

— Ele precisa saber. — Joel foi direto, neguei indo até o sofá. — Ele vai entender.

— É, mas se ela dsscobrir? Temos que tomar cuidado.

— Eu sei, é só ele. Só o Tommy. — Explicou, concordei mesmo hesitante.

Mais tarde naquele mesmo dia, estava me trocando para encontrar outros moradores no bar acompanhada de Joel. Nada de especial, apenas um vestido florido e brincos perolados em formato de gota. Joel entrou no quarto, o cabelo penteado todo para um lado e a barba feita, sorri.

— Cala a boca. — Ele retrucou me trazendo um casaco, enquanto me ajudava a vestir o encarei sem jeito. — Pra garantir que nenhum curioso fique de conversa.

Olhei para a cicatriz da mordida, agora coberta. Joel ajeitou meu cabelo e não deixou de me encarar da cabeça aos pés, puxei seu casaco, ele fez contato visual.

— Você está linda.

— Que cavalheiro. — Debochei, ele desviou o olhar sem graça. — Você não está nada... mal.

— São seus olhos. — Retrucou, sorri e neguei dando batidinhas no seu peito.

Joel me deixou um beijo na cabeça, o encarei nos olhos como se cada beijo seu fosse a coisa mais preciosa no mundo.

— Obrigada. — Toquei o seu rosto, ele puxou minha mão com delicadeza e ainda sim, confuso. — Obrigada por me salvar.

Ele me envolveu em um abraço, retribuí sentindo conforto e segurança. Saímos de casa, me assegurei de deixar o jantar para Ellie e então seguimos em direção ao bar. Quando chegamos já haviam algumas pessoas rindo e bebendo, Maria e Tommy não estavam muito longe com um grupo jogando sinuca. O irmão mais novo caminhou em nossa direção e nos cumprimentou, ele olhou para nós dois com surpresa e então sorriu.

— Você transformou ele em gente, meus parabéns. — Brincou, Joel o encarou com seriedade.

— Fico feliz que alguém tenha notado o trabalho que eu tive para isso! — Retruquei, Tommy me cumprimentou com animação.

— Eu gosto dela.

— É, eu também. — Joel empurrou as palavras pela garganta, o encarei tocada com a demonstração de afeto na frente do irmão.

— O meu irmão está amando, vamos a proveitar! — Tommy nos puxou até a mesa de sinuca com algumas pessoas, Maria notou nossa chegada.

— Então esse é o seu irmão Tommy Miller? — Um homem baixou seu taco olhando diretamente para Joel. — E quem seria sua bela companhia?

— Malorie Linz. — Estendi a mão, O homem me cumprimentou.

— Gostaria de uma bebida?

— Claro, o que você quer beber? — Virei-me para Joel, o homem entendeu no mesmo segundo.

— Whisky.

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