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𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐎 - 𝐃𝐑𝐄𝐀𝐌𝐒

NORTH DENVER
1978

PESADELOS, o momento aonde sua mente transforma tudo em realidade mental, aonde todo pensamento sombrio e perturbador ganha forma. O meu pensamento sombrio e perturbador dessa vez, era uma pessoa.

Eu nunca tinha pensado em Albert Shaw de outra forma que não fosse um homem solitário sem esposa ou filhos, vivendo na mesma casa que seu irmão mais novo um pouco maluco.

Mas naquela noite, a minha mente explorou algo que havia ficado tão a fundo que eu até mesmo havia esquecido. Normalmente não é bem visto garotas da minha idade terem amigos tão mais velhos... O perigo é enraizado desde o nosso nascimento.

Naquela noite a feição velha e rosto branco de Shaw tinha me assombrado, me fazendo perder o ar e principalmente a idéia real de quem ele realmente era.

Eu tinha acordado tantas vezes naquela madrugada que havia esquecido que era fim de semana e poderia dormir até mais tarde se quisesse, meu rosto mal tocou o travesseiro naquela noite.

Quando meu despertador deu doze horas em ponto eu já estava pronta pra sair, era o horário específico que eu tinha permissão de sair conforme as regras malucas da minha mãe, que por sua vez não tinha chegado em casa ainda.

Normalmente eu sempre deixava um bilhete avisando aonde estava, mas naquele dia eu estava tão imersiva sobre o quê realmente estava acontecendo que esqueci totalmente.

Quando eu cheguei na residência dos Blake que era um pouco longe da minha casa, algumas quadras acima... Notei a casa de longe que dava um ar de silêncio.

Respirei fundo e caminhei até a porta dando leves batidas três vezes na esperança que estivesse alguém em casa.

—— Olá? —— Uma garotinha de cabelos castanhos um pouco menor que eu perguntou confusa logo que viu minha presença alí.

—— O Finney está? —— Perguntei segurando minha mochila estilo carteiro de lado.

Gwen apenas olhou confusa abrindo mais a porta da casa e correndo em direção ao corredor gritando.

—— Finn! Tem uma garota bonita na porta e ela tá procurando você! —— A garota gritou me fazendo soltar uma risada genuína.

—— Desculpa a Gwen, ela fala sem pensar as vezes —— Finney disse inquieto enquanto me guiava pelo corredor da casa.

—— Eu gostei da sua irmã, ela é bem espontânea —— Completei.

O quarto do Finney era pequeno, tinha alguns pôster de filmes que haviam lançado a alguns anos atrás e muita bagunça. Coisas de baseball e atividades da escola jogadas por aí.

Finney encostou a porta do quarto, mas não o suficiente para ela fechar deixando uns 30 centímetros aberta. Me sentei na parte livre da cama do garoto deixando minha bolsa livre.

—— Você quer começar por onde? —— Perguntei.

Finney apenas puxou a mochila tirando a prova que mostrava uma nota baixíssima me entregando.

—— Pelo jeito você tem um problema bem grande com a declaração de independência —— Eu respondi fazendo o garoto rir.

—— História nunca foi o meu forte —— Finney deu de ombros se sentando na cama ao meu lado.

—— Você tem sorte que é o meu —— Eu completei sorrindo leve ao garoto que retribuiu.

(...)

Depois de longas horas estudando qualquer coisa sobre história que fosse necessária para que na recuperação Finn conseguisse tirar uma boa nota, parecia que já tínhamos chegado em algum lugar.

O quarto parecia até mais leve, o peso de tentar ser uma ótima professora tinha sumido e agora éramos só dois amigos tentando se ajudar a não se dar mal com o boletim.

—— Qual era o propósito da carta de independência? —— Perguntei com um papel em mãos, com minhas pernas apoiadas na parede e corpo na cama, enquanto minha cabeça estava para fora do colchão.

—— Separação de território —— Finney respondeu andando pelo quarto jogando uma bola de baseball na parede.

——  Aonde foi assinada a declaração? —— Perguntei.

—— Biblioteca do Congresso —— Finney respondeu.

—— Em que ano ela foi assinada? —— Perguntei uma última vez.

—— 4 de julho de 1778 —— Finney respondeu me fazendo fazer um barulho de errado como daqueles programas de tv.

—— Errado! 1776! —— Respondi levantando da cama. —— Você errou e eu mereço um copo de suco.

—— Errei por dois anos só —— Finney deu de ombros.

—— Fala isso para Thomas Jefferson, e ele bate na sua cabeça com a declaração —— Eu completei antes de sair do quarto.

A mãe do Finney tinha morrido a um tempo atrás, isso tinha sido um assunto na cidade por um tempo... E o pai dele trabalhava quase a semana toda, então era visível que a casa tava vazia.

Caminhei até o balcão da cozinha colocando um pouco de suco de laranja em um copo limpo, tomando ele sentindo a bebida gelada invadir a minha garganta.

Quando terminei de beber voltei a caminhar pelo corredor notando o quarto um pouco maior de Gwen Blake, a irmã mais nova do Finn.

—— Oi Gwen... —— Eu disse na batente da porta.

—— Suzanne, não é? —— Ela perguntou.

—— Pode me chamar de Suzie —— Completei entrando no quarto e me sentando na cama ao lado da garota que estava arrumando suas bonecas. —— Podemos conversar?

—— Claro.

—— Gwen, eu tive um sonho estranho hoje... —— Completei engolindo seco.

Eu sabia da fama pelos corredores, os sonhos esquisitos de Gwen Blake... Algumas pessoas eram cruéis o suficiente ao ponto de chamar a garotinha de esquizofrênica.

—— Eu sonhei que um amigo meu, muito querido —— Comecei. —— Fazia uma coisa muito ruim... O quê pode ser?

—— Eu não sei... —— Gwen respondeu inquieta, como se não quisesse falar sobre.

—— Tudo bem... Foi só uma paranóia boba minha —— Eu completei.

—— Você é namorada do meu irmão? —— Gwen soltou me fazendo travar.

—— Eu pareço a namorada do seu irmão? —— Perguntei rindo baixo.

—— Não, você é bonita —— Gwen respondeu.

—— O Finn também é —— Eu respondi. Era verdade, Finney Blake era realmente muito bonito, além de ser um garoto muito legal.

E então notei o relógio tocar, avisando que já eram seis da tarde, o tempo tinha passado rápido demais enquanto estávamos estudando.

—— Preciso ir, foi com conversar com você —— Eu disse voltando para a porta do quarto.

—— Suzie...

—— Sim?

—— Toma cuidado... Sonhos assim não significam coisas boas —— Gwen completou antes de voltar a atenção para as bonecas.

Finney me entregou minha mochila e caminhamos até a porta da sala, com a porta ainda fechada estava prestes a me despedir do garoto.

—— Não deu tempo de te ajudar nas atividades de matemática, foi mal —— Finney respondeu.

—— Tudo bem, podemos deixar para outro dia —— Completei.

—— Amanhã depois do jogo de baseball? —— Finney perguntou.

—— Não dá, eu vou sair com o Bruce —— Respondi inquieta.

—— Bruce? Bruce Yamada? —— Blake parecia confuso. —— Vocês estão...?

—— Ainda não —— Respondi indo com a mão em direção a maçaneta da porta. —— Até amanhã no jogo, Finn!

—— Até amanhã, Suzie...

(...)

Enquanto andava pelas ruas um pouco escuras na direção da minha casa, senti alguém atrás de mim, alguém me olhando.

—— Buh! —— Bruce gritou aparecendo do nada com a sua bicicleta atrás de mim.

—— Bruce! —— Eu disse tentando bater no garoto que desviou ainda na bicicleta.

—— Quer carona até a sua casa? —— Yamada perguntou parando a bicicleta no caminho me fazendo parar também.

—— Claro —— Dei de ombros me aproximando.

—— Estava no Finney Blake, não é? —— Bruce perguntou.

—— Ajudando ele com a recuperação de história —— Respondi.

—— Eu vou jogar contra ele amanhã no baseball —— Yamada deu de ombros.

—— Ele é um ótimo jogador —— Dei de ombros.

—— Melhor do quê eu? —— Bruce perguntou.

—— O braço dele é um míssel... —— Dei de ombros observando o sorriso de Bruce sumir me fazendo rir na hora. —— Está com ciúmes, Yamada?

—— Claro, minha namorada está falando que tem um jogador de baseball melhor do quê eu! —— Yamada se defendeu.

—— Agora eu sou sua namorada? —— Perguntei sorrindo leve.

—— Eu gostaria muito que fosse... —— Bruce respondeu.

O garoto apenas aproximou sua mão do meu rosto me aproximando dele. Bruce Yamada era o meu primeiro beijo, meu primeiro namorado e amor.

O garoto juntou nossos lábios suavemente me beijando da forma mais confortável possível, com uma mão no meu rosto enquanto a outra permanência ainda segurando a própria bicicleta.

Caminhei uma das mãos até o ombro de Yamada e a outra no braço que estava segurando meu rosto, aproximando nossos corpos o máximo que dava.

Bruce Yamada não era superficial, ele me fazia não me sentir superficial e tudo com ele era mágico, por completo.

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