65. ɴãᴏ é só sᴏʙʀᴇᴠɪᴠᴇʀ
NATÁLIE DIXON
Assim que ele abre a porta do quarto de Negan, e me empurra lá para dentro, não acredito em quem estava ali.
一 Carl?!
Ele me olhou surpreso e tentou vir até mim, mas Negan o impediu, colocando Lucille em frente do seu corpo.
一 Não! Seu príncipe veio te buscar. - ele fala irônico para mim. 一 Senta aí. Dwight pode ir. - o loiro sai, fechando a porta. 一 Então, o que eu deveria fazer por você? - Negan apoia os cotovelos nos joelhos, cruzando seus dedos.
一 Acho que deveria pular aquela janela, e me poupar o trabalho de te matar! - Carl levanta e fala com ele, me deixando totalmente surpresa.
Agora que tinha reparado que ele estava sem sua venda, deixando seu machucado a mostra. Negan sorriu e se ajeitou na cadeira.
一 Você tem coragem garoto. - Negan diz para Carl. 一 Mata três dos meus homens, me pede para liberar sua namorada, e ainda me ameaça de morte! Carl Grimes, nosso futuro serial kilier! - o homem sorri cínico.
一 Porque eu tô aqui? - quebro o silêncio que se formou. Negan se levanta, parando atrás da minha poltrona.
一 Pode dizer para o Carl se você quer ou não voltar?
一 Não posso. - murmuro e ele sorri, enquanto Carl me olhava sem entender.
一 Já temos a resposta! - Negan abre os braços, de forma teatral. 一 Agora, você vai voltar para seu lugar. Eu e o Grimes Júnior vamos dar um passeio.
Dwight entrou no quarto, me puxando consigo. Parei na porta, olhando para Negan uma última vez.
一 O que você vai fazer com ele? - Negan ri descrente, abraçando Carl pelos ombros.
一 Coisas de garoto, querida! - ele sorri irônico.
(...)
Era hoje que eu iria conseguir fugir. Um bilhete anônimo tinha avisado a hora certa para mim sair da cela.
Olhei para todos os lados, certificando que ninguém estava por perto e corri. Entrei em uma das portas, que era um quarto. Vesti umas roupas que encontrei por ali, que ficaram maiores, por serem masculinas.
Achei uma faca e um bastão de ferro, para me proteger. Consegui ir até o pátio das motos e pegar uma.
一 Que droga é essa? - um homem apareceu ali. 一 Pode ir por aquele portão, garota. 'Tá tudo bem, eu juro. - ele levantou as mãos, assustado.
Antes dele falar mais alguma coisa, bati a barra de ferro na cabeça dele. Continuei acertando até ele morrer.
一 Natálie. - ouvi uma voz conhecida, mas continuei acertando o homem. 一 Natálie! - soltei a barra, virando para a pessoa, que estava surpresa pelo o que fiz.
Abaixei e peguei a arma de Rick, que estava com o Salvador, e depois olhei para Jesus.
一 Não é só sobreviver. É pegar tudo. - digo, e volto até a moto. 一 Vamos logo, estou com a chave. - ele pega o rádio do cara e sobe na garupa.
(...)
Parei em frente ao portão de Hilltop e Jesus fez um sinal para o guarda abrir. Entrei com a moto e logo pude ver minha mãe e Glenn. Desci do veículo e corri até eles, abraçando os dois juntos.
一 Seu rosto... - Glenn tocou com cuidado no meu hematoma no olho.
一 Vou ficar bem japa. - sorri de lado. 一 E o bebê? Você? Como estão? - perguntei tudo de uma vez para Maggie.
一 Estamos bem querida. - ela sorriu e eu retribui. 一 Não perdi, mas vou ficar aqui para poder cuidar da gravidez. - assenti, e a abracei outra vez.
一 Nate, sobre o que fez...
一 Foi preciso Glenn. - o interrompo e começo a dizer. 一 Não podia deixar você morrer.
一 Obrigado. - ele sorriu, e me deu um abraço apertado.
Olhei para trás dele e sorri. Enid correu até mim e me abraçou pela cintura.
一 Você me assustou! - ela tenta dizer brava. 一 Mas, é bom saber que está bem. - nos abraçamos de novo.
(...)
Minha mãe me levou até seu quarto e me indicou onde era o banheiro. Tomei um banho demorado, trocando aquelas roupas por outras que Enid me arrumou.
Depois, fui até o médico da comunidade. Doutor Carson cuidou dos meus machucados, e passou um remédio para meu olho melhorar.
Maggie fez um lanche para mim, que devorei em poucos minutos, por conta da fome que sentia. Ela e Glenn disseram que ficariam aqui até o filho nascer, mas que eu podia visitá-los.
Os dois foram até o portão, já que o nosso grupo havia chegado. Fiquei com Jesus para trás. Quando nós dois aparecemos na visão dos outros, Carl correu até mim e me abraçou.
一 Você voltou... - ele coloca sua testa na minha, e fica me olhando nos olhos.
一 Eu disse que você não vai se livrar de mim tão fácil. - sorri, e beijei ele.
Quando nos separamos, abracei todo o grupo. Michonne veio e passou a mão no meu rosto, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.
一 Que bom que está bem, guerreira.
一 Não morro fácil, samurai. - sorri e a abracei.
Daryl se aproximou e ficou me olhando. Levantei uma sobrancelha e esperei ele avançar. Meu irmão sorriu de lado e me puxou para um abraço apertado.
一 Não faça mais isso, tá bom? - ele sussurra em meu ouvido, e eu concordo com a cabeça.
Rick era o único que faltava para mim cumprimentar. Sem dizer nada, ele se aproximou e me olhou. Balancei a cabeça chorando, então aí ele me abraça. Quando o Grimes me soltou, puxei seu revólver da parte de trás da minha calça e o entreguei.
Ele pegou a arma e verificou a munição, vendo que estava completa. Sorri, e Rick agradeceu com um aceno de cabeça. O líder olhou para todo o grupo, que estavam emocionados com a cena, e depois começou a andar até o casarão.
Carl veio até mim e entrelaçou nossos dedos. Sorrimos um para o outro e começamos ir atrás da nossa família.
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