━━━━━ 𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗧𝗥𝗢
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𝗮𝗯𝗲𝗻𝗰̧𝗼𝗮𝗱𝗼 𝗲́ 𝗮𝗾𝘂𝗲𝗹𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗿𝗮𝗶́
HYUNA não se lembra aonde exatamente aonde era a praia, esse era o maior problema para eles. Ela precisava de ponto de partida, um gatilho se quer para se lembrar. As áreas praianas de Tokyo davam a ela um ar libertador, um déjàvu incrível das primeiras semana dela naquela nova Tokyo. .
—— Por quê você foi embora da praia? —— Arisu perguntou enquanto o dia ia embora e a noite chegava no meio daquele parque..
—— Eu era muito infantil naquela época, eu achava que por sobreviver a jogos mortais... Eu sabia o quê fazer —— Hyuna respondeu. —— Fui embora porquê achei que a praia não era meu lugar.
—— E agora, você sabe aonde é seu lugar? —— Arisu perguntou.
—— Eu percebi que não tenho lugar, meu lugar não é a praia, não é a realidade e muito menos essa Tokyo —— Hyuna respondeu.
—— Mas você disse que não se lembra da sua vida, e se lá for o seu lugar? —— Arisu insistiu em perguntar mais uma vez.
—— Se lá é meu lugar, por quê eu não me lembro? —— Hyuna perguntou recebendo o silêncio como resposta.
A garota entrou na própria barraca em silêncio, e então dormiu naquela noite quente. Observando uma última vez o céu estrelado de Tokyo que finalmente aparecia graças a menor poluição que ocorria.
Ela pensou muito na praia naquela noite, pensou que logo o passado dela voltaria, e então ela enfrentaria ele novamente mais uma vez. Mas Hyuna deixou outra coisa invadir seus pensamentos mais ainda, Hyuna pensou em Chishiya. Pela primeira vez em semanas, e ela deixou um sorriso escapar.
No fundo ela desejou que Chishiya estivesse lá, mesmo que ela não fosse ficar por muito tempo no lugar, esperava que pelo menos pudesse ver seu rosto mais uma vez. Quando a manhã chegou, Hyuna se negou a caçar, estava cansada demais de tanto correr em tantos jogos e permitiu se dar um descanso merecido.
Ela pensava sobre o quê gostava de fazer na realidade, quais coisas eram as suas favoritas e se quando ela voltasse pra casa... Caso ela voltasse, ela ainda ia gostar dessas coisas. Jouki tinha certeza que gostava de meditar, mesmo que isso acontece com pouca frequência, já que estava sempre em jogos. Mas ela gostava de pensar assim, e sabia que caso voltasse pra realidade, ainda iria meditar.
—— Por quê está cheio de lama? —— Hyuna perguntou abrindo seus olhos devagar observando Arisu se sentar na grama ao seu lado.
—— Caçar javali é difícil —— Arisu respondeu. E então Hyuna notou Usagi com um grande javali em mãos.
—— É fofo como tenta impressionar ela —— Hyuna murmurou levantando da grama, fazendo Arisu olhar confuso pra ela.
(...)
Quando a noite chegou, foram até mais uma arena de jogos, mas dessa vez não iriam jogar, estavam ali para procurar jogadores... Jogadores da praia.
—— Olhem o pulso deles! —— Hyuna disse pelo rádio. —— Se algum deles tem aquelas chaves de armário de academia no pulso.
—— Tem, quatro aqui —— Arisu respondeu. —— Estão em grupo.
Os três jovens observaram os grupos irem embora em carros antigos, naquele segundo Usagi e Hyuna se olharam sabendo que era o momento de correr. Aquele foi o ponto de gatilho, aquele foi o ponto que Hyuna precisava pra se lembrar, e então ela parou de correr recuperando o fôlego.
—— Eu lembrei, eu sei aonde fica a praia —— Hyuna disse ofegante do outro lado do radinho.
Quando finalmente conseguiram chegar lá com mais calma, observaram um antigo clube de pessoas ricas frequentavam antes. Foi como uma injeção letal, quando Hyuna observou as luzes, quando notou todo o lugar alí, na sua frente.
—— É alí —— Murmurou Hyuna observou pelo binóculo.
—— Por quê as luzes estão acessas? —— Arisu perguntou. Não sabia mesmo como eles conseguiam ter energia.
—— Vocês entram, e eu vou embora —— Hyuna completou.
—— Você não vai entrar? —— Usagi perguntou.
—— Esse era o plano, eu trazia vocês até a praia e voltava pra cidade —— Hyuna respondeu.
E antes que pudesse ter qualquer ação possível, Hyuna sentiu uma arma atrás de si, um gatilho ser puxado e então notou tanto ela quanto seus amigos serem puxados para trás.
(...)
Quando os sacos pretos forma retirados de suas cabeças, Hyuna notou a imensa sala aonde estava, nossa era como uma pancada na cabeça. Ela lembrava de tudo.
—— Desculpe a grosseria, ouvimos falar que tinham pessoas bisbilhotando pela área —— Um dos homens responsáveis pela praia completou.
—— O quê vocês pretendiam? —— Rizuna Ann perguntou andando lentamente a nossa frente. A mulher mantinha postura seria desde que Hyuna a conhecia, mas sabia de uma coisa, uma coisa que mexia com ela. Hyuna manteve a cabeça baixa, sentiu vergonha e repulsa de si mesma por voltar alí, por novamente estar nas mãos deles.
—— Ouvimos que as respostas estariam aqui —— Arisu respondeu. —— Para onde foi as outras pessoas.
A porta foi chutada com brutalidade, ouviu os passos lentos pelo corredor e mesmo que pudesse olhar pro lado, ela evitou, a sua voz... Ela não pensou que ouviria novamente. —— É isso mesmo, temos as respostas para todas as perguntas —— O Chapeleiro disse se aproximando dos três jovens presos na cadeira. —— Sejam bem vindos a nossa utopia, a praia. E essa é a sua resposta.
E então uma imensa porta foi puxada, entregando a nós aquele que sempre foi plano, o plano que Hyuna esteve desde o começo.
O plano que ela traiu.
—— Juntar as cartas é a solução! —— O Chapeleiro disse animado com seu óculos de sol e roupão colorido.
—— Tá me dizendo, que se juntarmos as cartas, tudo volta ao normal? —— Usagi perguntou.
—— O mundo normal não volta mais —— O Chapeleiro respondeu. —— Só uma pessoa pode retornar ao mundo normal.
—— Só uma? —— Arisu perguntou.
—— É impossível uma única pessoa passar todas fases, então... Todos nós aqui trabalhamos em conjunto por isso —— O Chapeleiro explicou. —— Para que essa pessoa, volte para casa. Esse é o objetivo da praia.
O Chapeleiro parou na frente da cadeira de Hyuna que ainda se manteve olhando para o chão.
—— Eu soube que vocês tem cartas muito boas —— O Chapeleiro disse. —— Principalmente você, Hyuna.
Parecia que o silêncio havia caído como uma bomba na sala, Jouki respirou fundo e então levantou sua cabeça já direção do chapeleiro. Ela podia ver através dos seus óculos de sol, que ele estava assustado com a volta da garota, assutado que ela ainda estava viva, e tinha voltado para praia.
Ela podia ouvir os sussuros, ela era como uma lenda mal contada, uma história de dormir ruim naquele lugar, a primeira que enfrentou a não acreditar na praia.
—— E se a gente não quiser? —— Hyuna perguntou.
—— Vocês não tem escolha, o visto de vocês vai expirar e vocês precisam entrar em outro jogo —— O Chapeleiro explicou.
—— A gente pode voltar se conseguir todas as cartas, isso é verdade? —— Usagi insistiu em perguntar outra vez.
—— Eu ainda não posso revelar tudo, mas a fonte que te contou isso é confiável —— O Chapeleiro explicou. —— Aliás, antes de vocês chegarem a esse mundo, já tínhamos investigado tudo sobre esse país.
—— O quê quer dizer com esse país? —— Arisu perguntou.
—— Se receberam um visto, quer dizer que isso é um país —— O Chapeleiro respondeu. —— As pessoas desaparecendo, a melhor hipótese é que entramos em outro país acidentalmente.
A praia era uma organização, eles usavam fósseis antigos para gerar energia, chuva para a água do local toda que e principalmente as armas... Eles tinham armas de todo o país. Sinceramente, eles poderiam fazer uma chacina agora mesmo se quisessem, eles tinham tudo para serem grandes, eles eram grandes. Eles eram a praia.
—— Na nossa praia de utopia só existem três regras... Essas que a nossa querida Hyuna sabe muito bem —— O Chapeleiro completou. —— Número um; tem que vestir trajes de banho o tempo todo.
—— O quê?
—— Não dá pra esconder armas de fogo usando um biquíni, isso é óbvio —— O Chapeleiro respondeu. —— Número dois; Toda as cartas de baralho pertencem a praia, sendo assim, vamos retirar as cartas que estão no seu poder. Quando tivermos cartas o suficiente para primeira pessoa partir, talvez até lá já podemos duplicar ou triplicar elas, e então outra pessoa vai poder ir embora do país —— O homem continuou.
—— E se... Eu rejeitar a sua oferta? —— Arisu perguntou.
—— Vai acabar como ela —— O Chapeleiro disse na minha direção. —— Vai voltar... Querendo ou não. Número três; morte clemente aos traidores.
Hyuna engoliu seco, sabia o quê estava por vir, sabia que se não morresse naquele jogo... Eles acharam um jeito de matar ela.
—— Arisu, Usagi... Me perdoem, eu trouxe vocês aqui —— Hyuna pediu perdão notando o silêncio mortal da sala, notando que agora não tinha saída.
—— É o sete de copas! A sorte está do nosso lado! —— Tagarelou o Chapeleiro observando as cartas. —— Vamos considerar, bem vindos! A aproveitem sua temporada na praia!
(...)
Uma parte de Hyuna ainda não acreditava que tinha voltado, a outra parte se sentia em casa, mas sabia que se sentiria por pouco tempo. Sentada de frente para em uma sala privada somente para os dois, algo do pedido de Chapeleiro.
—— Eu deixei você ficar com suas coisas, porquê queria que você fosse honesta comigo —— O Chapeleiro disse enquanto andava pela sala.
—— Por quê não me mata logo? Me poupe de toda humilhação —— Hyuna disse negando com a cabeça.
—— Te matar? Eu jamais faria isso —— O Chapeleiro completou. —— Você é a minha Alice, sabe disso.
—— Eu não mereço ser —— Hyuna murmurou.
—— É como minha filha, Hyuna —— O Chapeleiro completou a chamando pelo primeiro nome. —— Pode não ser do mesmo sangue, mas eu cuidei de você, como um pai cuidaria.
Uma parte de Hyuna, talvez ela por completa sempre amaria o Chapeleiro como um pai. Ela sabia que amar era um sentimento forte, então jamais assumiria isso em voz alta. Ela não sabia nem se tinha um pai no mundo real, talvez o pai dela estivesse morto, ou até mesmo fosse um homem horrível. E o chapeleiro estava lá, dando tudo de si para ser a figura paterna de uma garota que ele havia simpatizado de forma inocente.
Hyuna sabia de uma coisa, se você não podia contra o seu inimigo, teria que se juntar a ele. E ela não podia contra a praia, e então se juntaria a ela novamente.
—— Eu te perdôo, como pai... Eu te perdôo em nome da praia também —— O Chapeleiro completou. Poucas vezes que ele demonstrava sua piedade.
Hyuna não pensou direito, entregou a carta de dois de copas, a carta fez ela e Hana se perderem uma da outra.
—— Agora eu entendi, porquê Hana nunca mais voltou —— O Chapeleiro completou, enquanto observava a carta de copas completar o seu baralho. —— Me diga, estavam juntas quando aconteceu?
—— Não —— Hyuna mentiu engolindo seco, a culpa da morte da sua irmã ficaria somente para si, em toda eternidade. Ninguém além dela e Arisu agora, precisavam saber disso.
—— Essa é a sua maldição Hyuna, ficar longe daqueles que ama —— O Chapeleiro levou um cigarro até os lábios para acender. —— E quando menos espera, você perde a pessoa.
—— Bem, acho que aprendi a minha lição —— Jouki abaixou a cabeça, como uma criança assustada.
Hyuna se levantou em silêncio pronta para sair da sala, até que o homem se aproximasse dela mais uma vez tocando seu cabelo e rosto. Dando um sorriso sincero tentando mostrar confiança.
—— Seu cabelo cresceu, não parece mais você —— O Chapeleiro comentou passando os dedos pelos fios castanhos mais longos.
—— Porque não é —— Hyuna respondeu dando um sorriso leve.
O homem beijou a sua testa leve, exatamente como um pai faria e então permitiu que Hyuna andasse pelos corredores da praia. Agora não mais como uma traidora, mas uma moça perdoada... Mas Hyuna ainda se sentia com orgulho, a história mal contada daquele lugar.
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