08. ʙʀɪɢᴀs ᴄᴏᴍ ᴀ ғᴀᴍíʟɪᴀ
LIA MONROE
Quando me afastei, percebi Enid andando ao meu lado.
一 Saiu de novo não é? - disse apontando para a mochila que estava em suas costas.
一 Você sabe que eu não gosto de ficar muito aqui dentro. - ela respondeu e eu sorri em concordância.
一 EI! - ouvimos alguém nos gritar e viramos. 一 Você não gosta de mim mesmo não né? - Carl perguntou para Enid e ela apenas deu de ombros.
一 Ela é tímida. - disse sorrindo irônica e Enid me fuzilou com os olhos. 一 Tenho que ir até em casa, depois a gente se fala. - me despedi dos dois e sai em direção à minha casa.
Entrei e vi que minha avó estava conversando com meu tio e o Nicolas. Quando me aproximei, Aiden me olhou com raiva.
一 Lia, porque você defendeu aquele cara e me deixou sair como o culpado?
一 Porque você foi o culpado Aiden! Sempre age como se fosse o fodão daqui, mas não é! - disse com raiva na voz e ele arregalou os olhos.
一 Olha aqui, você é só uma pirralha que não sabe de nada! - ele veio na minha direção e me peitou.
一 E você titio... é muito adulto de certo não é mesmo? - ironizei e também o peitei. 一 Sempre quer resolver as coisas com brigas, se coloca superior a todos, e sempre que tenta fazer alguma coisa, acaba fazendo merda nenhuma. E ainda por cima, usa esse outro idiota... - apontei para Nicolas. 一 como sua cadelinha oficial, mas não percebe que ele vive falando mau de você pelas suas costas! - nós dois nos encaramos com ódio. 一 E a gente é só cinco anos de diferença seu idiota. Não sabe fazer contas?! - perguntei sem esperar uma resposta e me afastei dele. 一 Eu vou ficar na casa do Aaron hoje. - falei para meu pai e minha avó, que estavam observando tudo com caras de espanto, e me virei para sair.
一 Lia! - meu pai me chamou, mas eu não dei ouvidos e subi as escadas.
Entrei no meu quarto e peguei algumas roupas. Antes de eu sair, Jony parou na porta e ficou com os braços cruzados me olhando.
一 Você escutou não é? - ele concordou e riu.
一 A tia Deanna já terminou de falar com eles e está sozinha lá na sala com seu pai... - ele me falou com as sobrancelhas arqueadas. Suspirei fundo e olhei para ele da mesma forma.
一 Tá! Eu vou lá... Mas isso não significa que vou ficar aqui em casa hoje. - peguei a mochila e passei por ele, indo até a sala.
Cheguei e fiquei parada na frente do sofá. Segurei a alça da minha mochila e me aproximei. Meu pai e minha avó me encararam sem nenhuma reação e eu abaixei a cabeça.
一 Não vou falar que estou certa e também não vou pedir desculpas para ele. Então se quiserem gritar ou brigar comigo, eu estou aqui! - falei e abri os braços, apontando para mim mesma.
一 Não vamos fazer isso... - minha vó levantou e veio até mim 一 Mas você não pode falar assim com ele! - ela colocou as mãos no meu rosto.
一 Eu sei... mas... - olhei para ela e suspirei. 一 Você está certa! - sorri de lado desistindo do assunto. 一 Mas, mesmo assim, não vou pedir desculpas para ele! - levantei as sobrancelhas e minha avó riu.
一 Sabemos disso Lia. - ela disse e me abraçou. 一 Vai ficar com o Eric e o Aaron? - balancei a cabeça concordando.
一 Tudo bem filha. - Meu pai veio e me deu um beijo na cabeça.
Caminhei até a casa dos meus amigos e entrei. Eric e Aaron estavam conversando na cozinha e pararam quando me viram chegar.
一 O que aconteceu Lia? - Aaron me perguntou, olhando para minha mochila.
一 Briguei com meu tio, de novo. Posso ficar aqui? - abaixei a cabeça e Eric veio até mim.
一 Não precisa pedir minha querida... - ele me abraçou pelo ombro e eu sorri. 一 Aaron estava indo até lá fora caçar alguma coisa, não quer ir com ele?
一 Não, eu vou sozinha. Pode ficar com ele Aaron, preciso mesmo de um tempo. - joguei minha mochila na poltrona e fui até a porta.
一 Tem certeza?! - Aaron me olhou preocupado e eu concordei com um sorriso. 一 Volte até o entardecer, ok?
一 Pode deixar, ainda tenho uma festa para ir hoje. - sorri para eles e fui até o arsenal pegar uma arma.
Peguei munição para minha Glock e também uma M16 com silenciador, só por precaução. Fui até o portão e para minha grande sorte, meu tio quem estava lá. Abri sem mesmo o olhar e sai da comunidade.
Entrei na floresta, pelo lado leste de Alexandria e comecei a andar de forma lenta e procurando rastros de algum animal. Ouvi passos próximos de alguém vivo e preparei minha pistola. Andei devagar e apontei a arma para a direção dos sons.
一 Sai, agora! - ouvi um galho quebrando e uma besta sendo apontada bem na minha cara. 一 Porra Dixon, que susto! - coloquei a minha arma de volta no coldre e o caçador abaixou a crossbow.
一 Sabe diferenciar os vivos dos mortos? - dei de ombros e ele ficou surpreso. 一 Afinal, o que faz aqui? Está me seguindo por acaso? - perguntou e voltou com a expressão mal humorada de sempre.
一 Não! Só vim para caçar algum animal. - respondi e ele me olhou rindo debochado.
一 E sabe como se faz isso por acaso? - enquanto ele estava virado para mim, um coelho parou bem atrás dele. Tirei minha faca da proteção e joguei no animal, acertando em cheio.
一 Acho que não... - cruzei os braços e sorri orgulhosa, conquanto ele olhava surpreso para o animal, que tinha minha faca em sua barriga. Daryl me olhou e voltou a caminhar. 一 Posso ir com você? - perguntei, já o seguindo.
一 Tanto faz. Só fica de bico calado. - ele resmungou e eu ri pelo nariz.
Caminhamos em silêncio pelas árvores secas. Daryl ia na frente, quando parou e me pediu silêncio. Apontou para o campo, onde um cavalo preto comia grama tranquilamente.
一 Aaron e eu estamos tentando capturá-lo e levá-lo para dentro à meses. - Daryl me olhou. 一 Ele se chama Buttons, eu que escolhi o nome. - sorri e olhei para o cavalo.
一 Tem uma corda? - ele me perguntou e eu tirei minha mochila das costas, pegando a corda e lhe entregando.
一 Já fez isso antes? - perguntei vendo ele arrumar a corda no braço e se aproximar do animal.
一 Meu grupo já, mas não estavam tanto tempo soltos. Quanto mais tempo ficam livres, mais eles se tornam quem realmente são. - ele se aproximou do cavalo e começou a tentar conquistar sua confiança.
Quando ele ia jogar a corda no animal, zumbis apareceram e ele fugiu. Começamos a matar os zumbis e fomos atrás do cavalo, outra vez.
一 Você anda a cavalo? - puxei assunto para quebrar o silêncio.
一 Eu ando de moto. - Daryl respondeu prático, seguindo os rastros.
一 Bem melhor não é? - disse e ele me olhou confuso. 一 Se está se perguntando se sei dirigir, a resposta é sim! - respondi e o caçador me olhou desconfiado. 一 Qual é Daryl, você acha que tenho quantos anos? - perguntei indignada e ele riu de lado.
一 Dez?! - respondeu e eu olhei para ele de cara fechada. 一 Só vou acreditar se algum dia te ver pilotando uma!
一 Tudo bem! Algum dia a gente aposta uma corrida, aí quero ver você duvidar de mim. - sorri convencida e ele balançou a cabeça.
Seguimos os rastros do cavalo e o encontramos sendo cercado por zumbis. Corremos para ajudá-lo, mais acabei caindo e um dos mortos agarrou meu pé, tentei me soltar, mas não consegui. Daryl veio e pisou no crânio dele, e me ajudou a levantar.
一 Obrigada. - agradeci e comecei a atirar com a M16 nos outros zumbis. Olhei para o animal e vi que ele tinha sido pego por vários e não tínhamos como mais ajudar. Matamos os que estavam em cima do bicho e depois atirei na sua cabeça por misericórdia.
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