
ㅤㅤ ∫ 𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐡𝐫𝐞𝐞 ১
‧₊˚🎸୧⋆. ❛ um lugar especial. ❜
¡good reading!
一 Precisamos falar com ela. - Luke diz, olhando para a porta por onde Julie havia acabado de sair.
一 Vamos até lá então! - Lizzie disse, e o gêmeo assentiu.
Logo os dois se teletransportaram para fora do estúdio, aparecendo logo na frente de Julie. A garota parou, por conta do susto, e olhou irritada para os irmãos.
一 Parem com isso, é sério! - ela pediu.
一 Desculpa. - os gêmeos disseram juntos, com um arrependimento sincero, e se aproximaram mais.
一 O que querem? - Julie perguntou, cruzando seus braços.
一 Sei que parece estranho, mas tem que admitir que é maneiro! - Lizzie começou. 一 Nós estamos mortos, mas mesmo assim as pessoas podem nos ouvir e sentir! Isso é bizarro, mas é real. - ela completou, e Julie apenas a olhou em silêncio.
一 Isso é maneiro mesmo. O problema... - a Molina suspirou. 一 É que eu tive um dia péssimo. Preciso ir!
一 Sentimos muito pelo seu dia péssimo. - Luke a seguiu. 一 Mas, nós acabamos de descobrir que tivemos vinte e cinco anos péssimos, só que ainda conseguimos fazer a única coisa que mais amamos na vida. Isso é irado! - o garoto sorriu, olhando para a irmã, que correspondeu.
一 Eu entendo vocês. É que...
一 Você teve um dia péssimo. Sim, nos entendemos. - Lizzie a completou. 一 Desculpa termos aparecido assim na sua vida. Mas, o que sentimos hoje quando tocamos outra vez, foi a mesma coisa que nos sentirmos vivos outra vez! - ela começou outra vez, depois dos segundos curtos de silêncio. 一 Então, pode até nos expulsar, mas não desistiremos da música... Podemos voltar a tocar! Nenhum músico abriria mão disso.
一 Você precisa entender. - Luke diz, ganhando a atenção de Julie. 一 Olha para aquele lugar! - se referiu a garagem. 一 As coisas nele... sua mãe claramente gosta de música. - completou sorrindo.
一 Gostava. - Julie corrige, sorrindo triste. 一 Ela faleceu. - os irmãos se olharam, sem saber ao certo o que dizer.
一 Desculpa... nós... nós sentimos muito! - Lizzie disse, mordendo os lábios ao não ter mais nada a dizer.
一 Nós sentimos muito! Não sabíamos... - Alex diz. Os outros três se viraram para o lado, encontrando o loiro e Reggie ali.
一 Tudo bem. - Julie diz. 一 Por acaso vocês não viram ela por aí? Seja lá de onde vieram.
一 Não. Na verdade, você é a primeira pessoa que encontramos. - Alex responde, e Julie concorda levemente, parecendo chateada.
一 Mas, ela não está morta, então tecnicamente não responde a pergunta. - Reggie disse, fazendo Lizzie bater a mão na testa.
一 Acho que ela entendeu, Reginald! - a garota diz, e todos ficaram em silêncio.
一 Desculpem pela irritação. - Julie volta a dizer. 一 Até que vocês são bons. - ela completa, arrancando sorrisos da banda.
一 "Até que"?! - Luke repete, um pouco indignado. 一 Sabe que estávamos enferrujados há vinte e cinco anos, né? - Julie deu uma fraca risada.
一 Você também toca piano? - Reggie perguntou.
一 Não toco. É tudo da minha mãe. - Julie responde.
一 Jura? Ela era uma compositora incrível! - Luke disse, deixando a garota confusa.
一 Ela era. Mas, como você sabe?! - a Molina perguntou.
一 Tem uma música no piano. Se for dela... Ela era muito talentosa! - Luke disse.
Julie sorriu e se virou, pronta para ir até sua casa. Mas, antes, se virou de volta para o grupo de fantasmas. A garota suspirou, antes de dizer suas próximas palavras.
一 Se precisarem de um lugar para ficarem... acho que podem ficar aqui. - Julie diz, fazendo os outros sorrirem. 一 Tem um chuveiro nos fundos, e o sofá virá uma cama. Se ainda usarem essas coisas!
一 O chuveiro é meu! - Reggie diz, levantando o dedo. 一 Adoro chuveiros. E, às vezes, até uma banheira! - eles riram.
一 Isso... - Julie aponta para os quatro em sua frente. 一 É esquisito demais! - ela completou, antes de se despedir e sair.
Quando ela já estava longe, o grupo comemorou entre si e se abraçaram. Não precisavam mais ir embora, pois agora tinham um lugar para ficarem.
(...)
Os quatro fantasmas se teletransportaram até o letreiro do Orpheum, onde ficaram sentados por um bom tempo. Ali anunciavam o show esgotado de uma banda, o que fez Lizzie suspirar ao ler.
一 Sei que não queríamos estar mortos, mas a locomoção é incrível. - Luke disse, com um pouco de ironia.
一 Só se for para você. Desta vez, perdi a camiseta! - Reggie diz, apontando para seu corpo, onde a camiseta branca deveria estar. De repente, a peça volta para o lugar. 一 Esquece, ela já está aqui. - o garoto completou, e então eles riram.
一 Porque nos trouxe aqui? Mais um lembrete doloroso de onde nunca pudemos tocar?! - Alex pergunta e da dois tapinhas nas costas de Luke. 一 Valeu, Luke!
一 Galera, nem tudo está perdido! - o Patterson diz. Os quatro se teletransportaram para a calçada dessa vez. 一 Essa é nossa segunda chance, vamos atrás da música! - ele sorriu. 一 Quantas boates acham que conseguimos ir até o nascer do sol?
一 A gente não dorme mais? - Lizzie disse, com a voz um pouco manhosa. 一 Mas, dormir era tão bom! - os meninos riram.
一 Se dormimos ou não, acho que essa noite podemos aproveitar. - Luke voltou a dizer. 一 Precisamos ver o que perdemos em vinte e cinco anos. Você não vem, Alex? - ele perguntou ao garoto, que estava um pouco mais atrás.
一 Vão vocês, eu vou até um lugar. - Lizzie disse, e o irmão a olhou confuso. Alex se aproximava deles de volta. 一 Eu vou fazer o que faço de melhor! - ela completou sorrindo, mostrando um caderno de capa preta. Luke sorriu.
一 Vai compor sobre nossa morte? - o garoto debochou, e Lizzie revirou os olhos.
一 Não. - ela respondeu e olhou para baixo. 一 Vou terminar algo que comecei antes. - respondeu, um pouco baixo demais.
一 Tudo bem, a gente se encontra de manhã. - Lizzie assentiu e Luke a abraçou, e logo ela havia se teletransportado dali. 一 Eu já li o começo dessa música, e ela é incrível! - o garoto disse, quando sua irmã já havia saído.
一 Deixe a Lizzie descobrir que você fez isso, que você será um cara morto... outra vez! - Alex disse, e eles três riram.
(...)
Já era, provavelmente, madrugada. Lizzie estava sentada no chão do coreto de um parque abandonado na cidade. Bom, antes era abandonado, agora já estava funcionando como pistas de atletismo, academias ao ar livre e até uma área para piqueniques aos domingos.
Mas, mesmo assim, Lizzie ainda continuava sentindo que aquele era o seu lugar, aonde realmente se sentia bem. Sempre ia para ali quando brigava com seus pais, para lanchar com os meninos, compor com seu irmão, ou até mesmo ficar sozinha. Era seu ponto de paz.
Ao seu lado, havia duas folhas amassadas, as quais eram tentativas falhas de continuar a música que começou anos atrás. Uma música muito importante para ela, onde colocava as palavras e sentimentos que não conseguia dizer para ninguém. Ela suspirou, batendo a caneta no caderno repentinas vezes.
一 Seria mais fácil fazer o ritmo, se eu estivesse com meu violão! - ela murmurou, um pouco irritada. A garota se assustou quando, misteriosamente, o instrumento apareceu em suas mãos. 一 Como...? - Lizzie se questionou, ainda confusa, mas não podia negar que seus pedidos haviam sido atendidos na hora certa. 一 Vamos lá... - suspirou, olhando para a folha aberta do caderno.
Apenas algumas frases, formando apenas uma única estrofe, mas já tinham muitos sentimentos de Lizzie nela. A garota suspirou e começou a dedilhar o violão, pensando no tom perfeito para a música.
Fechando os olhos, em sua mente, ela conseguiu ver que alguns flashes de lembranças começaram a surgir. Lembranças as quais eram o verdadeiro motivo para Lizzie escrever aquela música. Lembranças as quais fizeram a Patterson sorrir.
Ela olhou outra vez para a letra e se concentrou, finalmente achando as notas certas para a música. Lizzie sorriu e anotou tudo no caderno, voltando a mão outra vez para o violão.
Então ela começou a cantar o pouco que tinha de sua música, agora na melodia correta. Quando acabou, sorriu outra vez, orgulhosa de seu trabalho, e ficou com a mão no violão, enquanto pensava no motivo de escrever aquela canção.
一 Uau, isso está incrível mesmo! - Lizzie se assustou, quando viu Reggie sentado ao seu lado.
一 Mas que... - ela fechou rapidamente o caderno e o colocou longe do garoto. 一 O-o que está fazendo aqui?! Desde quando está aqui? - perguntou de uma vez, tentando arrumar um jeito para não olhar o Petters.
一 Bom, estava atrás de você desde o momento que começou a cantar. E só vim para cá, quando você acabou. - Reggie respondeu, sorrindo naturalmente. 一 E vim procurar por você. O dia já está amanhecendo, e iríamos voltar para casa. - ele completou, apoiando as mãos nos joelhos e olhando para frente, para o parque.
一 Como sabia que estaria aqui? - Lizzie perguntou, quase em um sussurro, e pode sentir o olhar do garoto se virar para si.
Reggie soltou um riso anasalado e depois suspirou, voltando a olhar para frente. Lizzie o olhou com o canto dos olhos e também não pode conter um sorriso fraco, antes de também olhar para a sua frente.
O garoto não respondeu, mas Lizzie entendia porque. E, também, ela própria já sabia a resposta para sua pergunta. Aquele lugar era especial, para ambos; e eles sabiam daquilo.
ɴ ᴏ ᴛ ᴀ s ᴅ ᴀ ᴀ ᴜ ᴛ ᴏ ʀ ᴀ
Quem adivinhar a música da Lizzie eu mando um miojo pelo correio 😍🙌🏻
Enfim kKkk espero que tenham gostado do capítulo, e formado várias teorias. Me falem elas, em?
Deixe suas críticas e opiniões construtivas nos comentários, além do voto. Isso me motiva bastante a continuar a escrever a história! 🥰
Até a próxima, ghosts! 👻❤
𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜 🎙
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