ㅤㅤ ∫ 𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐭𝐰𝐨 ১
‧₊˚🎸୧⋆. ❛ memórias assombrosas. ❜
¡good reading!
Se você for muito sensível,
esse capítulo pode conter um
pequeno gatilho no começo.
Nada muito grande :)
×
Após sair da garagem, Lizzie apareceu no coreto do velho parque. Ela se sentou nos degraus do mesmo e abraçou seus joelhos, enquanto deixava algumas lágrimas escorrerem de seu rosto.
Luke apareceu atrás da irmã e suspirou ao ver seu estado. Ele foi até ela e tocou seu ombro, antes de se sentar ao seu lado e a aconchegar em seus braços, permitindo que suas lágrimas caíssem em seu ombro.
一 Eu não quero morrer de novo, Luke... - Lizzie sussurrou, com a voz embargada, após alguns minutos daquele jeito. 一 Não posso perder vocês três de novo!
一 Não vamos morrer de novo, Lizzie. Acho que isso nem é possível. - ele diz, a afastando um pouco para poder olhar em seus olhos. 一 Você não vai perder a gente. Vamos ficar juntos até mesmo depois... Nem que eu tenha que quebrar algumas regras lá em cima! - Luke completou, arrancando um riso fraco e rápido da irmã.
一 Mas... e se os choques piorarem?! - pergutou, incerta. 一 Se... se realmente acontecer... eu não posso perder vocês! Não outra vez. - ela completou, desviando o olhar.
一 Como assim "outra vez"? - Luke perguntou confuso. A garota ficou em silêncio, apenas com algumas lágrimas caindo. 一 Lizzie, fale para mim. - pediu calmo.
一 Eu vi vocês partirem. Foi tudo tão rápido, confuso, e eu nem pude fazer nada. - Lizzie finalmente começou, depois de alguns segundos de silêncio. 一 Estavamos naquela ambulância, e eu parecia ser a mais calma de nós quatro. Os médicos falavam coisas para nos acalmar, e diziam que logo estariam no hospital, e eu tentava repassar isso para vocês. Eles estavam calmos e seguiam todo aquele protocolo com paciência, até que tudo começou a dar errado. - ela limpou um pouco o rosto, mas foi em vão. Luke sentiu um nó se formar em sua garganta. 一 Uma médica, que atendia o Alex, começou a falar com ele, tentando o acalmar. Ele estava tão assustado... chorava como se fosse uma criança e parecia não se importar. Alex estava tendo uma crise de pânico. Eu segurei a mão dele, sussurrei para ele se acalmar... mas eu ouvi o som do seu aparelho apitar algumas vezes, até que parou de vez e a linha reta se formou na tela.
Lizzie soltou um soluço e chorou ainda mais ao relembrar aquela noite. Luke estava sem reação, queria saber o resto. Ele precisava, mas iria no tempo da irmã, não podia força-la a lembrar tudo de uma única vez. A garota suspirou fundo e criou coragem para continuar. Era dolorido, mas precisava compartilhar com alguém. Já suportou bastante tempo sozinha.
一 Eu olhei para o Alex e neguei algumas vezes, enquanto sentia o seu aperto em minha mão apenas ficar mais leve, e, enfim, se soltar. - ela olhou para frente. 一 E depois foi você... - Luke engoliu em seco, quando o olhar da garota foi até ele. 一 Você e Reggie negaram algumas vezes ao ver o Alex partir, e você até soltou um grito agonizante. Pediu para me ver, e queria ter certeza que eu estava bem, mas a médica o impediu de levantar da maca. Eu sussurrei outra vez, dizendo que estava bem, mas você não escutou. Você me olhou rapidamente e fechou os olhos, suspirando pela última vez. - Lizzie olhou para baixo e mordeu os lábios. ㅡ Doeu sentir uma primeira parte de mim morrer naquele instante.
Luke suspirou fundo e fechou os olhos, sentindo suas lágrimas caírem dos mesmos. Por algum motivo, não se lembrava daquilo, e ouvir a irmã contar daquela forma acabava com ele.
一 E teve o Reggie... - Lizzie sorriu triste em meio às lágrimas doloridas. 一 Eu ainda estava desesperada com sua morte, vendo e os médicos tentando te trazer de volta, quando senti o aperto dele em minha mão. Eu olhei para ele, chorando e negando várias vezes, gritando que queria que você voltasse para mim. E o Reggie sorriu fraco, e pude ver os lábios dele sussurrando algo como "vai ficar tudo bem". Eu fechei os olhos e assenti, acreditando naquelas palavras dele. - a Patterson soltou um dolorido suspiro, antes de finalizar. 一 Mas, quando abri os olhos outra vez, Reggie já havia partido. Eu gritei. Gritei e neguei várias vezes, enquanto tentavam me impedir de levantar. Um médico me segurou e disse para eu me acalmar, ou então iriam precisar me medicar. Enquanto via os lábios dele se mexerem, sem algum som saindo dele, minhas visão ficou turva e a luz da ambulância ficou cada vez mais forte. Eu pude ouvir o barulho agonizante do meu aparelho respiratório apitar em meus ouvidos, antes de finalmente fechar os olhos. Depois disso, apareci naquela sala com vocês. - concluiu, olhando para o irmão.
O garoto não sabia o que dizer. Ele estava chorando, deixando seus olhos vermelhos e o rosto inchado. Luke apenas teve a reação de abraçar a irmã fortemente e, juntos, ficarem chorando silenciosamente.
ㅡ Eu não sei porque consigo me lembrar disso. Mas, não posso passar por tudo outra vez. - Lizzie disse, chorando. ㅡ Não posso ver meu melhor amigo, meu irmão, e o amor da minha vida morrendo outra vez sem eu fazer nada, Luke! - ela sussurrou, entre um soluço abafado no ombro do garoto. 一 Não posso... - ele a apertou em seus braços, e a mesma correspondeu.
一 Você não vai, baixinha. - Luke disse no mesmo tom e, carinhosamente, se afastou, enxugando as lágrimas da irmã com os polegares. 一 Eu te prometo isso! Vamos dar um jeito, juntos, para sair dessa. Tudo bem? - Lizzie sorriu e concordou, enquanto recebia um beijo do irmão em sua testa.
(...)
Luke e Lizzie se olharam e depois para o local onde estavam. Após ficarem mais um tempo no parque, decidiram ir até a sua antiga casa, onde encontraram a mãe na cozinha. Sabiam muito bem o que a mulher estava fazendo.
Os dois se olharam outra vez e seguraram na mão um do outro, assentindo em seguida. Eles entraram juntos na casa, indo direto para o cômodo da cozinha. No local, pararam na porta e ficaram observando Emily preparando algo na bancada.
Haviam alguns ingredientes ali e a mulher se concentrava em bater uma massa de bolo na batedeira. Ela tinha uma expressão serena, mas triste, em seu rosto. Fazer aquilo, mesmo depois de vinte e cinco anos, ainda era um ritual na casa.
Ela e seu marido ainda comemoravam o aniversário dos filhos. Emily preparava o bolo, colocavam as velas e se sentavam na mesa para apaga-las juntos. Mas, em vinte e cinco anos, não tinham Lizzie e Luke com eles.
Os dois fantasmas se aproximaram e pararam em frente da bancada, observando a mãe finalizar o que a mesma fazia. Ela estava tão concentrada, cantarolando um música qualquer, e de olho no noticiário da tevê, o que fez os gêmeos sorrirem.
Nada havia mudado. Tudo continua da mesma forma. Mas, ao mesmo tempo, tudo havia mudado. E não estavam ali com ela, e esse era o ponto que os machucavam.
Lizzie subiu na bancada e se sentou ao lado de onde Emily estava. Luke apenas ficou apoiado no lugar. Os dois ficaram observando a mulher, e permaneceriam daquela forma até aquele momento acabar. Precisavam participar, de alguma forma, do seu aniversário.
ɴ ᴏ ᴛ ᴀ s ᴅ ᴀ ᴀ ᴜ ᴛ ᴏ ʀ ᴀ
Oioi, como estão? Espero que bem!
Espero que estejam curtindo a história, e ansiosos pelos próximos capítulos. E aí, o que acham que vai acontecer?
Não esqueçam de deixar seus votos e comentários no final do capítulo, isso ajuda muito para o crescimento da história.
off: alguém coloca os gêmeos em um potinho e protege do mundo? 🥺
Até o próximo capítulo, ghosts! 👻❤
𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜 🎙
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