𝒯𝒽𝑒 𝐻𝒶𝓉𝑒 𝒞𝒶𝓂𝓅𝒶𝒾𝑔𝓃
Uma semana depois..
⚘ Delacroix, Louisiana
⚘ Sam's house
⚘ 08:45 P.M.
Os olhos estavam fixos na tv, jornalistas mostravam um vídeo feito no celular em uma rua no Queens, onde uma garota atacava a outra.
O vídeo encerrava quando o Homem-Aranha - após prender a agressora na parede com aquelas teias esquisitas dele - pedia para que chamassem uma ambulância.
Tudo na mente de Sam o alertava, mais um caso.
"— As autoridades se recusaram a revelar qualquer descoberta sobre o caso. — disse o repórter — O Daily News recebeu esse vídeo diretamente do rapaz que o gravava, cujo nome, por motivos de segurança, deixaremos anônimo. Aqui é Francis Carter, diretamente de Nova Iorque, de volta para você Robert."
Ele pressionou as têmporas, tentando fazer sentido daquilo.
Podia não ser nada, podia ser apenas uma coincidência, mas Sam não conseguia se convencer daquilo. E ele sabia, Steve teria começado a investigar..
— Tio Sam?! — Jody o chamou, ao que parecia ser a quinta vez.
— Ah me desculpe Jo eu não estava prestando atenção.. — ele sorriu para o sobrinho.
— Você disse que me ajudaria a arremessar o escudo hoje.
— Jody.. — Sarah, sua irmã, alertou o filho — Seu tio parece estar ocupado hoje.. por que não deixa para outro dia?
— Está tudo bem Sarah, eu posso..
Seu celular começou a tocar, interrompendo sua fala.
Sam encarou a irmã e o sobrinho, pedindo por um minuto.
— Sr. Ministro. — cumprimentou ele, respeitosamente.
— Sr. Wilson! — o ministro da segurança correspondeu o cumprimento. — A sua presença é requerida em Nova Iorque, amanhã.
— Posso saber sobre o que se trata? — perguntou.
— Digamos que a imagem do Capitão América durante os debates eleitorais, pode trazer uma segurança maior..
— Os ataques recentes?
Sam estava jogando verde, desejando obter qualquer nova informação sobre aquilo.
— Não tenho permissão para dizer muito.. — o ministro falou mais baixo ao telefone, como se alguém além de Sam pudesse ouvi-lo. — mas, sim.. é sobre isso, ainda não temos muitas informações sobre o que está acontecendo mas.. as pessoas estão ficando alarmadas, sua imagem pode trazer algum conforto ao povo.
Sam olhou para a irmã e então para o sobrinho, Sarah pareceu entender, como sempre ela o apoiava mais do que qualquer pessoa que ele conhecesse.
Ela sorriu para ele, balançando a cabeça afirmativamente.
Estar em Nova York, o centro de todos aqueles ataques, era o melhor lugar para se começar, certo?
— Conte comigo, Senhor. — disse ele.
— Muito obrigado, Wilson.. — disse o outro homem ao telefone — Nos vemos amanhã.
Ele tirou o celular do ouvido e ficou encarando o aparelho em suas mãos por vários segundos.
Se o ministro dizia que precisava dele.. precisava do Capitão América, presente, com toda certeza havia mais lodo naquele esgoto.
— Você vai para Nova York não é?
Sarah perguntou, e o homem finalmente tirou os olhos do celular.
— Sim.. eles precisam de ajuda. — Justificou-se. — Me desculpem.
— Não precisa se desculpar tio Sam.. — Jody disse sorrindo, como se naquele momento estivesse muito orgulhoso — É o seu trabalho, pessoas precisam de você.
Sam soltou o ar, sorrindo para o sobrinho.
Sua irmã tinha aquele olhar de "Meu filho é muito esperto". Ele se abaixou, ficando da altura do sobrinho e segurou seus ombros.
— Quando você ficou tão maduro? — perguntou, enquanto Jody ria e o abraçava. — Certo, quando tudo isso acabar.. faremos uma viagem.. que tal?
O voo para Nova York fora - de uma maneira agonizante - muito calmo. Nenhuma leve turbulência, ou se quer um bebê chorando. Nada.
Dada as circunstâncias, Sam esperava algo a mais, ou talvez a ansiedade simplesmente o fizera pensar assim.
E agora, no caminho para o hotel, ele conseguia encontrar o foco novamente. Era mais fácil quando os objetivos eram claros. Esses ataques estavam mesmo acontecendo e quem quer que estava por trás deles queria chamar atenção, do contrário jamais arriscariam aparecer em rede nacional. Ao vivo.
O cartão de entrada para o seu quarto de hotel era preto, ele o acionou como uma chave eletrônica e entrou deixando as malas ao pé da cama king size com forros brancos perfeitamente dobrados.
Imediatamente ele notou um notebook na escrivaninha e do banheiro ouviu água da torneira jorrar, seu corpo entrou em alerta.
A porta do banheiro foi destrancada e o tempo pareceu desacelerar. Sam levou a destra a arma presa em sua cintura e ao mesmo tempo a pessoa que estava ali dentro apareceu.
— Sam!
Era Joaquin.
Sam relaxou, e balançou a cabeça negativamente, como se repreendesse as próprias ações.
— Devia ter avisado que estava aqui. — repreendeu o mais velho.
— Eles me avisaram que você estaria aqui.. me mandaram ajudar.
— Ninguém me falou ainda o que eu devo fazer.
— Você vai falar com a imprensa. — Joaquin respondeu — Eles estão fazendo um fuzuê, e alguns jornais estão apelando para o sensacionalismo.
— So isso? — Sam perguntou.
— Bom, oficialmente sim.. — ele respondeu, seus lábios assumiram um sorriso travesso — mas fora dos registros nós vamos atrás de quem tá provocando esses ataques.
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Câmeras de vídeo, flashs de fotos, pessoas gritando e atropelando as falas umas das outras.
Sam vestia seu uniforme branco, um que a população americana aprendera a reconhecer com rapidez e amabilidade, estrelas e linhas.
Ele devia admitir, a imprensa era rápida, pareciam um aglomerado de formigas em cima do cubo de açúcar.
As perguntas começaram dentro do roteiro, "Quem estava por trás dos ataques?" "Qual era o objetivo por trás daqueles ataques?" "Tinha algo em a ver com política?" " Existe um padrão?". Então começaram as especulações, uma mais absurda que a próxima, um dos jornalistas até mesmo sugeriu a volta da Hidra, o que arremeteu todos os outros em um silêncio tenso.
— Como disse antes, não temos certeza de nada ainda, mas posso lhe garantir que Steve Rogers cortou as cabeças da Hidra anos atrás. Se eles estão pensando em ressurgir, farei o mesmo.
A resposta pareceu acalmar alguns, mas não todos, uns pareceram desdenhar e o olharam céticos.
— Vocês não acham que estão atrasados nessa investigação? — uma jornalista de cabelos louros platinados, esvoaçantes e pele escura perguntou — Quer dizer, já temos dois ataques e nenhum suspeito, nem se quer um indicativo, outra vida precisará ser posta em risco pa...
O que quer que a mulher fosse dizer ficou perdido em meio ao barulho e ao caos que se instalou logo em seguida..
Uma explosão.
Sam foi ao chão, assim como todos os jornalistas que gritavam assustados, mas os barulhos ao redor pareciam abafados enquanto seu ouvido zunia, cacos de vidro caiam e civis corriam apavorados.
Ele suspendeu o olhar colocando-se de pé.
O último andar de um prédio azul escuro coberto por janelas, como um grande retângulo de vidro fora a origem da explosão. Sam levou um segundo para perceber que o prédio era da Hellarion Corporation.
— Ligue para a emergência! — ele falou com a jornalista de cabelo platinado — Joaquin! Ajude com a evacuação.
Sam abriu as asas de seu uniforme e num segundo estava no céu, rumando os escombros do vigésimo sétimo andar que agora começava a desabar os dois andares abaixo.
— Red Wing, leitura de calor, procure por vítimas..
Ele voou mais alto, afim de procurar a origem da explosão.
O relatório de Red Wing apareceu em seu campo de visão, nenhuma vítima, mas havia vazamento de gás.. em questão de segundos o prédio inteiro viraria pó.
— Red Wing.. ative o protocolo de incêndio do prédio ago..
Sam estava caindo..
Fora atacado?
Ele não soube dizer imediatamente.
Em seu campo de visão o uniforme avisou que a asa esquerda estava danificada.
Ele acionou o paraquedas, mas não foi rápido o suficiente, caindo nos escombros da cobertura da Hellarion Corporation.
Um gemido de dor escapou os lábios, suas costelas doíam absurdamente. Ele se apoiou nos cotovelos e olhou ao redor dos escombros deixando que o sistema de identificação lhe informasse a presença de alguém.
Não demorou, um momento mais tarde ele viu uma figura longe, no terraço do prédio ao lado.
Sam apertou os olhos tentando identificar a figura, seu tronco inteiro doía e ele estava levemente curvado para frente, o impacto da queda esquentara o corpo que corria em adrenalina.
Alguns passos à frente Sam começa a ver melhor a figura ali. Ela não se movia, parecia agachada, mas parecia olhar diretamente para ele.
Ele chegou mais perto, a figura pôs-se de pé... uma mulher, era uma mulher. Ela usava um uniforme preto que parecia cheio de pequenos rasgos na cor vermelha e usava máscara, uma máscara vermelha que deixava apenas os olhos a mostra. Seus cabelos eram escuros e longos e suas mãos pareciam.. garras?
Sam não teve como averiguar o fato, pois a garota começou a se afastar, ele estava na beira do prédio agora.
— Ei!
Ele gritou, mas ela não pareceu escuta-lo.
Tinha de segui-la, ele tinha certeza que ela era responsável por aqueles ataques, ou então trabalhava para alguém.
Sam tomou distância e pulou de uma cobertura em escombros para o terraço ao lado, apostando sua segurança num único jato de seu uniforme. Ele rolou e caiu agachado, imediatamente retirando a arma de seu sinto e apontando apara a mulher.
— Pare! E coloques as mãos para cima! — ele gritou.
A menina em preto e vermelho interrompeu os paços, para do aonde estava, mas permanecia de costas para ele.
Sam se colocou de pé lentamente.
— Mãos para cima! Vire-se devagar!
Nada.
Quem quer que fosse aquela garota parecia pouco alarmada com o fato de ter sido pega.
Ela olhou por cima do ombro, para ele, virou-se lentamente, Sam percebeu que ela ia atacá-lo.
Seus olhos escuros pareciam ferozes, distantes, como se ela estivesse ali, mas não totalmente ali.
Agora Sam pode olhar suas mãos, estavam enluvadas, mas ela ainda parecia ter unhas grandes e muito, muito finas.
Num minuto a arma estava em suas mãos, no próximo não estava mais. Estava aos pés da mulher. Sam levou um momento para descobrir como ela havia feito aquilo, até notar uma linha saindo de seus dedos... uma linha branca, grossa e brilhante.
— Mas que dro..
Então ela o atacou.
A garota pareceu anular a distância entre eles num único passo, seus punhos acertaram socos numa velocidade surreal e numa força bizarra para uma garota tão.. pequena.
Sam cuspiu sangue, mas conseguiu defender-se dos próximos golpes, apenas defender-se. Ela era rápida, seus golpes pareciam tão naturais e calculados, como se o vento, o chão e até a força da gravidade estivessem ajudando-a.
Ela se entrelaçou nele, impedindo o movimento de uma de suas mãos e com a que ele conseguia usar, disparou socos no abdômen feminino, que ela não pareceu sentir tão facilmente.
Sam teve a visão de sua mão direita, os dedos estavam normais e então não estavam mais, pareciam garras finas como estilete, mas era apenas nos dedos médio, anelar e polegar, os outros pareciam comuns.
E ela mirava aquelas garras em seu pescoço. Ia rasgar sua garganta...
Até que ela não estava mais sobre ele.
Sam sentiu o peso do corpo feminino abandona-lo, percebendo um minuto mais tarde que ela estava dando atenção para outra pessoa.
— Bucky?!
A surpresa era quase palpável em seu tom de voz.
Não que Bucky dera qualquer atenção para ele, afinal a garota em preto e vermelho o atacava com a mesma ferocidade e para o choque de Sam, ela acertava os golpes, o que era assustador porque Bucky era um super soldado, o mais forte e o melhor, praticamente uma máquina, mas a menina não parecia ter dificuldade alguma em enfrenta-lo.
Ela dava saltos para desviar dos ataques de Bucky, escapava de todos ou da maioria.
Sam atacou.
E de uma forma surreal ela desviou, saltou com um impulso inumano caindo no chão com a leveza de uma pluma.
Agachada, os olhos femininos passaram de Bucky para ele.
— Quem é essa?
Bucky perguntou.
— Eu não faço a menor ideia.
Foi a vez deles atacarem.
Após muito tempo lutando juntos, inclusive numa guerra contra um titã, Sam e Bucky já estavam acostumados a lutarem juntos, a sincronia as vezes falhava, mas eram bons juntos.
E por um momento, após vários ataques dele e de Bucky, golpes foram acertados, alguns deles até a fizera recuar, mas ao mesmo tempo pareciam deixá-la mais irada e seus golpes pareciam agora fatais. Sam estava atrás dela em seu ponto cego, Bucky recebia a maior partes de golpes da garota de máscara, mas de uma forma inumana ela ainda evitava boa parte dos golpes dele.
Então Sam acertou um golpe, fazendo-a perder a mobilidade das penas e cair de joelhos, foi então que Bucky viu uma entrada para pará-la. Ele fechou o punho de vibranium e mirou um soco no momento de vulnerabilidade da garota...
Foi rápido, muito rápido.. mas o golpe não chegou a acerta-la, ela havia impedido o soco, segurando o braço de metal de Bucky como se fosse uma pluma.
Sam viu o choque correr pelo rosto de James enquanto ele a encarava, ela apoiou-se no braço dele, jogando o corpo para cima, desafiando a gravidade as pernas abriram-se como uma estrela e ela desferiu golpe em ambos, jogando Sam no chao enquanto Bucky apenas cambaleou.
Agora era apenas eles dois, ambos estavam se encarando e a menina estava pronta para atacá-lo quando um som cortou o ar, um assobio, fino como de um apito de cão.
Ela olhou para trás e não atacou Bucky. Ao invés disso, virou-se e correu saltando do prédio.
James correu atrás da mulher, mas não a alcançou, então ele olhou para baixo esperando que ela caísse no chão. Ao contrário ela saiu se pendurando naquele mesmo fio branco e grosso.
— Mas o que..
Bucky murmurou, vendo-a fugir.
Sam rolou no chão reclamando de dor, tinha certeza que pelo menos duas de suas costelas estavam trincadas.
Colocando-se de pé com a ajuda de James, Sam indicou a escada de incêndio para que eles pudessem descer.
— Ela quem causou a explosão ao lado?
— Tenho certeza que sim.. e também acho que ela está por trás daqueles ataques. — Sam respondeu.
— Os civis loucos? — Bucky o encarou levemente confuso.
— É disso que o povo está chamando? — Sam o encarou surpreso e Bucky deu de ombros — Não sei se eles estão loucos mesmo.. ou se pode ser algo diferente.
A memória voltou as garras nos dedos da garota, o que quer que ela fosse, aquelas garras não eram feitas apenas para rasgar gargantas.
Quando chegaram ao térreo, logo foram incluídos no caos que se instaurava ao redor da Hellarion Corporation.
Civis assistiam os bombeiros trabalharem e jornalistas montavam seus equipamentos do lado de fora.
— .. só estou dizendo que Nikolai Hellarion precisa ser responsabilizado por isso, onde ele está? Porque uma empresa farmacêutica, cujo os experimentos são para a proteção da saúde humana sofreria um descuido desses?
Ótimo.. Tayler Winters estava ali, dando entrevistas, ou melhor fazendo campanha.
Sam e Bucky trocaram olhares pouco pacientes.
— O senhor acha que foi um descuido? — a jornalista perguntou — Muitos estão considerando um ataque.
— Descuido ou ataque, qualquer uma das narrativas exige que o Sr. Hellarion se explique, mas vocês já sabem a minha opinião contra isso.. só há um jeito de parar a violência...
A jornalista agradeceu o tempo dedicado do candidato e Tayler rumou as viaturas onde as vítimas estavam sendo cuidadas.
— Uma bela campanha ele está fazendo. — Bucky murmurou com aquela cara de poucos amigos.
— Esses ataques acabaram por ser muito convenientes não acha?
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AUTORA FALANDO
Olá lovers!! Espero que todos tenham uma ótima semana e estejam se cuidando direitinho.
Hoje trouxe mais um capítulo dessa fic que adoro escrever!
Venho pedir pra vocês votarem e comentarem, me anima muito! E espero que gostem desse capítulo, tem bastante coisa pra acontecer aqui!
Mas por hoje é só! Vejo vocês no próximo capítulo!
Beijo no coração!
- Hell
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