𝘊𝘢𝘱𝘪́𝘵𝘶𝘭𝘰 05
𝘜𝘮 𝘢𝘯𝘰 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘰𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴 𝘢𝘵𝘶𝘢𝘪𝘴
Allison estava sentada sobre o assento da janela do quarto, vendo a chuva cair do lado de fora de sua casa.
A mesma tentava segurar suas lágrimas, mas era quase impossível.
Há alguns minutos atrás Allison havia recebido uma mensagem de Eggsy dizendo: "Acabou, me esquece." No minuto em que ela recebeu aquela mensagem, não entendeu muito bem, mas logo compreendeu. Eggsy estava terminando com ela, e ela nem sabia o porquê, eles estavam bem no relacionamento. Não havia motivos para terminarem.
— Allison?
Assim que a garota ouviu a voz da mãe, ela olhou para a porta.
— Oi? — Ela enxugou as lágrimas que caíam pelo rosto.
— Não precisa fingir que não estava chorando. — Elleonor desencostou da porta, foi até a filha e se sentou ao seu lado.
Logo, Allison começou a chorar novamente. Elleonor a puxou para seus braços e depositou um beijo no topo de sua cabeça. Elleonor sempre foi o refúgio de Allison, toda vez que algo de errado acontecia em sua vida, sua mãe era seu apoio.
— Vai ficar tudo bem, meu amor.
— Ele foi embora, mãe... e nem deu explicação do porquê.
— Às vezes as pessoas são assim, filha. Vão embora sem dar explicações, e tá tudo bem, ninguém fica na nossa vida pra sempre.
Allison assentiu, mas logo morena voltou olhar para a janela e continuou a chorar. Era difícil para ela aceitar o fato de uma pessoa ter deixado sua vida sem dar explicações.
(...)
𝘋𝘪𝘢𝘴 𝘢𝘵𝘶𝘢𝘪𝘴
Achei que a casa de Galahad era mais chique e grande, mas pelo contrário, era uma casa simples e de bairro. Uma casa confortável até.
Agora, Eggsy e eu estamos no escritório de Galahad, olhando as manchetes do jornal penduradas na parede pintada de vermelho.
— Mijar ou não mijar? — Eggsy aponta para a manchete.
— Essa foi a manchete no dia seguinte à liberação de uma bomba radioativa em Paris.
— Alemanha 1, Inglaterra 5. — Aponto.
— Não vi esse jogo. Estava desmantelando um grupo de espiões no pentágono.
— Você já viveu muita coisa. — Balanço a cabeça ainda olhando as manchetes.
Olho para o lado e vejo Eggsy apontando para uma manchete de casamento.
— Minha primeira missão. Evitei o assassinato de Margaret Thatcher.
— Nem todos agradeceriam por isso. — Eggsy caminhou até o outro lado do cômodo e as sentou na poltrona preta que estava ao meu lado.
— Essa é a questão Eggsy, ninguém me agradeceu por nada disso. As manchetes de todos os jornais eram com fofocas de celebridades, porque a natureza da Kingsman é manter suas missões em sigilo. O nome de um cavalheiro só deve aparecer no jornal apenas três vezes: Quando ele nasce, quando ele se casa e quando ele morre. E nós acima de tudo somos.. Cavalheiros ou damas. — Ele me olha.
— Então eu tô ferrado. — Ele relaxou na poltrona. — É como o Charlie disse, eu sou um plebeu.
— Tolice! Ser um cavalheiro não tem nada haver com as circunstâncias de seu nascimento, o homem aprende a ser um cavalheiro.
— Tá, mas como?
— Muito bem. Primeira lição: devia ter me pedido antes de sentar. — Solto uma risada nasal. — Segunda lição: Como preparar um Martine.
— Agora sim, Harry!
Ele se levantou da poltrona e saiu do quarto.
— O Martine dele é bom. Posso me sentar?
— Claro.
Logo, me sento na poltrona.
— Você e ele se conhecem a quanto tempo?
— Há uns três anos e meio.
— Como se conheceram?
— Ah, isso é uma história engraçada. — Solto uma risada curta. — Ele tentou roubar a minha casa, mas eu impedi.
Galahad soltou uma risada nasal.
— E o que fez vocês se distanciarem?
— Alguns... — desvio o olhar e logo olho para ele novamente. — Problemas.
— Entendo.
Desvio o olhar para sua mesa, não vejo nenhuma foto de familiares ou algo que indique que tem uma vida fora da Kingsman.
— Harry, você por acaso tem família?
— Não. Penso que a família é apenas uma coisa que seu inimigo pode usar contra você.
— Então nunca teve vontade de ter uma esposa ou sei lá, talvez filhos?
Ele nega e eu assenti com a cabeça.
— Sabe, você me lembra eu na sua idade.
— Por que? — Fico confusa.
— A sua curiosidade é igual a minha.
Abro um sorriso de lábios fechados.
— Aí, o Martine tá pronto. — Eggsy apareceu na porta.
— Okay, vamos ver se está bom mesmo. — Disse Harry se levantando da cadeira e saindo, logo em seguida faço o mesmo.
(...)
Não consegui pregar os olhos durante a noite na casa de Galahad, não sei se é porque estou em uma casa desconhecida, ou fato de a qualquer momento pode haver algum teste surpresa já que estou na casa de um agente Kingsman.
Então, saí do quarto de hóspedes que Harry me colocou e fui para a varanda da casa, onde dava para ver toda a rua do bairro e um pouco da cidade de Londres.
E claro, as estrelas, a minha parte favorita da noite é poder ver as estrelas, pena que onde dormimos na Kingsman não temos vista para o lado de fora.
Sento no chão mesmo e olho para cima, começo a ver a constelações.
Constelação Andrômeda. Constelação das três Marias, constelação de fênix e assim por diante.
Quando eu era pequena e não conseguia dormir por conta dos pesadelos, minha mãe sempre me levava para fora de casa, me mostrava as constelações e contava porque elas eram usadas e o sentindo de seus nomes. Por isso me apaixonei tanto pelo céu.
— Que cê tá fazendo aqui?
Ouço a voz e viro meu corpo para trás, vejo Eggsy.
— Eu tô observando o céu, aqui é um lugar ótimo pra fazer isso. O que você está fazendo acordado?
— Não consigo dormir. — Ele caminhou até mim e logo se sentou ao meu lado.
Não o encarei, apenas continuei observando o céu. Mas percebo que seus olhos estão sobre mim. Ignoro seu olhar.
Logo, ele para de me olhar e olha para cima assim como eu.
— Posso te fazer uma pergunta? — Digo.
— Pode.
— Você sente falta de algo fora da Kingsman?
— Da minha mãe e irmã.
Assenti.
— Também sinto falta da minha mãe.
— E como é que ela tá?
— Tá bem, tirando o cansaço do hospital.
Ele assentiu. Ficamos em completo silêncio.
Mas há uma pergunta que não se cala em meu peito. Uma pergunta que quero fazer desde o dia em que vi ele na Kingsman novamente. A pergunta do Por que ele foi embora?
— Gary.
— Fala. — Ele respondeu de imediato.
— Por que você foi embora? — digo com a voz trêmula. Viro minha cabeça em direção à ele.
Ele ficou quieto, apenas abaixou a cabeça.
— Eu... Não sei.
— Não sabe? — Minha voz saiu um pouco mais alta do que eu esperava. — Você simplesmente foi embora, Eggsy, sem motivos nenhum, nós estávamos completamente bem, não tínhamos brigas, assuntos pendentes, nada! Sabe, eu achei que tinha feito alguma coisa de errado quando você foi embora, fiquei me culpando e tentando achar alguma resposta do porque havia me largado, mas não havia motivos, você apenas me mandou uma mensagem dizendo que tudo entre nós estava acabado e eu nem sei o por que..
— Eu estava sendo um atraso na sua vida. — Ele disse sem olhar na minha cara.
— O que... — Fiquei confusa.
— Você tinha sonhos Allison, queria ter uma vida melhor e eu só estava... te "prendendo" — Ele faz aspas com os dedos e logo dá uma pausa. — Eu não podia te dar a vida que tanto merecia, você merecia algo melhor do que eu, qual é, a gente se conheceu quando eu tentei te roubar, Allison.
— Não podia me dar vida que eu merecia? Eu já tinha tudo Eggsy, e você tava lá do meu lado me apoiando. Isso era tudo o que eu realmente precisava!
Ele abaixa a cabeça e mexe os dedos. Logo, ele olha para mim.
— Eu sinto muito por tudo que te fiz passar, Alli. Só achei que estava fazendo o melhor pra você.
Logo, ele se levantou e saiu da varanda. Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas, minha vontade é de chorar, finalmente soube o motivo dele ter ido embora e agora que ele fique mais do que tudo.
(...)
𝘕𝘖𝘛𝘈𝘚 𝘋𝘈 𝘈𝘜𝘛𝘖𝘙𝘈
—— Só eu que achei que esse diálogo foi
Tão "I love you, i'm Sorry"? 😭😭
Eu sei que esse capítulo tá curto e peço perdão por isso, mas era mais para eles terem está conversa. Prometo que o próximo será um pouco mais longo.
Bom, é isso tchau até o próximo capítulo de Golden destiny.
Beijos da Autora 😘😘
1,411 palavras
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