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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐯𝐢. the talking beaver.

─ CHAPTER SIX
o castor falante.


E TODOS CONTINUARAM SEGUINDO Lúcia. Bella nem se quer ligava para o frio, estava mais animada com as perguntas que Susana fazia sobre a tarde na casa do sr. Tumnus. Vez ou outra Lúcia pontuava certos detalhes que a Evans se esquecia mas assim ia, conversando e aproveitando o clima gostoso e leve que Nárnia os oferecia. Se sentiam tão à vontade que pareciam ir ali sempre ou que moravam ali, era louco pensar. Bella sentia como se ela pertencesse a Nárnia de certa forma, não sabia como mas era como se sentia.

A caminhada durou um tempo a mais do que imaginavam, Lúcia por vezes se confundia de árvore e entrava no caminho errado, mas ninguém a botou pressão, apenas ficavam calados e a esperavam se localizar, o que nunca demorava mais de três minutos. O clima estava mais tenso em relação a Pedro e Edmundo, que trocavam olhares de esguelha mas nada diziam, pareciam travar uma luta interna e Bella odiava tudo isso. Tanto ela como Susana achavam que aquilo poderia ser resolvido com uma simples conversa mas os dois eram tão orgulhosos a ponto de se calarem e fazerem uma espécie de jogo do silêncio.

Certo momento, Pedro saiu correndo em disparada na frente de todos e se jogou na neve fofinha, passando a escorregar pela colina em que desciam. Todos soltaram gargalhadas e, em seguida, Bella correu e fez o mesmo, sentindo o vento gelado chocar contra suas bochechas rosadas. Caiu sentada há alguns metros de Pedro e os dois iniciaram uma pequena guerra de bolas de neve, a segunda do dia. Só pararam com a brincadeira quando todos os outros três Pevensie's os chamaram, dizendo que se atrasaríam. Bella foi a primeira a se levantar e andou até o amigo, estendendo a mão e ele aceitou de bom grado, logo se erguendo também e passando a andar ao lado da Evans.

── Tem muita neve no seu cabelo.── a garota comentou enquanto ria e tentava livrar os cabelos dourados do amigo dos flocos de neve.

── No seu também tem, oras! Nossas roupas estão empanturradas de neve. Mas admito que não deixaria de fazer aquilo em troca de um cabelo sem pontinhos brancos. Foi libertador. Não sei explicar.── tagarelou, limpando seu casaco o máximo que conseguia.

── Esse lugar parece mágico, não é? Não sei como explicar. É como se...

── Você já o conhecesse?── Pedro completou sua frase.

Por um momento, Bella não soube o que responder, encarou Pedro de maneira perplexa mas em alguns segundos apenas confirmou num simples aceno de cabeça.

── Também sinto isso. É meio estranho, já que nunca estive aqui. Mas talvez seja só imaginação, acho que não seria tão profundo. Deve ser só impressão.── o garoto completou sua frase anterior.

── É, talvez seja.

E voltaram a andar em silêncio, até que a voz de Lúcia foi pronunciada:

── Aqui tem muita comida gostosa e nós vamos beber muito... chá.

Assim que Lúcia parou, todos fizeram o mesmo. Encarando a casinha próxima dali, que estava com a porta derrubada. Bella sentiu o coração bater rápido em desespero, seus olhos se arregalarem e suas mãos começarem a tremer. O nervosismo se instalava pelo seu corpo e, ao ver a Pevensie mais nova soltar uma exclamação surpresa e correr para dentro da casa, Bella não exitou em fazer o mesmo.

A porta havia sido partida em pedaços. Dentro da caverna estava muito úmido, escuro e frio, desagradável, como se o local houvesse sido abandonado e ninguém morasse ali há muito tempo. A neve entrava pela porta e amontoava-se no chão, misturando-se com as lenhas mal queimadas e a cinza da lareira. Era como se alguém tivesse espalhado as cinzas pelo chão para apagar as chamas das lenhas. A louça estava toda partida e o retrato do pai do sr. Tumnus havia sido esfaqueado e dilacerado.

── Bonito trabalho!── exclamou Edmundo, soando sarcástico.── Valeu realmente a pena ter vindo aqui.

── Cale a boca ou dessa vez eu juro por toda minha família que te dou um soco bem forte.── Bella sussurrou a ameaça e, como resposta, Edmundo lhe mostrou a língua, num ato totalmente infantil mas que ela devolveu da mesma forma.

── Quem faria uma coisa dessas?── questionou Lúcia, de maneira chateada. Aparentemente não havia escutado a fala do irmão ou apenas ignorou.

── O que é isso?── questionou Susana, apontando para um pedaço de pergaminho que havia sido colocado numa das paredes.

Pedro se aproximou do local e retirou o papel de lá. Bella e Susana se aproximaram do garoto, tentando ler em conjunto.

Pedro iniciou a leitura:

O antigo inquilino deste prédio, o fauno Tumnus, está preso, aguardando julgamento, acusado de crime de alta traição contra sua Majestade Imperial Jadis, Rainha de Nárnia, Castelã de Cair Paravel, Imperatriz das Ilhas solitárias, etc. É acusado outrossim de auxílio aos inimigos da supracitada Majestade, abrigando espiões e confraternizando-se com humanos.

MAUGRIM, Comandante-chefe da Polícia Secreta.

VIVA A RAINHA!

Os cinco trocaram olhares assustados, Lúcia e Bella mais do que todos. As garotas estavam se sentindo profundamente culpadas por aquilo e já sentindo a enorme falta do querido amigo. Bella tentou se encolher, como se estivesse com muito frio mas, na verdade, estava extremamente envergonhada pelo seu descuido. Agora Tumnus estava sofrendo por ela e Lúcia. Deveria ter impedido a Pevensie de entrarem no guarda-roupa aquela noite. Bem, agora já era tarde demais.

── Chega!── exclamou Susana, arrancando o pergaminho das mãos do irmão.── Agora realmente temos de ir embora.

── Mas o sr. Tumnus...

── Se ele foi preso só por estar com um humano, acho que não temos muito o que fazer.── Susana interrompeu Lúcia.

── Vocês realmente não entendem, não é mesmo?── perguntou Bella, atraindo o olhar de todos.

── Do que está falando, Bella?── perguntou Susana.

── Oras, Susana, eu e Lúcia fomos às humanas!

── E ela deve ter descoberto que ele me ajudou da primeira vez que estive aqui.── Lúcia completou a fala da amiga.

── Melhor chamarmos a polícia.── sugeriu Pedro.

── Mas eles são a polícia.── rebateu Susana.

── Não se preocupe, Lu. Prometo que vamos dar um jeito.

── Por quê?!── a voz de Edmundo ribombou e todos automaticamente o olharam, já que ele não falava nada havia bastante tempo.── Oras, ele é um criminoso.

── Criminoso por ajudar a sua irmã, Edmundo? Qual o seu conceito de criminoso, hã? Muitas vezes quem são os criminosos é o próprio governo, veja como está a situação do nosso mundo nesse momento.── Bella disse, irritada com a forma que o menor se referira a seu amigo Tumnus.

E o silêncio se fez presente no local, mas ao longe escutaram um canto de um pássaro. Cantava como se chamasse alguém, parecia uma melodia doce e carismática, gostosa aos ouvidos de quem ouvia. Todos os cinco migraram seus olhares para a janela e captaram a visão de um pintarroxo. Parecia os chamar, um chamado de alguém preocupado que quisesse ajudar. Bella franziu o cenho, era como se pudesse falar com o pássaro mas, oras, isso era impossível!

── Aquele pássaro nos chamou?── perguntou Susana após um tempo, se virando para encarar os que estavam atrás de si.

── Senti a mesma coisa, parecia saber falar e como se eu soubesse o que cada 'psi do seu canto significasse.── respondeu Bella, tão confusa quanto a Pevensie mais velha.

Pedro às lançou um olhar duvidoso e foi o primeiro a sair do que restou da casa do sr. Tumnus, sendo seguido pelos outros. Saíram de dentro da casa e puderam avistar o pássaro começando a planar pelo seu azul, indo embora. Em seguida, barulhos atrás de árvores e de arbustos cobertos de neve ali perto os fizeram ficar em alerta, andando a passos pequenos e cautelosos, com as cabeças virando para todos os lados, em busca de quem fazia o barulho.

Até que ficou mais perto e Pedro, como um instinto, puxou as irmãs e Bella para atrás de si, segurando na mão de Susana que estava em seu ombro direito. Bella se escondeu dentre as madeixas escuras da Pevensie mais velha e colocou a mão em seu ombro esquerdo, abraçando Lúcia de lado com o braço direito. A pequena Pevensie se acomodou nos braços da amiga e tentava espiar inclinando a cabeça para o lado. Edmundo ficou mais atrás, também achando estranho os barulho, estava pronto para correr se fosse preciso e acho que não somente ele mas todos estavam.

Em questão de segundos a tensão foi aliviada quando um castor apareceu, de forma sorrateira. Seus olhos cor-de-jabuticaba brilhavam e reluziam à luz do sol, seu nariz se mexia freneticamente, tentando reconhecer os cheiros das criaturas à sua frente. Andava sobre duas patas e parecia inofensivo.

── É um castor!── disse Lúcia, parecendo indignada por terem ficado com medo de uma criaturinha como aquela.

Notando que o animal se aproximava, Pedro estendeu a mão e passou a fazer barulhos estranhos, como se quisesse chamar a atenção dele. O castor parou e inclinou a cabeça para o lado, encarando com confusão a mão do Pevensie. Pedro estava começando a ficar impaciente, já que o animal não obedecia seus comandos.

── Eu não vou cheirar isso se é o que você quer.── a voz do castor ecoou por todo o silêncio da floresta e quatro das cinco crianças bem ali arregalaram os olhos em surpresa e exasperação.

Lúcia apenas riu.

── Desculpe.── pediu Pedro, um tanto envergonhado.

── Chamar ele igual como se chama um cachorro? Sério, Pevensie?!── Bella sussurrou para o amigo.

── Não me julgue, está bem? Não imaginava que ele sabia falar, se não teria escrito um poema para nos apresentar.── respondeu meio irônico e Bella soltou uma risada por seu amigo estar bem encabulado pela cena que havia acontecido há alguns segundos.

── Lúcia Pevensie? Bellatrix Evans?⚊ o castor as chamou.

Bella e Lúcia ficaram sérias e trocaram olhares significativos e preocupados.

── Só Bella, por favor.── pediu a garota de madeixas castanhas.

── O que quer conosco?── perguntou Lúcia, se aproximando do castor a passos lentos. Bella fazia o mesmo.

O castor apenas ergueu as duas patinhas e entregou a Lúcia um lencinho branco bordado.

── É o lencinho que eu dei para o sr...

── Tumnus.── o castor complementou a fala da pequena.── Ele me entregou antes de ser levado.

── Ele está bem?── perguntou Bella.

O castor a encarou por um tempo, parecendo meio surpreso e abobado. Bella não entendeu mas deixou o assunto de lado assim que o pequeno balançou a cabeça para espantar os pensamentos e disse baixinho:

── Sigam-me.

Bella, Lúcia e Pedro não exitaram em seguí-lo mas Susana os parou.

── O que vão fazer?!

── É, ela tem razão. Como vamos saber se é confiável?── questionou Edmundo.

── Ele disse que conhecia o fauno.── falou Pedro, como se fosse algo óbvio.

── Ele é um castor. Não deveria dizer absolutamente nada!── retribuiu Susana.

── Está tudo bem?── questionou o castor.

── Sim, estamos só conversando.── Bella o respondeu rapidamente.

── Melhor conversarem num lugar seguro.── sussurrou e em seguida desapareceu.

── As árvores ouvem...── comentou Lúcia mais para si mesma do que para qualquer outro, como se lembrasse de alguma coisa.

E voltaram a seguir o pequeno animal, ainda duvidosos com a ideia, mas o anseio de salvar Tumnus e sua curiosidade ribombeava em seus corações.

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