𝟬𝟬𝟭.ㅤ› traffic jam . . .
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ㅡ CAPÍTULO 001 !! ꕀ
engarrafamento
ㅤㅤFrederick havia saído do local de seu de trabalho sem olhar para trás; pilotava sua moto nas ruas ignorando todo o caos ao seu redor, e passando em todos os sinais vermelhos possíveis. Em certa hora precisou 'desligar' sua visão periférica para passar reto ou desviar das pessoas que corriam daqueles canibais, das autoridades que estavam por todo lado, e das famílias que rapidamente entravam em seus carros para abandonarem suas casas.
Ele só estava se importando em acelerar para frente, com o peito apertado e a mente focada em apenas chegar em sua casa e encontrar seus filhos em segurança. Sua cabeça trabalhava em manter pensamentos positivos sobre seus garotos terem chegado do colégio e estarem seguros brigando em frente à televisão por causa do video-game. Fred suspirou fundo, fazendo barulho com seu motor e finalmente virando em sua rua.
Sua respiração falhou, e por um mísero segundo deixou sua moto desacelerar, ao perceber que a situação por ali não estava melhor do que os outros lugares. Haviam gritos e sons dos grunhidos daqueles monstros; e ao ouvir um latido conhecido, Frederick virou sua cabeça rapidamente em direção para o gramado de sua casa e acelerou novamente para lá.
Muffin estava latindo com raiva e rosnando para uma daquelas coisas; ele era um border collie e um cão doméstico, considerado inofensivo e preguiçoso pelos donos, mas Fred sabia que para ele ter alcançado aquele estado algo realmente estava errado. O cachorro tinha seus instintos, e sempre estava pronto para defender aqueles três de pessoas que considerava uma ameaça. E era isso que Frederick notou que ele estava fazendo.
Bryan estava atrás do cachorro, enquanto uma daquelas coisas ia em sua direção; no gramado, caído e segurando um corpo nos braços estava Dominic. Fred olhou para toda a cena, enquanto estacionava de qualquer forma sua moto e corria até seus filhos.
Ele agarrou com raiva os ombros daquele infectado, que estava prestes a se abaixar e avançar em Muffin, e o virou em sua própria direção. O Dixon rapidamente percebeu que aquela pessoa era seu vizinho, o Senhor Hudson, e deu um passo para trás ao vê-lo agora partir para cima de si. Antes que seus braços fossem erguidos outra vez, Frederick agiu rápido ao empurrá-lo até a caixa de correio.
Usando sua força, e tomando cuidado para não ser arranhado ou mordido, Fred segurou a cabeça do Hudson e a acertou diversas vezes na caixa de metal dos correios. A parte do crânio finalmente havia se rachado e o corpo ficou estático em sua mãos; o Dixon soltou, vendo ele cair em um baque surdo na grama.
Fred ofegou e se afastou, ainda não conseguindo aceitar rapidamente aquela cena grotesca. Olhou para suas mãos e camiseta banhadas à sangue, franzindo levemente o nariz com o cheiro parecido com algo podre. Mas, logo afastou aqueles pensamentos e voltou a atenção aos filhos; Dominic ainda estava no mesmo lugar, enquanto Bryan lhe olhava com um pouco de pânico.
ㅡ Pai... - o garoto finalmente saiu do lugar, correndo para abraçar o mais velho, que tentou o impedir, para evitar se sujar. ㅡ Suas roupas... - ele apontou, notando que já havia sangue seco no local.
ㅡ Não é meu sangue. Tommy e Mike também viraram um desses. - ele respondeu, analisando seu estado.
Fred se aproximou com cuidado de Dominic, com Bryan ainda ao seu lado, e finalmente notou de quem era o corpo que o primogênito segurava. Os ombros do mais velho caíram levemente ao reconhecer os cabelos dourados de Brenda, agora manchados com sangue; ele suspirou e se abaixou, tocando levemente o ombro do filho.
ㅡ Dom... temos que ir, garoto. - Frederick disse com cuidado e paciência. ㅡ Vamos... - ele ajudou o filho se levantar, logo o vendo se jogar em seus braços e o abraçar.
ㅡ Ela chegou aqui e caiu nos meus braços... já estava morta, pai. - ele disse aos soluços.
ㅡ Sinto muito. - foi tudo que Frederick conseguiu lhe dizer baixinho.
Enquanto ainda estava com Dominic em seus braços, Fred sinalizou para Bryan e rapidamente guiou os dois - e Muffin - outra vez para dentro de casa. Antes de se trancar com eles, o homem voltou até sua moto e a guardou na garagem, junto à sua velha camionete vermelha. O Dixon mais velho entrou pela porta que ligava a sala com a garagem, logo correndo para trancar a porta da frente e fechar as janelas.
Dominic e Bryan estavam sentados no sofá; o mais velho estava com a cabeça baixa e apoiada em suas mãos. Já o mais novo observava os movimentos do pai, ainda com o semblante assustado e confuso com toda a situação. Muffin estava deitado em frente aos dois, e vez ou outra soltava choramingos baixos.
Fred se certificou com um olhar que todos os três estavam bem, antes de correr até a cozinha e alcançar o rádio na bancada. Ele o ligou e tentou sintonizar em qualquer número disponível, mas todos pareciam fora de área e com apenas aquele chiado irritante em seu canal. O homem suspirou irritado, desistindo daquela missão, e partiu para o telefone fixo.
Discou o número que conhecia de cor, e após vários toques a chamada caiu na caixa postal. Fred ainda tentou outra vez, e na terceira usou seu celular para tentar contato com a casa dos irmãos ou o número de Daryl. Mas todas suas tentativas caíram na secretária eletrônica, e o homem desligou os aparelhos em um alto suspiro irritado - além de não conseguir controlar o palavrão de sua boca -.
Frederick se apoiou no balcão, suspirando outra vez e tentando se controlar, para que seu cérebro trabalhasse em algum plano para aquele momento. Assim que novamente viu suas mãos, que agora acabaram sujando o mármore, o homem fechou os olhos e arranhou a ponta dos dedos ali. Evitou se descontrolar com suas emoções, e apenas voltou a atenção para os filhos - que agora, ambos, estavam com a atenção em si -.
ㅡ Nada? - Bryan perguntou, como se soubesse exatamente para onde Fred ligava anteriormente.
ㅡ Não. - ele suspirou, caminhando até os dois, após lavar rapidamente as mãos. ㅡ O que realmente aconteceu lá fora? - perguntou, agora usando um pano para enxugar os dedos.
ㅡ Nós chegamos da escola mais cedo, porque as coisas pareciam ter piorado e eles nos liberaram. - Bryan explicou, depois de olhar para o irmão e o ver voltando a chorar silenciosamente com a cabeça abaixada, indicando que não pretendia responder o pai. ㅡ Ficamos aqui, quietos e apenas vendo um filme. Até que o noticiário de emergencia entrou, dizendo que a coisa havia piorado e que todos deveriam deixar a cidade...
ㅡ Foi nessa hora que Brenda bateu na porta, gritando por ajuda. - Dominic completou, com a voz fraca. ㅡ Ela estava chorando e com uma ferida nas costas. Eu a peguei nos braços, e logo vi que parou de se mexer. E o senhor Hudson veio logo atrás, saindo da casa todo estranho.
ㅡ E não parou quando eu pedi. - Bryan ainda acrescentou. ㅡ E as coisas que joguei nele também não pareciam ter adiantado.
ㅡ Não sei o que são... mas com certeza não estão vivos. Não cem por cento. - Frederick disse, depois de processar por alguns segundos. ㅡ Isso não faz muito tempo, não é?
ㅡ Coisa de quinze minutos antes de você chegar. - Bryan disse.
ㅡ E Brenda não se mexeu ou coisa assim? - o mais velho perguntou para Dominic.
ㅡ Pai... ela está morta! - o garoto disse, quase que chamando o homem de louco por aquela pergunta.
ㅡ Certo, está certo! - Fred suspirou. Poupou as explicações para o filho. ㅡ Olhem, vão arrumar suas coisas. Peguem roupas e algumas coisas importantes, como se estivéssemos indo para alguma viagem... mas sem uma previsão de volta. Nós vamos atrás do Daryl, ver se ele está bem, e depois vemos o que faremos, okay? - os garotos assentiram levemente.
Frederick os observou se levantando rapidamente, seguindo para a última porta do corredor, onde ficava seu quarto; ele foi pelo mesmo caminho dos mais novos segundos mais tarde, mas entrou na porta em frente ao cômodo dos garotos. Tratou de abrir seu guarda-roupas e alcançar sua mochila de viagens, logo a abastecendo com algumas trocas de roupas necessárias para algumas boas semanas.
Depois se agachou em frente sua cama e puxou uma pequena caixa que mantinha ali de baixo; a abriu e logo encontrou uma pistola com pente carregado e uma caixa de munição, além de suas facas de caça. Frederick as observou por alguns segundos, antes de agarrar o coldre que também mantinha guardado e prendê-lo junto ao cinto de sua calça e a outra parte na perna.
Jogou a caixa de munição na mochila e tornou a guardar a caixa em baixo da cama, sabendo que ali haviam apenas algumas pequenas lembranças. Se levantou com a alça da bolsa nos ombros e olhou para cima de sua mesinha de cabeceira; ali havia um maço de cigarro pela metade e um porta retrado com uma foto sua com os filhos.
Fred observou a imagem, pensando se deveria seguir o instinto que lhe mandava a guardar consigo. Ele suspirou, por fim abrindo o porta retrato e pegando a foto; logo em seguida abriu a segunda gaveta da cômoda e puxou um pequeno álbum que havia por ali e também o abriu. Eram poucas fotos, com memórias de Dominic e Bryan pequenos, eles com a mãe de Fred, e uma ou outra dos irmãos Dixons mais velhos juntos.
O homem balançou a cabeça, antes de colocar o álbum no fundo de sua mala. Estava achando aquele gesto um tanto sentimental demais, mas por algum motivo sentiu que se arrependeria de deixar aquelas fotos na gaveta.
Fred se olhou no espelho e percebeu que ainda estava com sua camiseta do uniforme, que no momento estava cheia de sangue seco. Então ele rapidamente a trocou, colocando uma preta de botões e também lembrando de seu colete. Outra vez pegou sua bolsa, agarrou aqueles cigarros e seu isqueiro - os colocando no bolso da calça -, e finalmente deixou seu quarto.
Olhou para o cômodo que os filhos estavam, notando que os dois ainda preparavam suas coisas em silêncio. Os deixou por ali e voltou para a sala, colocando sua bolsa no sofá e seguindo para a cozinha. Fred discou novamente o número da casa de Daryl, começando a pensar coisas ruins ao ouvir novamente o barulho da caixa postal.
Ele suspirou fundo, massageando a ponta do nariz, e se preocupou em fazer outra coisa. Foi até a garagem, ligando a luz da mesma, e procurando por uma caixa de papelão, antes de voltar para a cozinha. Frederick colocou todos os enlatados e alimentos não perecíveis ali dentro, assim como algumas garrafas de água.
Olhou para sua velha caminhonete e começou a colocar suas coisas na carroceria - como aquela caixa de suprimentos, sua bolsa e também sua moto -. Pegou o pacote de ração de Muffin, que estava apenas no começo, e também o colocou ali. O homem estava buscando outra caixa pela garagem, quando Dominic e Bryan finalmente chegaram ali.
ㅡ Pegaram tudo? - perguntou, os vendo com duas bolsas, cada um. Eles assentiram. ㅡ E precisa disso tudo? - o homem levantou um sombrancelha, enquanto ainda juntava as vasilhas e outras coisas de Muffin.
ㅡ Meus gibis de super-heróis são coisas super importantes! - Bryan justificou, abraçando com muito cuidado uma das bolsas.
ㅡ É claro que são. - Dominic deu um fraco sorriso, enquanto ajudava o irmão colocar as bolsas na camionete.
Frederick também pegou outras coisas necessárias na garagem - como ferramentas, suprimentos médicos, lanternas e as barracas de acampamento -, e as colocou no canto da carroceria. Voltou até o banheiro com uma sacola e juntou itens de higiene pessoal, também colocando-os em sua camionete.
Enquanto fazia isso, também verificando se precisavam de mais coisas, percebeu Dominic tentando colocar 'disfarçadamente' seu skate junto às coisas, e soltou um riso anasalado com o sorriso do garoto.
ㅡ Vamos. - disse, enquanto batia a mão no boné de Dominic. Uma forma muda de concordar com sua ação anterior.
Fred observou o mais velho entrando no banco do passageiro e Bryan subir com Muffin nas portas de trás. Antes de entrar atrás do volante, o mais velho olhou para um armário da garagem, batendo levemente na testa ao se lembrar dele.
Ele caminhou até lá, destrando o cadeado ao colocar a senha no mesmo; dentro do armário ficavam alguns coisas que usava durante as vezes que ia às caças com os irmãos. Dentre as diversas ferramentas haviam duas armas: um rifle e sua crossbow, um modelo idêntico a que Daryl usava - com a diferença apenas nas cores de suas flechas -.
Fred pegou apenas as duas e a caixa de munição do riffle, que estava pela metade, e voltou a trancar o armário. Caminhou até a caminhonete e guardou as balas em sua mochila e deixou a crossbow na carroceria, antes de por fim entrar no banco do motorista. Olhou levemente para os filhos, mas eles não disseram nada.
ㅡ Podemos ir? - Fred perguntou, após dobrar o cano do rifle e pedir que Dominic o segurasse.
Fred ligou a caminhonete, após a confirmação dos dois, e começou a sair da garagem. Assim que desceu e fechava o portão, ele olhou para o local onde havia encontrado os filhos mais cedo; percebeu que levemente o corpo de Brenda estava se movimentando, até sua cabeça se virasse completamente na direção deles.
Fred olhou para trás, vendo os garotos surpresos, principalmente Dominic. O garoto estava com os olhos arregalados e novamente tinha lágrimas presas a eles. O Dixon mais velho suspirou, abaixando a cabeça; ao invés de voltar para a camionete, ele atravessou o gramado e puxou a pistola do seu coldre.
Ele apontou para a cabeça de Brenda, que havia levantado apenas seu torço do chão e erguido os braços na direção do homem. Fred mirou a arma bem no meio da testa da garota, vendo seus olhos opacos lhe encarando com cerca raiva; quando seus movimentos tornaram mais brutos e seus grunhidos mais altos, o Dixon disparou, vendo o corpo cair outra vez para trás.
Fred apenas travou sua arma e deu as costas, voltando para o carro. Ele trocou um olhar com Bryan pelo retrovisor, antes de voltar sua atenção para Dominic ao seu lado; o garoto estava de cabeça baixa e limpava as lágrimas teimosas com as costas da mão. O homem suspirou, dando dois tapinhas na perna do filho, antes de dar a partida novamente e sair da frente de sua casa.
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Alguns minutos depois de atravessar alguns quarteirões daquele bairro, levando mais tempo que precisaria - devido à situação da cidade -, Frederick finalmente estava estacionando em frente à casa onde Daryl e Merle ainda moravam com Will.
O homem percebeu que o local estava aberto, e alguns sons altos, parecidos com briga, vinham da sala. Ele deixou a camionete e pediu que os garotos esperassem por ali. Dominic e Bryan não protestaram, mesmo que Fred pudesse ver a confusão em suas expressões.
O mais velho apenas caminhou o gramado e subiu a varanda, ouvindo cada vez mais aqueles altos sons de coisas se quebrando; o mesmo som do escritório de Mike. Fred arregalou os olhos ao finalmente reconhecer os grunhidos e jogou a porta para trás.
Ele arregalou os olhos ao ver Daryl caído no chão com Will em cima de seu corpo; o mais velho estava transformado em uma daquelas coisas e tentava alcançar o rosto do filho com a mandíbula, que fechava diversas vezes no ar, fazendo o som do atrito de seus dentes se misturar com seus grunhidos.
Frederick correu até o pai, o puxando pelos ombros - já que estava sem camiseta - e empurrando seu corpo para o meio da sala, para longe do irmão mais velho. Ele ajudou Daryl se levantar, e logo os dois se viraram para ver o corpo que outra vez se erguia em frente ao sofá; Will deu a volta no local, se esbarrando e levando tudo ao chão, antes de estar diante aos filhos outra vez. Seu braço se ergueu e Fred puxou sua arma rapidamente.
Mas, não foi seu disparo que derrubou Will.
Daryl e Fred se surpreenderam por um segundo com o disparo, logo acompanhando o corpo do pai cair de barriga pra baixo no chão. Perplexos, os dois encararam a porta, onde Merle estava parado com o braço que segurava uma arma ainda estendido. Os Dixons mais novos vinham correndo pelo gramado, e agora encaravam o corpo na sala um tanto surpresos.
ㅡ Merle?! - Daryl foi o primeiro a perguntar, enquanto o mais velho guardava a arma e seguia para a cozinha, como se nada tivesse acontecido. ㅡ Não estava preso?!
ㅡ Escapei alguns dias, mas só voltei agora. - Merle respondeu. Frederick e Daryl trocaram um olhar. ㅡ Não fiquem aí com essa cara, temos que nos mandar!
ㅡ E vamos para onde?! - Fred perguntou. Ele desviou do corpo, evitando o olhar outra vez, e foi até os filhos.
ㅡ Ouvi na prisão que Atlanta está erguendo algum tipo de centro para refugiados. Vamos para lá. - o mais velho disse. ㅡ Está com sua camionete, huh? - ele perguntou, colocando o que achou na cozinha nas mãos do irmão antes de ir em direção ao corredor dos quartos.
Fred e Daryl trocaram outro olhar.
ㅡ Voltando do nada e sempre agindo como se mandasse em tudo... cuzão. - Fred sussurrou e o irmão soltou um riso pelo nariz. ㅡ Agora sei porque liguei aqui e só dava caixa postal. - ele completou, olhando novamente para o corpo do pai.
ㅡ Cheguei agora e o encontrei assim. Will caiu em cima de mim... nem pude entender que merda estava acontecendo. - Daryl explicou.
ㅡ Eu acho que é o maldito fim do mundo. - Fred respondeu em um suspiro fundo. ㅡ Estamos esperando na fora. - disse, saindo com os mais novos, quando Daryl assentiu e se virou para ir buscar suas coisas. ㅡ Mandei esperarem na camionete.
ㅡ Mas vimos o tio Merle chegando do nada, e de repente ouvimos o tiro! - Dominic explicou, ajudando o pai colocar aqueles enlatados na caixa.
ㅡ Não é como se fôssemos apenas agir naturalmente após isso. - Bryan completou. Fred concordou silenciosamente, não os olhando outra vez.
ㅡ Pai... - Fred respondeu Dominic com um fraco "Hum?", antes de entrarem na camionete. O garoto continuou: ㅡ 'Cê 'tá legal?
Frederick se apoiou no teto da camionete e olhou para o filho por cima do mesmo. Ele entendeu o que ele perguntava, então abriu um curto sorriso - que saiu um pouco mais frio do que o desejado -.
ㅡ Não vou soltar fogos porque ele está morto, garoto, mas também não espere nenhuma lágrima minha diante disso! - ele respondeu. Dom assentiu compreensivo. ㅡ Agora, vai para trás! - disse, apontando o banco de trás.
ㅡ Qual é! - Dominic choramingou.
ㅡ Vai, Dom! - Fred avisou, vendo os irmãos saindo da casa e vindo em sua direção.
Dominic abaixou os ombros e se sentou ao lado do irmão no banco de trás da camionete, logo cruzando os braços - como se fosse uma criança emburrada -. Merle entrou ali, dividindo espaço com os garotos e também Muffin. Antes de entrar no lado do passageiro, Daryl parou na janela de Fred.
ㅡ Eu vou colocar minha moto lá atrás, tem problema? - perguntou. O mais novo negou.
Eles esperaram Daryl colocar sua motocicleta junto com a outra na carroceira, e também guardar outras coisas ali, e entrar no veículo pelo banco do passageiro. Frederick esperou todos estarem prontos, antes de outra vez dar a partida; dessa vez, com rumo à saída da cidade.
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A viagem de carro, que deveria durar um pouco mais de uma hora e meio, estava completando sua terceira hora de duração. Todas as rodovias em direção à Atlanta estavam lotadas, assim, fazendo com que grandes filas de congestionamento se formassem.
Sem contar com todo o caos que acontecia.
Os Dixon's presenciaram algumas brigas por gasolina, na única vez que pararam para abastecer. E também haviam acidentes de carros, e alguns dos infectados vagando pelo caos das rodovias.
Quando a tarde já estava quase no fim, Frederick finalmente havia entrado na rodovia principal de Atlanta. Ali o trânsito parecia ainda mais devagar, com longas filas de carro parados na saída e entrada da cidade. O homem suspirou fundo, com a mão apoiada no volante e o olhar tentando entender o que acontecia na frente daquela extensa fila de carros.
ㅡ O que está acontecendo? - Merle perguntou no banco de trás.
ㅡ Algo está parando o trânsito, cara, não está vendo? - Fred respondeu, ouvindo o irmão soltar um bufo. ㅡ Pelo visto essa coisa toda vai demorar andar. - completou, tentando olhar adiante da fila de carros mais uma vez.
Longos minutos se passaram e nenhum carro se moveu naquela fila. Por fim, quando a noite já havia caído por completo, as pessoas começaram a descer dos veículos, andarem para frente para descobrir o que estava acontecendo, ou apenas procurando fazerem algum movimento em seus corpos - depois de tanto tempo parados -.
Frederick abriu sua porta, porém permaneceu sentado no banco, enquanto os outros que estavam consigo desceram da camionete. O loiro acendeu um de seus cigarros, enquanto tentava sintonizar o rádio outra vez na transmissão automática sobre o centro de refugiados - que havia parado sua transmissão há algum tempo -.
ㅡ Os coiotes estão lá na frente... - ele levantou o olhar para Merle, que havia saído para descobrir o que estava parando o trânsito. ㅡ Não deixam ninguém sair e muito menos entrar em Atlanta.
ㅡ Porque? - Fred perguntou, segurando o cigarro entre os dentes.
ㅡ Não falam. Apenas repetem que "ninguém entra e ninguém saí", como malditos robôs! - o mais velho estalou a língua. ㅡ Bando de idiotas.
Frederick não respondeu mais nada, apenas suspirou irritado com sua missão falha em sintonizar o rádio da camionete. O homem finalmente o desligou, descendo do carro e dando mais uma tragada no cigarro, enquanto olhava em sua volta.
Percebeu que Bryan estava em um carro mais à frente de onde estavam parados, apresentando Muffin para um outro garoto, que aparentava ter sua mesma idade. Tendo certeza que o filho mais novo ainda estava em seu campo de visão, Fred caminhou para trás da camionete, onde Daryl e Dominic estavam sentados.
ㅡ A gente podia fazer uma rebelião, sabe? - Merle, que vinha atrás do irmão, disse. ㅡ Ir lá e colocar os ratos para correr.
ㅡ É, e você faria um bando de soldados bem armados correrem apenas com sua pistolinha e força de vontade, huh? - Fred debochou. ㅡ Cara, fica de boa, sabe? Não custa nada esperar, e eles talvez tenham um motivo para isso.
ㅡ Aposto que o motivo deles é selecionar as pessoas que vão entrar nessa merda de centro de refugiados. - Merle resmungou.
Fred e Daryl trocaram um olhar, logo suspirando e decidindo juntos, com o olhar, não rebater contra o irmão. Sua sorte para distração foram ver Muffin retornando até si, indicando que Bryan não demoraria para chegar também.
ㅡ Ei, pai... - o mais novo chegou, logo o chamando baixinho. ㅡ Será que não posso pegar um daqueles pacotes de bolacha? Estou com fome, e também quero dividir com eles... - Bryan apontou para onde havia vindo, e Fred pôde ver aquele garoto de antes e uma menina sentados no bagageiro do carro. ㅡ São Carl e Sophia. Acho que agora são meus amigos. - o Dixon sorriu, olhando novamente para o pai.
ㅡ Não precisa pedir isso, garoto. - Fred bagunçou os cabelos de Bryan. ㅡ Só não esqueça de ficar por perto e onde eu possa te ver, está bem? - o mais novo concordou, logo correndo para seus suprimentos na camionete.
Fred sorriu pequeno o observando, com o pequeno sentimento de orgulho em seu peito; nunca havia deixado faltar nada para Bryan e Dominic, mesmo com as dificuldades. E sempre escolheu os tratar com uma educação, atenção e carinho que nunca havia recebido em sua vida. Queria, e esperava estar conseguindo, ser o pai que nunca teve para seus filhos.
ㅡ Eu vou tentar o rádio outra vez. - Merle quebrou o silêncio que eles estavam, logo voltando para dentro da camionete.
ㅡ Estou entediado. - Dominic se jogou para trás, deitando-se na carroceria ao lado das motocicletas. ㅡ Acho que já li todos os quadrinhos do Bryan.
ㅡ Você não saiu da primeira página desse aí, pirralho. - Daryl comentou casualmente, olhando o sobrinho por cima dos ombros. Fred riu.
ㅡ Porque não vai lá tentar socializar com as crianças também? - ele ainda disse, vendo Dom rapidamente se sentar e lhe lançar um olhar indignado.
ㅡ Muito engraçado! - Dominic cruzou os braços. ㅡ Eu não sou criança!
ㅡ Tem certeza? - Fred levantou a sombrancelha, logo rindo ao ver o filho ainda mais indignado.
ㅡ É claro que tenho! - Dominic disse, estalando a língua no final.
Frederick soltou outra risada, antes de se encostar na camionete e soltar a fumaça pela boca. Enquanto voltava o cigarro para a boca, o homem franziu levemente o cenho para o movimento que avistou em sua frente; em sua visão, entre alguns carros atrás de sua camionete naquela longa fila, haviam um grupo de motoqueiros.
O Dixon observou que a estrutura deles eram de homens pesados, com cortes de cabelos e barbas grandes; o típico estereótipo de grupos de motoclube. Todos estavam encostados em suas motos, observando - aparentemente - seu líder conversando com uma garota bem mais nova.
Fred franziu o cenho agora com um pouco de indignação e raiva ao ver o olhar daquele sujeito nojento para cima da garota; fora suas trocas de olhares e risadas com os colegas. O Dixon saiu de sua camionete, jogando seu cigarro no chão e pisando no mesmo, antes de caminhar em direção à cena - sem conseguir se controlar -.
ㅡ Ei! - ele gritou, enquanto se aproximava. A garota, que já estava bastante desconfortável e em pânico, se assustou ainda mais ao se virar em sua direção. ㅡ O que estão fazendo com ela?
ㅡ Estamos conversando com a garota, amigo! - o sujeito disse, dando um sorriso amarelo por baixo de toda barba.
ㅡ É, não me parece que estão apenas fazendo apenas isso. - Fred continuou, puxando delicadamente a garota para seu lado. ㅡ Você está bem? - perguntou.
ㅡ Eu... - a garotinha ponderou não responder e apenas sair correndo, mas por algum motivo se sentiu bem mais confortável ao lado do Dixon. ㅡ Estou sim. - ela finalmente respondeu, abaixando a cabeça e se aproximando ainda mais.
ㅡ Bom. - Fred tocou em seu ombro, voltando a encarar o sujeito grandalhão. ㅡ É melhor ficar longe da minha irmã, babaca, ou então acabo com você!
ㅡ É irmão dela? - o outro pareceu achar graça. ㅡ Engraçado, porque ela acabou de nos dizer que o irmão dela foi pego por aqueles doentes!
ㅡ E não existem famílias com mais de dois filhos, não é? - o Dixon soltou um riso anasalado, encarando o sujeito. ㅡ O recado foi dado, idiotas! - disse, antes de se virar com a garota e sair dali.
Fred se afastou sem mais explicações, olhando para trás apenas para ver o homem lhe encarando com bastante raiva; o Dixon apenas deu um sorriso curto, voltando-se para a garotinha, assim que estavam perto de sua camionete.
ㅡ Você está bem mesmo? - perguntou com a voz baixo. Ainda ignorou os olhares confusos de Daryl e Dominic. ㅡ Eles te fizeram alguma coisa?
ㅡ Não... - a garota respondeu, ainda tímida e sem jeito com a situação. ㅡ Estava passando por eles quando me abortaram e começaram a fazer perguntas... e piadas sujas. - ela sussurrou.
ㅡ E você está sozinha, garota? - Daryl perguntou, conseguindo encaixar as peças da situação por conta própria.
ㅡ O que disse para eles sobre o meu irmão é verdade... - ela respondeu baixinho. ㅡ Meu irmão foi atacado pelos doentes, e me pediu para vir até Atlanta. Eu estou a pé.
ㅡ E seus pais? - Fred perguntou.
ㅡ Morreram há alguns anos. Meu irmão quem cuidava de mim. - a garota respondeu. Os Dixon's se olharam em silêncio. ㅡ Estou realmente estou sozinha. - ela murmurou.
ㅡ Qual seu nome? - Fred perguntou.
ㅡ Sabrina Bennett. Mas podem me chamar de Nina. - ela respondeu, dando um pequeno sorriso.
ㅡ Tudo bem, Nina. - Fred correspondeu. ㅡ Eu sou o Frederick, esse é meu irmão Daryl e meu filho Dominic. Ali dentro está o Merle, e ainda tem o Bryan, meu filho mais novo. - ele apresentou. ㅡ Bem... você pode seguir conosco, se assim sentir confortável. Somos meio cascas grossas, mas somos boas pessoas. - o Dixon disse, com agora a atenção da garota em si.
ㅡ Merle é meio cuzão às vezes... - Dom murmurou um pouco mais alto. Fred o olhou em repreensão, mas logo puderam ouvir o riso da garota.
ㅡ Eu agradeço a ajuda, pois realmente não quero pensar o que poderia ter acontecido se o senhor não tivesse me ajudado. - Sabrina disse, assim, dando sua resposta sobre a proposta.
ㅡ Por favor, me chame de Fred, não precisa toda essa formalidade! - o homem disse em meio a um riso.
Merle deixou o banco do passageiro e olhou para eles, passando um tempo na garota; não questionou e nem comentou nada, já que obviamente havia escutado a conversa. Apenas disse que iria dar uma outra olhada para frente da fila e saiu, ao mesmo tempo que Bryan retornava até eles.
ㅡ Carl disse que também curte quadrinhos, eu vim buscar... - o garoto parou, finalmente notando a presença da nova pessoa. ㅡ alguns. - ele completou, saindo de um pequeno transe e franzindo o cenho. ㅡ Ahn...? - olhou confuso para seu pai.
ㅡ Eu sou a Sabrina. - a garota quem se dispôs a explicar. ㅡ Seu pai me ajudou faz alguns minutos, e me ofereceu ajuda para chegar até Atlanta. - disse.
ㅡ Ah... - Bryan voltou a olhá-la. ㅡ Bem, eu sou...
ㅡ O Bryan. - a Bennet completou sorrindo tímida.
ㅡ É! - o loiro sorriu. ㅡ Quer vir comigo? Estamos conversando ali na frente. Você pode conhecer os outros, e Muffin também!
ㅡ Muffin? - Sabrina perguntou, enquanto seguia Bryan.
Os que ficaram para trás, como se nunca estivessem ali, ficaram observando Bryan começar a explicar sobre o border collie da família, ao mesmo tempo que perguntava para Sabrina qual era seu super-herói favorito. Fred, que tinha as sombrancelhas erguidas ao observá-los, deu uma pequena risada e balançou a cabeça.
ㅡ Ótimo, a única pessoa que eu poderia conversar para me entreter acabou de arrumar uma própria distração! - Dominic riu, depois de também observar o irmão.
ㅡ Não diga assim. - Fred o repreendeu segurando o riso, enquanto Daryl não segurou o próprio.
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Mais longos minutos haviam se passado, inteirando horas, desde que aqueles carros estavam parados na rodovia principal de Atlanta. Nenhum movimento na fila da saída da cidade, e muito menos na entrada. A comunicação do rádio e o sinal sobre o centro de refugiados havia acabado de vez, e logo a irritação começou a tomar conta.
Algumas brigas surgiram, sendo paradas pelas próprias pessoas que estavam ali. Os polícias não estavam falando nada, e nem mesmo agindo com os cidadãos. Em uma hora, após Merle ir novamente até a frente do engarrafamento, ele voltou dizendo que os oficiais haviam abandonado o lugar - não antes de deixar bem claro que ninguém deveria se mover de seus lugares -.
Fred estava suspirando fundo, outra vez sentado ao banco do passageiro. Estava impaciente, mexendo sua perna que estava pra fora do carro, e também olhando sua família através do retrovisor. Via que até mesmo as crianças estavam outra vez sentadas à carroceria, entendiadas de tanto esperar.
A atenção de todas aquelas pessoas presentes na rodovia foram atraídas para o céu escuro daquela noite. Olhando para lá, notaram diversos helicópteros oficiais sobrevoando em direção à Atlanta; assim que cabeças se viraram para olhar, um alto e forte estrondo de explosão pôde ser ouvido por eles.
ㅡ Que merda é essa?! - Merle exclamou, correndo para a orla da floresta.
ㅡ Fiquem aqui! - Frederick gritou para Dominic, Bryan e Sabrina, antes de correr atrás dos irmãos.
Os três correram até a orla da floresta em frente ao engarrafamento, onde mais pessoas se aproximavam. Os sons de explosões ficavam cada vez mais altos, assim como os clarões refletidos das mesmas. Assim que os Dixon's se aproximaram o bastante para entender o que acontecia, ficaram sem reação.
ㅡ Mas que porra! - Merle gritou irritado.
Fred colocou as mãos na cabeça, enquanto acompanhava Atlanta ser totalmente borbadeada pelo exército. Sua respiração pesou, e lágrimas de raiva teimaram aparecer em seus olhos; a única chance de se manterem em segurança - sua única chance de proteger seus filhos - estava sendo totalmente destruída.
O bombardeo durante muito mais que quarenta minutos, com bombas sendo atiradas por todos os cantos de Atlanta, mas os Dixon's não ficaram ali até o final. Voltaram desanimados e irritados para os carros, notando que a notícia do que acontecia na cidade já havia se espalhado até o final do engarrafamento.
ㅡ E o que vamos fazer agora?! - Dominic perguntou para nenhum dos três mais velhos em específico. Ele estava com suas mãos nos ombros de Bryan e Sabrina.
ㅡ Vamos dar um jeito. - Daryl respondeu, vendo que os outros irmãos haviam se olhado sem saberem o que responder.
Eles ficaram em silêncio, apenas processando toda a ideia de Atlanta estar destruída naquele momento. Os únicos sons que eram feitos por ali eram os choros inconformados, os xingamentos, e conversas desesperadas sobre o que fariam naquele momento.
Frederick também ouviu um grito mais alto que os demais, mas não deu atenção de início, afinal, acreditou que era apenas mais uma pessoa inconformada com tudo que estava acontecendo. Porém, outros gritos mais apavorados foram dados, seguidos por disparos de armas. Os Dixon's e Sabrina se assustaram, logo virando-se em direção à confusão.
Alguns daqueles doentes surgiram de alguma parte do engarrafamento e estavam atacando as pessoas próximas. Outros vinham pelos carros do outro lado da pista. Pessoas estavam sendo mordidas e derrubadas no chão; outras atiravam para escapar ou defender suas famílias.
ㅡ Pai! - Bryan gritou, apontando para trás do homem.
Fred se virou, vendo que dois daqueles canibais vinha em direção deles; e mais um se debatia por dois carros, sendo o mais próximo, e se esticando para agarrar aquele Dixon. O loiro arregalou os olhos, não pensando antes de gritar:
ㅡ ENTREM, AGORA!
Dominic, Bryan, Sabrina e Daryl dividiram o banco de trás - agradecendo pelos mais novos serem pequenos o bastante para aquela tarefa ser mais fácil -; Merle correu até o motorista e entrou, logo dando a partida na camionete. Fred, que havia corrido para pegar Muffin em seus braços, se apressou em entrar no passageiro, desviando-se e escapando daquele doente que lhe seguia.
Os outros dois haviam batido no capô do carro, e o terceiro bateu no vidro da porta que Frederick fechou segundos antes. Todos os vidros estavam fechados, e essa era a sorte de todos; mesmo que as criaturas batessem por ali, não pareciam estar tendo algum sucesso com isso.
ㅡ Vai logo, droga! - Daryl bateu no ombro do irmão mais velho, o instruindo a sair dali.
ㅡ E vou para onde, porra?! - Merle também gritou.
ㅡ Ali! - Fred apontou.
Havia uma fila de carro entrando em uma estrada fora da rodovia, que as placas indicavam ser uma área de acampamento. Um grito de alguém em um dos primeiros carros soou, e o mesmo mandava que o seguissem para aquele lugar.
ㅡ Vai! - Fred olhou para o irmão ao seu lado e gritou, depois de olhar para o retrovisor e ver que mais daqueles canibais estavam prestes a se juntar em volta da camionete.
Merle finalmente se moveu, saindo do lugar com o barulho da roda no asfalto; ele começou a seguir os carros, e todos olharam para trás para ver que todos aqueles doentes ficaram para trás na rodovia, se distraindo com os gritos e cheiro de sangue fresco que vinha do arredor.
Foram alguns minutos subindo a estrada da pedreira, até realmente entrarem em uma área de acampamentos; Haviam placas indicando aquilo, e também algumas mesas de madeira espalhadas pelo local - além da floresta em sua volta e riacho um pouco abaixo -.
Todos os carros foram estacionando por ali, ainda deixando os faróis ligados para iluminar. As pessoas ainda estavam assustadas e alguns até mesmo choravam e tinham roupas sujas de sangue - indicando que haviam perdido alguém querido -.
ㅡ Todos estão bem? - um homem desceu de um dos carros, olhando rapidamente para o pequeno grupo. Fred observou que era o pai do garotinho que Bryan brincava anteriormente.
O cara, que se apresentou como Shane, disse que era policial; ele pareceu lidar com a situação como profissional, sabendo acalmar a pessoa e organizar o lugar. Disse que iriam montar um acampamento por ali, e durante os dias se organizariam para o manter juntos. A maioria das pessoas pareceu concordar com aquilo, e logo estavam se preparando para a noite com suas barracas e seus carros.
A maioria, pois Merle logo havia debochado no final dos 'comandos' do policial:
ㅡ Esse cuzão já chegou querendo mandar. - disse para os irmãos. ㅡ Ainda bem que não vamos ficar muito tempo.
ㅡ Como assim cara?! - Fred franziu a testa.
ㅡ Ficamos por uns dois ou três dias, pegamos algumas coisas e seguimos nossa estrada. Simples! - o mais velho continuou naturalmente. ㅡ Não vou ficar aqui sentado recebendo ordens e brincando de casinha com um coiote, cara!
ㅡ E eu não vou arriscar sair no meio daqueles bichos na estrada, arriscando minha vida e a dos meus filhos! - o mais novo rebateu. ㅡ E como estamos com o meu carro - reforçou, vendo o irmão também franzir o cenho. ㅡ, acho bom você procurar um avental e aprender fazer algumas panquecas, porque vamos ficar e continuar 'brincando de casinha'! - completou, dando as costas para Merle.
ㅡ Eu pego a moto e me mando daqui! - ele ainda insistiu.
Frederick o ignorou, pois foi Daryl quem respondeu:
ㅡ Aquelas motos são minhas e do Fred, e só vão sair daqui se nós sairmos.
ㅡ Vai aceitar isso?! - Merle abriu os braços, apontando o acampamento que começava se erguer.
ㅡ Aceitar ordens? Nunca. - Daryl disse. ㅡ Mas vou ficar sim e evitar que aqueles malditos devoradores alcancem a minha bunda! - completou, também saindo e deixando o irmão sem argumentos.
Frederick, que havia voltado para a camionete, onde os filhos e Sabrina estavam os observando, chamou os mais novos e foi até a carroceria. Entregou a barraca de Dominic e Bryan e pediu que fossem armar e se virou para a garota.
ㅡ Tem uma barraca? - perguntou, quando a viu pegar a própria mochila, que aparentava ter apenas um saco de dormir.
ㅡ Não. - Sabrina murmurou sem jeito.
ㅡ Tem uma sobrando aqui... - Fred disse, enquanto pegava o objeto. ㅡ Você pode ficar com ela. Os meninos dormem juntos e eu fico com a outra.
ㅡ Eles não podem achar ruim? - Sabrina perguntou. ㅡ E não quero atrapalhar...
ㅡ Pare, garota. - Fred estalou a língua, sorrindo. ㅡ Eles estão acostumados um com o ronco do outro. - disse com humor, arrancando um riso da mais nova.
Como o esperado, conversar com seus filhos para que dividissem uma das barracas realmente não foi problema. Fred ajudou Sabrina com a sua, enquanto ouvia Bryan brigar com Dominic sobre ele estar fazendo tudo errado ao fincar as partes da barraca no chão.
No final das contas, Frederick quem havia montado as três barracas.
Eles se reuniram em volta de uma baixa fogueira e esquentaram alguns enlatados; as outras pessoas faziam isso também, enquanto outras já estavam se deitando. Comeram em silêncio, ouvindo Muffin também mastigando com necessidade sua ração.
Cada um foi se deitar em seguida, e Fred esperou os mais novos fecharem suas barracas, antes dele próprio entrar na sua - após ver que Muffin havia lhe escolhido como companhia naquela noite -. O homem tirou sua camiseta e sapatos, logo se deitando no saco de dormir; viu o border collie se enfiando em baixo de seu braço e ajeitando-se por ali.
ㅡ Boa noite, garoto. - o Dixon riu, virando o rosto para receber uma lambida no pescoço.
Fred suspirou olhando para o teto de sua barraca. Continuou acariciando os pêlos de Muffin, percebendo que estava sem nenhum pingo de sono. Em sua cabeça perguntava-se como seria as coisas a partir daquele momento; e o que o futuro poderia reservar para ele e toda sua família.
𓂃 。゚ㅤnotes of author !
hello!! finalmente consegui
atualizar a história! e aí o
que acharam?
eu simplesmente amo toda
a relação do fred com os
meninos, e ela ainda vai nos
proporcionar muitos momentos
fofos 🥺
a fanfic começa na season 1,
claro, então vai demorar uns
capítulos para termos interações
entre o fred e a maggie! mas
tudo vai valer a pena! 🙏
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤
𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐨 🧟♂️
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