𝟬𝟬𝟬.ㅤ› 𝗣𝗥𝗢𝗟𝗢𝗚𝗨𝗘 . . .
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ㅡ CAPÍTULO 000 !! ꕀ
prólogo ; os mortos que caminham
ㅤㅤFaziam alguns minutos que Frederick havia se despertado, resmungando baixo ao se mexer no sofá de sua sala e quase cair do mesmo; as dores pela forma que dormiu naquela noite também lhe atingiram, e ele apenas suspirou fundo e permaneceu deixado de barriga para baixo. Sua mão havia caída para fora do estofado, e logo pode sentir que o seu cachorro estava deitado ali consigo.
O homem voltou a pegar no sono, adormecendo e apenas esperando que o despertador tocasse do outro cômodo. Assim que o ouviu, alguns minutos depois e logo sendo desligado, Fred continuou deitado onde estava, cansado demais para se levantar de um primeiro momento.
Não demorou para ouvir novos passos arrastados entrando no cômodo; Muffin, o border collie, se levantou rapidamente e correu de encontro ao garoto, que Fred logo pôde ouvir brincando com o cão. O homem continuou onde estava, mas prestando atenção no que seu filho estava fazendo. Ouviu Dominic pegando algumas coisas na cozinha - tentando fazer menos barulho, mas falhando nessa missão - e logo ligando o fogão.
Fred suspirou outra vez, agora sentindo o cheiro que começava vir do cômodo ao lado. Dando um riso anasalado, ele entendeu que aquele havia sido o sinal de que deveria se levantar de uma vez por todas; O homem se sentou no sofá, passando as mãos pelo rosto e se espreguiçando ao levantar - sentindo mais uma vez a pontada de dor em todo seu corpo -.
Ele saiu da sala e caminhou até a cozinha, que era praticamente no mesmo cômodo, dividida apenas por um balcão. A casa não era grande, mas o suficiente para as três pessoas que viviam ali. Frederick havia a alugado com muito esforço quando decidiu sair da casa dos pais, decidido que estava pronto para cuidar dos filhos sem a ajuda da mãe ou do irmão mais velho.
ㅡ Bom dia, Dom. - Fred cumprimentou seu primogênito, deixando um beijo em seus cabelos e bagunçando os mesmos em seguida. Dominic, que estava sentado à mesa, o respondeu sem tirar os olhos da embalagem que lia, provavelmente, procurando a validade do produto. ㅡ Cadê o Bryan? - o mais velho perguntou, olhando os bacons na panela; e como suspeitava, o garoto havia os esquecido ali.
ㅡ Dormindo. - Dominic respondeu, finalmente despejando o leite em seu cereal. ㅡ Ele dorme que nem uma pedra, nunca acorda quando eu deixo o quarto primeiro. - ele continuou, dando uma pequena risada antes de encher a boca.
ㅡ Então vai acordar ele, antes que se atrasem outra vez para a escola. - Frederick disse, ainda no fogão e de costas para o filho.
O homem ouviu o garoto rindo e se levantando rapidamente da cadeira, logo correndo pelo curto corredor da casa; Fred mordeu um pedaço de bacon e jogou a outra metade para Muffin, que estava aguardando ansiosamente sentado ao seu lado, e sorriu ao ouvir os gritos que vieram do quarto: Dominic havia gritado o nome do irmão e batido a mão na porta do quarto, enquanto o mais novo berrava um palavrão.
ㅡ PAI!
Frederick disfarçou sua risada com outro pedaço de bacon, enquanto se virava e encontrava os dois garotos chegando na cozinha. Dominic vinha na frente, correndo de Bryan, e rindo do mesmo, que estava com a expressão fechada - e seus cabelos totalmente desgrenhados em sua cabeça.
ㅡ Dom fez de novo! - o caçula reclamou.
ㅡ O que? - Fred perguntou de maneira confusa, enquanto se sentava junto aos garotos na mesa.
ㅡ Me acordou quase me matando no processo!
Dominic riu alto, fazendo Bryan novamente lhe lançar um olhar quase mortal. Frederick os observou soltando um riso nasal, se perguntando se suas idades estavam mesmo contradizendo com suas mentalidades.
ㅡ Bem, não podíamos te deixar dormir o dia todo, garoto. - Frederick disse. Bryan lhe olhou indignado. ㅡ Vocês têm uma hora para tomarem café e se trocarem para a escola!
ㅡ Ah, falando na escola... - Dominic engoliu seu cereal, antes de continuar. ㅡ Ontem eles nos avisaram que as aulas serão apenas até hoje.
ㅡ É, parece que mais professores e alunos estiveram com suspeita daquela nova doença e precisaram ficar em casa. - Bryan completou.
ㅡ E porque estão me avisando só agora?! - o Dixon mais velho perguntou, com uma sombrancelha levemente erguida.
ㅡ Bom... ontem o senhor chegou tarde, e não tivemos tempo de conversar. - Dominic disse. Frederick suspirou, relaxando os ombros, se lembrando que aquilo realmente era verdade. ㅡ Muito trabalho na oficina? - o garoto perguntou, notando a reação do pai.
ㅡ Estou tendo que fazer alguns turnos extras porque muita gente esteve doente por lá também. - o homem respondeu. ㅡ A coisa parece estar piorando na cidade.
ㅡ Mas as autoridades não disseram que as coisas estavam sob controle? - Bryan perguntou.
ㅡ Eles são um bando de mentirosos, Bry. - o irmão mais velho respondeu, com certo desprezo na voz.
ㅡ Políticos em geral são assim. - Frederick completou, olhando para o mais novo. ㅡ Eles vão te dar uma falsa esperança ao dizer que as coisas vão ficar bem, mas por trás das telas estão com as bundas sentadas e debochando da situação. - ele completou: ㅡ Nosso prefeito é a prova disso. Quando essa merda apareceu com os primeiros casos em Canton, ele disse que tudo iria passar e que não era mais do que uma simples gripe.
ㅡ E agora tem mais da metade da cidade com sintomas. - Bryan murmurou. Fred acenou para ele, percebendo que o mais novo havia compreendido.
Com exceção das colheres batendo no fundo das tigelas e as mastigação, um longo silêncio havia caído sob a mesa. Frederick observou Dominic, que estava quieto desde o início da conversa sobre a nova doença que havia chegado em todo estado da Georgia, e suspirou; sabia que o filho tinha uma namorada - que por coincidência também era sua vizinha - que estava cuidando dos pais com sintomas da doença.
Há dias não viam o casal sair de casa, e a última vez que Fred havia visto Brenda acompanhar os garotos até a escola havia sido há dois dias atrás.
Depois de muito pensar, o mais velho finalmente tomou coragem em perguntar:
ㅡ Têm notícias dos Hudson, Dom?
Dominic levantou o olhar para o pai, suspirando antes de voltar a revirar sua tigela quase vazia de cereal e respondê-lo.
ㅡ Falei com Brenda noite passada, ela disse que os pais pioraram. E agora ela também parece estar com alguns sintomas. - Dominic respondeu com desânimo. ㅡ Ela disse que não iria para a aula hoje, e me pediu para trazer as matérias para ela.
Fred o olhou outra vez e demonstrou ter ouvido suas palavras; o homem não sabia bem o que dizer ao filho naquela situação.
ㅡ Eles vão ficar bem logo, você vai ver. - disse, sorrindo levemente. ㅡ Agora vamos lá, levantem e vão se trocar. Vocês têm escola! - Fred se levantou, a fim de dispensar aquele clima, e foi juntar aquela louça com a pouca que já havia na pia.
ㅡ Temos mesmo que ir? - Bryan choramingou, ainda sentado terminando seu café.
ㅡ E eu preciso responder, garoto? - o pai respondeu, caminhando até o sofá para apanhar seu uniforme que estava jogado por ali.
ㅡ Não. - Bryan respondeu, jogando a cabeça para trás dramaticamente ao passar por ele na sala em direção ao seu quarto.
Frederick riu ao observá-lo desaparecendo pelo corredor. Foi desperto pelo latido de Muffin, que estava com a língua para fora e deitado de barriga para cima em sua frente, implorando por seu momento diário de carinho antes de saírem de casa.
ㅡ Seu cachorro mimado. - Fred balançou a cabeça, se abaixando para dar atenção ao animal.
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Frederick havia esperado, como de costume, seus filhos subirem a rua em seus skates e bicicleta em direção à escola, antes de arrancar com sua moto para a direção contrária.
O homem observava como o clima das pessoas estavam na cidade naquela manhã; estavam agitadas em frente à suas casas, colocando malas em seus carros ou então protegendo suas janelas e portas com tábuas de madeira. Além disso, o Dixon ouvia constantemente sirenes soando em diversas direções, e inclusive abriu espaço para uma ambulância durante seu percurso.
Ao chegar na oficina que trabalhava, o homem suspirou fundo ao ver que haviam ainda mais veículos que no dia anterior. Estacionou sua moto no lugar de costume, e franziu o cenho ao ver que havia apenas um de seus colegas de trabalho no local.
ㅡ Ei, Fred! - Tommy, um garoto de vinte e poucos anos e magricelo, foi de encontro ao Dixon.
ㅡ Dia, Tommy. - o Dixon cumprimentou, enquanto olhava em volta. ㅡ Onde está o resto do pessoal?
ㅡ Não vêm, parecem que alguns pegaram esse tal vírus e foram para o hospital. E outros pediram conta para Mike e se mandaram. - o rapaz explicou. ㅡ Parece que todo mundo está assustado com isso tudo.
ㅡ E não é para menos. - Fred disse, enquanto agora eles começavam a mexer no mesmo veículo. ㅡ E Mike?
ㅡ O chefe saiu agora pouco, mas disse que logo voltava. - Tommy respondeu, enquanto entregava as ferramentas para Fred. ㅡ Ele não parecia nada bem mais cedo, e nem ficou feliz de ver toda essa gente louca para ter seus carros concertados.
ㅡ O que?! O ganancioso do Mike não estava feliz ao ver que teria toda essa grana entrando na sua conta? - o Dixon deu um sorriso com a cara enfiada no motor do veículo, e pôde ouvir o colega rindo. ㅡ Isso realmente mostra que as coisas não estão normais por aqui.
ㅡ Exatamente. - Tommy respondeu, dando um aceno ao homem.
Frederick se levantou, também fechando aquele capô ao finalizar - uma coisa tão simples, ele pensou, que o próprio dono poderia ter feito; mas não reclamaria, já que aquilo resultaria seu salário no final do mês -, e olhou para o portão da oficina. Mike entrava por ali com o semblante realmente abatido; a pele que costumava ser bronzeada pelas diversas viagens estava pálida e quase sem vida.
ㅡ Mike. - Fred deu um aceno de cabeça quando o homem lhe cumprimentou, com a voz tão rouca que quase não saiu de sua garganta.
ㅡ Dixon e Diaz, quando acabarem por aqui estão dispensados. - o mais velho começou, com bastante dificuldade. ㅡ Iremos fechar durante essa crise. Estarei no escritório cuidando de algumas pendências, mas podem me chamar se precisarem. - disse, saindo se arrastando outra vez.
ㅡ Ele realmente não está bem. - Tommy sussurrou, vendo o homem fechar a porta do escritório.
Fred e Tommy continuaram seu trabalho sem mais conversas paralelas, determinados a acabarem aquilo o quanto antes. Vez ou outra trocavam algumas palavras apenas sobre o que faziam, ou sobre a música que estava tocando no pequeno rádio ligado ao lado deles.
Na hora do almoço, quando pararam, o Dixon estava sentado comendo um sanduíche e olhando na direção do escritório de Mike. Até então o homem não havia saído de lá, e também não ouviram um barulho se quer do lugar; concluíram que talvez, pela forma que estava tão doente, seu chefe resolveu deitar para descansar um pouco, afinal, ele tinha essa liberdade.
A dupla logo havia voltado a trabalhar outra vez, conseguindo esvaziar o pátio com os carros e motos que entregaram aos donos, que não demoraram para buscá-los; as pessoas chegavam ansiosas por ali, e saíam da oficia quase em um piscar de olhos.
Fred estava com os pensamentos a milhão ao sentir que a energia das pessoas e da cidade estava ainda mais pesada. O noticiário infomava a situação a cada hora, e quando pararam de fazer, ele sentiu uma sensação estranha. Não evitou pensar em seus filhos, e se perguntar se estavam novamente seguros em sua casa.
Ele também pensou em seu irmão, Daryl, que havia falado pela última vez no último final de semana. Os dois eram bastante próximos, mas não morarem mais nas mesmas casas e suas rotinas nos trabalhos dificultava um pouco sua comunicação; mesmo assim eram presentes na vida um do outro e enfrentavam o mesmo desafio desde sempre: seu pai.
E Fred ainda tinha Merle, seu outro irmão; ele sabia que no momento o mais velho estava outra vez na prisão, mas mesmo assim teve que se perguntar se estaria tudo bem. Não sabia a situação dentro do lugar, que poderia estar pior ou melhor do que no restante da cidade.
ㅡ Fred!
Seus pensamentos foram interrompidos pelo chamado de Tommy; assim que olhou, Fred também ouviu um alto barulho vindo do escritório de Mike. Pela expressão assustada de Diaz notou que aquela não era a primeira vez, e o garoto havia lhe chamado justamente por perceber que algo estava errado.
ㅡ Parece que ele está brigando...? - Tommy estava confuso. ㅡ É melhor irmos até lá.
ㅡ Com quem ele estaria brigando? Ninguém entrou lá o dia todo! - Fred disse. Ele olhou o portão, percebendo que um cliente entrava para buscar seu veículo. Agora faltavam apenas outros dois para serem entregues. ㅡ Vai indo, eu cuido disso e logo estou atrás de você.
Tommy concordou, logo saindo em direção do escritório de Mike. Fred esperou aquele cliente e deu atenção a ele; explicou o problema concertado no carro e entregou a chave após acertarem o pagamento. O Dixon o viu sair, como os anteriores, com bastante pressa da oficina. Assim que se virou para ir ao encontro de Diaz, ele escutou um grito.
Frederick obsevou a porta do escritório de Mike, onde o próprio e Tommy estava. O Dixon arregalou os olhos e ofegou diante da cena do seu chefe arrancando com os dentes um pedaço do pescoço de Diaz, que lhe olhava com olhos arregalados e a boca transbordando a sangue.
O Dixon tentou sair do lugar, mas suas pernas simplesmente haviam travado. Ele viu Tommy cair de joelhos, enquanto Mike arrancava outro pedaço de seu pescoço. Fred olhou para os lados, ainda em choque, e a primeira coisa que avistou foi uma chave grifo; rapidamente a alcançou e correu até os outros dois.
Ao se aproximar, Fred viu Mike se levantar do corpo de Tommy e lhe encarar; com a ferramenta suspensa no ar, o homem observou os olhos fundos e sem vida de seu chefe. Sua pele agora estava totalmente pálida, mas com apenas as veias resaltadas em seu pescoço. Sua mandíbula pingava sangue e restos de carne, e agora ele corria na direção do outro homem.
O Dixon se recompôs, agarrando com mais força a chave em suas mãos e a acertando de uma vez no rosto de Mike. O corpo cambaleou, bateu na parede, mas não parou; Fred o viu voltar em sua direção e o acertou mais vez, repetindo o processo ao perceber que estava sendo em vão.
Cansado, ele acabou deixando a ferramenta cair de sua mão e arregalou os olhos ao ver aquele corpo morto-vivo voltar rapidamente em sua direção. Com toda sua força, Frederick agarrou os ombros de Mike e afastou sua boca de seu rosto. Ele lutou para sair do lugar, percebendo como a força daquele corpo era o dobro da sua; por fim, conseguiu empurrá-lo para trás, na direção da garagem onde faziam as manutenções mais complexas por baixo dos carros.
Fred empurrou Mike para a beirada e se afastou; antes que ele pudesse avançar, o Dixon levantou a perna e chutou o homem para o buraco no chão. Ele se aproximou para ver, depois de ouvir o alto estrondo, e arregalou os olhos. Aquela criatura - pois tinha definitivamente havia deixado de ser Mike a tempos - ainda estava se mexendo; e agora, mesmo que tivesse alguns ossos quebrados, se forçava a se colocar de pé outra vez.
ㅡ Mas que porra...?! - Fred murmurou, logo saindo dali.
Ele correu de volta à Tommy, que estava ainda vivo e se debatendo no chão, enquanto tossia e se engasgava com o próprio sangue; Fred olhou assustado para ele, principalmente ao ter o olhar do colega em si. Diaz estava com os olhos repletos de pavor e lágrimas escorriam pelas laterais deles.
ㅡ Merda, merda... - o Dixon murmurou, olhando todo o sangue que saía do garoto, não sabendo o que fazer. Mesmo sentindo que não havia nada o que ser feito, tentou contê-lo. ㅡ Eu sinto muito, cara. - Fred murmurou, depois de tirar a mão do ferimento e desistir de estanca-lo.
Tommy era incapaz de dizer algo, mas com seu olhar Fred percebeu que suas palavras ainda foram absorvidas por ele. O Diaz voltou a olhar para cima e seu corpo se debateu ainda mais; por fim o Dixon o percebeu parando aos poucos, tobando a cabeça para o lado e deixando uma única lágrima escorrer por seus olhos antes de seu corpo se tornar imóvel.
Fred suspirou e abaixou a cabeça; mesmo não sendo tão próximo de Tommy, ele sabia que o garoto era uma pessoa boa e não deveria ter aquele destino. Sabia que Diaz vivia com os pais e seu irmãozinho, enquanto construía sua casa com a noiva; olhou para a mão do rapaz, onde o anel de prata brilhava, e sentiu por em algum momento deveria dar aquela notícia à família.
Seus devaneios foram interrompidos por um grunhido. Fred levantou a cabeça e ofegou, se atrapalhando enquanto se levantava do chão; Mike havia, de alguma forma, conseguido escalar a parede e agora saía daquele buraco. Seu olhar estava sedento, e agora ele se arrastava até o Dixon, que percebeu que o corpo de seu chefe estava mais desengonçado por causa dos ossos quebrados.
Fred não havia conseguido se levantar exatamente no chão, então se arrastou até estar com as costas batendo em uma parede. Mike estava cada vez mais próximo de si, e o Dixon procurava ofegante por alguma que o ajudaria a se defender. Olhou para o lado e viu que estava ao lado de uma pratelheira, onde havia uma caixa de ferramentas no alto.
Mike estava cada vez mais próximo, mas Fred conseguiu se levantar a tempo de abrir aquela caixa e a revirá-la. Achou uma chave de fenda e se virou, apenas para afastar aquela coisa do alcance de sua pele e o prender na parede; o Dixon não pensou, apenas usou seu instinto de acertar aquela ferramenta na lateral da cabeça da criatura.
O corpo parou de se mexer em seus braços; Fred usou um pouco mais de força, até sentir que toda a extensão da chave de fenda havia atravessado o cérebro. Mike finalmente ficou imóvel e parecia finalmente morto. O Dixon o soltou, se afastando e vendo o corpo caindo no chão em um baque surdo; ele ofegou, ainda observando o sangue que escorria da cabeça do, que um dia já foi, seu chefe.
Frederick olhou para suas mãos, contendo a vontade que teve de passá-las em seu cabelo e rosto, ao vê-las banhadas de sangue. Eram de Tommy e Mike misturados, e esse fato fez uma leve pontada de pânico começar a surgir no Dixon; ele olhou para onde o colega estava caído, e no fundo sentiu mais uma vez por Diaz, mas infelizmente não tinha mais nada o que poderia ser feito de sua parte pelo rapaz.
Sem se importar nos carros que ainda tinham que ser entregues, ou como aquela oficina havia acabado de ser transformada em uma verdadeira cena de homicídio, Frederick correu até sua moto outra vez. Usou o velho pano que antes usava para tirar o óleo das mãos para limpar todo aquele sangue, e finalmente girou a chave na moto. Antes de sair com a mesma, os olhos do Dixon foram atraídos por uma cena curiosa.
Ele se surpreendeu ao ver os dedos de Tommy começarem a se mexerem, com o homem ainda caído no local que estava. Fred franziu o cenho, em um misto de grande confusão e espanto, percebendo que o rapaz estava "reiniciando" e movimentando levemente seu corpo. Diaz estava voltando como uma daquelas criaturas, como Mike.
Fred suspirou fundo, antes de tomar a decisão de descer de sua moto. Ele agiu rápido ao voltar para Mike e retirar a chave de fenda de sua cabeça e andar até Tommy; o rapaz havia notado os movimentos e já havia se virado no chão, esticando o braço até o Dixon. Antes de conseguir concluir a ação ou se levantar, o homem acertou aquela ferramenta na cabeça de Diaz e a retirou, o vendo voltar a ficar imóvel no chão.
Após o barulho do metal caindo no chão, Fred suspirou ao observar o mais novo, que agora tinha um furo na têmpora e uma nova poça de sangue se formando à sua volta. Ele sabia que não poderia avisar nenhuma das duas família sobre aquelas mortes, mas pelo menos havia garantido que Mike e Tommy não fossem encontrados naquelas formas de canibais.
Fred voltou para sua moto e deu partida, com seu olhar para trás no retrovisor; suspirou fundo, ainda com a adrenalina alta, mas totalmente em choque. Apenas acelerou e desejou estar em sua casa, com seus filhos, garantindo que nenhum mal tivesse acontecido à eles naquele dia.
𓂃 。゚ㅤnotes of author !
mds esse prólogo ficou maior
que eu esperava (e eu ainda
terminei em um momento antes
do planejado para não estender
ainda mais kkkkk)
mas... me digam o que acharam!
eu geralmente não gosto dos meus
prólogos, mas eu achei que esse
realmente melhor que os outros!
queria dizer que a relação do
fred com os meninos vai ser
muito fofa, e minha protegida!
amo eles, e estou ansiosa
para vocês reagirem a mais
interações deles também!
e mais alguns adicionais:
- sim, não resisti e coloquei
um dog aqui também! o
Muffin é bem fofo! <3
- e sobre a cena da oficina:
acho que vocês pesquisarem
o que é uma chave de grife
vai ser melhor do que eu
explicar kkkkk mas é uma
ferramenta +/- grande e pesada,
e acho que encaixou no momento.
- e sobre o local que o fred jogou
o Mike, não sei se ficou muito claro
também kkkkk mas, é aquele lugar
que geralmente tem em postos e
as pessoas descem lá para olhar
embaixo dos carros, sabe? 🤠
Bom, foi tudo isso kkkk juro que
só no prólogo que as notas
costumam ser grandes kkklj 🙏
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤
𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐨 🧟♂️
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