Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1

— Merda, merda merda!

Toda a minha cintura latejava em dor, o meu corpo tremia em desespero por mim. Corri até o banheiro da escola e baixei as calças, puxei quase todo o papel higiênico e enfiei dentro da minha calcinha. Deveria acontecer assim? Era normal? Ninguém sequer me alertou sobre isso.

— Cacete. — Comecei a chorar, o meu corpo estava expelindo lágrimas contra minha vontade. — Puta merda. Puta merda!

Retirei o monte de papel completamente ensanguentado e enfiei mais, o sangue escorria pelas minhas pernas direto no chão formando uma pequena poça. Acabou. Eu senti que acabou.

— N-não. Não. — Sussurrei limpando as lágrimas, de repente uma explosão de fora do prédio me fez pular no lugar.

Saí do banheiro levemente tonta pela perda de sangue repentina, a dor ainda estava presente no meu corpo, ficava cada vez mais difícil de andar. Quando saí do banheiro uma mulher passou correndo por mim e desapareceu no corredor, de repente um grupo de estudantes passou, e uma coisa os atacou bem na minha frente, começou a arrancar suas peles e sangue jorrou para todo lado.

Corri de volta para o banheiro e tranquei a porta, havia uma janela no fim do cômodo, peguei impulso e saltei para fora. Diversas pessoas passavam correndo de um lado para o outro tropeçando e gritando, não sabia se era delírio pela perda de sangue ou se realmente estava acontecendo.

Corri até o estacionamento e quebrei o vidro de uma van velha, abri o porta-luvas em baixo do volante e usei os cabos para fazer ligação direta. Assim que a van ligou pisei no acelerador e dirigi direto para a cidade, meu corpo estava cansado e os olhos quase fechando, eu estava pálida e desidratada. Foi assim que tudo começou.

20 anos depois...

   O mundo mudou, a terra foi consumida por um fungo mortal, uma doença que ataque diretamente o corpo humano transformando-os em infectados. São quase mortos-vivos, aquele tipo que se vê nos filmes.

— Lori. É seu turno. — Gwen apontou, olhei o relógio e pulei da cadeira.

Fui até a despensa pegar alguns alimentos, coloquei uma maçã, feijão enlatado, arroz e algumas batatas. Alcancei uma garrafa de água e coloquei sobre a bandeja, segui o corredor como em todas as vezes em que o patrulhei com meu fuzil pendurado em minhas costas como uma mochila.

— Dia longo? — Cumprimentei Maddie, ela riu e abriu a porta.

— Você nem imagina. — Me respondeu, entrei no cômodo e coloquei a bandeja no chão.

— E aí garota, sonhou com o que hoje? — Perguntei, ela chutou a bandeja emburrada. — Já vi que não foi bom.

— Você sempre trás maçã, eu odeio. — Resmungou, sorri e peguei a maçã da bandeja, dei uma mordida generosa.

— Eu sei. É pra mim, apesar se que você precisa comer frutas. — Respondi ainda mastigando, ela soltou uma risada e sentou perto da bandeja.

— Você não é minha mãe.

— Tem razão pirralha, sou só um meio de você se alimentar. —  Sentei ao lado da porta, encarei suas algemas e o ambiente nada confortável no qual à coloraram.

— Quando eu vou sair?

— Quando a Marlene quiser que saia. — Fui direta e abocanhei a maçã, ela encarou o chão indignada.

— Eu não entendo porque estão fazendo isso, vão me procurar sabia? Eu to falando sério! — Dizia com seriedade, meu olhar estava distante, focado nas nuvens cinzas vistas do céu através da janela. — Ei! Melorie!

— Você não desiste mesmo não é? Já chega, está no lugar mais seguro que poderia imaginar. Acredite, é mais difícil sair do que entrar aqui. — Levantei e puxei a calça para cima junto, Ellie bufou.

— Não tem segurança em ficar presa em uma cela esperando vocês decidirem o que fazer comigo. — Praguejou, desviei o olhar pensativa, ela tinha razão era decepcionante ficar presa em uma sala com quatro paredes e uma janela, podendo ver apenas o céu de um ângulo ruim e nada confortável. — Melorie! Espera!

Saí da sala ainda pensando, tentando imaginar quais objetivos Marlene tinha para Ellie, uma garota tão jovem e com um segredo tão especial e revolucionário.

— Como ela está? — Encontrei Marlene no corredor, olhei de volta para a sala.

— Cada dia mais irritada. Ela não aguenta mais ficar presa lá.

— Isso vai acabar logo. — Ela respondeu de forma enigmática, franzi o cenho.

— Já decidiu?

— Estamos procurando uma forma de tirá-la daqui, essa garota precisa chegar viva ao laboratório. — Apontou, senti um aperto no peito só de pensar em sair.

— Já tem uma equipe?

— Tenho um grupo, ainda estamos pensando em uma forma de sair. — Ela segurou a cintura pensativa.

— Todos? Só pela garota? — Arregalei os olhos boquiaberta, não entendia porque tanta proteção para uma garota boca suja feito a Ellie.

— Você nem imagina o que aquela garota pode fazer por nós.

— Ela vale o risco? — Duvidei, Marlene riu e encarou o chão.

— Ela vale mais do que você imagina. — Respondeu outra vez de forma iniciática.

Deixei o prédio usando uma bandana de máscara, haviam guardas, patrulhas, carros todos carregados de homens e armas, buscando por gente como nós. Rebeldes, infratores da nova lei, opositores do novo sistema. Estávamos escondidos nas sombras, como a luz na escuridão, como no nosso lema "quando estiver perdido na escuridão, procure pela luz, acredite nos vaga-lumes."

— Cuidado aí porra! — Esbarrei com tudo em um homem também mascarado, ele apenas me ignorou e continuou andando.

Era isso o que as pessoas haviam se tornado, os monstros estavam lá fora mas aqui dentro todos já haviam abandonado sua humanidade há bons anos. Nem mesmo um simples perdão, nem mesmo uma pequena encarada, agora só andávamos de cabeça baixa imaginando qual seria nosso próximo trabalho braçal em busca de algumas cédulas para sobreviver.

Entrei no meu prédio, uma construção aos pedaços, lar de muitos assim como que estavam apenas tentando sobreviver. Mas os vaga-lumes estavam buscando justiça, buscando um final melhor para todos, algo diferente de baixar a cabeça e trabalhar feito escravo quase todos os dias.

Quando cheguei na minha casa, um simples e pequeno apartamento de três cômodos completamente aos pedaços, me joguei na cama e encarei o teto. Foi assim que o cansaço roubou o meu sono, levantei e alcancei o meu pequeno rádio na cômoda ao lado da cama, o coloquei no meu cinto e liguei em uma estação qualquer, tive que aguentar as seguintes horas ouvindo Forever Young do Alphaville.

Fui até a janela e coloquei água nos três vazos de plantas, o pouco da natureza que tinha lá de fora, Ellie me veio à cabeça. Marlene havia selecionado um grupo para escoltar a jovem para fora, uma missão de alto risco que me trazia arrepios só de pensar em sair. Do andar em que estava conseguia ver através da janela um pouco do mundo lá fora, diferente da cidade acizentada bem abaixo do meu nariz, um mundo colorido e possivelmente mortal.

Fui até a cozinha e passei um café aguado, fritei alguns ovos e joguei metade de um pão picado em pedaços junto. Sentei-me no sofá e comi enquanto ouvia música, de repente ouvi alguém bater na porta, deixei a tigela de lado e fui até a mesma abrir.

— É meu intervalo. — Voltei até o sofá e alcancei a tigela, Marlene entrou no prédio.

— Quero que seja você. — Ela afirmou, joguei a cabeça para trás.

— Não. Eu não vou sair.

— Eu confio em você, é meu braço direito, preciso que garanta que ela vai chegar lá. — Ela sentou do meu lado, cocei a nuca com irritação.

— Vai ter que me contar o seu segredo. Eu não vou fazer sem respostas.

— Sabe que eu não posso, comprometeria nossa missão. — Foi direta, sem hesito. — O que você quer? Eu te dou qualquer coisa.

— Grana. Quero muita grana, e uma casa fora dessa merda de cidade.

— Eu te dou. — Marlene levantou do sofá decidida, franzi o cenho.

— Fácil assim? Só pode estar brincando.

— Eu juro. Sem truques, sem ou armadilhas. Ela vale qualquer coisa. — Apontou, senti um incômodo na frase, Marlene foi até a porta e colocou sua máscara outra vez.

— Estarei lá.

Assim que Marlene saiu coloquei a tigela na pia e me joguei na cama, a sensação de estar axausta mentalmente para qualquer coisa só me ocorreu uma vez há muito tempo. Antes de fechar os olhos um lapso de memória me atingiu repassando tudo outra vez, tudo o que fiz para estar na posição atual.

Quando acordei passei outro café aguado, me vesti, peguei meu rádio de bolso, uma foto velha e meu canivete. Saí de casa com a mesma máscara na qual usei no dia anterior, a cidade estava bem movimentada, carros e escoltas indo e vindo rapidamente... algo estava errado, uma movimentação vinda do outro lado do centro. Quando me virei para entrar no prédio a porta estava aberta, puxei meu canivete e entrei, haviam corpos e sangue por toda parte.

— Marlene! Oi? — Chamei, verifiquei o corpo no chão à minha direita, morto.

Tomei seu rifle e recarreguei o pente, segui devagar até as escadas encontrando um ou dois corpos pelo caminho. Quando cheguei no corredor de cima encontrei Marlene, Ellie e outras duas pessoas apontando armas.

— Abaixem as armas agora! — Gritei dos fundos, o mais velho apontou direto para mim.

— Lorie calma! Estamos conversando!

— Não me parece uma conversa agradável. — Olhei para Ellie no chão, e Marlene com um ferimento na cintura.

— É uma das suas rebeldes? — O velho sugeriu, continuei apontando a arma.

— Os dois abaixem as armas! Não precisamos disso aqui. — Marlene pediu, esperei até o último segundo para Joel finalmente baixar a arma, fiz o mesmo logo depois sem tirar os olhos dele.

— O que aconteceu? Cadê o grupo de escolta? — Perguntei, Marlene continuava pressionando o ferimento.

— Estão mortos. Todos eles.

— Puta merda, então só restou nós? O que vamos fazer? — Perguntei, Marlene olhou para Ellie no chão e então olhou para o homem mais velho. — Não.

— Joel. Você tem que ir, tem que levar elas em segurança. — Marlene pediu quase implorando por ajuda.

— Eu não preciso de ajuda. — Afirmei, Joel negou no mesmo segundo.

— Dou o que você quiser, dinheiro, equipamentos, comida.

— Marlene, está apostando o que não tem. — Pisei firme no chão, o coração inquieto, nervosa.

— Fica fora disso Lorie, eu posso conseguir tudo.

— Não. Não vou levar essa garota pra fora. — Ele se virou, a mulher ao seu lado segurou seu ombro.

— Um carro, nós queremos um carro. — Ela disse, franzi o cenho.

— Não! — Joel insistiu, soltei o rifle nas minhas costas feito uma bolsa e fui até Ellie, a puxei do chão.

— Eu levo ela, o trato continua o mesmo. — Ellie se soltou emburrada.

— Minha faca. — A mais nova apontou, Joel tirou o pé e a chutou para longe. — Babaca.

— Elas vão sozinhas? — Joel perguntou à Marlene.

— Não restou mais ninguém, eu não posso ir nesse estado. — Apontou para o ferimento na cintura, Tess se aproximou.

— Joel, elas não vão conseguir sem a gente. É o único jeito de conseguir o que queremos.

— Merda. — Ele desistiu, Marlene soltou a respiração aliviada. — Garota!

— Cuida delas. — Marlene pediu à Tess, que concordou sem pensar duas vezes.

Joel correu até nós ainda na escadaria, Ellie revirou os olhos. Ajeitei minhas roupas e guardei o canivete no coldre, olhei para o homem mais velho confusa.

— Vamos juntos. — Afirmou, desviei o olhar incomodada.

— Sobre as minhas condições, sou eu quem vai levar a garota. Só eu sei onde fica o lugar. — Rebati, Joel continuou sério, sem reação.

— Não podemos sair agora, ela seria barrada e seríamos presos. — Tess nos alcançou, os dois trocaram olhares.

— Alguma ideia? — Cedi, Tess olhou para Joel e então o mais velho encarou o chão.

— Vamos. — Joel pediu, o seguimos até outro prédio, curiosamente próximo do meu.

— Você não deve sair muito de casa. — Puxei assunto subindo as escadas velhas e mofadas, Joel me encarou confuso. — Eu moro bem ali, lembraria se tivesse um vizinho tão rabugento.

Ele riu de forma debochada e entrou no apartamento, Ellie e eu seguimos logo atrás, dei uma bela olhada nos objetos aleatórios que provavelmente lhe rendiam boas lembranças. Imaginando a diferença entre o seu passado e o meu, Joel deve ter sido aquele vizinho que come bacon e ovos todo café-da-manhã, a tarde cortava o gramado ouvindo a estação de rádio mais chata, e depois tomava uma bela limonada na varanda de casa.

— Senta. — Apontou para a cadeira perto da mesa, sentei-me e joguei a cabeça para trás.

— Qual é o plano? — Perguntei entendiada, Joel se jogou no sofá.

— Vamos esperar até a noite.

— Merda. — Levantei e fui até a janela, sentei-me perto dela e espiei alguns trabalhadores carregando materiais até o prédio na frente.

— Aí. Você toca? — Ellie apontou para o violão, ela se aproximou e passou o dedo por todas as cordas.

— Garota, senta. — Joel resmungou.

— Ei, não sou um cachorro.

— Descansa, saímos ao anoitecer. — Pedi e olhei para Joel sem graça por apenas repetir seu comando de uma forma diferente, ele fazia me sentir como uma garota imatura e eu detestava.

Encostei a cabeça no vidro, fechei os olhos e apaguei sem perceber, quando acordei já era tarde e a Lua brilhava forte no céu. Me espreguicei enquanto olhava em volta, Ellie estava lendo um livro velho enquanto Joel colocava a arma em seu coldre.

— Podia ter me acordado. — Levantei envergonhada, ele virou de costas entretido com seu cinto.

— Parecia cansada.

— Não dá pra perder tempo. — Peguei minha mochila perto da mesa, Ellie me encarou.

Tess entrou no apartamento com os olhos em alerta, ela trocou olhares rápidos com Joel e apenas assentiu.

— Tudo limpo. — A mulher disse, fiz sinal para Ellie passar na minha frente, a garota levantou e saiu do cômodo.

— É melhor que funcione.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro