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Capítulo 3

   O som das batidas fortes na porta do meu quarto me fez pular da cama, minha avó estava irritada com minha demora para levantar, sinceramente a última coisa que queria fazer era ir à escola, principalmente por ter que pegar dois ônibus no caminho.

— Song-i! Vai se atrasar!

Levantei da cama e me troquei, não tinha nenhuma rotina matinal especial, costumava ser diferente mas não queria pensar nesta outra vida, nesta outra versão minha. Naquela manhã saí de casa o mais rápido que pude, enquanto tomava um suco natural de laranja e ouvia algumas músicas, a voz daquele artista anônimo me trazia tanta paz, era um sentimento indescritível. Ver garotas comprando salsicha empanada logo pela manhã fez meu estômago embrulhar, gostaria de pensar que fosse apenas repulsa por comer algo tão gorduroso tão cedo, mas na verdade queria me esquecer de que não havia tomado um café-da-manhã decente. Quando cheguei na sala de aula logo me sentei em meu lugar, próxima da garota que me defendeu no dia anterior.

— Oi! — Uma garota extremamente amigável sentou-se no lugar de Joo-kyung.

— Eu te conheço?

— Ainda não, meu nome é Soo-ah e esta é Soo-jin! Somos amigas da Joo-kyung. — Se apresentou, Soo-jin não parecia do tipo que conversava, era mais como eu.

— Me chamo Song-i. É um prazer. — Tentei parecer formal, Joo-kyung entrou na sala acompanhada de outro garoto, e logo atrás entrou o garoto irritante, Seojun.

— Oh, bom dia Song-i! — Ela me cumprimentou gentilmente, assenti como forma de cumprimento.

Seojun sentou atrás de mim e bufou, conseguia sentir sua irritação sem nem encara-lo.

— Song-i, pode andar conosco no intervalo se quiser. — Soo-ah sugeriu, assenti novamente, a garota Soo-jin parecia interessada em minha personalidade.

A aula começou, a sala de aula era mais calma do que em minha antiga escola, os estudantes eram muito mais civilizados, talvez o uniforme também ajudasse a passar um ar mais formal. O sinal tocou para o intervalo, estava guardando minhas canetas no estojo quando Seojun tropeçou em minha mochila no chão.

— Ei novata! É falta de educação deixar a mochila desse jeito. — Disse em um tom alto, quase pulei de susto com o grito.

— Já estava saindo. — Levantei e a tirei do lugar, ele desviou o olhar.  — Não é muito difícil dar um passo para o lado.

Resmunguei, ele pareceu não acreditar no que estava ouvindo, então soltou aquela risada fraca e me encarou passar por ele. Por sorte sentei-me com Joo-kyung e as meninas no intervalo, elas riam e conversavam sobre garotos.

— Vai comer só isso? — Soo-jin chamou minha atenção, retirei apenas uma maçã do bolso.

— Não costumo ter fome nesse horário... — Desviei o olhar, não queria que ela me pegasse mentindo, até porque parecia ser muito boa nisso.

— Pega. — Ela me entregou uma caixinha com suco de morango e leite, aceitei por educação, não queria parecer rude.

— O Seojun tem te incomodado bastante não é? — Soo-ah puxou o assunto chamando a atenção das duas garotas por uma resposta.

— Ele é insuportável, igualzinho os garotos da minha outra escola.

— E como era lá? Sente falta deles? Haviam muitos garotos bonitos?

— Não era muito interessante... — Tentei mudar de assunto, Joo-kyung percebeu isso.

— Soo-ah pare de deixá-la sem jeito! — Mais uma vez a garota me salvou de outra situação, ela era o oposto de mim, era bonita, se vestia bem e provavelmente tinha várias rotinas da manhã antes de ir para a aula, seu cabelo estava sempre perfeito e ela tinha um jeito meigo de conversar com todos.

Joo-kyung também era bem famosa nas redes sociais só por ser bonita, Soo-ah havia me dito que Seojun a incomodava antes de Su-ho, o ex-melhor amigo de Seojun salva-la das mãos do valentão, ele parou de incomodar ela por um tempo apenas para não criarem mais discussão. Quando voltei para a sala minha mochila estava amarrada à cadeira, com vários nós, fiquei boquiaberta e confusa com tudo.

— O que... — Tentei retirar mas estava preso com muita força.

— Meu deus, quem fez isso? — Soo-ah dizia surpresa.

Seojun fez questão de esbarrar em mim e sentar-se em seu lugar, ele parecia feliz e convencido, é claro. Lembrei-me de mais cedo, quando o mesmo esbarrou em minha mochila.

— Você! Vai mesmo se comportar igual uma criança? — Fui até sua mesa e o confrontei.

— Como é?

— Quer saber, uma criança é mais educada que você!

— Um porco é mais quieto que você! — Rebateu, alguns colegas riram baixo, Soo-jin parecia estar gostando da situação de confronto.

— Retire os nós agora! — Cerrei os punhos e apontei para a mochila.

— Ou o que? — Ele se inclinou para frente, encarei aquela orelha com seu belo brinco e a apertei forte, de repente Seojun se contorcei feito um cachorrinho.

— Disse para retirar os nós! — O puxei até minha mesa, o jogo virou para o meu lado e os alunos ficaram boquiabertos com o que estavam vendo, Joo-kyung estava chocada.

— Espera, espera. — Dizia para que pressionar menos sua orelha.

Seojun estava tentando desfazer os nós quando nosso professor entrou na sala, surpreso com tudo ele nos deu detenção.

— Vão ficar para limpar a escola depois da aula, os dois! — Disse irritado, bufei, não tinha nada a ver com a brincadeira sem graça de Seojun.

Foi exatamente o que tivemos que fazer depois da aula, estava preocupada em como voltaria de ônibus por ter que pegar dois mas isso era o de menos, teria que aguentar Seojun pelo resto do dia.

Toda vez que passava por ele no corredor fazia questão olhar para o lado oposto, quando entrei na despensa para reabastecer as toalhas me deparei com ele repondo os papéis descartáveis, não notei mas uma caixa com itens de higiene estava prestes a cair quando Seojun correu e a segurou em cima de mim, seus olhos piscaram algumas vezes, a distância que fiquei dele tornou tudo duas vezes mais desconfortável, deixei escapar de minhas mãos a última toalha que estava segurando, ele engoliu em seco.

— Cuidado. — Disse e se afastou, tentei acalmar meu coração mas estava agitada com o susto, a pequena despensa também parecia estar me dando um leve calor.

Fui atrás do meu material, já havia terminado por hoje, ainda estava irritada e não queria nem ver o rosto dele novamente, meu humor já não era um dos melhores por estar faminta. Estava esperando o ônibus enquanto ouvia música, nem notei ele chegar, parecia curioso em saber o que eu estava ouvindo.

Quando entrei no ônibus fiquei surpresa com tantas pessoas, era tarde, devia estar quase vazio. Sentei-me em um dos últimos lugares, que por sinal era o último vazio, Seojun se viu obrigado a sentar-se do meu lado, aumentei o volume da música e apreciei a rota tentando esquecer de que era ele quem estava do meu lado, meus olhos começaram a pesar, não sabia se era fome ou cansaço mas apenas apaguei, deitei a cabeça em seu ombro sem nem perceber.

— Ei. — Ele tentou chamar minha atenção mas ficou quieto ao notar que eu estava dormindo, nós dois estávamos cansados demais.

 Um tempo depois, quando acordei, assustei-me com Seojun apoiando a cabeça sobre a minha, eu mesma havia apagado de sono primeiro, me senti envergonhada e não sabia uma forma de acordar ele sem parecer rude, parecia tão inocente dormindo que até me fazia esquecer de que me incomodava o tempo todo.

 — Seojun... — tentei chama-lo mas ele parecia dormir profundamente, levantei-me devagar, o ônibus freou bruscamente empurrando-me para cima dele, engoli em seco, nunca havia notado como sua pele era tão bonita.

 Me afastei, aliviada por ele não ter acordado, deixei o ônibus e o vi pela última vez naquela noite. Caminhei o resto do percurso até em casa, queria tomar um ar depois de tanto nervosismo, tentando afastar pensamentos involuntários sobre Seojun.

— Aquele idiota! — Resmunguei comigo mesma, ele me deixava muito irritada, tinha vontade de puxar aqueles brincos novamente.

— Song-i. —  Jun-ho me alcançou. — Chegou tarde...

— O professor me fez ficar depois da aula por causa de uma situação idiota. — Expliquei.

— Se meteu em encrenca de novo?

— Não é isso, é só um garoto estúpido que continua me incomodando.

— Um garoto? Vou ter que ir lá dar um jeito nele? — Brincou, pela primeira vez Jun-ho estava tentando me defender, talvez como forma de se redimir de ter deixado tudo acontecer comigo em nossa outra escola.

— Não, tudo bem, eu dou um jeito nele. — Pensei no acontecido mais cedo, de ter puxado a orelha de Seojun como uma irmã mais velha, ele definitivamente estava na palma da minha mão.

 Jun-ho ficou incomodado com meu entretenimento com o garoto misterioso, encontramos minha avó na escadaria para casa, o mais velho correu para ajudar ela com as sacolas.

— Finalmente, você se atrasou Song-i, já estava ficando preocupada.

— Desculpe vovó, perdi o ônibus. — Jun-ho olhou para mim esperando uma resposta improvisada, eu certamente não contaria a verdade para preocupa-la novamente.

— Já basta ter que pegar dois ônibus, ainda tem que chegar tarde em casa, um dia você vai me matar do coração.

—  Vovó, não é pra tanto. —  Resmunguei. 

— Jun-ho que bom que esperou ela outra vez, venha, vamos entrar, fiz bastante comida. — Ela praticamente o puxou para dentro de casa, nem tive tempo de reclamar.

 Sentei-me perto da mesa enquanto esperava o jantar, estava faminta, a mesa estava cheia, conseguia sentir meu estomago doer só de ver tanta comida sobre a mesa.

— Como você perdeu o ônibus? — Minha avó perguntou, estava tão concentrada na comida que deixei escapar.

— Seojun, aquele idiota.

—  Seojun? De quem está falando?

—  Meu colega de classe, argh como ele me irrita. —  Dizia colocando a comida na tigela.

— Aqui, pegue um pouco mais. — Jun-ho colocou mais arroz em minha tigela, estava tão concentrada em contar a Jina sobre o acontecido.

— E esse Seojun é bonito? Ele é alto?

—  A altura dele não me assusta. —  Lembrei-me do acontecido na despensa. —  Eu poderia arrancar aqueles brincos da orelha dele se quisesse.

—  Brincos? Deve ser charmoso. — Jina disse, Jun-ho coçou a garganta na tentativa de desviar a atenção.

—  Sabe, na minha época de escola seu avô adorava me irritar igualzinho você e este garoto. Por que não chama ele para vir comer conosco? 

—  Vó! Eu detesto aquele garoto! — Disse irritada só de imaginar e dei uma colherada no arroz.

 Jun-ho ficou surpreso com a rapidez em que enchia a boca de comida e mastigava rapidamente, ele certamente estava curioso para conhecer o garoto que me deixava nervosa desse jeito. Minha avó tentou não demonstrar mas estava feliz com meu novo entretenimento na escola, ao menos, ela não me via mais chateada ou triste comigo mesma, depois do jantar, Jun-ho me ajudou a limpar a louça.

— Então esse Seojun gosta de você?

— O que? Não! E eu nunca nem pensaria nisso. — Ri alto com a pergunta, ele apenas assentiu sem graça. — Porque está me perguntando isso? 

— Estava pensando no que sua avó disse, imagine como eu ficaria se outro garoto alto e charmoso roubasse o meu lugar. —  Ri alto de sua resposta, Jun-ho realmente estava diferente, mas para mim ele era como um irmão mais velho e nada mais, nunca havia pensado em outra forma.

— Do que está falando? 

— É brincadeira, mas preciso conhecer ele primeiro. — Continuou, o empurrei com meu ombro, ele fez o mesmo de volta.

— Para com isso Jun-ho! — O bati outra vez, ele resmungou e logo sorriu.

— Tenho sorte de termos crescido juntos. — Ele disse serio, desviei o olhar meio sem graça com a situação.

— Eu não, você me incomoda desde que nasceu. — Brinquei tentando aliviar o clima, ele riu.

Pensar em ter que me despedir de Jun-ho me deixava triste, a cada dia que passava me sentia mais confortável com a presença dele, o que me fazia pensar... como será que Jun-ho me via? Como uma irmã mais nova, ou como uma mulher? Ainda não conseguia vê-lo diferente de qualquer modo, nem mesmo acreditava no amor, nunca tive esta sensação de afeto de que todos já sentiram em algum momento da vida, não quero culpar a morte dos meus pais, mas me esqueci desta sensação há muito tempo.

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