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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐢𝐯. edmund's lies.

─ CHAPTER FOUR
as mentiras de edmundo.

JÁ OUVI FALAR UMA VEZ QUE QUANDO FICAMOS muito ansiosos para determinada coisa, o tempo parece passar mais lento e essa teoria se confirmava para Lúcia e Bella, que tentavam se esgueirar pelas sombras, na companhia de Edmundo, para chegarem a salvo no quarto de Pedro e não serem pegos, afinal, Dona Marta parecia ter os sentidos aprimorados, conseguia ouvir e notar as coisas mais imperceptíveis; as meninas não queriam se meter em problemas.

Ao chegarem bem no início do corredor dos quartos, Lúcia e Bella trocaram um rápido olhar e, após isso, cada uma seguiu sua parte do plano que fizeram em alguns segundos. A Pevensie seguiu para o quarto de Pedro aos saltos de alegria, enquanto Bella tinha a missão de acordar Susana. Edmundo, como não havia entendido nada, preferiu seguir a irmã, já que sua mente estava uma verdadeira bagunça, com pensamentos a mil.

Ao adentrar ao quarto de Susana, Bella rapidamente acendeu as luzes e sentou-se na ponta da cama, começando a chacoalhar a amiga.

── Susana, Susana, acorde! Se levante, eu e Lúcia temos uma novidade esplêndida! Bom, meio impossível, mas esplêndida.

── O que…? Do que você ' falando?── questionou a garota sonolenta, esfregando os olhos e se espreguiçando.

── Ande logo, Susie!

E agarrou o pulso da amiga, fazendo Susana levantar num pulo e dar tempo apenas de pegar o roupão antes de ser puxada para fora de seu quarto. A Pevensie mais velha ainda dormia em pé mas, ao chegar no quarto dos meninos, uma luz pareceu acender-se em sua mente, sabendo que algum problema estava por vir. Ao contrário dela, que tinha uma feição confusa, Bella possuía um grande sorriso brilhante, enquanto sentia seus nervos tremendo por conta da ansiedade de, finalmente, contar aos amigos o que passou e poder voltar alguma hora para o fantástico mundo de Nárnia.

Parecia que aquele lugar havia encantado a garota de cabelos castanhos, como se fosse alguém a conquistando aos poucos para se tornar seu amigo ou ganhar sua confiança. Era estranho. Nem havia passado tanto tempo por lá, mas já sentia falta, falta do sr. Tumnus, da neve, das histórias sobre a antiga Nárnia, das músicas, da lareira quentinha e da geleia de morango. Só não sentia falta das suas pantufas molhadas, isso sim.

── Está lá mesmo, está lá mesmo!── escutaram a voz de Lúcia ao entrarem no quarto, dando de cara com um Pedro sonolento largado na cama e uma animada Lúcia ao lado dele.

── Do que está falando, Lúcia?

── Nárnia! Fica no guarda-roupa, como eu te disse.── respondeu ao irmão, ainda dando pulinhos de alegria.

── Ah, você só estava sonhando, Lúcia.── resmungou Susana soando tediosa, tentando vestir o roupão por completo.

── Mas não foi sonho. Eu vi o sr. Tumnus de novo e, desta vez, Bella estava comigo. Edmundo também entrou lá, um tempo depois da gente creio eu mas o importante é que ele estava lá.

Logo os olhares confusos de Pedro e Susana se direcionaram a Bella e Edmundo, como se, por um segundo sequer, tivessem acreditado nas palavras da irmã.

── Vocês… vocês viram o fauno?── perguntou Pedro, com uma feição extremamente séria e surpresa.

Bella e Edmundo responderam de maneiras contrárias, já que a garota balançou a cabeça em confirmação e o menino em negação.

── Bom, na verdade, Edmundo não foi lá comigo. Só a Bella que foi.── após a fala de Lúcia, as duas garotas viajantes franziram o cenho e encararam Edmundo, com um certo incômodo.── Onde você estava, Edmundo?

── É, não entrou lá com a gente. O que você andou fazendo, Pevensie?── questionou Bella, arqueando uma sobrancelha.

E foi aí que um sorriso escárnio apareceu nos lábios no moreno, que passou a gargalhar segundos depois. O restante das crianças no quarto trocaram olhares duvidosos, não entendo o porquê do garoto estar quase rolando no chão por achar algo engraçado sendo que a situação parecia bem séria.

── Edmundo, pare de agir feito um palhaço e nos diga logo porque está rindo assim.── disse Susana ríspida, apenas querendo voltar para sua cama.

Ele cessou as risadas. Ainda sorrindo, ele disse:

── Eu e Bella só queríamos brincar um pouco.

── Do que você está falando, Pevensie?── questionou Bella, incrédula com a fala do menino.

── Oras, deixe de teatrinho, está bem? A hora de brincar já passou, agora vamos falar sério, Bella.── e desviou o olhar para Pedro.── Sinto muito, Pedro. Não devíamos ter encorajado Lúcia mas sabe como são as crianças de hoje em dia, elas não sabem quando parar de fingir.

Lúcia já estava chorando, enquanto encarava o irmão com os olhos arregalados sem acreditar nas palavras que saíram da boca de Edmundo.

── Edmundo, eu vou perguntar novamente. Do que diabos você está falando?!── falou tudo alto e claro mas não pareceu ter efeito na cabeça do Pevensie.

── Sabe muito bem do que estou falando, não tente se safar fingindo que acredita nas fantasias bobas da Lúcia, Evans. Você é tão culpada quanto eu.

── Bella…

── Pedro, nem vem.── a garota o interrompeu, virando-se rapidamente para o rapaz.── Eu entrei no guarda-roupa e eu cheguei a Nárnia. Oras, eu até tomei chá com um fauno e o escutei falar por muito tempo. Não tenho provas para te mostrar que tudo isso aconteceu e sei também que não me conhece tempo suficiente para saber dos meus ideais, mas lhe digo de forma convicta que eu estive em Nárnia, eu senti Nárnia, eu quase vivi Nárnia. Eu não estou mentindo.

── Já chega de lorotas, Evans!── exclamou Edmundo.── Pedro, você vai acreditar em quem? Na menina que acabou de conhecer ou no seu irmão que conhece desde o dia que ele nasceu? Sou sua família, Pedro tem que acreditar em mim. Bella está apenas mentindo e, por sinal, faz isso muito bem, está mexendo com sua cabeça.

── Olha aqui, Edmundo.── ela disse de uma forma tão firme e séria que Edmundo sentiu todos seus pelos eriçarem e um frio passar pela sua espinha mas, naquele momento, ele nunca admitiria isso.── Eu posso ser qualquer coisa, posso até ser o pior ser humano de toda a existência mas existe uma coisa que não sou e possuo abuso de quem é, que é ser mentiroso. A maioria dos mentirosos só se preocupam consigo mesmos e em como se livrar de uma boa bronca. Para mim, ser mentiroso, é o pior defeito para alguém.── alguém desconfiar de Bella era a pior coisa para ela, não acreditarem em sua palavra a machucava profundamente, tanto é que lágrimas se formavam em seus olhos e sentia suas pernas tremerem mas fez de tudo para permanecer estável, não queria desabar ali, não queria se tornar frágil bem na frente de Edmundo. Preferia morrer a perder uma discussão para ele.

── Bella, Edmundo está falando a verdade?

E foi nesse momento que ela quase explodiu.

── Eu não acredito. Eu não acredito.── um sorriso sarcástico estava em seus lábios e ela passou a andar de um lado para o outro, parando alguns segundos depois e fitando a portadora da voz.── Eu não acredito. Susana, me diga uma coisa, Edmundo costuma ser o que fala mais a verdade?

── Bella, é que é impossível você e Lúcia…

── Me responda.

── Não, não é.

── Ótimo. Agora me diga, Lúcia costuma inventar mentiras ou pegadinhas para zoar com a cara de vocês?

── Não.

── Ok. Me responda mais uma coisa, você possui provas legais de que sua irmã esteve lá?── a garota balançou a cabeça em negação.── Portanto, se ela não está louca e nem mentindo, provavelmente diz a verdade.

── Não acredito que está encorajando isso, Bella. Lúcia só está contando mentiras, tem sempre uma vez para tudo.── Edmundo se intrometeu.

E Lúcia não aguentou mais toda aquela pressão no ar, saindo em disparada para fora do quarto, com a face toda vermelha de tanto chorar e lágrimas recentes em suas bochechas. Pedro suspirou pesadamente e Susana trocou um olhar com ele. Bella pegou na gola do roupão de Edmundo e encarou-o profundamente.

── Tem sorte de seus irmãos estarem aqui e por ser mais novo que eu, Edmundo se não poderia dar adeus ao seu rostinho.── e soltou-o.── Como Pedro disse, você realmente não sabe a hora de parar. Espero que mude suas atitudes, se não, lhe digo para tomar cuidado com o mundo lá fora. Ninguém gosta de um metido a mentiroso que só preza pelo próprio bem e despacha os amigos para preferir sair bem na fita. Repense suas atitudes. Não comigo mas com sua irmã. Saiba que não sinto ódio por você, mas sinto pena, muita pena, Edmundo.

E saiu atrás de Lúcia, sentindo finalmente as lágrimas salgadas descerem por seu rosto. Odiava se sentir tensa, odiava ficar nervosa e perder o controle, odiava sentir seu coração disparar por motivos ruins e suas pernas e mãos tremerem. Para disfarçar o tremelique, ela enfiou as mãos nos bolsos do roupão e começou a tentar fazer a respiração voltar ao normal, já que, quando nervosa, chegava a ficar sem fôlego. Não queria ficar vulnerável ali, não era hora para isso.

Finalmente encontrou Lúcia, esta que estava agarrada ao tronco de um senhor de idade que, sinceramente, parecia não entender o que se passava ali mas mesmo assim não fez questão de empurrar Lúcia. Bella soltou um suspiro cansado e apenas manteve certa distância da cena, escutando passos atrás de si, mas nem fazendo questão de se virar. Ela apenas cruzou os braços e encarou o chão, tentando esconder os resquícios de lágrimas de seu rosto, mas o sr. Kirke aparentemente havia notado mas nada disse.

── Vocês estão a uma travessura de irem para o estábulo!── a voz irritada de Dona Marta sumiu assim que pode visualizar o que acontecia, parecendo surpresa e assustada por ver as crianças juntamente com seu chefe.── Professor! Me desculpe, eu os disse para não lhe incomodarem.

── Está tudo bem, Dona Marta tenho certeza de que há uma explicação para isso.── disse o sr Kirke com uma voz solene. Parecia tão calmo que Bella chegou a levantar o rosto para encará-lo, estava surpresa. Do tanto que Dona Marta falava para não o incomodar, sempre suspeitou que o sr. Kirke fosse um homem rigoroso e babaca (como a maioria dos homens engravatados de Londres), mas parecia ser o contrário de tudo isso.── Porém acho que a pequena aqui precisa de um chocolate quente.

E entregou Lúcia nas mãos da governanta, esta que abraçou a menor pelos ombros, preocupada.

── Se quiser pode ir com ela, srta…

── Bella, me chame de Bella.

── Ótimo, srta. Bella. Se quiser acompanhar Dona Marta e a pequena pode ir, não precisa me explicar nada do que ocorreu, já tenho uma rápida ideia de quem perguntar isso.

── Obrigada, professor Kirke. Tenha uma boa noite.── o desejou, com o sorriso mais doce que conseguia.

── Para a senhorita também.

── Venha, querida.── Dona Marta a chamou, começando a andar ao lado de Lúcia em direção à cozinha.

Bella às seguiu mas parou ao escutar o professor pigarrear. Ela virou-se e viu que Pedro e Susana giravam nos próprios calcanhares lentamente para encarar o sr. Kirke. Por uma fração de segundo, seu olhar se encontrou com o de Pedro e o brilho dos olhos dele pareciam pedir desculpas para ela, como se tivesse se arrependido por causa do que havia acontecido a alguns minutos. A garota, orgulhosa, apenas o olhou de cima para baixo e se virou para ir em direção à cozinha, tentando não ligar para o que aconteceria ali. Precisava descansar a mente, já havia se estressado demais aquele dia.

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