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정 Meu salvador

Hyunjin levou seu tempo para explicar a Felix e Chan como eles chegaram lá. Ele sabia que não deveria contar a ninguém sobre isso, mas ele tinha que provar aos garotos que ele era confiável, diferente daqueles que eles deixaram para trás no clube.

─ Não deveríamos fugir do seu pai, então? Por que estamos dirigindo para sua casa? - Chan era o único que pensava direito naquele carro.

Changbin estava suando profudamente, mesmo que não expressasse seus pensamentos, era óbvio que ele estava tremendamente preocupado com toda a situação e o que aconteceria com eles quando Kangdae descobrisse sua pequena aventura.

Felix ainda estava se acomodando à nova atmosfera, seu corpo doía e seu cérebro não tinha capacidade suficiente para se concentrar totalmente nas palavras que saíam da boca de Hyunjin. Ele estava confuso e tão cansado quando a carga deixou seu corpo.

E Hyunjin... Ele estava preocupado demais com Felix para pensar em qualquer outra coisa. Ele estava feliz por tê-lo salvado daquele lugar, mas temia que estivesse prestes a jogá-lo em um pior porque queria pacificar sua própria mente.

─ Eu matei o guarda-costas. - Hyunjin suspirou. A vida que a máfia lhe trouxe era coberta de riqueza e luxo, mas para mantê-la ilesa junto com seus homens Hyunjin tinha que ser cuidadoso.

Nada era mais importante do que estar sempre alerta, sabendo as regras e zonas que não podiam cruzar, as pessoas com quem não podiam falar e, claro: aquelas que não podiam matar.

─ O que significa que quebrei o tratado de paz que meu pai tinha com Geomgyu. - Felix franziu a testa, preocupado e culpado por algo tão importante e perigoso estar acontecendo por causa dele. ─ Eu matei um dos homens dele, então agora ele tem um caminho livre para fazer o que quiser sem repercussões. A menos que recuperemos nossa turba, não há como sairmos vivos.

Chan assentiu, era impressionante a maneira como ele mantinha o sangue frio mesmo em uma situação como aquela. Esse comportamento só era visto em chefes da máfia com anos de experiência, aqueles que conseguiam manter a compostura e pensar em vez de agir sem um plano rigoroso.

─ Então você quer falar com seu pai sobre isso e pedir ajuda a ele?. - O stripper mais velha perguntou.

─ Algo assim. - Hyunjin tinha um plano em mente, mas isso significava a rendição de seu pai. Ele sabia que as possibilidades eram próximas de zero, mas não havia como ele desistir.

Changbin riu levemente e balançou a cabeça, como se estivesse lendo a mente de Hyunjin.

─ Ele vai te matar. - Foi a única coisa que saiu de seus lábios.

Felix olhou para Hyunjin, seus grandes olhos só transmitiam preocupação e culpa.

─ Sinto muito .

Hyunjin rapidamente encontrou seu olhar e levou sua mão para descansar em seu maxilar, acariciando a bochecha de Felix com cuidado.

─ Do que você está arrependido?

─ É tudo culpa minha. - Uma lágrima rolou pelo rosto de boneca de Felix, manchando sua bochecha antes que Hyunjin pudesse pegá-la com o polegar e afastá-la.

─ Não ouse se culpar por isso, Felix. - Hyunjin estava sério, ele tentou deixar Felix saber e tranquilizá-lo. ─ Nada disso é culpa sua.

─ Se eu não tivesse duvidado naquele momento, você não teria precisado matá-lo. - Felix soluçou e levantou seus próprios punhos pequenos para tentar secar as lágrimas que escapavam livremente de seus olhos.

─ Ei, ei. - Hyunjin foi rápido em afastar as mãos de Felix dos olhos dele, segurando seu rosto delicado enquanto esfregava suas almofadas abaixo dos olhos de corça do loiro, livrando-se das gotas salgadas. ─ Você acha que eu me arrependo, Felix?

Felix piscou ao ouvir isso, fungando enquanto tentava escapar do olhar de Hyunjin.

─ Eu não. - Ele respondeu sua própria pergunta, franzindo a testa ao único pensamento de Felix se convencer de que a bala foi disparada como uma decisão prematura. ─ Eu não me arrependo de ter matado aquele homem. Ele merecia a morte e ainda pior pelo que ele estava tentando fazer com você. - Felix olhou para baixo, envergonhado que Hyunjin tivesse que testemunhar isso. ─ Se eu tivesse que fazer de novo, eu faria. E eu não pensaria duas vezes antes de esvaziar o carregador na cabeça inútil daquele idiota.

Hyunjin moveu as mãos para virar a cabeça de Felix, fazendo-o olhar para ele mais uma vez.

─ Se eu tivesse que entrar naquele buraco de merda para tirar você de lá de novo, eu faria. Mesmo se eu tivesse que fazer isso sozinho, eu estaria lá e lutaria contra quem quer que estivesse no meu caminho só para chegar até você, Felix.

Os olhos de Felix lacrimejaram com as belas palavras que saíram da boca de Hyunjin. Ninguém nunca havia lhe dito algo assim antes, ele não se lembrava da última vez que alguém gostou dele por outra coisa que não fosse seu corpo.

Talvez ninguém nunca tenha feito isso.

─ Você sabe que não estaria sozinho se isso acontecesse de novo. - Changbin interrompeu do outro lado do carro, dando um pequeno sorriso para seu primo. ─ Eu sempre seguirei você em seus planos suicidas.

Todos riram do comentário, mas Hyunjin abaixou a cabeça discretamente para seu primo, grato por sua lealdade.

Ele voltou para Felix em pouco tempo, sorrindo para ele e acariciando suas bochechas ternamente.

─ Eu sempre protegerei você, anjo.

Felix colocou as mãos em volta dos pulsos de Hyunjin, seus lábios esticados em um sorriso tímido enquanto mais lágrimas se acumulavam em seus olhos.

Mas não era mais por tristeza, mas porque ele se sentia seguro. Ele se sentia amado e protegido, e Hyunjin não estava pedindo nada em troca.

A garganta de Felix estava fechada. Nada escapava de sua boca além de pequenos gemidos e fungadas. Então, em vez de falar, ele envolveu seus braços em volta de Hyunjin e afundou seu rosto em seu pescoço, mantendo-o perto e apertando-o em seus braços, com medo de que ele escapasse.

O rosto atordoado de Hyunjin fez Changbin rir um pouco, tentando dissimular com uma tosse. Mas depois de alguns segundos, ele envolveu o corpo ágil de Felix com seus braços longos e fortes e beijou o topo de sua cabeça.

Ele nunca se sentiu assim. Tudo era novo, trazia reações perigosas para fora dele. Mas o fazia se sentir vivo.

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Eles chegaram rapidamente ao complexo. O estacionamento vazio que encontraram quando Changbin ajudou Hyunjin a escapar estava cheio de SUVs pretas, estacionadas descuidadamente e perto do departamento principal.

Felix e Chan ficaram boquiabertos com a enorme mansão, olhando com admiração para as grandes árvores, fontes e edifícios espalhados por todo o campo verde.

Já passava da meia-noite quando uma brisa fria os atingiu e fez as duas strippers estremecerem, lembrando a todos que elas ainda estavam usando as roupas curtas de couro do clube, deixando grande parte de seus corpos descoberta.

Hyunjin rapidamente tirou o paletó do terno e o colocou sobre os ombros de Felix, abraçando-o no processo e esfregando as mãos em seus braços, tentando aquecê-lo.

Felix olhou para ele, suas bochechas e nariz estavam vermelhos e havia um leve rubor subindo em seu peito. Hyunjin o admirou, acalmando seu coração ansioso quando percebeu que estavam se aproximando da porta da frente.

─ Não saia do meu lado, ok? - Ele se certificou de que Felix assentisse e entendesse a importância de sua ordem.

Changbin repetiu o processo com Chan, embora eles não se abraçassem enquanto caminhavam e não trocassem tantos olhares descarados.

Depois que ambas os strippers estavam parcialmente cobertas, Changbin acenou para Hyunjin e ambos os garotos respiraram fundo, abrindo a porta do grande complexo.

O barulho alto de cem vozes parou de repente quando a porta se abriu.

Homens e mulheres de diferentes tamanhos, etnias, aparências e idades estavam em cada canto da casa, todos vestidos de preto e impolutos.

Seus rostos se voltaram para os quatro homens que caminhavam dentro do complexo, procurando entender o motivo de suas conversas acaloradas e preocupações.

Uma voz alta ecoou nas silenciosas paredes brancas, assustando Changbin e Felix, mas não obteve reação de Hyunjin ou Chan.

─ Hwang Hyunjin!. - Kangdae apareceu da sala de estar. Ele estava bravo, ele estava realmente bravo. Havia rugas em sua testa e suor molhando suas roupas. ─ Que porra você fez?

Hyunjin não respondeu. Seu rosto não transmitia nenhum tipo de arrependimento, respeito ou culpa. Era inexpressivo.

Ele parou de andar e ficou na frente do grupo que caminhava atrás dele, certificando-se de que Felix era o que estava mais perto dele.

─ Você sabe o que fez, filho? - Kangdae o alcançou e ficou na sua frente, colocando as mãos nos quadris enquanto se movia com raiva. ─ Eu disse para você ficar longe do plano! Você estragou tudo, Hyunjin!

─ Eu fiz? - Hyunjin levantou uma sobrancelha, ainda sem demonstrar reação enquanto ria baixinho, cruzando os braços.

─ Tudo o que construí será em vão! - Kangdae não estava comprando o comportamento de Hyunjin, ele não se importava com o quão sem emoção ou entediado seu filho parecia, sua raiva era por tudo isso.

─ Você acha que é o único que trabalhou duro pra caramba para que isso desse certo?. - Hyunjin riu, balançando a cabeça quando as revelações de Changbin vieram à sua mente. Ele pensou em todas as vezes que sacrificou algo só porque não estava no plano, todas as vezes que teve que matar e mentir porque era a única maneira de manter a máfia segura. ─ Eu fiz tanto quanto você por esta família, pai.

─ E como você se sente agora? - Kangdae olhou para seu filho com decepção, perdido porque não entendia o que tinha acontecido com Hyunjin. ─ Você está feliz sabendo que fodeu com tudo?

─ Estou feliz em saber que há duas pessoas a menos sofrendo com o abuso de Geomgyu. - Hyunjin cuspiu.

─ É isso? - Kangdae estalou a língua enquanto observava os dois strippers da cabeça aos pés, franzindo a testa em desgosto como se a única presença delas o estivesse incomodando. ─ Você estragou um plano que eu estava tramando há anos para isso? - Ele apontou para o garoto loiro sardento parado logo atrás dele, que apenas deu um passo para o lado e se escondeu mais atrás de Hyunjin. ─ Você estragou tudo porque se apaixonou por uma prostituta?

─ Não. - O tom de Hyunjin era áspero quando ele pisou nas palavras de seu pai, gritando quando a escuridão de um véu vermelho raivoso brilhou através de seus olhos. ─ Não fale dele desse jeito. - O grunhido que saiu de sua garganta era quase animalesco. Seu único objetivo era defender o garoto escondido atrás dele, protegê-lo das palavras duras de seu pai.

─ Eu pensei que você fosse mais inteligente, filho. - Kangdae estalou a língua, virando-se para o outro lado enquanto parecia pensar em algo. ─ Eu pensei que tinha te ensinado bem. Mas olha no que você se tornou.

─ Eu me tornei o que minha mãe sempre quis que eu fosse. - Os olhos de Kangdae escureceram por um momento com a menção de sua falecida esposa. ─ Um cavalheiro.

─ Hah. - Seu pai riu, sacudindo a mão tentando dispensá-lo. ─ Tranque-os em algum lugar até que eu decida o que fazer com eles. - Ele ordenou a Jungsu.

─ Acho que não. - Hyunjin respondeu antes que alguém pudesse alcançá-los.

─ Com licença? - A veia da testa de Kangdae já estava saltando, sua paciência estava chegando ao fim e Hyunjin estava apenas provocando isso.

─ Você é quem está preso dessa vez, pai.

Kangdae parou de andar e se virou para seu filho, erguendo uma sobrancelha para ele, desafiando.

─ O que diabos você está dizendo, garoto?

─ Você contou a essas pessoas o que tem feito nos últimos anos? - Ele perguntou, levantando uma tagarelice e alguns rostos preocupados das pessoas que ainda estavam ao redor deles. ─ Eles sabem que têm cooperado com Geomgyu todo esse tempo? Que as pessoas que eles foram ordenados a eliminar nem sequer estavam implicadas na luta?

Os olhos de Kangdae se arregalaram, ele imediatamente olhou ao redor e viu todos olhando para ele em busca de respostas. Algo que provaria que ele não mentiu para eles como Hyunjin estava descobrindo.

─ O que você está dizendo? - Jungsu franziu a testa, sendo o único com coragem suficiente para perguntar em voz alta o que todos estavam pensando.

─ Meu pai tem lidado com Geomgyu esse tempo todo. - Hyunjin disse mais alto. ─ Ele mentiu para nós enquanto se certificava de encher os bolsos de dinheiro, não apenas lidando com drogas, mas também com pessoas.

Uma série de ruídos começou a escapar de todos, sons de surpresa e traição.

─ Eu sei que vocês têm muitas perguntas, e sei que se sentem traídos. Alguns de vocês provavelmente estão pensando em nos deixar, e aqueles que quiserem estão livres para fazê-lo. - Hyunjin se virou, dando as costas para seu pai e concentrando sua atenção nas pessoas reunidas ao redor. Ele reconheceu cada rosto, ele sabia cada nome e se lembrava sem sombra de dúvidas do momento em que foram recrutados. ─ Mas eu não sou meu pai. Vocês me conhecem, vocês me conhecem desde que eu era criança. E vocês sabem que eu cumpro minhas promessas.

─ Hyunjin, pare. - Kangdae disse entre dentes, não encontrando apoio em ninguém que ele visse.

─ Eu prometo que nunca vou mentir para vocês, vou manter todos vocês seguros e vou cuidar de vocês como eu faria por mim mesmo. E eu juro que vou destruir Geomgyu até as cinzas. - Changbin sorriu para Hyunjin, tranquilizando-o em seu discurso e ficando ao lado dele para mostrar seu apoio. ─ Mas eu não posso fazer isso sem vocês. Então, por favor, perdoem as mentiras e o infortúnio que minha família trouxe para vocês e me abracem como o novo líder da máfia.

Hyunjin respirava pela boca, tentando não demonstrar seu nervosismo, mesmo que ele estivesse se aproximando.

Changbin foi o primeiro a entrar em contato.

Ele estendeu a mão e apertou a de Hyunjin, jurando-lhe lealdade.

Hyunjin sorriu e suspirou quando mais pessoas começaram a se reunir ao seu redor, aliviando sua dor e mostrando sua confiança e lealdade.

Todos acabaram ficando do lado de Hyunjin, exceto os quatro homens que sempre seguiam seu pai. Seus homens de confiança, aqueles que tinham espancado Hyunjin e não se importavam em perguntar o porquê.

Hyunjin assentiu e caminhou até ficar ao lado do pai.

Kangdae estava carrancudo, a derrota estampada em seu rosto enquanto alguns membros o agarravam com força e o empurravam junto com seus homens para um quarto escuro no porão.

─ Você estava certo sobre algo. - Hyunjin começou. ─ Você me ensinou muitas coisas úteis. Mas uma que eu sempre lembrarei é que eu tenho que cuidar do meu povo. - Kangdae suspirou e abaixou a cabeça, pela primeira vez mostrando algum tipo de arrependimento. ─ Sinto muito, pai. - Hyunjin disse a ele antes de ser arrastado com o resto.

Hyunjin suspirou e fechou os olhos, estalando o pescoço e se virando para encarar todos que ainda estavam ali.

─ Atacaremos o clube de Geomgyu amanhã. Preparem-se. - Ele informou, fazendo com que todos concordassem e se dissipassem, deixando a sala de estar e o corredor vazios.

Vazio, exceto por Changbin, Chan e Felix. Que ainda estavam esperando lá, todos eles com um olhar de orgulho no rosto, especialmente Felix.

Os olhos de Felix brilharam com a quantidade de admiração e prazer que Hyunjin lhe trouxe. Seus joelhos viraram geleia quando ele percebeu que Hyunjin era de fato tão poderoso quanto ele alegava ser, que ele estava de fato tão seguro e protegido quanto Hyunjin prometeu.

E não havia nada que ele gostasse mais do que admirar alguém que se importava tanto com ele.

Changbin e Chan foram mandados para os quartos de hóspedes enquanto Hyunjin enlaçou os dedos entre os de Felix.

─ Vamos lá. Você deve estar cansado.

Felix ainda não disse uma palavra, ele estava chocado, cansado e tão confuso. O loiro deixou Hyunjin arrastá-lo, seu espanto estava escrito em todo o seu rosto.

Hyunjin teve que puxá-lo de vez em quando, mas ele apenas riu da maneira como o mais novo olhava com admiração para as altas paredes brancas e as enormes pinturas penduradas nelas.

─ Você mora aqui? - O garoto perguntou, olhando ao redor sem perder nenhum detalhe. Sua boca se abriu diante da fonte de parede interna que eles cruzaram para chegar ao corredor mais longo que ele já tinha visto.

─ Sim, eu moro. - Hyunjin não conseguiu deixar de sorrir diante da inocência e surpresa de Felix.

─ Este lugar é enorme.

Hyunjin guiou Felix para um quarto. O stripper engasgou quando percebeu a mudança de aura quando as paredes brancas e arrumadas se transformaram em concreto preto e azulejos brilhantes. Ele notou o grande cavalete descansando ao lado da cama e a mancha de tinta nas paredes e no chão, junto com alguns pincéis jogados descuidadamente em cima de uma prateleira de madeira.

─ Este é meu quarto. - Hyunjin revelou, embora Felix já pudesse perceber.

Hyunjin olhou para Felix pelo canto do olho, examinando a maneira como o garoto analisava a sala e trocava o peso de um pé para o outro nervosamente.

─ Você pode dormir em outro quarto se quiser. Você não é forçado a ficar aqui. - Ele sentiu que tinha que dizer, mesmo que quisesse que Felix ficasse com ele, não havia nada que ele quisesse mais do que mantê-lo confortável.

─ Se eu ficar aqui...nós dormiremos juntos? - Felix perguntou com grandes olhos esperançosos. ─ Tipo, na mesma cama?

Hyunjin não sabia dizer se o desejo de Felix era ficar sozinho ou ter alguma companhia. Suas perguntas eram confusas e era difícil saber a resposta que Felix queria ouvir.

─ É. - Ele acabou dizendo. ─ A menos que você não queira.

─ Eu quero dormir aqui. - Felix respondeu de repente, engolindo em seco quando percebeu sua própria ânsia. Hyunjin sorriu para ele e assentiu, mostrando-lhe o vasto banheiro anexo ao quarto.

─ Imagino que você gostaria de lavar todo esse sangue e sujeira. - Ele não disse isso, mas também imaginou que Felix ainda estava fedendo por causa da colônia forte daquele guarda. O cheiro provavelmente não trazia nenhuma boa lembrança ao garoto.

Felix assentiu e entrou, ainda olhando para tudo ao redor como um peixe fora d'água.

─ A cômoda fica atrás daquela porta. - Ele sinalizou para a porta de vidro preto do outro lado do banheiro. ─ Pegue o que precisar quando terminar.

─ Você não vai tomar banho? - Felix perguntou a ele.

Por um momento, Hyunjin perdeu o fôlego, ele se perguntou se Felix estava insinuando que queria tomar banho com ele e se deixou pensar sobre isso por um momento.

Mas ele decidiu não fazer isso.

Felix estava muito vulnerável e exposto, a maneira como ele estava parado no meio do enorme banheiro provava isso. Ele juntou as mãos acima do estômago, cabisbaixo enquanto olhava para Hyunjin de vez em quando.

Ele não queria que Félix pensasse que ele lhe devia alguma coisa, então engoliu seus desejos e anseios e balançou a cabeça.

─ Não. Vou deixar um pouco de privacidade para você. - Ele explicou.

Os olhos de Felix se arregalaram com isso e ele inclinou a cabeça para o lado. A expressão em seu rosto era completamente diferente, mais relaxada e até grata.

─ Leve o tempo que precisar. - Hyunjin agarrou a maçaneta e sorriu rapidamente para Felix antes de fechar a porta, fazendo o que prometeu e mantendo a privacidade de Felix.

Hyunjin não sabia o que fazer quando fechou a porta. Ele respirou fundo e tentou resumir tudo o que tinha acontecido em um único dia.

O fato de seu pai estar trancado no porão, onde mantinham todos os traidores e inimigos, era algo que ele nunca pensou que testemunharia.

Ele ainda sentia aquela culpa que não o deixava respirar completamente, algo que lhe dizia para libertar seu pai e perdoá-lo.

Mas então ele se lembrou do porquê de estar ali em primeiro lugar. Como ele mentiu para toda a multidão, até mesmo para Hyunjin.

Ele saiu do quarto e acabou parando atrás do bar na sala de estar, servindo uma quantidade indecente de uísque em um copo, esperando a substância esfriar e o gelo derreter lá dentro.

─ Senhor. - Hyunjin olhou para cima após o primeiro gole, encontrando Jungsu de pé com as mãos apoiadas nas costas. ─ Posso falar com você por um segundo?

─ Fale. - Hyunjin olhou de soslaio para o homem enquanto ele terminava sua bebida, pegando outra logo em seguida.

─ Quero me desculpar, senhor. - Jungsu começou, dando mais um passo para se tornar mais perceptível. ─ Por favor, acredite em mim quando digo que não tinha ideia do que seu pai estava fazendo.

─ Espero que não. - Hyunjin sentou-se na poltrona que seu pai costumava ocupar na maior parte do tempo, deleitando-se com o poder que isso lhe trazia. ─ Caso contrário, você seria um traidor tão grande quanto eles.

Junsgu engoliu em seco, preocupado que suas palavras não fossem o suficiente para provar sua inocência.

─ Eu nunca o trairia, senhor.

Hyunjin curvou a cabeça para o homem que lhe oferecia lealdade. Ele não era seu pai, ele era cauteloso e não confiava em ninguém a menos que provassem seu valor.

Junsgu pegou a pista e se curvou para o chefe da máfia antes de sair. Hyunjin não conseguiu deixar de pensar qual seria o próximo movimento de seu pai, porque mesmo que ele fosse um traidor, ele ainda era a melhor pessoa no comando que Hyunjin já havia seguido ou testemunhado.

Ele voltou para seu quarto depois disso. Quando abriu a porta, encontrou um Felix recém-tomado banho, sentado aos pés da cama, estranhamente boquiaberto, olhando para cada detalhe do quarto.

Hyunjin sorriu e entrou, esticando o pescoço no processo e ouvindo alguns estalos enquanto caminhava até o garoto.

O coração de Felix acelerou quando ele notou a presença do ancião. Suas pequenas mãos começaram a apertar os lençóis sedosos que descansavam abaixo dele e seu lábio deslizou entre os dentes por instinto.

─ Você está se sentindo melhor? - Hyunjin perguntou a ele, deixando seus olhos caírem para a figura de Felix. Ele suspirou quando viu seu cabelo loiro úmido emoldurando seu lindo rosto, não mais manchado com rímel borrado. Hyunjin engoliu o grunhido prestes a sair de sua garganta quando percebeu que Felix estava usando uma de suas camisas.

Claro que ele estava usando sua camisa, ele não tinha mais roupas. Mas ainda assim, isso mexeu com algo dentro dele e despertou uma reação que ele não sabia que poderia ter.

O pequeno corpo de Felix estava quase completamente coberto por uma das camisetas pretas simples de Hyunjin, suas coxas apareciam por baixo, macias e macias pressionadas contra o colchão.

Felix pareceu sentir o olhar de Hyunjin, mas surpreendentemente, a sensação de náusea que ele vinha tendo nos últimos dias por estar sendo observado havia desaparecido.

Ele deixou Hyunjin observá-lo sem se mover um centímetro, aproveitando a fome que parecia expelir dos poros de Hyunjin.

Era tão óbvio o quanto ele o queria.

─ Sim, muito melhor. - Felix respondeu, inclinando a cabeça para o lado e deixando seus cachos loiros caírem sobre seu rosto por um momento.

No entanto, os olhos de Hyunjin pararam em seus pés e ele rapidamente se jogou no chão, ajoelhando-se na frente do garoto.

─ O que é isso?! - Hyunjin perguntou, alarmado. Só quando suas mãos grandes pousaram no pé de Felix que o garoto percebeu que estava sangrando. ─ Você está ferido?

Hyunjin olhou para cima através dos cílios, sua preocupação estava fazendo o coração de Felix derreter e causando uma pontada na boca do estômago.

─ Não, devo ter tropeçado em um copo. - Ele se lembrou das péssimas condições do quarto em que Doyun o jogou e do copo que ele apontou para seu pescoço estar no chão antes. ─ Está tudo bem.

─ Não é. - Hyunjin franziu a testa para ele antes de se levantar e desaparecer no banheiro, pegando uma caixa de primeiros socorros. ─ Por que você não me contou?

Ele caiu de joelhos novamente, pegando cuidadosamente o pé de Felix em suas mãos e limpando o ferimento com uma gaze.

─ Eu não percebi. - Felix estava sendo honesto, até aquele momento ele não havia sentido a menor dor.

Hyunjin balançou a cabeça em desaprovação enquanto se certificava de limpá-la completamente antes de aplicar algum remédio e esconder o ferimento com um curativo.

Felix observou-o enquanto ele cuidava de seu ferimento, sorrindo levemente ao ver o quão focado e cuidadoso o ancião o estava tratando.

Ele se sentia como uma criança cuja mãe estava se curando depois de cair no chão, exceto que ele nunca teve uma mãe para pedir ajuda quando era criança e ninguém nunca cuidou de seus ferimentos.

─ Você está com dor em algum outro lugar? - Hyunjin levantou os olhos preocupados para examinar o corpo do loiro, deslizando cuidadosamente as mãos sobre suas pernas e certificando-se de que o garoto não sentia nenhum tipo de dor.

Mas a última coisa que Félix sentiu foi dor.

Ele sentiu cuidado, ele sentiu o suave deslizar de mãos cautelosas por toda sua pele lisa. As palpitações em seu estômago subiram para descansar em seu peito enquanto ele observava a maneira como Hyunjin cuidava dele tão ternamente, seu rosto se contorceu em preocupação.

Percebendo a falta de resposta, Hyunjin estendeu a mão para segurar o queixo de Felix, trazendo-o de volta de seus pensamentos e franzindo a testa em questionamento.

Felix estava completamente bloqueado, sua respiração estava acelerada novamente, embora por um motivo completamente diferente de horas atrás.

Ele piscou e olhou para Hyunjin.

Ele olhou para o homem que salvou sua vida e não hesitou em matar alguém quando Felix estava em perigo.

Ele olhou para seus lindos olhos, franzindo a testa em apuros porque não sabia se Felix estava se sentindo bem.

Ele olhou para os próprios lábios, engolindo a saliva em sua própria boca quando percebeu o quão carnudos e macios eles eram.

E ele não parou de encará-lo uma vez que Hyunjin balançou a cabeça um pouco, tentando chamar sua atenção. Uma vez ele abriu a boca e disse seu nome em uma voz tão suave, uma voz que fez suas entranhas se revirar e seu coração martelar contra seu peito.

─ Félix?

Felix pulou da cama e rastejou até Hyunjin, rapidamente e sem pensar duas vezes. Ele colocou as pernas em ambos os lados do colo, montando no homem de olhos arregalados e apoiando as mãos em seus ombros antes de unir seus lábios.

Hyunjin não reagiu. Seus olhos ainda estavam arregalados quando sentiu a pressão de dois lábios carnudos nos seus.

Felix se afastou por um momento quando percebeu que Hyunjin não estava respondendo e olhou-o nos olhos.

Hyunjin engasgou e engoliu em seco, piscando enquanto assimilava o que tinha acabado de acontecer.

Suas mãos deslizaram para descansar nas coxas de Felix quando ele notou a proximidade repentina deles, finalmente entendendo que Felix o beijou.

Ele o beijou porque quis.

E quando Hyunjin olhou nos olhos de Felix mais uma vez, ele só conseguiu encontrar necessidade e medo, medo de que Hyunjin não retribuísse.

Hyunjin foi quem beijou Felix na próxima vez, ele agarrou a nuca do garoto e juntou suas bocas, recebendo tudo o que ele não tinha conseguido desde o começo.

Felix choramingou, imediatamente entrelaçando os dedos entre os cachos pretos de Hyunjin e empurrando sua cabeça para mais perto.

Hyunjin grunhiu no beijo e engoliu os pequenos ruídos de Felix enquanto deslizava a língua para dentro de sua boca doce, saboreando cada canto de Felix.

Felix só conseguiu seguir o beijo, devorando a boca de Hyunjin como se fosse a última coisa que ele faria, puxando os fios negros e gemendo quando as mãos de Hyunjin agarraram a carne macia de suas coxas.

Suas mãos grandes delinearam todo o corpo de Felix, acariciando a parte de trás de suas pernas, seus quadris e sua cintura, como se ele não pudesse acreditar que Felix era real.

Felix empinou os quadris para frente, arrancando um gemido áspero de Hyunjin e o puxão áspero de dentes em seu lábio inferior carnudo.

Felix sentiu arrepios por todo o corpo, fogo onde quer que as mãos de Hyunjin tocassem e pura felicidade pelo calor que emanava do corpo que arranhava desesperadamente o seu.

Eles se separaram quando ficaram sem fôlego, seus peitos subiam e desciam bruscamente tentando colocar mais ar em seus pulmões, desesperados para se unirem novamente.

Eles juntaram as testas e abriram os olhos lentamente, encontrando o outro completamente destruído.

O rosto sardento de Felix estava escondido sob um rubor profundo que descia por seu pescoço e provavelmente pelo resto de seu corpo. Seus lábios estavam dormentes e cobertos de cuspe, espelhando os de Hyunjin, cujos olhos tinham uma aura possessiva escura que só fez Felix estremecer ainda mais em seus braços.

Felix deixou suas mãos vagarem por um momento, deslizando-as pelos ombros fortes de Hyunjin para descansar em seu peito musculoso. Ele observou suas próprias mãos enquanto elas deslizavam por baixo do tecido preto da camisa de botões de Hyunjin, sentindo o músculo duro e a pele macia protegendo-a.

Ele prendeu a respiração quando sentiu o coração de Hyunjin batendo vigorosamente contra sua mão, apenas para descobrir que o mais velho estava olhando para ele com o olhar mais faminto que ele já tinha testemunhado.

─ Hyunjin... - Felix quase gemeu seu nome, levantando uma das mãos para enredar-se no cabelo de Hyunjin enquanto desabotoava sua camisa com a outra, olhando profundamente em seus olhos negros.

─ Lix.... - Hyunjin respondeu, tentando limpar sua mente e entender o que estava acontecendo. ─ Não precisamos fazer isso.

Felix mordeu o lábio, revirando os quadris para mostrar a Hyunjin sua dura excitação pressionando seu estômago.

─ Parece que eu não quero isso?

Hyunjin prendeu a respiração quando Felix começou a deslizar os dedos sobre seu peito nu, descendo até seu abdômen.

─ O que é isso? - Os toques tentadores de Felix cessaram e uma voz alterada e preocupada saiu dele quando seus olhos caíram sobre os hematomas espalhados por todas as costelas de Hyunjin.

Hyunjin olhou para baixo e suspirou, tentando fugir do assunto beijando o queixo de Felix.

Mas o garoto não se mexeu.

Felix pediu para Hyunjin se levantar e o pressionou contra a parede, abrindo sua camisa para revelar o amplo espectro de cores que deixavam marcas no corpo de Hyunjin. Vermelho, roxo e verde eram os que mais se destacavam.

─ O que diabos aconteceu com você? - Felix olhou para cima, buscando respostas, mesmo que Hyunjin claramente não estivesse com humor para isso.

─ Só uma briguinha com meu pai. Não se preocupe com isso. - Ele tentou puxar Felix para mais perto novamente pelo pulso, sedento para ter seus lábios de volta.

─ Como eu não vou me preocupar com isso? - Felix franziu a testa, incapaz de manter os olhos longe dos golpes. ─ Diga-me o que aconteceu.

Hyunjin suspirou, mas acabou fazendo o que Felix pediu. Ele mordeu o interior da bochecha enquanto explicava tudo ao garoto.

─ Ele descobriu que eu saí escondido para te ver. Eu deveria ficar longe de você para não influenciar o plano, mas pulei as ordens dele.

Os olhos de Felix se arregalaram, ele de repente se sentiu extremamente culpado por culpar Hyunjin por seu desaparecimento. Sua visão começou a ficar turva enquanto ele segurava a camisa preta de botões ainda em Hyunjin.

─ Você- você foi espancado... por minha causa?

Hyunjin rapidamente segurou o queixo do garoto com as mãos, acariciando suas bochechas e balançando a cabeça em sinal de não.

─ Felix, nada disso é culpa sua. Eu não segui as ordens do meu chefe e fui punido por isso, acontece o tempo todo.

─ Sinto muito, Jinnie. - Felix pareceu não ouvir enquanto suas lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Sua cabeça estava uma bagunça, o cansaço, a culpa e os sentimentos intensos estavam se misturando e tornando tudo ainda pior de lidar.

─ Não se desculpe, meu amor. - Felix olhou para cima quando ouviu o apelido carinhoso, encontrando a preocupação de Hyunjin estampada em seu tom e escorrendo de seus olhos. ─ Eu disse que faria de novo sem pensar duas vezes.

─ Você se machucou, Hyunjin. Olha- olha isso. - O loiro abriu mais a camisa, fazendo questão de mostrar todos os hematomas mais uma vez.

─ Eu não me importo se eu me machucar, contanto que você esteja seguro, Felix. - Hyunjin disse com a voz e expressão mais honestas que ele conseguiu encontrar em si mesmo. Felix olhou para ele franzindo a testa, ainda não familiarizado com o cuidado que Hyunjin fornecia. ─ Eu iria , eu morreria por você, Felix.

Felix engasgou, suas lágrimas pararam de repente enquanto ele piscava em completa confusão.

─ Não estou brincando, Felix. Isso não é nada comparado ao que eu tomaria por você. - Ele apontou para seu estômago, fechando a distância entre eles mais uma vez e beijando a testa de Felix. ─ Eu queimaria o mundo inteiro por você se você me pedisse. - Ele beijou suas bochechas, abraçando-o perto até que não houvesse nada os separando. ─ Eu queimaria com isso se fosse seu desejo.

Ele beijou o outro lado da bochecha, segurando o rosto atordoado de Felix em suas mãos e acariciando seus lábios carnudos com os polegares.

─ Eu faria qualquer coisa por você, Felix.

Felix piscou, segurando a bola na garganta enquanto olhava para Hyunjin, perdido e confuso.

─ Por quê? - Ele franziu a testa.

Hyunjin mordeu o lábio e soltou um suspiro profundo, olhando profundamente nos olhos de Felix.

─ Porque eu te amo.

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