
16. ɴᴏᴠᴏ ᴘʀᴏʙʟᴇᴍᴀ
NATÁLIE DIXON
Rick estava nos explicando quem era o rapaz que eles trouxeram. O grupo dele o deixou para trás, então Hershel quis salvá-lo. Assim que o policial acabou de falar, Shane surtou e começou a falar como aquilo iria prejudicar todos nós, disse até que deveríamos matar Randall.
一 Ainda não falamos sobre o que você fez com o meu celeiro. - Hershel começa e o homem se vira para ele. 一 Eu queria que fosse embora. Rick me convenceu de deixá-lo, mas não preciso gostar disso, então nos faça um favor: mantenha sua boca calada. - Shane deu uma olhada para todos e saiu da casa, totalmente nervoso.
(...)
Depois da pequena "reunião", Rick e Shane foram levar o garoto para um lugar distante da Fazenda.
Sentei próxima a porteira e peguei minha espada. Fiquei olhando para a lâmina e, outra vez, me lembrei da Michonne.
FlashBlack on
一 Olha, até que formamos uma boa dupla. - digo para a morena, assim que terminamos de matar alguns errantes que se aproximaram do nosso abrigo.
一 Até que é verdade. - ela responde guardando sua katana na proteção. 一 Vamos voltar para dentro, já vai anoitecer.
Voltávamos para a pequena casa, andando lado a lado. Fiquei olhando as costas de Michonne, tentando descobrir como ela aprendeu a usar a espada.
一 Onde aprendeu a usá-la? - pergunto, apontando o objeto. Michonne solta um sorriso nostálgico, e olha para mim.
一 Eu achei ela enquanto fugia com o Andre. - ela ficou triste ao lembrar do filho. 一 Aprendi a usar, e me dei bem com ela. - a mulher mexe os ombros, e sorri para mim.
一 Samurai... - digo baixo e Mich me olha sem entender. 一 Vou te chamar de samurai. - dou um sorriso sapeca e a mulher ri.
一 Tudo bem guerreira. - eu a olho confusa. 一 Também te devo um apelido. - ela dá de ombros. 一 E acho que esse é o ideal para você, por tudo que me contou. - sorri torto para ela e abracei sua cintura.
FlashBlack off
Limpei as lágrimas dos meus olhos, que nem percebi caírem, e dei um sorriso triste.
一 Nunca vou te esquecer samurai. - guardei a espada, indo de volta para a casa.
Percebi que Rick e Shane estavam de volta. Eles não deixaram Randall, resolveram trazer ele de volta e o manter preso.
一 Precisamos descobrir alguma coisa sobre o grupo dele. - digo, e Rick assentiu.
一 Podemos conversar com ele, pressionar para que fale alguma coisa. - ele diz. 一 Daryl, poderia...
一 Deixa comigo. - meu irmão responde a pergunta muda, e depois me olha. 一 Vou fazer ele falar, de um jeito ou outro. - assenti e, assim, meu irmão foi em direção ao celeiro.
(...)
Andava de um lado para o outro, com o polegar na boca e uma mão na cintura. Estava preocupada com Daryl, já fazia alguns minutos que ele estava interrogando o Randall.
一 Agora não tem dúvidas, vocês são mesmos irmãos. - Glenn comenta divertido.
一 O que?! - paro de andar e olho confusa para o coreano.
一 Você está igualzinha a ele. Andando de um lado para o outro, parecendo uma barata tonta. - ele responde.
Lancei um olhar mortal para Glenn, mas antes que pudéssemos responder alguma coisa, Daryl aparece. Fico olhando espantada para suas mãos cheias de sangue.
一 Ele tem um grupo, trinte homens. Com armas pesadas. Se vierem aqui, nossos homens morrerão. E nossas mulheres... - meu irmão para de falar. 一 Vão querer estar mortas. - abraço meu próprio corpo, por entender a mensagem.
一 O que você fez? - Maggie pergunta olhando para o sangue nos dedos dele.
一 Ele disse uma coisa, apenas descontei minha raiva nele. - Daryl explica, me olhando, e abaixando a cabeça em seguida. 一 Vamos matá-lo? - todos olhamos para Rick.
一 É o certo. - ele responde firme. 一 Mas, precisamos da opinião do Hershel.
一 Ele é apenas um garoto! - Dale protesta. 一 Com alguns anos a mais que Carl e Natálie, não podemos o matar assim!
一 Podemos fazer uma votação. - Andréia sugeri. 一 Ouvir a opinião de todos sobre isso.
一 Certo, ao pôr do sol vamos até a casa de Hershel para decidir isso. - Rick diz, pondo fim na discussão.
(...)
Decidi ficar sentada na varanda da casa, já que não tinha nada para fazer. Vi Carl entrando escondido na floresta e decido ir atrás dele.
Corro até alcança-lo e, quando nota minha presença, não diz nada, apenas continua caminhando e chutando as folhas pelo caminho.
一 Quer conversar? - pergunto e olho para Carl, mas ele continua focado na trilha.
一 Fui até o celeiro, Radall falou comigo, Shane ficou bravo, eu tratei mal a Carol, e meus pais me deram uma bronca por isso. - ele responde rápido e depois me olha. Eu estava com os olhos um pouco arregalados, e tentando processar tudo o que ele disse.
一 Certo, uma coisa de cada vez. Por que foi até o celeiro?
一 Queria tentar descobrir alguma coisa, mas Shane entrou lá e me arrastou para fora. - ele respondeu, e deu de ombros, como se não fosse nada.
一 E porque brigou com a Carol? - pergunto outra vez. Carl deu uma risada sem humor, e me olhou.
一 Algo sobre ela confiar muito em Deus, e achar que Ele pode concertar tudo. Disse a ela que é idiotice acreditar nos céus.
一 Não sei se posso dizer algo sobre isso, porque eu mesma não acredito. - digo, e ele me olha curioso. 一 Digamos que, quando eu pedi ajuda aos céus, nunca fui ouvida. - dei de ombros. 一 Então, quando o apocalipse começou, passei a acreditar ainda menos.
一 Meu pai pediu para que eu pensasse sobre isso, e vou fazer isso. - assenti, sem ter o que dizer. 一 Olha! - Carl apontou para um errante, que estava com a perna pressa e jogado no chão.
一 O que está fazendo?! - pergunto, ao ver ele se aproximar do zumbi.
一 Brincando. - Carl respondeu debochado, e começou a jogar pedras próximas a boca podre do corpo.
De repente, o zumbi se soltou um pouco, indo para cima do Carl. Corri até ele e o puxei pela blusa, caindo os dois sentados.
一 Está louco?! Poderia ter morrido! Eles não são brinquedos! - digo, com raiva, e me levanto.
一 É eu sei... - ele diz constrangido. 一 Vamos voltar, a reunião já deve estar começando. - Carl se virou e começou a andar de volta para a fazenda.
一 Não vamos matá-lo? - perguntei apontando o walker.
一 Não precisa. Ele está preso, não tem como seguir a gente. - acabei concordando e indo atrás dele.
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