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Capítulo 45

   Já fazia meia-hora que Eli estava deitado do meu lado completamente focado no filme, meus olhos não conseguiam prestar atenção em uma cena sequer ao menos enquanto o sentia tão perto. Toda a vez que o olho diretamente lembro-me de quando éramos crianças, meus pais me traziam pelo menos uma vez na semana para me consultar com a mãe dele, a doutora Nora Hale.

Eli era o garoto mais gentil, animado e carinhoso que eu conhecia, mesmo nos vendo apenas uma vez na semana todo final de sessão íamos até o quintal brincar de pique-esconde, ou desenhar, ou até empurrar no balanço velho que estava preso na árvore enorme no quintal há muito tempo. Acabamos nos afastando entre um ano e outro quando parei de visitar a sua casa e parei com as sessões, ele era mais velho e mal o via nos corredores da escola. Isso é, até eu entrar para o ensino médio e descobrir que ele fazia parte do time de lacrosse com meu primo Sam.

— Lya? — Ele me pegou o encarando por longos minutos, pisquei algumas vezes e voltei a prestar atenção no filme.

Ouvi a saliva descer por sua garganta e ele virar-se para a TV outra vez, comecei a me sentir tensa, por algum motivo seu coração batia alto talvez pelo clima que meu olhar havia instalado. O filme acabou e Eli alcançou o controle e desligou a TV, me espreguicei tentando me distrair.

— Eu vou levar as coisas. — Dizia alcançando o prato, o ajudei a alcançar mas acabei tocando sua mão quente. — Espera.

Ele me encarou nos olhos, não sabia diferenciar se era o meu ou o seu coração disparado. Encarei seus lábios e então nossos olhos se ascenderam em um tom amarelado, aproximei minha mão do seu rosto.

— Você... está sentindo isso? — Perguntei me aproximando, ele sussurou um "sim" hipnotizado.

Quando percebi, minhas garras estavam à mostra. Dei um salto para trás caindo da cama, os olhos de Eli se apagaram como os meus. Me levantei e saí porta à fora pelos corredores escondendo as mãos nos bolsos do moletom.

— Lya! Espera! — Eli caiu da cama e correu atrás de mim sussurrando alto. — Espera! Onde vai?

Bati de frente com Derek no corredor, ele fraziu o cenho e então avistou o filho com um olhar desesperado.

— Tudo bem por aqui?

— Acho que eu vou pra casa, meus pais devem estar preocupados e-e sinto falta deles. — Cruzei os braços e encarei o chão, os olhos de Derek fixaram no filho.

— Tudo bem, eu levo você. — Ele disse e me guiou até as escadas, Eli encostou-se na parede do corredor decepcionado.

Derek me levou até sua camionete e dirigiu em silêncio até a minha casa, a chuva caía em gotas grossas sobre a janela. Apesar de olhar fixamente para a forma como escorriam no vidro, minha mente estava longe, estava pensando nos lábios de Eli e em como seu coração estava tão disparado que podia jurar que ele estava tão nervoso quanto eu, apenas se segurando para não me beijar.

— Lya. — A voz de Derek me tirou das minhas lembranças rapidamente, virei-me para ele, e me dei conta de que estava parada em frente a minha casa. — Tem certeza de que vai ficar tudo bem? Podemos voltar.

— Tudo bem, a tia Nora não gostaria que eu ficasse com vocês. Também não quero preocupar meus pais. — Saí do carro e fechei a porta, dei a volta e fui até a entrada de casa. Acenei para Derek, ele assentiu e ligou o carro deixando a vizinhança.

O segui com os olhos até desaparecer na esquina, foi quando minha mãe abriu a porta com os olhos arregalados e pronta para me dar um sermão.

— Pode falar. — Me encolhi entristecida, ela deu de ombros e abriu espaço para entrar.

— Que bom que voltou, eu sei que avisei sobre as consultas de uma forma muito controladora e direta. Sem nem mesmo saber o que você acha. — Ela dizia enquanto eu caminhava até o corredor, me virei para prestar atenção. — Eu estou com medo, só isso, viver lá fora em forma de lobo é perigoso. Quase morri uma vez, e não quero que aconteça isso com você. Então, pode fazer isso por mim?

— Se eu aprender a me controlar... você vai confiar em mim?

— O-o que? Querida eu confio em.

— Mãe. É sério. — Dei um passo à frente, ela parou e então cedeu.

— Está bem, vou confiar em você não importa o que diga. — Afirmou, concordei com seriedade e determinação.

Subi as escadas correndo, entrei no meu quarto e me joguei na cama exausta. Já era tarde, tinha que dormir logo para contar a Anika tudo que havia acontecido naquele mesmo dia. Quando me virei lembrei-me do incêndio, aquilo sim era outro mistério, um incêndio no meio da floresta com um cheiro estranho.

Quando acordei meu rosto estava sobre um amontoado de folhas e eu estava completamente nua, meu corpo estava sujo de terra e o cabelo bagunçado. Levantei no meio da floresta e olhei em volta, aconteceu outra vez... eu saí e nem percebi.

— Merda! — Gritei, comecei a correr para me encontrar, não havia trilha nem qualquer referência de caminho. Estava completamente perdida. — N-não. Não não.

Continuei correndo até tropeçar e cair direto em cima de alguém, quando abri os olhos, ele estava diante de mim. Por um segundo não consegui distinguir se era apenas fruto da minha imaginação ou se realmente estava acontecendo.

— Lya? — Sua voz me tirou dos meus pensamentos em questão de segundos, coloquei as mãos nos seus olhos.

— Não olha! Eu to pelada! — Gritei, Eli tentou articular algo mas sua boca apenas se moveu sem sair som algum, ele colocou as mãos no rosto.

— Por que está correndo pela floresta pelada? — Perguntou, saí de cima e me levantei.

— Sou sonâmbula, devo ter me transformado e fugi. — Ele começou a tirar o casaco e a calça com os olhos fechados. — O-o que está fazendo?!

— Não pretende voltar pra casa assim não é? — Perguntou, peguei suas roupas e vesti rapidamente.

Eli estava apenas de cueca e camiseta, tentei não reparar na estampa do Star Wars mas era quase impossível não notar as várias millennium falcon espalhadas pelo tecido azul escuro.

— O que foi? — Ele estendeu as mãos, neguei.

— Nada. Não é nada. — Me virei escondendo meu sorriso, quando voltei ele estava parado na minha frente.

— Você está bem?

— A-acho que sim. Eu só quero voltar pra casa. — Dei de ombros, ele concordou no mesmo segundo.

— Claro, vamos, eu te levo em casa. — Ele disse apontando o caminho, assenti e segui pela trilha.

Meu rosto estava vermelho só de pensar que Eli poderia ter me visto nua, não conseguia parar de ver seu rosto quando me joguei por cima dele.

— Meu deus, Lyanna! Você saiu outra vez! Está bem? — Minha mãe saiu de casa preocupada e segurou meu rosto, logo notou a presença de Eli. — Por que está de cueca?

— A-a E-eu... — Ele tentou cobrir a frente com as duas mãos.

— Ele me encontrou, e me emprestou suas roupas por que estava... você sabe.

— Ah! Claro, isso, nesse caso muito obrigada Eli. — Ela me puxou pelos ombros e me guiou para dentro. — Vem, vamos trocar de roupa e devolver as suas.

Eli veio logo atrás, subi as escadas correndo e aproveitei para tomar um banho. Minha mãe ofereceu carona até a escola, enquanto me esperavam no andar de baixo Eli explorava a sala de estar e os quadros com fotos em família. Ele passou por fotos dos meus pais, depois meus avós, depois meus tios, depois minha mãe e meu tio, depois meu pai e meu tio, até chegar a uma foto do grupo de amigos.

— É minha alcateia. — Minha mãe sorriu e disse orgulhosa, Eli engoliu em seco.

— Pensei que a alcateia fosse unida. — Sugeriu, minha mãe deu de ombros e pegou a fotografia.

— Nós crescemos, temos família, empregos, alguns viajaram, outros... bem. Não precisamos ser tão unidos, mas se por acaso um de nós precisar de qualquer ajuda estaremos todos lá. Quase todos.

— Você se tornou alfa bem jovem não foi? Meu pai tem uma admiração enorme por você. — Ele dizia, minha mãe sorriu e colocou a mão no peito.

— É recíproco. — Respondeu colocando a fotografia de volta. — Ele me ajudou assim como você ajudou minha filha.

Ela parou pensativa e olhou para as fotos em cima da lareira da sala, Eli encarou por breves minutos.

— Eu devo ao seu pai, acho justo te ajudar a controlar suas habilidades. — Disse indo até o corredor, Eli a seguiu rapidamente.

— Vai ser minha alfa?

— Não. Eu vou encontrar um alfa pra você. — Ela pegou as chaves e sorriu, Eli parou levemente curioso.

— To pronta! — Desci as escadas correndo, minha mãe foi até o carro e destrancou a porta. — Sobre o que estavam conversando?

— A sua mãe disse que vai encontrar um alfa pra mim. — Ele franziu o cenho, expressei a mesma reação.

— Crianças! — Minha mãe chamou, Eli e eu nos apressamos.

*

  Me posicionei com as mãos e os pés e os encarei bem diante dos meus olhos. Eli estava nervoso e não fazia ideia de como sair do lugar ou para onde se mover.

— Vai Eli! — Anika gritou da arquibancada, Samuel riu e segurou o taco com ferocidade.

Eli disparou na direção de Samuel e recebeu uma investida violenta o arremessando para trás, larguei o taco e corri até o garoto.

— Meu deus! Você está bem? — Me abaixei, Eli levantou fazendo uma careta.

Samuel levantou o taco na altura dos ombros e deu-lhe uma piscadela, bufei de onde estava.

— É pra ajudar, não matar ele! — Passei pelo garoto com raiva, ele riu.

— É lacrosse, ele não espera que passem a bola e lhe deem um tapinho no ombro né?

— Não. Vamos de novo. — Eli segurou o taco disposto a tentar outra vez.

— Eli.

— Lya. Tudo bem, eu consigo. — Ele disse, Samuel sorriu e levantou seu taco pronto para lançar outra investida.

O garoto saiu em disparada e desta vez ao invés de cair, Eli o empurrou com o ombro fazendo-o cair para trás e correu até o gol. Ele hesitou por segundos antes de arremessar a bola na minha direção, a bola veio com tanta rapidez que apenas me encolhi no lugar.

— Você conseguiu! — Gritei, Anika pulou na arquibancada comemorando.

Corri até Eli e o abracei animada, avistei Samuel levantar do chão logo atrás irritado. O garoto jogou o taco e saiu bufando, Eli coçou a nuca preocupado.

— Tudo bem, ele só é muito competitivo. — Expliquei, o garoto concordou.

— Acho que devia pedir desculpas pelo empurrão.

— Não se preocupa, ele supera. — Sorri, o garoto retribuiu.

— Eu acho que isso merecia uma comemoração. — Anika nos alcançou e passou as mãos por nossos ombros. — O que acham de um boliche?

— Maneiro. — Eli concordou, fiz o mesmo. Ela sorriu e bateu as mãos animada.

— Ótimo, encontro vocês lá.

— Acho melhor eu ir ver o Sam. — Eli apontou, concordei e o deixei.

Fui até o meu armário e guardei alguns livros, de repente comecei a sentir aquele cheiro outra vez, parecia vir de alguma sala na escola. Segui dispersa quando bati de frente com o peitoral de um homem alto e muito bem vestido, ele tinha um crachá no bolso do paletó ao lado direito do peito.

— Stiles Stilinski? — Sussurrei, o nome não me era estranho.

— É melhor olhar por onde anda. — Ele disse com seriedade, logo percebi que seu rosto me lembrava um dos garotos nas fotografias da sala de estar.

— Espera, você estudou com a minha mãe? — Apontei, ele coçou a nuca.

— Quem é sua mãe?

— Aly. Alycia McCall? — O nome fez seu semblante mudar rapidamente, ele me encarou da cabeça aos pés.

— Na verdade você é a cara dela. — Respondeu, cruzei os braços.

— Eu não sei se levo como um elogio. — Franzi o cenho, ele riu e colocou as mãos na cintura.

— Definitivamente.

— Vocês eram próximos? Como ela era? — Me aproximei interessada, ele sorriu e então olhou em volta.

— Um desastre. — A definição me deixou confusa, esperei por uma explicação mas ela não veio. — Quero dizer, no bom sentido. Estava sempre se metendo em encrenca e... bem, ajudando os amigos.

— Vocês eram amigos?

— Claro. Isso. — Seu olhar estava distante como se lembrasse de algo, e então ele voltou rapidamente. — Mas como estão seus pais?

— Bem, felizes.

— Isso é bom. — Apontou, concordei.  — Eu preciso ir agora.

— Vou avisar aos meus pais que te vi. — Acenei, ele negou no mesmo instante.

— Não precisa, estou a trabalho e não posso me distrair. — Apontou para o corredor, encarei o chão levemente entristecida.

— Ah... tudo bem.

— É melhor ir ver seus amigos. — Sugeriu, concordei e passei por ele.

Stiles desapareceu no fim do corredor, senti o cheiro de esquisito outra vez, estava cada vez mais perto e começando a me incomodar. Cerrei os punhos, deveria ir para casa me arrumar pro boliche mais tarde, mas não conseguia pensar na ideia de deixar a escola sem ir atrás de respostas.

Voltei para o corredor anterior, segui o cheiro até a sala de química, entrei silenciosa e caminhei tentando não chamar atenção. Haviam alguns frascos em cima da mesa, não conseguia identificar por nomes mas o cheiro era parecido com algo inflamável, como álcool.

— O que está fazendo aqui? — Stiles me encontrou outra vez, recuei. — Estou investigando, não toque em nada.

— É que eu senti esse cheiro na floresta outro dia, mas aqui está mais forte.

— Esse cheiro? — Ele se aproximou confuso e curioso. — Que cheiro?

— De produto químico. — Respondi, ele parecia ainda mais curioso.

— Onde sentiu esse cheiro exatamente?

— Vinha de um incêndio, eu estava... bem, eu fugi de casa e. — Pisquei algumas vezes desconcertada.

— Fugiu de casa? O que aconteceu?

— Olha não importa agora! Você quer saber do incêndio ou não? — Fui direta, ele assentiu e colocou as mãos na cintura.

— Me diga o que sabe.

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