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━━━━ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘

━━━━ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗩𝗜𝗡𝗧𝗘
𝗼 𝗺𝗲𝘁𝗲𝗼𝗿𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗿𝗮𝗴𝗼𝘂 𝘁𝘂𝗱𝗼

PARECIA QUE A GAROTA havia acordado de um sonho ruim, dormiu na poltrona branca do quarto do hospital e quando acordou, sentiu o desconforto no próprio corpo.

—— Desculpa, acho que te acordei —— A voz baixa e um pouco rouca de Koji Jouki  foi a única coisa que ela ouviu.

Hyuna observou o pai deitado na cama de hospital, foi a última vez que ela viu ele. Tinha engolido o orgulho naquele dia indo ver o pai uma última vez, e naquele dia... Ela só foi embora, antes dele acordar.

—— Eu preciso ir —— Hyuna murmurou pegando a própria bolsa e caminhando até a porta do quarto.

—— Você ganhou —— O pai disse novamente entre o som dos equipamentos hospitalares a sua volta.

—— O quê? —— Hyuna olhou pro pai em choque.

—— Zerou o jogo, eu tenho orgulho de você Hyuna —— Koji completou com um sorriso no rosto.

—— Todo mundo morreu, a culpa foi minha —— Hyuna se aproximou na cama do pai, sentou na cama ainda chorando.

Koji puxou a mão da filha acariciando levemente enquanto via as lágrimas de Hyuna caírem sobre o rosto.

—— Você não é especial Hyuna, só porquê sobreviveu —— Koji explicou. —— Você sobreviveu porquê lutou pra isso.

—— Eu acho que agora eu entendo, toda a sua insistência pra quê eu vivesse diferente —— Hyuna completou.

Ela desperdiçou anos da vida dela trancada em um quarto com computadores em volta dela, acreditando que o mundo era ridículo demais para ser vivido. Preferiu esquecer quem era, preferiu mentir e esconder tudo de si mesma pelo medo de enfrentar a verdade. Ela era um fracassado, uma egoísta que só pensou no próprio nariz.

Preferiu abandonar a mãe do quê engolir o próprio orgulho e voltar pra casa, preferiu ter que lutar pra sobreviver, do quê apenas viver uma vida normal.

—— Você pode mudar, é uma chance que muitos nunca vão ter —— Koji segurou firme a mão da filha. —— Viva a sua vida, até o seu último suspiro.

Hyuna apenas concordou, beijou as mãos do próprio pai como agradecimento, como um adeus merecido que ela deveria ter dado. A garota apoiou a cabeça no peito do próprio pai, que acariciou os cabelos da filha uma última vez, antes que o suspiro de uma vida sem muito proveito houvesse de chegar.

—— Não foi sua culpa... —— Koji sussurrou.

—— Eu sei —— Hyuna respondeu.

(...)

Ela lembrava do quê tinha acontecido depois dos fogos de artifício, ela finalmente tinha conseguido os trezentos yen que tanto precisava. Saltitou até a loja mais próxima do bairro de Shibuya, não podia aguentar a própria ansiedade só de pensar que finalmente conseguiram comprar o quê tanto precisava.

—— Bom dia! O quê precisa para hoje? —— A moça do balcão perguntou animada na direção da garota.

—— Eu quero àquele! —— Hyuna apontou para as amostras na parede atrás do balcão.

Seus olhos brilharam, observando o headset jabra on-ear, em luzes e detalhes vermelhos, sem fio algum, mais perfeitos que tudo que ela já viu. Seu corpo tremia de ansiedade. A moça do balcão apenas concordou indo até o estoque e pegando uma caixa nova e fechada em perfeito estado do headset.

—— São trezentos yen —— A moça completou esperando o pagando.

Hyuna apenas concordou tirando o dinheiro do bolso e entregando para a moça logo saindo da loja com a sua sacola de compra. Continuou andando entre a multidão de pessoas da rua lotada do centro comercial, até observar três garotos mais longe. Um deles estava encima do outro, enquanto um baixo gravava tudo pelo celular.

Ela não se importou muito de observar seus rostos ou de ao menos prestar atenção neles, continuou andando até o sinal fechar a trancando em uma multidão de pessoas.

Observou a confusão mais longe que os garotos haviam causado, apenas observou um carro bater no outro fazendo uma imensa confusão e policiais correndo atrás dos garotos.

—— Olha alí!

Uma pessoa qualquer disse apontando para o céu, uma nuvem de escuridão bateu sobre o céu do bairro de Shibuya. Uma chuva de meteoritos próximas a terra.

—— Não sabia que ia ter uma chuva de meteoros hoje —— Hyuna murmurou sozinha não lembrando de ter lido nenhuma notícia sobre àquilo de manhã.

Foi como se o mundo entrasse em silêncio, quando aqueles prédios próximos simplesmente explodiram trazendo destroços para todos os lados. Quando a luz daquele meteoro foi a última coisa que a Hyuna viu naquele dia, antes que o tudo aparece, que o coração dela parasse.

A última coisa que ela viu, naquele um minuto.

—— Tem pulso! —— Um dos socorristas disse ouvindo o coração de Hyuna Jeong voltar a bater.

—— Precisamos levar ela pro hospital, ela precisa de uma transfusão de sangue agora! —— O outro socorrista gritou.

(...)

Quando Hyuna acordou no hospital, o mundo parecia muito mais em paz, o quarto do hospital era silêncioso e apenas o barulho do equipamento hospitalar era ser importante.

Observou a enfermeira que checava seu pulso mais uma vez durante aquela tarde, como tinha feito durante as últimas horas paras para saber o estado da paciente.

—— Você acordou, como se sente senhorita Jouki? —— A enfermeira perguntou simpática.

—— Confusa... E com dor —— Hyuna brincou sentindo o corpo doer enquanto a garota soltava uma risada.

—— Você é uma sobrevivente, teve uma contusão cerebral e ficou inconsciente por um minuto —— A enfermeira explicava séria.

—— Um minuto? —— Hyuna perguntou confusa.

—— E por conta da perca de sangue, acharam que você não sobreviveria —— A enfermeira terminou apontando para o pescoço.

Hyuna levou a mão no próprio pescoço observando o curativo e os pontos no pescoço machucado.

—— Acharam uma das vítimas do meteoro que tinha o sangue compatível com o seu, e fizeram o transplante na hora —— Ela completou.

—— Quem? —— Hyuna perguntou curiosa sentando na cama.

A enfermeira pegou a própria prancheta procurando pelo papel da paciente Hyuna Jeong, até que finalmente encontrasse.

—— Aqui, Hana Tanaka, foi ela quem fizeram os transplante —— A enfermeira completou.

Hyuna sentiu uma coisa diferente, ela não sabia explicar o quê era, mas o nome era tão familiar e distante ao mesmo tempo.

—— Quando se sentir melhor, pode sair da cama e dar uma volta no hospital —— A enfermeira terminou antes de sair do quarto.

Depois de alguns minutos, Hyuna saiu da cama caminhando lentamente pelos corredores do hospital, parou em um dos corredores observando uma imensa janela de vidro notando alguns pacientes do lado de fora.

—— Verdadeiros sobreviventes —— Hyuna disse chamando a atenção de um garoto ao seu lado.

—— Que sentimento estranho, pensar que tudo aconteceu —— O garoto murmurou.

Hyuna olhou para o lado, observando um garoto de cabelos pretos um pouco grandes e um curativo no rosto, parecia perdido nos próprios pensamentos.

—— Eu sou a Hyuna, Hyuna Jouki —— A garota se apresentou na direção estendendo a mão.

—— Ryohei, Ryohei Arisu —— Arisu se apresentou apertando de leve a mão da parece.

—— Parece familiar, jogava online Arisu? —— Hyuna perguntou novamente.

O rosto do garoto era familiar, algo nele era muito familiar e ainda assim misterioso.

—— Jogava sim... Acha que já nós conhecemos? ——Arisu perguntou curioso.

—— Eu não sei, talvez eu não me lembre —— Hyuna balançou a cabeça confusa, talvez a contusão cerebral a tivesse deixado maluca.

—— Bem, se já nós conhecemos e não lembramos —— Arisu soltou da mão de Hyuna ficando na sua frente um pouco mais confiante. —— É bom te ver de novo, Hyuna.

—— É bom te ver de novo também, Ryohei —— A garota sorriu e então deu um passos para trás voltando a andar pelos corredores.

Observou uma última vez Arisu indo para o outro lado do corredor, que acenou positivamente para a garota antes de ir. Hyuna via todas aquelas pessoas lutando pela própria sobrevivência, era um sentimento estranho e extremamente delicado.

A garota andou um pouco até observar uma porta aberta do outro lado do corredor, a enfermeira anotava algumas coisas ainda parada na frente de uma das camas.

Notou outro rapaz na cama ao lado deitado descansando também, de cabelos pretos e um rosto metade com curativos de queimaduras, provavelmente da explosão.

Quando a enfermeira saiu lentamente do quarto, Hyuna observou um rapaz deitado ainda de olhos fechados parecia descansar também.

De cabelos grandes e claros quase como um branco, deitado com um rosto neutro a tudo, como se finalmente conseguisse descansar a mente.

Hyuna não entendeu o sentimento, mas parecia estranho, queria ficar ali mais um pouco e saber se o garoto estava bem, e ela nem sabia o porquê.

—— Você conhece algum dos dois rapazes? —— A enfermeira perguntou na direção de Hyuna.

—— Desculpa, não conheço —— Hyuna respondeu antes de voltar a andar pelos corredores novamente.

Olhou para trás uma última vez observando o garoto de cabelos loiros deitado sobre a cama do hospital em completo silêncio. Ela tinha decidido que mudaria totalmente a própria vida naquele segundo, que as coisas seriam diferentes para ela agora.

Viveria de verdade, sem deixar o medo ou orgulho atrapalhar as coisas.

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