
ㅤㅤ ∫ 𝐜𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐲-𝐧𝐢𝐧𝐞 ১
‧₊˚🎸୧⋆. ❛ a despedida. ❜
¡good reading!
Luke e seu grupo estavam outra vez na garagem. Se teletransportaram para ali após o Orpheum, sentindo um misto de sensações.
Estava tudo diferente da última vez que fizeram aquilo, quando Caleb os sequestraram. Naquela vez, os quatros haviam chegado cansados, sem forças por tanto lutar, e caíram no chão por cima uns dos outros. Agora, haviam chegado de forma normal, se sentido muito bem.
Naquela vez, Caleb havia colocado uma roupa apertada e muito formal neles, algo que não fazia o estilo da banda; já nesse show eles puderam ir como sempre se vestiam e gostavam. Naquela vez os quatros acreditavam que fariam a passagem, e não teriam tempo de ver Julie uma última vez; já agora estavam esperando a garota, cientes que finalmente haviam cumprido seu assunto inacabado.
Apenas uma coisa não mudou daquela noite: o grupo sabiam que aquela era a última vez que iriam aparecer naquela garagem.
一 Então... - Reggie suspirou e olhou para seu grupo. 一 Conseguimos?
Sem tempo para respostas, os quatros fantasmas sentiram uma estranha sensação em seus corpos. Olharam para eles, surpresos ao verem a conhecida luz brilhosa começando a surgir em seus pés.
一 Acho que sim. - Luke sorriu mínimo, com algumas lágrimas nos olhos. 一 Iremos mesmos fazer a passagem... é nossa última vez aqui nesse estúdio... na nossa casa. - comentou melancólico, olhando pelo local.
一 A garagem está em boas mãos, vocês sabem disso. - Lizzie diz e os garotos concordam com sorrisos. 一 Eu amo vocês, está bem? Não sei porque de repente quis dizer isso, mas eu disse! - ela deu um sorriso triste, olhando para os três em sua frente.
一 E a gente ama você, baixinha. - Luke respondeu. Ele e os outros, envolveram Lizzie em um abraço, e permaneceram assim por alguns minutos.
Quando se afastaram, resolveram andar e aproveitar a garagem, local onde sempre foi seu refúgio por tantos anos, pelo restante de tempo que tinham. A iluminação branca continuava em seus corpos, e, de forma lenta e imperceptível, subia um pouco mais pelas pernas dos quatro.
(...)
Reggie e Luke estavam sentados no sofá, com seus instrumentos nas mãos e dedilhando as cordas dos mesmos. Alex estava sentado na sua bateria, com o rosto apoiado na mão e olhando para o prato, que ele girava sem empolgação. Lizzie estava no segundo andar, jogada em um puff, enquanto analisava as poucas coisas que haviam por ali.
Não haviam se passado muitos minutos em que o grupo chegará ali, mas permaneceram neles em silêncio. Não precisam, e não tinham o que, conversar naquele momento. Apenas o silêncio confortante bastava.
A Patterson sorria com a caixa de sapato que estava em suas mãos. Haviam fotos de diversos tipos ali, como ela e sua banda, ela sozinha fazendo suas palhaçadas (registros - provavelmente - de Alex), palhaçadas dos garotos, momentos fofos, Reggie e ela dormindo juntos naquele sofá depois de um ensaio (e, outra vez, Alex era o responsável), e outras memórias.
Lizzie sorriu, emocionada, e voltou a revirar a caixa em busca de mais fotografias. Foi quando ouviu a porta da garagem ser aberta. Ela olhou para baixo, enquanto fechava a caixa, e viu o pequeno grupo que entrava ali. A Patterson desceu, deixando a caixa próxima as outras coisas que haviam separado, e se aproximou dos garotos.
一 Gente... - Julie começou, abraçando eles fortemente, com lágrimas escorrendo em seu rosto. 一 Achei que... achei que não daria tempo. Que vocês já teriam ido, ou...
一 A passagem não é feita tão rápida assim... - Luke diz, tocando no rosto da garota, a acalmando. 一 Mas, ela já começou. - completou, olhando ele e seus colegas.
A luz agora tocava a cintura dos garotos. Suas pernas já estavam quase invisíveis, enquanto continuavam a esperar o restante do corpo ficar daquela forma. O que não demoraria muito.
一 Então vocês conseguiram? - Trevor, uma das pessoas que também estava ali, diz se aproximando. 一 Quanto tempo até...? - não foi capaz de completar, mas o grupo entendeu.
一 O tempo para cada pessoa é diferente. - Alex diz um pouco, abaixando a cabeça. O fato de ter perdido Willie ainda o machucava.
一 Então não são hologramas? - Ray Molina perguntou. Os fantasmas se olharam surpresos, finalmente notando a presença do homem ali. Carlos, Flynn e Carrie também estavam. Até mesmo a tia de Julie estava.
一 Não. São fantasmas! - Julie respondeu. 一 Não disse nada, porque achei que acharia que estava enlouquecendo por causa... - e parou, olhando de repente para seu grupo. 一 C-como aquela carta chegou até vocês?
Lizzie sorriu e se aproximou da amiga, tocando seu rosto com as duas mãos. Julie, chorando ainda, fechou os olhos e tombou a cabeça para aproveitar o toque. A Patterson a olhou, sorrindo serena e compreensiva, passando o polegar pela bochecha da mesma.
一 Ela não tinha muito tempo... - começou muito baixo, e Julie entendeu, deixando um soluço escapar. 一 Foi culpa do Caleb, que a prendeu no clube, assim como Willie. Quando o destruímos... - incompletou, mas o final era compreensível. 一 Ela não queria que vocês a vissem daquela forma, porque sabia que abriria uma ferida que custou ser fechada. Mas, Rose sabia que ficaria bem. Por isso nos pediu para passar o recado. - Julie abriu os olhos, encontrando com os de Lizzie. 一 Sua mãe tinha razão, e você sabe disso. Precisa nos deixar ir, mas precisamos saber que vai ficar bem!
一 Eu vou. - Julie sussurrou, com as lágrimas descendo. 一 Vocês, sem mesmo saber, me salvaram. Me ensinaram! Me fizeram perceber que isso aqui, o que vivemos, é o que eu realmente nasci para fazer. - sorriu. 一 Podem ir... em paz! - o grupo sorriu, a abraçando juntos.
一 Bobby... - Luke começou, se aproximando do ex-colega de banda. 一 Não temos ressentimentos. Nenhum. - disse, e entendeu a mão. - o homem sorriu e aceitou, surpreso ao conseguir sentir o amigo.
一 Ei, Flynn! - Lizzie chamou, ainda abraçada com Julie. 一 Ali tem algumas roupas que custumava deixar por aqui... agora são suas. Se quiser, ou não, pode ficar com elas. - sorriu ao ver, mesmo ainda com a expressão da situação no rosto, Flynn se animar um pouco.
一 Obrigada. - agradeceu, sorrindo e voltando a sentir que choraria em qualquer momento.
一 Vão ficar bem, não é? - Julie perguntou. 一 Tipo, depois da passagem? - os quatro se olharam.
一 Esperamos que sim. - Reggie murmurou, e logo outro silêncio caiu sobre a garagem.
一 Já dissemos, sempre vamos estar com você. - Lizzie diz, pegando outra vez a caixa que olhava antes. 一 Sempre pode lembrar da gente. - completou, a entregando para Julie, que abriu e sorriu. 一 Você é nossa banda, Jules. Nossa amiga e também nossa família. - sorriu, já com o rosto molhado. 一 Sempre vamos arrumar um jeito de cuidar de você... - disse, entregando sua paleta - que usava na guitarra - na mão da garota.
一 Sempre estaremos aqui, afinal de contas. - Alex sorriu, também lhe entregando as suas baquetas. Reggie fez o mesmo que a namorada, colocando sua paleta na mão de Julie.
一 Se verem lençóis voando, ou luzes apagando, pode colocar a culpa na gente. - ele brincou, conseguindo arrancar risos fracos da garota e de todos. Luke, o último, se aproximou, olhando sua própria paleta entre os dedos.
一 Vamos nos encontrar algum dia... - sorriu, por fim entregando o objeto para Julie. 一 Vamos dar um jeito de voltar para você. - os dois se abraçaram fortemente.
一 Eu sei disso. - Julie sorriu fraco, olhando para Lizzie e se lembrando de uma conversa que tiveram.
Todos olharam para os fantasmas, surpresos. A luz em seus corpos estava mais forte e agora chegava na altura do peito. Precisavam se despedir agora, tinham pouco tempo.
一 Meu caderno de composições é seu. - Luke sussurrou para Julie. 一 Sabe o que fazer com as músicas que ainda não foram gravadas. - sorriu e a garota correspondeu.
一 Ei... - eles olharam para Trevor, que já estava outra vez ao lado da filha. 一 Obrigado. - ele agradeceu e o grupo sorriu. Não havia necessidade de saber o porquê daquilo, mas aceitaram.
一 Se cuida, vegetariano. - Lizzie brincou, sorrindo junto ao homem. Ela se virou para a amiga em sua frente.
一 Obrigada por virem até mim. - a Molina disse. 一 Esses meses foram os melhores da minha vida. O tempo que passamos juntos... eu não vou esquecer! - sorriu e então os cinco se abraçaram outra vez. 一 Eu amo vocês, pessoal. - sussurrou.
一 Nós também te amamos, Jules. - os quatro responderam juntos, apertando a garota em seus braços.
A luz branca se intensificou ainda mais, fazendo os outros que estavam na porta da garagem, terem que cerrar um pouco os olhos. Os fantasmas, enquanto ainda estavam abraçados com Julie, sumiram junto com a luz, deixando a mesma sozinha no meio da garagem.
A Molina tinha ciência de que eles não estavam mais ali, mas mesmo assim não saiu do lugar. Apenas abaixou os braços, apertando os objetos que estavam em suas mãos contra o peito, e chorou ainda mais dolorido.
Flynn e Carrie trocaram um olhar cúmplice e, aos poucos, se aproximaram da amiga. Em silêncio, as duas envolveram Julie em um abraço, que continuou chorando no mesmo, com a cabeça deitada no ombro da primeira.
Mesmo assim, com os olhos fechados, naquele abraço, e sentindo as lágrimas caírem, ela se permitiu sorrir. Seus amigos haviam partido, mas fizeram isso em paz. Eles estavam em um lugar melhor agora, e Julie estava feliz por eles.
E ali, bem na frente das três garotas abraçadas, quatro figuras sorriram com a cena, enquanto trocavam olhares cheios de lágrimas.
ɴ ᴏ ᴛ ᴀ s ᴅ ᴀ ᴀ ᴜ ᴛ ᴏ ʀ ᴀ
Oioi, como estão? Espero que bem!
Espero que estejam curtindo a história, e ansiosos pelos próximos capítulos. E aí, o que acham que vai acontecer?
Não esqueçam de deixar seus votos e comentários no final do capítulo, isso ajuda muito para o crescimento da história.
off: eu chorei escrevendo esse capítulo 🤡
Até o próximo capítulo, ghosts! 👻❤
𝐟𝐞𝐞𝐥 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜 🎙
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