S I N A D E I N E R T

Demora alguns segundos para minha mente processar tudo.

Demora para processar o fato de que eu pensava que iria brigar com Noah, noite passada... Mas fizemos amor, sexo, foda... Como você quiser chamar.

Ele tinha razão. Tenho que parar de pensar demais, parece que minha cabeça vai explodir... Mas o fato é que tenho medo.

Medo do desconhecido.

Quando pousarmos em Los Angeles, vamos encarar realidades totalmente diferentes! Eu vivia em meu apartamento, no qual me esforçava para pagar o aluguel e Marco me deu uma boa quantidade de salário e com o que eu venho juntando, pode ser o suficiente para trazer minha família para morar comigo.

Eu estou fazendo isso por minha mãe e minhas irmãs, um futuro melhor para elas... Mas lembrei de um importante fato, que não cabe a mim fazer com que elas se mudem e a rotina da vida delas mude totalmente... Capaz de eu estar fazendo isso, abrindo mão do que eu quero para ajudar elas sendo que no final, elas vão querer ficar em Karlsruhe com o imbecil do Adam.

Eu não sei o que seria de mim quando chegasse em Los Angeles. Continuaria sendo intérprete para as pessoas? Óbvio que não era isso que eu queria, aceitei isso porque no momento estou precisando... Mas não vou levar para a vida.

Estaria desempregada e procurando um emprego o mais rápido possível, igual era antes.

Essa viagem para Berlim, parece que pausou minha vida por um momento... Por um mês e seis dias... Agora só restava dois dias para tudo voltar ao normal.

Noah conversou comigo noite passada depois de algumas horas, fazendo sexo. Mas ele não encarava a realidade? Digo... Será que ele, vai estar disposto a abrir mão de certas coisas por mim? Boates, transar com todas, ter uma vida de luxo na qual não estou acostumada e muitas outras coisas...

Acho que ele tem razão no fato de... Estou pensando demais.

Meus pensamentos são interrompidos quando sinto beijos em meu pescoço. Me distraio por um momento.

— Já acordada, Sininho? — sua voz rouca me faz arrepiar.

Ele me puxa para mais perto pela cintura. Seus dedos acariciam meus cabelos e Noah descansa o rosto em meu peito.

Ficamos assim por alguns minutos até eu, sair da cama puxando a coberta junto comigo.

Pego minhas roupas no chão e as visto, dou um selinho no Noah e falo:

— Te vejo no café da manhã? — pergunto e ele assente sorrindo.

Saio de seu quarto e entro no meu. Tomo um banho rápido e coloco um moletom.

Deixo algumas coisas arrumadas, já que voltaria para Los Angeles em breve.

Esperando o elevador, eu lembro da noite anterior... Um sorriso bobo surge em meus lábios, droga! Estou apaixonada por Noah.

Foi incrível... Minha única experiência sexual foi com Marcel, o único namorado que eu tive mais ele foi para Dallas, no Texas, por causa de sua faculdade e terminamos o namoro. Ele tirou minha virgindade e transamos algumas vezes. A outra vez foi com um funcionário da cafeteria em Los Angeles, Nicky... Foi rápido no banheiro da cafeteria... Não me orgulho tanto disso, mas foi muito bom e logo vem minha noite com Noah, que foi melhor ainda.

— Guten Morgen... — uma funcionária com cabelos pretos diz para mim e pude olhar pelo seu crachá que seu nome é Jeky.

— Guten Morgen... — respondo seu "bom dia".

Ela passa por mim e entra no quarto do Noah. Estranho o ato, geralmente batiam na porta ou os hóspedes deixavam um "não perturbe" na porta, para não entrarem.

O elevador abre e penso um pouco sobre o que eu faria. Não quero parecer a louca ciumenta, só vou passar na frente do quarto.

Assim faço.

— Sai do meu quarto! Uma noite não faz ninguém se apaixonar, por favor sai! — ouvia a voz de Noah.

Ele falava inglês com ela.

Uma noite?

Ah claro. Como eu fui burra, como eu achei que ele poderia ficar alguns dias sem sexo sendo que há várias alemãs rondando ele?

Jeky falava que queria de novo em inglês e ouço Noah bufar. Eu abro um pouco a porta deixando apenas uma fresta para que eu consiga ver o que acontecia.

Meu namorado agora, estava vestindo uma calça moletom e uma regata branca e uma toalha em volta do pescoço, ele acabou de tomar banho provavelmente, Jeky estava só de sutiã.

— Por favor, sai! — pega em seus ombros. — Eu não quero... — fala sem paciência.

Hora de entrar em ação, Sina.

Abro a porta sorrindo e Noah arregala os olhos.

— Meine Liebe wird zu spät zum Kaffee sein ... oh nicht, dass Sie Ihr Frühstück wollen, egal ob Sie, Ihre Freundin.

Deixo um selinho nele e ele pega em minha cintura.

— O que você disse? Não é o que está pensando eu...

— Freundin? — Jeky repete e eu assinto.

Falei que eu era a namorada de Noah, mando Jeky embora em um grito. Ao ela sair pela porta, deixo um suspiro escapar.

— Quer traduzir o que disse? Não é o que está pensando, eu juro...

— Você transou com Jeky e não pensou em me contar?

— Por que eu contaria? Não significou nada, nós nem estávamos juntos! E se ajuda, eu gemi seu nome na hora porque, não te tirava da cabeça. — fala.

Noah vem até mim e segura meu rosto.

— Não sou o mesmo babaca que transou com ela...

— Eu não tenho o direito de estar brava, apenas incomodada. Nós nem estávamos juntos ainda, então... Não estou brava. E eu apenas disse que eu sou sua namorada.
— logo que termino sinto lábios serem selados aos meus.

— A frase estava muito grande para ser apenas, " eu sou a namorada dele". — minha bochechas coram ao lembrar o que eu disse.

— "Meu amor, vai se atrasar para o café... Ah não ser que queira que seu café da manhã, seja eu, sua namorada." — traduzo o que eu disse e ele gargalha.

— Oh meu Deus, Sina Deinert. — me abraça de lado. — Adoraria que você fosse meu café da manhã... — sussurra em meu ouvido.

— Tarado! — rio.

Agora finalmente, andamos até o restaurante do hotel. Noah mexia no celular enquanto comíamos. Chuto sua canela embaixo da mesa e o repreendo com um olhar, ele logo guarda no bolso e fala:

— Estava falando com meu pai. Parece que as empresas com qual nós tivemos reunião, estão entrando em contato com a empresa do meu pai, ou seja, tudo está dando certo. — sorri e come um pedaço do seu bacon.

Uma coisa que eu sentiria falta, seria a comida alemã do hotel... E ainda por cima de graça! Ou melhor, Marco pagou e a comida veio inclusa no pacote.

Terminamos de comer e eu e Noah combinamos que hoje iríamos andar de bicicleta pela cidade. Subimos até os nossos respectivos quartos e nos arrumamos.

Sorria ao ver meu cabelo, estava adorando ele curto. Pego minha mochila pequena onde guardaria algumas coisas e Noah, estava me esperando na porta do meu quarto.

Meu coração batia rápido cada vez que eu o via, sintomas de paixonite. Ele ficava bonito a cada dia.

Chegamos a porta do elevador. Noah eleva o olhar e fita meus olhos. Esse seu olhar parece crescer e se aprofundar quando me olha. O elevador chega e entramos. As portas se fecham lentamente. Estamos só nós dois em um metro quadrado que parece refletir meu louco desejo de agarrá-lo... Esse desejo pode ser feito.

Selo nossos lábios com urgência. Ele se atira para cima de mim, empurrando-me contra a parede do elevador. Quando me dou conta, uma das mãos dele já está apertando com força minhas mãos acima da minha cabeça. Puta merda. Sua outra mão agarra meu cabelo e o puxa para baixo, deixando –me com o rosto virado para cima, e seus lábios colam nos meus. Não é exatamente doloroso. Solto um gemido em sua boca, proporcionando uma abertura para sua língua. Ele aproveita inteiramente o espaço, a língua explorando habilmente a minha boca. Nunca fui beijada assim.

Noah se afasta um pouco e aperta um botão do elevador, ele treme um pouco e logo para.

— Que merda você...

— Um jeito de aproveitarmos, parei o elevador por alguns minutos e as câmeras dele não vão funcionar então... Fale menos. — segura meu rosto e sua língua procura a minha com fúria e desejo.

Arfo contra sua boca e seus beijos descem até meu pescoço. Caralho...

Suas mãos agora estão embaixo da minha blusa e apertam meu seio direto. Sinto sua ereção contra minha coxa e eu puxo seu lábio inferior.

Empurro ele com um sorri vitorioso e aperto o mesmo botão que ele apertou, para o elevador continuar a descer.

Noah resmunga e eu rio.

— Terminamos a noite, docinho... — as portas se abrem e eu saio.

Sim, minha intimidade estava pulsando por um contato com ele... Mas não vou dar esse gostinho.

Rio ao ver que meu namorado tirou seu casaco e colocou em sua parte íntima, para ninguém ver seu membro ereto.

Ao passarmos pela recepção, a recepcionista nos chama.

— É... Sina? — Noah me chama e eu me viro para ele. — Vou atender uma ligação lá fora, depois vai lá. — beija minha bochecha e sai andando.

A moça começa a falar sobre o serviço de quarto e me avisou sobre o horário em que vamos ter que ir embora do hotel, no caso, o horário que o Marco combinou.

Sairemos antes do almoço então, anoto mentalmente que teria que organizar tudo. Agradeço ela e caminho até o lado de fora, onde Noah estava.

Percebi de longe que o mesmo conversava no telefone. Me aproximo um pouco mais,não querendo atrapalhar a ligação, e sinto como se tudo tivesse desabado.

— Sina só foi mais uma vadia. Igual as que eu levo sexta noite para casa, para me satisfazer de todas as formas. — da um risada — Uma noite que não significou nada, igual todas as outras que eu tive. Porque ela é assim, igual todas as outras que abrem as pernas esperando meu pau invadir a bucetinha. Sou Noah Jabob Urrea, não me apaixono, apenas fodo todas. Estou acostumado com vaginas para mim.

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Continua...

Tava tudo bom demais, let's cry.

Mood para esse cap: 🤡🤡🤡🤡

Votem muito e não esqueçam de comentar para me motivar a escrever mais 💗

Minha vida se resume a
ilusões KKKK

Hasta Luego✨
-juh