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𝟬𝟬𝟲.ㅤ› test subject nineteen . . .

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CAPÍTULO 006 !! ꕀ
indivíduo de teste dezenove

ㅤㅤFrederick sentiu algumas lambidas em seu rosto, então franziu o cenho e abriu um pouco dos olhos. Suspirou e sorriu ao confirmar que era Muffin, tornando a fechar os olhos mais uma vez, enquanto levantava seu braço para acariciar as orelhas peludas do cão. O borden collie subiu em cima de si, fazendo o Dixon arfar com o susto momentâneo do peso sob sua barriga.

ㅡ Eu já te falei que você não é mais um filhote, seu pulguento folgado! - Fred murmurou, olhando Muffin com a cabeça deitada em seu peito lamber a ponta de seu queixo, como se pedisse para não parar o carinho. O Dixon não parou. ㅡ E você não está nem aí com isso, não é mesmo? - outra lambida, e o homem finalmente riu.

Fred, ainda coçando as orelhas de Muffin, olhou ao redor do quarto e viu que estava vazio. Ele suspirou, percebendo que havia dormido demais naquela manhã.

Depois de muito custo, conseguiu fazer com que Muffin saísse de cima de si. O cachorro se sentou na frente do sofá, onde o homem agora se sentava para espreguiçar o corpo; ele calçou seus sapatos, antes de finalmente deixar o quarto - claro, com seu cão de guarda o acompanhando de perto -.

Fred foi até o refeitório do CDC, onde parte do grupo já estava reunido e tomando café. Riu ao passar por Glenn, o vendo sofrendo por causa da ressaca.

ㅡ Problemas aí, coreano? - ele debochou.

ㅡ Por favor, não me deixem nunca mais beber na minha vida! - Glenn disse.

ㅡ Para com o drama e toma isso. - Rebecca, ao seu lado, lhe estendeu alguns comprimidos. Ela o observou tomando o remédio com um sorriso frouxo em seus lábios.

Fred levantou as sombrancelhas diante a aproximação repentina dos dois, balançando a cabeça e rindo ao notar que algo havia mudado naquela noite. Não que já não havia percebido o mesmo nas últimas semanas, mas naquela manhã Rebecca e Glenn pareciam ainda mais próximos.

ㅡ Oi. - Fred cumprimentou Bryan e Sabrina, beijando o topo dos cabelos de cada um. ㅡ Tudo bem? Vocês dormiram bem?

ㅡ Eu que tinha que te perguntar isso, pai. - Bryan deu um sorriso. ㅡ Você 'tá de ressaca?

ㅡ Nah! Eu 'tô é pronto para outra rodada daquela, garoto! - Fred respondeu rindo, bagunçando os cabelos do filho.

Fred pegou alguns dos bacons que estavam na mesa e também um copo de suco. Começou a comer, e bem na hora viu que Dominic e Vicent também estavam chegando no refeitório. Estavam tão ruins quanto Glenn, e o Dixon evitou sorrir enquanto o filho se sentava ao seu lado.

ㅡ E aí? - ele perguntou.

ㅡ Nunca mais quero ver álcool na minha frente. Eu juro! - Dominic respondeu, franzindo o cenho, claramente com dor de cabeça.

ㅡ Diz isso até ver álcool na sua frente de novo, pirralho. - Daryl disse, sentado no balcão do refeitório.

ㅡ Bebe isso, Dom. - Fred entregou para ele os comprimidos, dizendo em meio à risada falhada com a frase do irmão. ㅡ E tente ficar apenas na água por hoje! Vocês também. - completou, olhando para os outros dois de ressaca. O grupo riu.

Fred fechou seu sorriso ao ver Shane entrando no refeitório; ele disfarçou olhando para Lori, que também havia mudado seu semblante naquele momento. O Walsh estava com um pequeno roxo debaixo do queixo, e aquilo fez o Dixon perceber que seu soco da noite anterior não havia sido tão fraco assim.

ㅡ O que aconteceu com seu roato, cara? - Tdog perguntou ao homem.

Fred e Lori foram os únicos que não se viraram para olhá-lo. O Dixon disfarçar o olhar para outra direção, enquanto tomava seu suco; e a mulher apenas abaixou a cabeça para seu prato naquele momento. Shane suspirou, antes de finalmente responder a pergunta de Tdog:

ㅡ Eu não sei. Amanheci com isso no meu rosto. Talvez devo ter batido ontem no banho, e estava tão alto que nem percebi. - ele forçou uma risada.

ㅡ Estranho, nunca vi você fazendo isso. - Rick disse.

ㅡ É, realmente não é coisa minha, cara. - Shane disse.

Lori finalmente o olhou, mas logo disfarçou outra vez. Ela olhou para Fred, que havia se virado apenas para sua direção com a fala do Walsh; os dois logo disfarçaram também, e o Dixon teve que se conter outra vez para pergunta-la se queria mesmo manter o que havia acontecido em segredo.

Sua distração foi Edwin entrar no refeitório cumprimentando todos, com Dale dizendo a ele:

ㅡ Doutor, não quero começar o dia te enchendo de perguntas...

ㅡ Mas vai perguntar. - Jenner disse.

ㅡ Não viemos aqui pelos ovos. - Andrea foi direta, e todos olharam para Edwin, que havia se virado pra eles naquele momento.

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Edwin pediu que o grupo o seguisse novamente para a sala de comandos; ao chegar, o médico pediu para que Vi ligasse "o playback do indivíduo de teste 19". A voz robotizada repetiu o comando, antes de surgir na tela uma gravação de um cérebro.

ㅡ Poucas pessoas tiveram a chance de ver isso. Pouquíssimas! - Edwin disse.

ㅡ Aquilo é um cérebro?! - Carl perguntou, olhando impressionado para a tela.

ㅡ Um cérebro extraordinário. - Edwin respondeu ao garoto. ㅡ Mas nem tanto no fim. Coloque em VIA.

Visão Interna Aumentada. - o computador disse, e então a gravação mudou.

A imagem "do cérebro" começou a aumentar, até que algumas linhas ficassem visíveis na tela. Algumas brilhavam e outras nem tanto; algumas até mesmo estavam pretas (apagadas).

ㅡ O que são aquelas luzes? - Shane perguntou.

ㅡ São a vida de uma pessoa. Experiências, memórias. Tudo mesmo. - Edwin respondeu. ㅡ Em algum lugar naqueles cabos orgânicos, naquelas ondas de luz, está você. A coisa que te faz ser único e humano. - explicou.

ㅡ Você costuma não falar coisas ou coisas sempre? - Daryl pergunta.

ㅡ Aquelas são sinapses. Impulsos elétricos no cérebro que carrega todas as memórias. - Edwin explicou. ㅡ Determinam tudo o que uma pessoa diz, fala ou pensa, desde o nascimento... até o dia de sua morte.

ㅡ Morte? - Rick foi para frente. ㅡ Então isso é uma vigília?

ㅡ É. - Jenner respondeu. ㅡ Ou melhor, é o playback de uma vigília.

ㅡ Essa pessoa morreu? Quem? - Andrea perguntou.

ㅡ Indivíduo de teste dezenove. Alguém que foi mordido, infectado... e se voluntariou para que o processo fosse gravado. - Edwin respondeu, sem tirar os olhos da gravação. ㅡ Vi, avance para o primeiro evento.

A gravação mudou novamente, deixando visível o corpo do IT19 deitado naquela gravação. Em evidência estavam apenas seu cérebro e o sistema nervoso. As linhas eram na maioria escuras naquele processo, e as dos cérebros piscavam falhadamente.

ㅡ O que é aquilo? - Glenn perguntou.

ㅡ Ele invade o cérebro como meningite. - Edwin explicou, enquanto o corpo na gravação se mexia. ㅡ As glândulas suprarrenais têm hemorragia. O cérebro é desligado. E depois os demais órgãos vitais. - o corpo se tornou imóvel na vigília. ㅡ E então a morte. Tudo o que você foi ou será um dia... se vai. - Jenner completou.

Fred olhou para Dominic ao seu lado, o vendo parado observando sem piscar a gravação no telão. O homem suspirou, se aproximando do filho e apertando seu ombro levemente, sabendo que havia pensado em sua namorada.

Andrea também estava emotiva com a gravação, e Edwin percebeu.

ㅡ Ela perdeu uma pessoa há dois dias. A irmã dela. - Lori explicou, ao notar o olhar do médico.

ㅡ Eu também perdi uma pessoa. - Edwin disse à Harrison. ㅡ Eu sei como isso é devastador.

Em seguida, ele pediu para que Vi avançasse para o segundo evento de vigília. E mais uma vez, a gravação mudou.

ㅡ O tempo de ressurreição varia muito. Temos relatos de acontecer em menos três minutos. A maior que temos notícias durou oito horas. - Jenner explicou. ㅡ No caso desse paciente foram duas horas, um minuto... e sete segundos.

As luzes no cérebro da gravação estavam todas apagadas, mas de repente algumas começaram a se acender a partir do centro. A boca do corpo se mexeu lentamente, e sabiam que havia retornado como um caminhante.

ㅡ Reinicia o cérebro?! - Lori perguntou em choque.

ㅡ Não, só o tronco cerebral. - Jenner respondeu. ㅡ Basicamente, os fazem se levantar e movimentar.

ㅡ Mas não estão vivos? - Rick disse.

ㅡ Me diga você. - Jenner apontou.

ㅡ Não é como era antes. - o Grimes observou. ㅡ A maior parte do cérebro está escura.

ㅡ Escuro, sem vida, morto. - Edwin completou. ㅡ O lobo frontal, o neocórtex, a parte humana, essa parte não volta. A parte humana... é só uma casca estimulada por instinto irracional.

De repente, na gravação, uma luz cortou o cérebro do paciente.

Um tiro.

ㅡ Atirou na cabeça do paciente, não foi? - Fred disse.

Edwin ficou em silêncio diante a pergunta. A única coisa que disse, foi para Vi desligar toda a estação de trabalho.

ㅡ Não faz idéia do que é isso, não? - o Dixon acusou.

ㅡ Pode ser micróbio, vírus, parasita, fungo...

ㅡ Ou a ira de Deus? - Jacqui perguntou. Jenner a olhou.

ㅡ Ou a ira de Deus. - ele disse.

ㅡ Alguém deve saber de alguma coisa. Em algum lugar! Há outros, não? - Andrea perguntou.

ㅡ Pode haver alguns... pessoas como eu. - o médico disse.

ㅡ Não sabe? Como pode não saber?! - Rick perguntou.

ㅡ Tudo foi desligado. Comunicações, diretrizes, tudo mesmo. Eu estou sem notícias há quase um mês. - Edwin respondeu.

ㅡ Então não há nada em nenhum outro lugar... é isso que está dizendo, não? - Andrea perguntou, acusatória.

Edwin ficou em silêncio. Todos do grupo ficaram da mesma forma, suspirando profundamente.

ㅡ Acho que preciso encher a cara de novo. - Fred ouviu o irmão dizendo ao seu lado.

ㅡ Doutor, sei que está sendo difícil para você, e odeio fazer mais uma pergunta, mas... - Dale andou até o relógio na parede e apontou para ele. ㅡ Aquele relógio com contagem regressiva... o que acontece quando chegar ao zero?

ㅡ Os geradores do porão vão ficar sem combustíveis. - Edwin respondeu, antes de se virar de costa.

ㅡ E depois? - Rick perguntou, mas o médico o ignorou. ㅡ Vi, o que acontece quando a energia acabar?

Quando a energia acabar, vai acontecer a descontaminação geral da instalação.

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Rick, Shane, Glenn, Tdog e Fred haviam descido até o porão para checarem o que estava acontecendo. Encontraram barris de combustíveis vazios, e os geradores do CDC sendo desligados. Assim que voltaram para a sala de comandos, encontraram os outros chegando junto a Jenner ali também.

ㅡ Jenner, o que está acontecendo? - Rick o abordou.

ㅡ O sistema está cortando o uso não essencial de energia. Foi programado para aguentar até o último segundo possível. Isso começa quando atinge a marca de meia hora. - Edwin respondeu. Apontou para o relógio: ㅡ Bem na hora.

Todos ficaram em silêncio, observando-o.

Fred olhou para o lado, apenas para verificar que Dom, Bryan e Sabrina estavam parando próximos de si. Junto com o restante do grupo, eles ouviram Jenner anunciar:

ㅡ Foram os franceses.

ㅡ O que? - Andrea perguntou.

ㅡ Foram eles que mais aguentaram até onde eu sei. Enquanto nosso pessoal trancava as portas e se suicidava nos corredores, eles ficaram no laboratório até o fim. - Edwin disse. ㅡ Acharam que estavam perto da solução.

ㅡ E o que aconteceu? - Jacqui perguntou.

ㅡ O mesmo que está acontecendo aqui. Ficaram sem energia. Sem combustível. - o médico respondeu. ㅡ O mundo usa combustível fóssil, isso não é estúpido?

Enquanto Rick controlava Shane, o impedindo de ir para cima de Jenner, ele também avisou aos outros para correrem e pegarem suas coisas, pois iriam sair dali. Porém, quando todos se viraram para correr, um alarme soou e um relógio foi colocado no telão.

Trinta minutos para a descontaminação. - Vi anunciou.

ㅡ Vamos, vamos logo sair daqui! - Fred disse para os mais novos, os instruindo a andar depressa.

Assim que todo o grupo se virou e começou a correr para a porta, a mesma foi lacrada por Jenner.

ㅡ Trancou a gente aqui?! - Glenn perguntou, em um misto de pavor e indignação. ㅡ Ele trancou a gente aqui!

Daryl foi para cima de Jenner, o xingado e tentando o acertar. Fred correu para impedir o irmão, enquanto Shane e Tdog o ajudavam na tarefa. Irritado, o mais novo tirou a garrafa de bebida que estava nas mãos do maior e o lançou um olhar severo, o qual conseguiu fazer com que ficasse quieto.

ㅡ Jenner, abra aquela porta. - Rick pediu seriamente.

ㅡ É inútil. Tudo lá em cima está fechado. As saídas de emergência estão seladas. - o médico disse.

ㅡ Abre logo essas porcarias! - Daryl disse.

ㅡ Eu não controlo isso, são os computadores! - Jenner continuou: ㅡ Eu disse que quando aquelas portas fossem fechadas, elas não seriam abertas novamente. Você me ouviu dizer isso! - disse para Rick. ㅡ É melhor assim.

ㅡ O que?! - Rick se irritou. ㅡ O que acontece em vinte oito minutos?

Jenner ficou em silêncio.

ㅡ O que acontece em vinte oito minutos?! - o Grimes falou mais alto.

ㅡ Você sabe o que é esse lugar?! - Jenner também aumentou o tom, se levantando e ficando à altura do homem. ㅡ Nós protegemos a população de coisas bem ruins. Coisas que não vão querer nunca tirar daqui! - um silêncio se instalou, antes do médico completar: ㅡ Numa falta de energia catastrófica, um ataque terrorista, por exemplo, AITS são lançados para impedir que qualquer organismo saia.

ㅡ AITS? - Rick questionou.

Vi, defina.

Alto Impulso Termobárico. - a voz robotizada respondeu. ㅡ Combustível com ar explosivos que contém dois estágios: ignição por aerossol que produção uma onda de explosão de poder e duração maiores do que qualquer outra explosão, exceto nuclear. A pressão de vácuo queima o oxigênio entre 2750°C a 3300°C. É usada quando precisa causar uma grande perda de vidas e danos na estrutura.

Alguns do grupo começaram a chorar assustados, outros apenas ficaram sem reação diante aquela definição. Fred havia sido um, que apenas paralisou e absorveu aquelas palavras como um forte golpe no peito. Ele suspirou fundo, olhando para os mais novos e abraçando Sabrina, quem estava chorando assustada.

ㅡ Coloca fogo no ar. Sem dor. - Jenner completou, depois dos segundos de silêncio. ㅡ O fim da dor, do pesar... do arrependimento. De tudo.

O grupo levou alguns minutos em silêncio, apenas processando tudo o que Jenner havia dito e o que em breve aconteceria. Daryl, porém, foi o primeiro a romper aquele momento; ele correu até a porta e começou a acertá-la com machadadas. Os outros homens seguiram seus passos.

Fred estava encostado em umas das mesas dos computadores, em silêncio. Vez ou outra olhava para o que os outros homens faziam, e também para os que haviam ficado por ali. Carol e Lori abraçavam seus filhos; Andrea chorava encolhida em um canto. Dale e Jacqui estavam como ele, observando tudo - apesar da mulher também ter algumas lágrimas e estar com seu olhar distante -.

O Dixon olhou para baixo, vendo que Rebecca estava sentada com Bryan e Sabrina ao seu lado, cada um deitado com a cabeça em seus ombros. A mulher também parecia assustada, mas controlou a si mesma para amparar os mais novos. Quando os dois trocaram um olhar, o homem pode perceber aquilo, então acenou levemente com a cabeça para ela, em um mudo agradecimento.

Com mais um suspiro, Fred passou a mão no rosto e voltou a cruzar seus braços na altura do peito. Sabia que estava com raiva de Jenner no momento e que precisava arrumar um jeito de tirar seus filhos dali, mas também seu choque havia levado suas forças para ter qualquer ideia naquele momento.

ㅡ Vocês deveriam ter sido deixados sozinhos. Teria sido mais fácil. - ele ouviu Jenner dizer, então se virou em sua direção.

ㅡ Fácil para quem?! - Lori perguntou.

ㅡ Para todos vocês. - Edwin respondeu. ㅡ Vocês sabem como é lá fora. Uma vida curta, brutal, e uma morte agonizante.

ㅡ Então a melhor forma seria desistir, assim?! Como um covarde, sem ao menos tentar? - o Dixon perguntou, se aproximando lentamente do médico. ㅡ Não cabe a você decidir o que devemos fazer. Chegamos até aqui, então podemos continuar!

ㅡ Quer mesmo seus filhos crescendo num mundo assim? - Jenner perguntou.

ㅡ O que eu não quero é que eles passem por isso, aqui, agora! - Fred cerrou os dentes. Ele avançou de uma vez, então Rick rapidamente se colocou em sua frente para contê-lo. O homem suspirou e se recompôs. ㅡ E acredite, nosso cenário de antes não era melhor que essa merda. A gente dá conta. Eu posso protegê-los, como sempre fiz minha vida toda! - completou, antes de dar as costas outra vez.

ㅡ Não está nem amassando. - ofegante, Shane disse ao se aproximar.

ㅡ Essas portas foram projetadas para aguentar até um foguete. - Jenner avisou.

ㅡ Mas sua cabeça não! - Daryl se aproximou correndo, com o machado erguido.

ㅡ Daryl! - Fred gritou, segurando o irmão, enquanto Rick tirava a arma de suas mãos e jogava para longe. ㅡ Se controla, porra! - o Dixon gritou, irritado, empurrando o mais velho para trás.

ㅡ Vocês querem isso. Noite passada você disse. - o médico começou, apontando para Rick. ㅡ Sabia que era questão de tempo até as pessoas que ama estarem mortas.

ㅡ Disse isso? - Shane perguntou. ㅡ Depois de todo aquele discurso?

ㅡ Eu tinha que manter a esperança viva, não é? - o Grimes justificou.

ㅡ Não há esperança. Nunca houve! - Jenner disse.

ㅡ Sempre tem esperança! - Rick rebateu. ㅡ Talvez não seja você, talvez não seja aqui, mas alguém... Em algum lugar!

ㅡ Que parte do "tudo acabou" você não entendeu?! - Andrea perguntou.

ㅡ Escute sua amiga, ela entendeu. - Jenner disse. ㅡ É isso que vai acabar com a gente. É o evento que vai nos extinguir.

Fred olhou para trás, sentindo a respiração ficar pesada ao perceber que Sabrina havia voltado a chorar com desespero. O homem apertou o punho, olhando para Jenner outra vez.

ㅡ Isso não está certo. Você não pode nos prender aqui! - Carol disse, em meio ao choro.

ㅡ Não seria mais compassivo... - Jenner disse. Fred começou a caminhar na direção dele. ㅡ abraçar os entes queridos e esperar o tempo daquele relógio chegar ao fim?

Fred arrancou de uma vez sua faca da bainha presa na calça e apertou contra o pescoço do homem, o segurando com a outra mão contra a mesa. Todos ofegaram, e Rick inclusive tentou puxar o Dixon pelo ombro, mas o mesmo desfez o toque e apertou ainda mais a lâmina em Jenner.

ㅡ Não é sua decisão como ou quando eu, meus filhos ou qualquer pessoa nessa sala devemos morrer. - o Dixon começou. ㅡ Não é a porra da sua decisão acreditar que todos devemos ser um covarde como você e desistir desse mundo aqui e agora. Está me ouvindo?! Não é você que decide essa porra! - ele gritou contra o rosto do médico. ㅡ Então é melhor você abrir a droga daquela porta, deixar a gente vazar desse lugar, ou eu mesmo vou matar você! O que vai acontecer depois daquelas portas é problema nosso, não seu, Jenner!

ㅡ Dixon! - Rick começou, novamente o puxando pelo ombro. ㅡ Se ele morrer, todos nós morremos! Se você matar ele... a gente morre também, ouviu?!

Fred ofegou de raiva. Seus dedos apertaram ainda mais o cabo da faca. Ele gritou, a tirando do pescoço de Jenner e girando rapidamente a lâmina. Todos prenderam a respiração com o barulho, mas o Dixon havia apenas a fincado com força na bancada da mesa atrás deles.

Puxando novamente, Fred a guardou e se virou, passando as mãos no rosto e cabeça, olhando para o médico com o canto dos olhos queimando de raiva.

ㅡ Está mentindo. - Rick disse, quando tudo havia passado.

ㅡ O que? - Jenner olhou-o confuso.

ㅡ Acho que está mentindo sobre não haver esperança. - Rick disse. ㅡ Se fosse verdade você teria fugido ou escolhido o caminho mais fácil. Mas não escolheu. Escolheu o caminho difícil. Por quê?

ㅡ Isso não importa. - Edwin disse.

ㅡ Importa sim. Sempre importa. - o Grimes rebateu. ㅡ Você ficou enquanto os outros fugiam. Por quê?

ㅡ Não porque eu queria! - Jenner se levantou outra vez. ㅡ Eu fiz uma promessa... para ela... minha esposa.

ㅡ O Indivíduo de Teste 19 era sua esposa? - Lori perguntou.

ㅡ Ela implorou que eu continuasse até onde fosse possível. - Jenner continuou, confirmando a pergunta. ㅡ Como poderia dizer não? Ela estava morrendo. - ele suspirou: ㅡ Eu quem deveria estar naquela mesa. Eu não importava para ninguém. Ela foi uma perda para o mundo. Ela dirigia esse lugar... eu só trabalhava aqui. Na nossa área, ela era uma Einstein. E eu? Eu sou só o Edwin Jenner. Ela poderia ter feito algo sobre isso... não eu.

ㅡ Sua esposa não teve escolha. - Rick disse a ele. ㅡ Mas você tem. E é isso que queremos! Uma escolha, uma chance.

ㅡ Temos que tentar o máximo que pudermos. - sua esposa completou.

ㅡ Eu falei... a parte de cima está fechada, não posso abrir. - Edwin disse, depois de suspirar pensativo.

Fred viu Edwin caminhar até um aparelho e finalmente abrir aquela porta. O Dixon correu e ajudou Rebecca e as crianças se levantarem, depois os guiou para a saída junto com os outros. Muffin os seguia de perto, depois de apenas um comando de pedido do dono.

ㅡ Vamos, vamos! - ele continuou empurrando Bryan, impedindo-o que parasse no meio do caminho e voltasse a olhar para trás. ㅡ Junte nossas coisas, vão!

Fred parou ao ver que alguns haviam parado para ouvir Jacqui, que avisava que iria ficar no prédio. Tdog estava sem reação olhando para a mulher, tentabdo impedi-la.

ㅡ Vamos, Doug. - Fred puxou a camisa do amigo. ㅡ Vamos, ela tomou a decisão dela. - repetiu, ao perceber que as tentativas seriam em vão.

Os dois correram para onde haviam dormido no dia anterior. Fred encontrou com seus filhos e Daryl já no corredor, segurando suas coisas. Fred colocou sua mochila nas costas e pegou sua crossbow das mãos do irmão, enquanto voltavam a correr até o hall de entrada do prédio.

No local, o grupo começou a fazer várias tentativas de estourar as portas e janelas. Acertaram os machados, uma cadeira e Shane até disparou uma vez contra elas com sua arma. Mas tudo em vão. Nada parecia nem mesmo arranhar o vidro.

ㅡ Rick, acho que tenho algo que pode ajudar. - Carol disse, se aproximando com a mão em sua bolsa.

ㅡ Carol, acho que um lixa de unha não vai ajudar agora. - Shane ironizou.

ㅡ Na sua primeira noite de acampamento, quando estava lavando seu uniforme, achei isso no bolso. - a mulher continuou, ignorando o comentário. Fred sorriu ao perceber isso.

Em sua mão havia uma granada, a qual Rick pegou e olhou para todos do grupo.

ㅡ Se abaixem. - ele avisou. ㅡ Vão, se protejam, rápido! - gritou mais determinado, correndo até próximo da janela.

Fred fez as crianças descerem as escadas e se esconderem atrás de uma pilastra; ele foi pelo mesmo caminho, pegando Muffin no colo e colocando suas mãos contra as orelhas do cachorro. Olhou para Dominic, o observando abraçar Bryan e Sabrina, para protegê-los, segundos antes de ouvirem a forte explosão e o barulho de vidro se quebrando.

Esperaram alguns segundos antes de saírem dos seus esconderijos, mas não esperaram mais nenhum para passarem por aquele buraco na janela. Fred continuou carregando Muffin, gritando para os mais novos continuarem os seguindo e não olharem para os lados, onde o grupo acabava com alguns errantes. Daryl veio atrás deles, abrindo caminho, e não demoraram para chegar até sua caminhonete.

Fred se certificou que os mais movos haviam entrado com segurança e colocou Muffin com cuidado no colo de Dominic, antes de entrar no banco do passageiro. Daryl se sentou ao lado do irmão, e todos suspiraram aliviados, tentando regularizar suas respirações.

ㅡ Olhem! - Bryan apontou para o local onde haviam passado minutos antes.

Andrea e Dale estavam saindo dali, correndo pelas barricadas e corpos no gramado do CDC. Mas, de repente, de dentro do trailer na frente deles, os Dixons ouviram Rick gritar para a dupla se protegerem rápido. Eles obedeceram, se jogando atrás de uma das barreiras de proteção.

ㅡ Merda... Se protejam! - Fred gritou no carro, sentindo o que estava por vir.

Daryl abaixou a cabeça no banco, enquanto Fred se virou para trás no vão entre os bancos e via os mais novos também abaixarem as cabeças sobre Muffin. No mesmo segundo a explosão do CDC aconteceu, os fazendo sentir o calor e pequena pressão por estarem tão próximos.

Ao se levantarem, todos viram o prédio inteiro em chamas, com a labareda de fumaça indo até o céu. Não podiam nem mesmo ver muitos destroços, devido a potência do fogo. Ainda em choque, novamente, suspiraram fundo por terem saído do local antes de se tornarem parte daquela destruição.

Andrea e Dale correram para o trailer e, assim que entraram, a carava saiu novamente, em rumo à saída da cidade. Pelos retrovisores ainda podiam ver o fogo no lugar do prédio se dispersando lentamente e ficando para trás.

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O grupo havia dirigido apenas alguns metros, apenas se distanciando o bastante do CDC. Pararam em uma rua deserta, descendo dos veículos para decidirem seu destino naquele momento; ainda podiam ver a fumaça preta no céu no lugar em que estavam, mas decidiram não comentar sobre aquilo (apenas estavam muito abalados com a perda de outro membro, Jacqui).

ㅡ Eu acho que tenho um lugar onde poderíamos ir para passarmos a noite. - Rick disse de repente. Ele, Daryl, Tdog e Glenn pareceram trocar um olhar. ㅡ Há um grupo de vatos na cidade. Estão em um asilo próximo daqui, e acredito que não vão nos negar essa ajuda.

ㅡ O que te faz pensar isso? - Shane perguntou ao amigo.

ㅡ Encontramos eles quando viemos procurar Merle. - Rick simplificou. ㅡ Nossa primeira impressão foi errada, mas trocamos favores. Ajudei eles com algumas armas daquela bolsa...

ㅡ Deu nossas armas para um grupo desconhecido?! - Shane interrompeu. ㅡ Um grupo que não precisaria delas. Bem, pelo óbvio?!

ㅡ Você é um babaca por pensar isso! - Bryan o enfrentou. ㅡ Acredito que um grupo de velhinhos fariam bem mais falta do que você nessa merda, cara!

ㅡ Garoto. - Fred, parado ao seu lado com os braços cruzados, repreendeu.

Shane olhou para Bryan num misto de surpresa e raiva, mas logo resolveu ignorar e voltar sua atenção para Rick. Assim que todos fizeram o mesmo, Fred olhou para o filho com uma sombra de sorriso nos lábios e piscando disfarçadamente para o garoto, que sorriu totalmente orgulhoso e nem um pouvo arrependido de sua fala.

ㅡ Acha que eles concordariam de nos abrigar por uma noite? - Tdog perguntou. ㅡ A conversa da última vez não foi das melhores.

ㅡ Não conheciam a gente, e estavam apenas se protegendo. ㅡ Glenn disse.

ㅡ Sim. - Rick concordou. ㅡ E só há uma maneira de descobrirmos se teremos sua ajuda.

E com sua fala final, o grupo voltou para seus carros e entrou novamente nas ruas de Atlanta. Passaram por lugaras desertos, e outros com pequenos grupos de errantes vagando sem rumo - que nem mesmo se importaram com a passagem dos carros -.

Pararam há uma distância da entrada principal do asilo, por segurança. Com as armas em mãos e caminhando com cuidado, o grupo começou a se aproximar do portão caído em sua frente; o cenário que encontraram, com certeza, não era o que esperavam.

O lugar estava infestado de corpos. Alguns com tiros limpos na testa, outros em forma de errantes, que logo foram finalizados com as armas brancas do grupo. Ao entrarem no interior do prédio, a situação era a mesma: paredes lotadas de sangue, corredor com corpos e alguns mortos-vivos solitários vagando entre eles.

ㅡ Não olhem. Continuem. - Fred disse, com as mãos nos ombros de Bryan e Sabrina, os fazendo seguir caminho e ignorar o corpo da idosa em decomposição que haviam parado para olhar.

O grupo atravessou aquele andar, até chegar no segundo, que parecia mais limpo. Os corpos caídos no chão não eram errantes, mas estavam mortos com tiros em suas cabeças. Os irmãos Dixon trocaram um cúmplice olhar ao observarem aquilo.

ㅡ Como aconteceu? - Glenn perguntou, quando se reagruparam no refeitório, onde também haviam corpos.

ㅡ Não está óbvio? Eles invadiram. - Andrea disse, se referindo aos errantes.

ㅡ Não mesmo. - Daryl disse, e todos olharam para si.

ㅡ Tem algo a dizer? - a mulher perguntou.

ㅡ Sim. Que tal observante?! - o Dixon respondeu.

ㅡ Palavra difícil para você dizer, não acha?

ㅡ Explica o significado então, Andrea. - Fred pediu, irritado com o deboche da loura para cima de seu irmão. ㅡ Não consegue? Me deixe te explicar então... Isso aqui não foi trabalho dos cabeças podres, não mesmo! Aqueles dois lá na frente morreram com tiros nos peitos, e vê aqueles? - ele apontou para os corpos no chão do refeitório. ㅡ Nem se transformaram! Foram baleados, bem no meio da cabeça! - completou, sinalizando dois dedos em sua própria testa.

ㅡ Alguém invadiu esse lugar, matou essa gente e levou tudo o que queria. - Daryl continuou. ㅡ Sem zumbis, executaram à sangue frio! Estou preocupado mesmo é com o pessoal que fez isso. - completou, se virando para Andrea, que ouvia calada os dois.

ㅡ Agora é melhor comprar um dicionário e procurar 'observante' por lá, para ver se você entende de uma vez por todas. - Dominic disse para ela, também meio irritado, antes de caminhar e se sentar em um canto do cômodo.

O grupo decidiu que ficariam juntos em uma única sala, a qual era a única sem nenhum corpo dentro. Com alguns colchões divididos para os mais novos e mulheres, eles ficaram em silêncio com as únicas coisas que haviam achado no refeitório: uma garrafa de água, alguns salgadinhos e um único enlatado de feijão.

Fred havia dividido sua parte entre os três mais novos ao seu lado, os dando mais um pouco o que comer e alegando que estava sem fome. Porém, aceitou em silêncio quando olhou para cima e viu Daryl com um prato esticado em sua direção, dividindo sua própria comida consigo. O homem comeu num piscar de olhos aquele pouco de feijão, suspirando ao sentir que não havia nem mesmo surtido efeito para enganar um pouco de sua fome do momento.

Porém, olhou para os filhos e os viram levemente satisfeitos depois de comer. Haviam divido espaço em dois colchões, e rapidamente pegado no sono, confortáveis mesmo na situação que estavam. O Dixon sorriu pequeno, ainda os observando, e puxou o fino lençol sobre seus corpos. Olhou para Muffin se ajeitando ao seu lado e novamente suspirou, enquanto acariciava os pelos do borden collie.

Sabia que os próximos dias apontavam que seriam cheios, e o homem suspirou frustado ao perceber aquilo. E também sabendo que os únicos dias 'tranquilos' que tiveram naquele apocalipse haviam chegado ao fim outra vez.

𓂃 。゚ㅤnotes of author !

Quem é vivo sempre
aparece, amaram?

eu amo tanto a relação
dos Dixon mais velho,
os mais novos, eles todos
juntos. amo os Dixon! 💘

espero que estejam gostando,
e possam ter um pouco de
paciência comigo com as
atualizações. prometo não
demorar mais... e voltar em
breve com o capítulo que
nosso casal finalmente se
conhece. ansiosos? 🫣

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐨 🧟‍♂️

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