༶༝☆༝༶ nine
S I N A D E I N E R T
Oito dias depois...
O tempo estava passando rápido. Antes eu falaria que isso era bom, mas agora... É até que ruim.
Noah virou meu amigo. Se provou ser alguém que eu nem ao menos pensava que existia.
Estávamos próximos. Ria das suas tentativas de falar em alemão, sorria ao ele cantar e ficava brava ao ele me chamar de " Sininho".
Nós demos bem de um jeito tão... Aleatório. Acho que essa é a palavra. Se ele não agisse igual um babaca, talvez não seríamos amigos agora.
Ele se abriu comigo, confia em mim e eu admiro isso. Eu ainda não cheguei a esse ponto... Qual é? Não é fácil para mim, mesmo sendo amigos Noah continua sendo um babaca querendo sexo.
Não vou mentir, ele é bonito, ninguém pode negar. Penso o que aconteceria se eu aceitasse transar com ele, nem quero pensar sobre.
As reuniões estavam indo bem, os sócios adoravam Noah e seu pai ficaria orgulhoso.
Saia do meu quarto e hoje, iríamos passear por Berlim. Não tivemos uma reunião e dormimos até tarde, mandei uma mensagem para o Noah falando que eu estava o esperando.
Ontem depois de eu tomar banho minutos antes, Noah pediu meu número e eu dei. Fiquei conversando com ele mesmo estando a certos passos de distância do quarto dele.
Ligava sempre para minha mãe, queria saber das novidades e as mesmas nunca eram muito boas. Eu estava disposta a ajudar minha família, mas eles insistiam em confiar no Adam.
Ganharia mais salário só no fim do mês, precisava que minha mãe aguentasse até lá.
— Sorria! — diz Noah, após tirar uma foto minha.
Ele olha para ela e sorri. Ele tinha comprado uma câmera cannon e agora estava amando ela.
— Está linda... — diz me olhando e eu reviro os olhos.
— É, com certeza. Todo mundo fica lindo com uma foto tirada do nada. — falo rindo. — Espero que você esconda muito bem ela, devo ter saído horrível.
— Pare de falar sobre coisas impossíveis. — pega minha mão me fazendo caminhar ao seu lado.
Ele coloca sua câmera no pescoço e caminhamos até o lado de fora do hotel. Noah não sabia mas esses dias eu não estava conseguindo dormir, e eu colocava uma roupa de banho e nadava na piscina do hotel a noite. Me relaxava e me fazia ficar pronta para o dia seguinte.
— Eu dirijo, Sininho. — diz e pega a chave do carro alugado, ou melhor tenta.
— Não vai não. — falo me desviando dela.
Fecho minha mão onde dentro estava a chave, Noah vem atrás de mim e agarra minha cintura me virando para a frente. Meu coração palpita rápido ao nossos corpos ficarem colocados. Isso acontecia quando Noah chegava perto de mim, muito perto, e eu nem quero saber o motivo. Meu sorriso desaparecia, seus dedos navegam por meus braços até chegar em minhas mãos, mas seu olhar não se desvia do meu, sua íris verdes me atraem de uma forma que eu não consigo desviar.
Ele umedece os lábios e sorri.
— Eu dirijo. — mexe as chaves na minha frente e eu nem tinha percebido como ele havia pegado.
Eu me afasto dele e entro no carro enquanto ele senta no banco de motorista.
Eu falava um dos pontos turísticos que iremos visitar hoje e mostrava o mapa para Noah. Cantávamos ao som de Shawn Mendes.
Fechava os olhos para aproveitar a brisa e meu corpo é jogado para frente quando Noah freia com tudo.
— Porra! O que foi? — me viro brava para ele.
— Tem uma boate perto do hotel, você não pensou em me contar? — aponta para a minha janela onde estava o lugar que o Noah mais gostava.
— Você acha que eu lembrei? O que tem de tão importante?
Ele não responde. Fica olhando o lugar e eu cruzo os braços.
— Depois de irmos para... Sei lá como pronuncia, vamos voltar para o hotel tomamos banho e vamos para a boate a noite.
— Quem disse que eu vou? — ergo uma sobrancelha.
— Por favor Sina, não vai ter graça se você não ir. Vai ser a minha companhia, por favor... Eu nunca estive em boate alemã antes.
Eu não estava acostumada a ir em boates, eu diria "não" mas, acho que quero testar algo diferente e lembro de Any me mandando mensagens falando para eu aproveitar a viagem. Suspiro e falo:
— Tudo bem. — fecho os olhos com força não querendo me arrepender do que eu disse.
— Obrigado! — beija a minha bochecha.
Volta a dirigir com o carro e percebo ele segurar o volante com força. Eu cruzo minhas pernas fazendo com que o shorts preto subisse um pouco.
[...]
Estava rindo, saímos da Topografia do Terror e Noah conseguiu se envolver em uma briga com uma casada.
— Você viu a cara dela? Me lembra de nunca mais derrubar um refrigerante em uma alemã, foi de sem querer! Ela não entendeu essa parte? — se questionava e voltávamos para o carro.
Era boa a companhia de Noah. Me fazia bem.
Ele dirigia de volta para o hotel e o caminho inteiro conversamos sobre i que aconteceu hoje.
Nesses últimos dias eu ignorava o fato de Noah me encarar, eu o pegava me olhando... Uma parte de mim gostava, mas eu me alertava que isso seria um problema.
— Como são as boates alemãs? — pergunta.
— Ah claro, como se eu soubesse como é. — dou uma leve risada.
— Você já morou na Alemanha, co-como você...
— Não vou muito em festas ou boates lembra? Prefiro ficar em casa.
E outro fator também, era porque eu detestava os olhares das pessoas em mim. Any vivia dizendo que eu sou atraente e eu era a única pessoa que não enxerga isso.
Espero não me arrepender.
— Não se atrase! — alerta Noah ao chegarmos ao hotel.
Entro no elevador e pego meu celular, ligo para minha mãe.
— Oi mãe... — começava e Noah me olhava e sua expressão era confusa, já que eu falava em alemão com minha mãe obviamente.
— Oi filha... Como você está?
—Bem mãe, está parecendo cansada... -comento e ouço seu suspiro.
— Estou cansada. Podemos perder o bar por causa das dívidas de Adam. Vou pedir empréstimo no banco e vou ver o que acontece. Como estão as coisas em Berlim, Sina?
Quando eu ia responder ouço vozes no fundo da ligação.
— É você Sina? Te achei! Pode fugir o quanto quiser, eu vou te achar e você vau pagar por tudo o que você fez! Eu quase morri por sua causa e...
Era Adam. Meu padrasto.
Ouvir a voz dele de novo me dava arrepios , mordia o lábio inferior ignorando o grande nó na garganta que se formou. Desligo rapidamente a ligação.
— Si... O que houve? — Noah toca em meu ombro e o elevador se abre e saímos dele.
— Nada. — falo e entro no meu quarto fechando a porta.
Noah não precisava saber dos meus problemas. Sempre fui assim, gostava de ser independente. Não era de falar meus problemas para as pessoas e esperar um conselho fajuto. Gosto de resolver sozinha.
Coloco meu celular no carregador e entro no banheiro e dou um gemido frustado ao saber que eu não iria usar a banheira hoje, eu ia querer passar a noite inteira nela, até minha pele enrugar e hoje não poderia me atrasar.
Me despido e entro na água quente e fecho os olhos. Depois do banho me enxugo com a toalha e passo um creme corporal pelo meu corpo me sentindo mais relaxada.
Enrolo a toalha em meu corpo e vou até minha mala a procura de alguma roupa para boate.
Argh!
Continuo a procurar e lembro o dia em que eu estava fazendo a mala, Any me ajudou, e sempre ela escolhe minhas roupas para lugares agitados e espero que ela tenha colocado algo diferente.
Acho que vou ter que agradecer Any pelo resto da vida, ela colocou um vestido lindo para o ocasião. Meio curto, mas era bom.
Ao colocá-lo sorrio satisfeita olhando para o espelho. Minhas pernas ficaram bem expostas, o vestido marcou bem as minhas curvas e deu volume aos meus seios e... Eu estava gostosa. Coloquei um salto prata fino e um colar que minha mãe me deu que eu sempre usava comigo.
Faço uma maquiagem leve, não sabia fazer muita coisa então só escondia minhas olheiras com o corretivo, passava um marrom claro esfumando um pouco para dar um acabamento para o olho, passou uma máscara de cílios, iluminador, um pouco de blush e o meu favorito, gloss.
Estava pronta!
Mando uma mensagem para Noah o avisando que eu estaria o esperando em frente a porta do quarto. Pego minha bolsa colocando meu celular e a chave do quarto e espero ele.
Batuco meus pés no chão começando a me arrepender de ter concordado em ir em uma boate saindo e estar saindo da minha zona de conforto.
Ouço um assobio e quando eu ia xingar quem fez isso meu coração palpita rápido.
Noah estava andando pelo corredor até chegar a mim. Ele estava lindo... Sua calça jeans preta justa, sua camisa social com três botões abertos deixando sua pele um pouco exposta, o mesmo usava uma corrente no pescoço e seu brinco prata de sempre. Estava com cachos em seu cabelo o que deixava-o mais sexy...
Pare de pensar nisso, Sina!
— Uou... Sina você está, incrível! Tipo, muito gata mesmo. — diz e eu coro.
Seu olhar percorre todo meu corpo, cada parte... Me aproximo dele e sorrio.
— Você também não está nada mal, Urrea. Só espero que eu não me arrependa... — comento e ele começa a andar para sairmos do hotel.
— Prometo que não vai. Vai ser bom para você testar coisas novas.
— Espero que sim. — digo baixo.
[...]
A música estava alta. Muitas pessoas amontoadas e, com certeza, bêbadas. Noah ao perceber que eu não reagi bem, segura em minha cintura e me puxa para perto, isso incrivelmente, me relaxou.
Ficamos em um canto e eu olho o lugar que vendia bebidas, era daquilo que eu precisava.
— Vou pegar algumas bebidas, quer alguma? — pergunto e ele assente. — Não sai daqui!
Tento passar pela multidão e finalmente avisto um barman disposto para me atender.
Faço uma careta ao ter certeza que ele não era alemão, nem fudendo que era.
— Sie können auf Englisch sprechen? Mach es mir einfach...
Não falei?
Ele perguntou se eu falava em inglês, facilitava para ele.
— Para a sua sorte, eu falo. — dou um sorriso. — Uma tequila e algo que me faça esquecer meus problemas por algumas horas.
— Sei exatamente do que precisa. — o barman sorri para mim.
Seus traços são marcantes. Cabelos pretos, pele clara, olhos puxados, em seu pulso pude perceber uma tatuagem de um "K" com uma coroa em cima. Suas correntes davam um charme e principalmente seu jeito de andar.
— Aqui está. — me entrega as bebidas alcoólicas e eu dou o dinheiro.
Dou um gole de uma vez e sinto a bebida queimar a minha garganta, de um jeito bom.
— Vai com calma aí, princesa. A propósito, sou Krystian. — estende a mão e eu a aperto.
— Sina.
Penso que é melhor chamar Noah para vir aqui, e por isso aceno para ele fazendo um gesto que ele entenderia que era para vir até mim.
— Seu namorado? — pergunta Krystian e eu me engasgo com a bebida.
— Não, longe disso. Somos apenas amigos. — deixo bem claro.
— O jeito que ele estava te olhando dizia exatamente "quero te foder e ser seu namorado". Os olhos... Eles nunca mentem.
Noah estava me olhando?
— Acredite em mim, ele não o do tipo que tem um relacionamento com alguém. É apenas um babaca viciado em sexo.
E falando nele, Noah aparece no meu lado e sinto um frio na barriga. Entrego a bebida dele e termino a minha.
— Mais uma Krystian.
Noah me olhava atentamente.
— Gostou de alguma alemã? Posso te arranjar uma.
— A que eu quero não me da bola. — fala olhando para mim e umedece os lábios.
— Deve ter namorado então, para não querer você. Na pista de dança tem várias outras.
Noah suspira e chega mais perto de mim. Penso na ligação com a minha mãe. Merda. Eu vim para em divertir mas não esqueço o fato da minha família estar na pior.
Eu alertei eles.
Está na hora de eu fazer algo por mim e não pelos outros. Apresentei Krystian ao Noah e eles estavam conversando, eu estava distraída bebendo. Muito. Muito mesmo.
Sei que me arrependeria com a ressaca amanhã, mas foda-se. Iria esquecer tudo por uma noite.
Era viciante tomar a bebida. Me sentia cada vez menos sóbria e Noah me olhava preocupado.
Tomava um.
Mais um.
E mais um.
Pedia ao Krystian mais dois.
E quando ia tomar o terceiro Noah me para.
— Sina chega, está abusando. —pega o copo da minha mão.
Me levanto e grito para ele:
— VOCÊ NÃO É MEU PAI! — e logo começava a rir. — Meu pai nem sabe que eu existo. Já te contei que ele era chefe da minha mãe, que era secretária e eles transavam toda hora e por um erro me tiveram? Foi assim que eu vim ao mundo! — rio.
Definitivamente estou bêbada.
Vou para a pista de dança cambaleando um pouco e sinto meu corpo se mover juntos com a música. Fazia movimentos sensuais e sorria. Sentia algumas pessoas tocarem em meu corpo e as vezes dançarem comigo, alguns elogiando, alguns falando o quanto eu danço bem, meninas com inveja de mim...
Passava a mão pelo meu corpo e chegava aos meus cabelos o levantando e depois o soltando. Me virava e olhava para quem eu queria e que com certeza, não teria coragem de fazer sóbria.
....................................................
Continua...
King Krys na área 🤧
Votem muito e não esqueçam de comentar para me motivar a escrever mais 💗
Sina bêbada, risos 😏
Look da nossa Sininho:
Hasta Luego✨
-juh
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