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𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍 - 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐒𝐓 𝐂𝐀𝐋𝐋

NORTH DENVER
1978

BATER insistentemente contra a parede era a nossa única salvação, era o plano perfeito até aquele momento.

Grabber não tinha ido lá embaixo desde a noite passada, desde os últimos acontecimentos ele não havia dado nenhum sinal, o quê indicava que talvez ele estivesse planejando alguma coisa.

Então teríamos que ser um pouco mais inteligentes, ter um plano encima do plano dele, e esse plano era o de fuga.

Enquanto batemos contra a parede até o painel do congelador aparecer, e então finalmente conseguir tirar os parafusos, pareciam perfeito.

Até que seu braço fica adormecido de tanto bater contra a porta do congelador, o ar gelado também era uma parte ruim.

—— Eu não consigo —— Eu disse recuperando a respiração enquanto me jogava no chão cheio de poeira e restos do cimento seco no chão.

—— Ok, eu vou —— Finney disse entrando para dentro do congelador abrir a porta.

Me sentei no chão tentando recuperar a minha respiração, enquanto sentia meu ombro dolorido de tanto bater contra a porta do congelador.

As horas demoraram mais para passar, o dia parecia infinito e eu só conseguiam pensar que a qualquer momento Grabber poderia entrar pela porta e matar nós dois.

E então eu me levantei do chão me recompondo, até observar Finney sair do congelador totalmente transtornado ao ver a sua derrota.

Foi a primeira vez que eu vi o Finn demonstrar fraqueza lá dentro, normalmente era sempre eu que chorava em situações de terror... Mas lá estava ele, em desespero.

Finney estava sentado no chão com os olhos cheios de lágrimas, as mãos tremendo e então observei que o garoto estava tendo uma crise de ansiedade.

—— Finney —— Eu chamei pelo seu nome indo na direção de Finn.

Eu segurei suas mãos ficando na sua frente de joelhos, Finney não conseguia olhar pra mim, apenas chorar sem parar.

—— Eu posso te abraçar? —— Finn perguntou baixo entre o choro.

—— Sempre —— Eu respondi me aproximando de Blake.

Finney me segurou forte contra seu corpo enquanto tentava se recompor, naquele momento eu apenas passei a mão em seus cabelos tentando manter a calma.

Quando o garoto conseguiu recuperar a si mesmo, Finn me olhou mais calmo me dando um sorriso fraco. Me aproximei do garoto juntando nossos lábios em um selinho demorado.

—— Nós vamos dar um jeito, vamos sair daqui —— Eu completei quando separamos nossos lábios.

—— Eu acho que não existe mais jeito —— Finney respondeu.

—— Tem sim, nós só não achamos um ainda —— Eu disse tentando confortar a ele, e a mim mesma.

E então o telefone tocou mais uma vez, olhei para Finn que concordou que eu fosse atender, caminhei até o telefone em silêncio.

—— Olá Suzie —— A voz de Bruce ecoou do outro lado da linha.

—— Olá Bruce... —— Eu disse baixo.

—— Eu lembrei —— Bruce completou. —— Eu lembrei quem era a garota que eu pensava.

—— Quem? —— Eu perguntei sentindo as lágrimas caírem involuntariamente.

—— Era você, Suzie... —— Bruce completou.

Meu coração apertou, saber que eu nunca mais o veria era doloroso demais, eu não sabia como continuar.

—— Eu sinto sua falta, o tempo todo —— Eu sussurrei tentando não chorar.

—— Eu tô com você, o tempo todo —— Bruce respondeu. —— É bom saber que está seguindo em frente, eu gosto de ver você sorrir, de novo.

—— Eu não sei o quê fazer —— Eu disse. —— Acho que não tem mais o quê fazer...

—— Tem sim —— Bruce disse. —— Você precisa lutar, por nós dois... Nós três.

Eu apenas concordei em silêncio, e então um sorriso escapou do meu rosto, a voz do Bruce me trazia a nostalgia da felicidade.

—— A gente vai se ver em outra vida, não vai? —— Bruce perguntou baixo.

—— Com certeza, eu vou procurar você em todas elas —— Eu respondi.

—— Eu te amo, Suzie —— Bruce disse.

—— Eu também amo você —— Eu respondi.

—— Adeus, Suzie —— Bruce completou. 

—— Até outra vida, Bruce —— Eu respondi antes de ouvir a outra linha ser cortada.

E então uma voz familiar tocou novamente, outra voz que eu pensei que jamais iria ouvir.

—— Finn? —— Eu chamei por Finney que parecia estar ainda olhando para o chão tentando recuperar a respiração.

—— Sim? —— Finney respondeu se levantando do chão rápido.

—— É o Robin, ele quer falar com você... —— Eu disse entregando o telefone ao Finney.

—— Oi maninho —— Robin disse do outro lado da linha. —— Não chora.

—— Não tô chorando —— Finney respondeu limpando o próprio rosto.

—— Tá sim, eu tô vendo —— Arellano rebateu.

—— Tá me vendo?

—— Eu tô com você, eu estive com você esse tempo todo —— Robin disse. —— Não é certo deixar os amigos pra trás, meu pai não deixou os amigos dele quando foi pro Vietnã, por isso ele não voltou... Eu também não vou voltar, não vou te deixar pra trás.

—— A gente vai se rever em breve —— Finney respondeu.

—— Saí dessa, você não vai morrer que nem eu —— Robin disse.

—— A gente já tentou de tudo, e nada deu certo! —— Finney explicou inquieto.

—— Ainda, lembra o quê eu te falei? —— Robin perguntou.

—— Que eu tinha que chamar a Suzie pra ver o massacre da serra elétrica? —— Finney perguntou.

—— Antes disso, que você tinha que se defender —— Robin respondeu. —— Chegou o dia Finn, o dia de lutar.

—— Eu não sou forte que nem você, e nem você conseguiu —— Finney disse.

—— Você é forte Finn, é isso que a gente tem em comum... Por isso éramos amigos! —— Robin explicou. —— Você sempre teve medo de dar um soco, mas nunca teve medo de apanhar, e você sempre levantava todas as vezes!

—— Eu não sou forte... —— Finney respondeu.

—— Mas tem que ser, você vai sair daí —— Robin disse. —— Se não for por você, saí por mim e pela Suzie!

—— E o quê isso importa agora? —— Finney perguntou cansado.

—— Eu não quero ter morrido por nada! Quero ter morrido por um amigo, por dois amigos! —— Robin completou. —— E como eu não posso matar o hijo de puta, você vai fazer isso por mim.

Levanta o telefone, dá um passo pra trás, um passo para frente, um passo para trás e bate.

Aquelas palavras passaram por horas na cabeça do Finney, da mesma forma que o último adeus do Bruce passou pela minha.

Dar adeus a pessoas importantes parecia pior do quê eu imaginava, uma parte de mim ainda esperava que Bruce Yamada estivesse vivo, mas outra parte já estava aceitando que talvez, aquela fosse a última ligação.

—— É a última ligação, não é? —— Perguntei para o garoto na minha frente.

—— Agora é com a gente, daqui pra frente —— Finn respondeu antes de puxar o fio do telefone para fora.

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