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𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐑𝐄𝐄 - 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌𝐒

NORTH DENVER
1978

GLENDA CLIFFORD era um pesadelo humano, como uma cobra gigante que devora os ratinhos da floresta... Eu era o ratinho assustado, eu era a pressa favorita da minha mãe.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria deixado um bilhete, teria avisado que chegaria tarde e até mesmo evitado todas as coisas.

Quando abri a porta de casa, observei algumas coisas quebradas no chão, garrafas de bebida pelo chão e bitucas de cigarros recém fumados.

—— Aonde você estava? —— Sua voz embriagada que vinha da sala me fez estremecer.

Como se me coração pudesse pular para fora do corpo a qualquer momento, como uma adrenalina terrível.

—— Ajudando um amigo, Finney Blake, com o dever de casa —— Respondi. —— Desculpa, eu devia ter deixado um bilhete ou ligado.

—— Quem era o garoto lá fora? —— Ela perguntou levando um cigarro até os lábios.

—— Bruce Yamada —— Respondi.

Ela respirou fundo, levantou da poltrona vermelha no canto da sala caminhando em minha direção.

—— Dois garotos? Você é uma vagabunda mesmo —— Ela completou jogando o cigarro no meu rosto, que com sorte apenas as cinzas marcaram meu rosto.

—— O quê?

—— O quê vai acontecer agora? Vai aparecer grávida? —— Ela gritou.

Minha mãe caminhou em direção a cozinha pegando outra garrafa de bebida com agressividade e bebendo.

—— Eu não aguento mais você destruindo a minha vida! —— Ela gritou novamente me fazendo paralisar.

Minha única reação foi dar um passo para trás enquanto ela continuava bebendo, como um combustível de ofensas pronto para vir.

—— Primeiro você faz eu acabar meu namoro porquê segundo você, ele abusou de você! —— Glenda venho na minha direção me empurrando com mais força.

Aquela palavras fizeram cenas antigas voltarem átona, seu ex namorado tocando meu corpo, rasgando minha pele enquanto eu implorava aos céus pela morte.

—— Eu tinha doze! Doze! —— Eu gritei em defesa sentindo as lágrimas caírem.

—— Cala a boca! —— Ela gritou me batendo contra a parede. —— Não finja que você é uma santa!

Seu corpo empurrando o meu contra a parede gelada, as lágrimas escapando do meu rosto com força e toda a raiva também.

Tinha algo em Glenda, como um demônio que devorava tudo ao seu redor, fosse bom ou ruim. Ela era pior que o Diabo.

—— Não vou mudar para outra cidade por culpa sua de novo! —— Ela gritou. —— Se algum rumor que você vem dormindo com esses garotos começar... Eu mato você.

Quando seus braços soltaram dos meus por um milésimo de segundos, eu empurrei a mulher para longe correndo em direção ao quarto.

E assim seguiu a noite, com chutes e batidas escandalosas na porta do quarto até que o corpo de Glenda Clifford se cansasse e caísse no chão do corredor e dormisse.

(...)

Quando a manhã chegou, como normalmente costumava ser em dias após os surtos da minha mãe, eu me arrumei e saí pela janela.

Eu me senti deslocada como se não tivesse nada nem ninguém para me ajudar, mas com sorte eu sempre tinha um lugar pra ir.

A casa dos Shaw era como um refúgio estranho para mim, mesmo que fosse silenciosa e escura, tinha algo nela que me fazia querer ainda estar lá.

Talvez fosse o sentimento de ser útil, eu não me sentia um peço ou um fardo da forma que minha mãe me fazia sentir. Albert me tratava como se eu fosse importante.

—— Está com sorte Suzie, o Samson precisa de um banho —— Albert disse enquanto eu ainda estava na porta da sua casa.

Apenas concordei pegando a bacia de água e todos os produtos necessários para dar um banho no cachorro.

Samson era um cachorro preto e grande, um pouco agressivo e se você não tomasse cuidado ele morderia sua carne com uma facilidade brutal.

Mas por um motivo universal, ou pelos meses de banho, o cachorro me adorava, quer dizer, eu tinha certeza que ele não arrancaria o meu braço de primeira vista.

Quando notei um pouco mais de perto o pequeno cachorro, observei seus dentes afiados e sujos com sangue, e um cheiro nem um pouco agradável.

—— O quê aconteceu? —— Perguntei na direção de Albert que estava terminando de arrumar as coisas para ir trabalhar.

—— Samson matou um passarinho hoje —— Shaw respondeu. —— Você sabe como ele pode ser agressivo as vezes se não tomar os cuidados devidos.

Apenas concordei com a cabeça em silêncio.

—— Adorável o colar, foi um presente? —— Albert perguntou.

—— Foi, meu namorado me deu —— Respondi segurando o colar que Bruce Yamada havia me dado.

—— Namorado?

—— Sim.

—— Te acho tão nova para namorar... Você não acha? —— Albert perguntou me olhando sério.

—— Ah bem... Nós temos consciência do quê estamos fazendo —— Eu respondi dando de ombros.

—— Quem é o garoto de sorte? —— Albert perguntou se aproximando enquanto eu terminava de tirar o sabão de Samson.

—— Bruce, Bruce Yamada —— Respondi meio desconfortável.

Albert apenas sorriu leve e voltou a atenção para as coisas na van preta que usava para trabalhar. E quando Samson conseguiu finalmente terminar o seu banho eu já me sentia pronta para ir.

Albert Shaw entregou dez dólares, e naquele momento eu os guardei no bolso e então segui para fora da casa ainda pensando no pássaro.

Coitadinho, eu pensei, o pobre passarinho deve ter sentido uma dor e tanto durante sua morte, principalmente porquê Samson parecia um cão cruel quando se tratava da própria caça.

—— Eu preciso ir, tenho jogo de baseball —— Completei observando o horário passar.

—— Diga a Bruce que mandou boa sorte —— Albert completou antes que eu fosse embora.

Enquanto eu andava pelas ruas da cidade indo em direção a campo de baseball aonde seria o jogo, notei os últimos cartazes de desaparecidos de Vance Hopper.

O garoto tinha sumido já fazia meses, era doloroso saber que sua família já havia desistido de procurar, talvez até mesmo considerava ele um garoto morto sem muito esperança.

Os cartazes desgastados e frouxos que já estavam caindo dos papelões grudados nas grades mostravam como já estava sendo antiga a investigação.

Vance Hopper não era o primeiro garoto da cidade de Denver a sumir em tão pouco tempo. E todos nós tínhamos medo de não ser o último.

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