¡ 𝗘𝗽𝗶́𝗹𝗼𝗴𝗼 !
N A R R A D O R A
Dez anos depois...
Noah andava pela ponte de New York com uma das mãos no bolso e a outra com três rosas brancas.
Andava pela ponte até parar no meio dela e olhar para a água logo abaixo e seu olhar logo focava no céu.
— Quando eu tinha dez anos, prometi que voltaria para New York quando eu estivesse feliz com o que eu conquistei. Essa foi a promessa que eu fiz quando vim aqui no Natal no final do ano para visitar a cidade. — fala olhando para as flores. — Cai estou eu aqui pai... E mãe. — sorri. — Um homem bem sucedido, sendo um dos melhores jogadores de futebol americano do país. — sorri e respira fundo. — Mãe provavelmente deve estar orgulhosa, como você dizia pai... Ela estaria feliz com qualquer coisa que eu fizesse que me deixasse feliz.
Umedece os lábios.
— Eu espero que você esteja orgulhoso de mim também pai, de onde você estiver. Estou feliz com o que eu conquistei e pode ficar tranquilo que sempre estou dando uma olhada na Urrea's Plane para ver se Zach está cuidando do jeito que você queria, e pode apostar que está.
Da um breve sorriso que logo desaparece.
— Coincidentemente, o aniversário da mãe caiu bem no dia em que estaríamos em New York. Essa ponte é onde liga um ponto da cidade com o outro, e imaginei que poderia ser você e o pai, mãe. Separados por muito tempo, e agora estão ligados já que... Ele morreu.
Esse assunto para Noah ficou mais fácil de falar conforme os anos, mas sempre se arrepende de suas últimas palavras a Marco... " Você falhou como pai, e eu te odeio por isso."
— Rosas brancas são especiais e sei que ambos de vocês gostam. Trouxe elas por uma razão que vocês já vão entender.
As pessoas que passam de carro, devem achar que Noah estava conversando sozinho... Mas não estava, de alguma forma precisava contar aos pais o que houve nesses dez anos. Agora com trinta e quatro anos, Noah mudou para melhor.
— Vou começar por Jordan, sei que a mãe tinha o sonho de ter uma filha e o pai tratava minha melhor amiga como uma... Ela está casada com Easton agora, o nascimento de Caleb de alguma forma uniu eles novamente. É um bebê muito amado mas que deixou todos loucos antes de nascer. — ri. — Jordan está estudando moda, sendo uma estilista pelo país e Easton um advogado muito qualificado.
Noah não pode deixar de sorrir ao lembrar da mãe de Jordan.
— Marta está aposentada agora, os anos passam e infelizmente ela vai envelhecendo e ficando mais frágil. — reprime os lábios. — Não estou preparado para perder ela, mas não quero pensar nisso. Marta não mudou nada, continua carinhosa, sendo minha segunda mãe, amando seu neto, fazendo bolos de chocolates maravilhosos... Ela continua sendo ela e por isso a amo.
Nesse momento, Noah imaginou Marta sentada em seu sofá comentando sobre a novela que assistira.
— Joah e Heyoon nesse exato momento, estão em lua de mel em Cancún. Sei que gostava dos meus amigos pai, principalmente de Hina, que está namorando com Shori no Japão. Sou muito sortudo por te- los como amigos.
Ao falar em amigos lembrou de Any e Sabina, que de alguma forma ou de outra, acabou que viraram suas amigas também. Any compondo músicas e fazendo videoclipes que estão chegando em diversas gravadoras e Sabina, que está sendo modelo de passarela, muito bem reconhecida.
Parou para pensar um pouco em mais pessoas que deveria falar.
— Acho que chegou a hora de contar a minha vida agora. Bom, sou um jogador da National Football League e sou bem comentado pelos espectadores, e não querendo ser exibido nem nada, mas sou um jogador muito bom e muito bem sucedido. Espero que depois desses anos todos, você tenha orgulho da minha carreira pai.
Olha para as flores e respira fundo.
— Eu não poderia estar mais feliz com a minha carreira e principalmente, com a minha vida. Primeiro que é a carreira dos meus sonhos é aquela que eu acordo e penso "caralho, eu estou realmente fazendo o que eu quero". E minha vida está ótima, e sei que tenho grandes motivos para ela estar assim.
O sorriso de Noah ficou estampado em seu rosto assim que pensou nos motivos.
— É pai, encontrei a mulher certa... A mulher da minha vida. Me tornei uma pessoa melhor com ela, que não desistiu nunca de mim... Assim como eu não desistiria dela. Porra, em hipótese alguma eu desistiria. Eu a amo tanto que não posso ver minha vida sem ela junto comigo. Sim, é sobre Sina Maria Deinert Urrea de quem eu estou falando.
Os olhos de Noah brilharam ao falar da esposa.
— Eu nem sei descrever direito, só sei que ela é minha vida. Casar com ela foi uma das melhores escolhas que eu já fiz. Ter a oportunidade de chamá-la de Deinert Urrea, ter o meu sobrenome no nome dela... É incrível! Então além de eu ter uma carreira que eu ame, tenho uma esposa ao meu lado sempre... Pode passar quantos anos, mas sempre iremos nos amar da mesma intensidade de quando nos vimos pela primeira vez embarcando para a Alemanha. Ninguém imaginaria que estaríamos aqui agora.
Noah ajeitou com os dedos os cabelos que o vento embaraçou e continuou:
— Sina está sendo pediatra, trabalha muito bem e é totalmente independente de mim. Tem seu próprio dinheiro, que não é pouco por sinal, por estar na área da medicina. Temos uma casa incrível que acompanhamos cada detalhe de sua construção para ficar do jeito que queríamos, nossa casa. — suspirou feliz. — E tem um longo e grande quintal para as crianças brincarem.
Ao Noah falar isso, sentiu um frio na barriga. Essa sensação boa que tinha, o orgulho de estar onde chegou agora era... Surreal.
— Sim, foi isso mesmo que vocês ouviram... As crianças. Vocês são avós! De duas crianças incríveis, eu tenho um amor por elas que não cabe no peito. A mais velha é Ella, tem quatro anos e é a minha cara. — sorri ao lembrar da filha. — E tem Dean, está com meses de vida ainda... Mas daqui a pouco vai fazer um ano, e tenho que admitir que ele puxou mais a Sina. — ri lembrando do menor de cabelos loiros e olhos azuis. — É um amor que eu nunca imaginei que eu fosse capaz de ter, quando minha esposa me contou que estava grávida eu a amei cem vezes mais e logo amei alguém que nem tinha conhecido ainda.
Noah falou e começou a relembrar quando Sina o avisou que estava grávida da primeira filha.
— Eu estou tão realizado que nem posso descrever o quão grato sou por tudo isso. Agora meu peito se enche de felicidade e de orgulho toda vez que falo "minha família. Eu tenho minha própria família! É insano e amo isso. Amo ser pai. Amo ser marido. Amo ser um jogador de futebol americano. Amo tudo o que eu conquistei e o que eu tenho.
A respiração de Noah fica ofegante ao falar sem parar as últimas palavras.
— Tenho três coisas para falar agora. A primeira é que cumpri minha promessa de quando tinha dez anos, de vir até New York novamente para falar sobre todas as minhas conquistas. A segunda é que de onde você estiverem, eu sempre vou amar vocês... Wendy e Marco Urrea, ou mãe e pai. E a terceira é que essa flores vão ser jogadas na água aqui embaixo da ponte, como se eu pudesse entregar para vocês de alguma forma, tem uma flor para a mãe e outra para o pai... E a terceira flor, vai me representar. Ao eu jogá-las na água, vão flutuar por ela e seguir um fluxo que não sabemos qual vai ser. Essa terceira flor é uma representação da minha vida, não decidi nada do que eu tenho hoje, as coisas só fluíram como essa rosa branca ao flutuar na água e seguir um caminho sem ter certeza do que vai acontecer.
Noah joga cada rosa branca, uma de cada vez. A primeira foi da mãe, que seguiu o fluxo da água, a próxima foi a do pai e a outra foi a de Noah.
Ele viu a sua rosa branca seguir um certo caminho, como sua vida que seguiu um caminho que não foi intensionado mas preciso. E foi a melhor coisa que aconteceu com o Noah.
Continuou a ver as flores até perdê-las de vista e respirou fundo o ar de New York e fechou os olhos.
— Papai! — reconhecia bem a voz que o chamava.
Abriu os olhos e se virou vendo Ella correr em sua direção sorrindo.
Noah se agachou no chão e tomou a filha nos braços a segurando no colo e abraçando a mesma, que logo envolveu a cintura do pai com as pernas e apoiou as pequenas mãozinhas no ombro dele.
Os olhos verdes dele brilharam ao ver sua esposa. Sina Maria Deinert Urrea.
A mesma caminhava devagar até Noah, por estar com o pequeno Dean que estava envolvido com a manta e dormia tranquilamente no colo da mãe.
Sina a cada ano que passava ficava mais bonita. Seus cabelos loiros estavam maiores, seus olhos azuis com um brilho neles que não se apagava, seu sorriso contagiante e seu coração enorme que ensinava aos filhos a terem, serem dóceis e gentis com os outros.
Noah andou até a esposa com Ella no colo, como se precisasse de ar para respirar. E Sina era o seu ar, com uma das mãos ele segurou o rosto da esposa, com a mesma mão que estava a aliança de casamento, e puxou ela para um beijo. Suspirou ao sentir os lábios dela nos dele, um selinho demorado que pareceu durar anos.
A atenção do Noah foi logo para o seu filho que estava no colo de Sina, acariciou levemente as bochechas do pequeno que dormia angelicalmente. Os cabelos dourados começando a crescer mais e mais e lembrando muito pela a aparência de quando Sina era mais nova.
— New York é incrível! — elogia a esposa e Ella concordou.
— Quero voltar aqui mais vezes... Quando Dean estiver grande, e ele vai poder se lembrar melhor. — falou a filha e Sina sorriu.
Noah apreciava a família que tinha.
A sua família.
E daria a vida se fosse para ver sua família bem.
— Eu prometo, Ella. Iremos voltar aqui sempre que pudermos.
— Pinky Promise, papai? — estendeu o mindinho.
Noah e Sina se olharam e sorriram ao ver que a filha tinha aprendido o que os pais tinham ensinado.
— Pinky Promise. — apertou suavemente o mindinho da filha com o seu e deixou um beijo em sua bochecha.
Sina olhava a cena encantada e sentia vontade de chorar toda vez que lembrava toda a sua trajetória para agora... Estar mais feliz do que nunca e com tudo conquistado e feito com o mérito próprio.
— Eu amo vocês três. — Noah comentou.
— Nós te amamos também.
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