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XXXI ➵ Epílogo I/II

Dancing with the Devil | Hyunlix

2003

ELE NÃO sabia exatamente como tinha ido parar ali.

O inferno não era um lugar que ele queria estar. Sim, era o local de trabalho de Hyunjin, e sim, ele seria sempre bem-vindo. Até tinha seu próprio trono, mas nada ali o atraía. Supôs que era por causa de todas aquelas almas que falavam consigo, implorando para que ele as levasse embora, tornando sua mente uma confusão.

As portas do corredor em que estava aquela longa e interminável fila de almas se abriram. O demônio que estava rindo e zombando — basicamente fazendo seu trabalho — calou-se diante da presença poderosa, e foi como se as almas tivessem despertado, porque todos ali olhavam para a porta dos fundos.

A morte — Félix — deu um passo. Ele parecia meio... morto, literalmente. Todo o seu guarda-roupa era totalmente preto: usava botas curtas, calças justas feitas de algo parecido com couro, uma camisa leve, por dentro da calça e até o pescoço, bordada com renda nas pontas. Ele estava vestindo um casaco comprido, com o cabelo curto e a foice firmemente na mão.

Sua expressão era séria, mesmo não parecendo realmente assustador, já que não só sua altura não havia mudado, como ele emanava muita calma, mas o problema com os demônios ali era que ele também emanava muito poder, e eles sabiam que se ele quisesse, poderia aniquilá-los

Examinou os arredores com seus olhos castanhos, com um deles ligeiramente manchado com a escuridão profunda, antes de começar a caminhar lentamente pela lateral da linha, a foice martelando a cada passo, as botas tilintando.

Passou pelo demônio que estava se curvando diante dele, e estava prestes a entrar pela porta que o levaria ao calabouço, mas parou. Demorou alguns segundos antes que se virasse, olhasse para as pobres almas na fila, que estavam lá por muitos anos antes de se tornarem imortais e então voltou seu olhar para o demônio, que não encontrou seus olhos.

— Eu vou levar todos eles. — acabou de dizer, e estalou os dedinhos sob a manga comprida do casaco.

Todos os corpos na fila caíram em seus lugares, fazendo um som áspero em uníssono, e logo caíram em desuso, deixando apenas muita poeira no lugar. Félix suspirou, satisfeito antes de olhar para o demônio, que obviamente estava segurando sua fúria.

— Você…! Você não pode fazer isso! — o demônio exclamou, irritado por ter perdido seu trabalho. Claro que novas almas chegariam, mas, para aquele ser, a graça era quando elas eram sempre as mesmas por muito tempo.

Félix se virou de novo, encarando-o. Há muito tempo, Hyunjin havia dito a ele para fazer isso, porque sentiam ainda mais o quão poderoso aquele garoto era, e, como o próprio marido diz…

"... E como idiotas que são, vão ter mais medo de você."

E era verdade. O demônio imediatamente recuou, caiu de joelhos e se curvou diante do de olhos castanhos, implorando por perdão baixinho.

Félix franziu a testa.

— Não vou te machucar, pode se levantar. — disse, inclinando a cabeça ligeiramente. O demônio levantou-se rapidamente, ainda meio curvado. — Eu só... quero que me lembre o que seu rei disse... mais uma vez.

O demônio se mexeu desconfortavelmente no lugar.

"Se o meu marido quiser vir aqui e arrebentar com a cabeça destes infelizes, espero não descobrir que resistiram, porque se não, eu vou…"

— Já é o suficiente. — Félix interrompeu, acenando com a mão lentamente, pedindo-lhe para parar, o que o ser imediatamente fez. — Espero não ter que me explicar assim de novo, realmente não quero que o rei fique com raiva. Você quer?

— Não, senhor.

— Bom. — assentiu antes de se virar e abrir a porta que levava ao calabouço. — Tenha um bom dia. — fechou atrás de si.

Ignorou ouvir a birra do demônio, e caminhou pelos corredores da masmorra, libertando algumas almas que lhe suplicavam e ele percebeu que eram boas pessoas. Abriu a porta do fundo, sentindo calafrios ao ver aquela porta onde havia se tornado o que era, e passou uma das mãos pelo corrimão da escada, descendo.

Finalmente, abriu a porta dourada do escritório de seu marido, assim como lhe havia sido mostrado, e entrou, fechando a porta atrás de si antes de caminhar até seu trono e sentar-se ali, colocando a foice ao seu lado. Posicionou o cotovelo no apoio de braço do assento e sua mão na testa, fechando os olhos e suspirando profundamente.

Tinha sido um dia extremamente difícil. Algo assim não acontecia há anos, e ele conseguiu manter o controle perfeitamente, mas sabia que em algum momento iria surtar. Suas mãos tremiam levemente e ele sentiu uma angústia profunda em seu peito. Claramente, não poderia continuar trabalhando assim. Não era algo questionável, simplesmente não podia e, felizmente, antes de ir para o inferno, teve tempo de avisar seus fiéis servos, Parcas, que estaria temporariamente afastado do serviço.

Os Parcas acabaram sendo seres realmente gentis, embora ligeiramente neutros. Félix deve ter mantido sua posição, exceto por este Parca a quem ele devia mais do que sua existência, porque sempre esteve servindo lá.

Na verdade, estava lá antes mesmo de ser um Parca.

Félix aprendera com Hyunjin que os Parcas eram almas que não subiam nem desciam e estavam presas em seu corpo. Quando os poderes do jovem avançaram, depois de demorar antes de tal decisão, ele apenas seguiu seus instintos.

⸸⸸

1998

A única coisa que realmente lhe custou trabalho foi carregá-lo e escondê-lo de Hyunjin. Sabia que o marido não diria nada, mas gostaria de falar sobre isso, e era exatamente o que Félix não precisava.

Deu trabalho aprender isso, e sempre havia a chance de dar errado, mas ele praticou, trabalhou duro e não iria desistir por medo. Durante toda a sua vida ele deu passos errados por pura covardia, e conhecer Hyunjin foi a melhor coisa que já aconteceu com o menor, graças a um ato de bravura para com o sobrenatural.

Isso iria resolver, e se não fosse o que ele queria... então o deixaria ir.

Dentro da cripta do Cemitério de Seul, seu antigo lar, ergueu a mão à frente, sobre aquele corpo de cheiro podre, duro e frio. Chorou por mais de vinte minutos antes de poder começar o que planejava.

Não iria mais fazer isso.

Fechou os olhos e respirou fundo, capturando uma situação em sua mente: Uma árvore sem vida, seca e à beira do colapso. Sua mão emanava poder, luz, e ele soube remediar. A árvore voltou ao seu lugar, e a luz percorreu seu tronco, começando a subir até que surgiram galhos com muitas folhas esverdeadas e saudáveis.

Mesmo sem perceber, seus lábios se moviam em uma linguagem que ele atualmente reconhecia, mas nunca seria capaz de explicar. Era um idioma de origem desconhecida e as palavras estavam além deste mundo. Os humanos provavelmente eram muito ignorantes para entender algo como isso. Mas era fantástico.

Sentiu calor na palma da mão e ficou assim por alguns longos minutos, até que sentiu apenas frio e sua mente escureceu. Ele abriu os olhos, olhou para baixo e logo seus olhos se arregalaram quando deu alguns passos para trás. De repente, ele era um jovem de dezenove anos novamente, indefeso e hipersensível.

O peito de Han Jisung inflou em uma respiração profunda e lenta enquanto seus olhos se arregalavam, revelando aquele lindo azul. A palidez de seu rosto não desapareceu, exceto por seus lábios ficando levemente rosados. Já Félix, estava totalmente pálido.

— S-sungie? Jisung? — se aproximou, reagindo. Realmente parecia que o tempo nunca tinha passado. Quando o menino ressuscitado se sentou, Félix imediatamente levou suas pequenas mãos às bochechas de seu amigo. — Jisung? É você? — sua voz era cortante, mas ele não iria chorar. Estava perplexo, não achava que daria certo.

O citado apenas piscou, mas, após alguns segundos, pôde observar Félix, que parecia o mesmo, mas com roupas escuras. Seus cabelos continuaram do mesmo jeito, com a franja jogada para o lado em algo parecido com um arco. Ele abriu os lábios e tentou falar, mas sua voz não saía. Sua garganta estava seca. Ele olhou para si mesmo, notando o velho terno de seu pai. O que tinha acontecido? Estava começando a entrar em pânico.

— Não, eu… — Félix se interrompeu, olhando ao redor, sem saber exatamente o que fazer. Ela não tinha para onde ir a não ser para casa, onde estava seu querido marido. E ele também não queria esconder isso dele, mas sabia que haveria uma discussão. Mordeu o lábio inferior por alguns segundos. — Vamos para um lugar mais seguro. Eu vou cuidar de você.

Sem mais delongas, segurou os ombros do amigo e, num piscar de olhos, o lugar mudou. Ambos estavam de pé agora, embora Jisung estivesse quase em cima de Félix, que tentava segurá-lo. Eles estavam em uma sala, uma sala muito bonita e aconchegante. A temperatura estava perfeita com toda a neve caindo lá fora, visível por uma das janelas ali.

— Venha, sente-se aqui. — o moreno falou em voz baixa, correndo para sentar Jisung no sofá, pegando um cobertor e envolvendo-o com o mesmo. Ele parecia totalmente impressionado, tanto pela ressurreição quanto pela mudança de cenário. — Vou trazer água para você, fique aqui. — saiu correndo para a pequena cozinha do local.

Rapidamente colocou a água em um copo, que, por conta do nervosismo, derramou-a completamente no balcão. O encheu de água novamente antes de voltar para a sala, ajudando seu melhor amigo a beber, que o fez desesperadamente e quando conseguiu segurá-lo com a mão.

— Sungie, fique aqui. Juro que vou explicar tudo, mas preciso que fique aqui. — notou o aceno de cabeça do amigo enquanto continuava a beber água, e isso o aliviou. Imediatamente correu pelo pequeno corredor daquela linda casa.

Parou quando notou Hyunjin saindo de um dos dois cômodos da casa, sua testa ligeiramente franzida e seus olhos escurecendo. Quando viu seu garoto, eles ficaram um pouco mais claros.

— Por que você está fazendo tanto barulho? O-... — foi interrompido quando seu marido ficou na ponta dos pés e pressionou seus lábios vermelhos contra os dele. Claro que ele não recusou.

O Diabo envolveu a cintura de seu menino, puxando-o para mais perto enquanto se beijavam lentamente, profundamente, mas docemente. O menor inclinou ligeiramente a cabeça para que seus narizes não batessem um no outro no caminho, e se afastou após alguns segundos, boquiaberto e esfregando o nariz com o marido.

— Jinnie… — começou lentamente, e sua voz falhou um pouco. Hyunjin imediatamente desviou um pouco mais o rosto e, vendo a expressão do marido, seus braços ao redor dele ficaram tensos enquanto seus olhos escureciam novamente.

— O que fizeram com você?

— Não, não. N-nada. — negou, e meio que riu nervosamente. Suspirou profundamente e, após alguns segundos, olhou-o nos olhos. — Eu fiz algo, e acho que foi errado, mas... mas eu não queria mentir para você.

— Sim, eu notei. Posso sentir alguém na casa. Você trouxe alguém? Não foi alguém da sua família, certo? — esta última soando com um tom de advertência na voz ao mesmo tempo em que negava.

— Não é alguém da minha família. Bem... é a minha família. eu… eu só...

Ambos permaneceram em silêncio, apenas olhando um para o outro, e era como se Hyunjin tivesse lido sua mente. Um suspiro saiu de seus lábios antes de negar, soltando seu garoto favorito de seus braços.

— Félix, você não pode fazer isso. — disse em um tom mais frio do que o normal. — Eu disse a você; existem certas regras…

— Jinnie, eu sei, mas... mas não há nada de errado nisso. Pense comigo; eu o trouxe de volta e posso realizar o ritual para transformá-lo em um Parca. Se não for o que ele quer, eu mesmo levarei sua alma para o céu.

— Com licença, você disse 'fazer o ritual para transformá-lo em um Parca'? Definitivamente não. Você não pode fazer isso, nenhuma morte fez um Parca antes. Quem está acima se encarrega de escolhê-los e enviá-los.

— Então eu vou falar com Deus. Vou dizer a ele que vou começar a cuidar disso sozinho. — Hyunjin quase rosnou de frustração. — Não sou como as outras Mortes, Jinnie. Não sou uma coisa ruim.

— Eu sei que você é capaz... mas isso não pode acontecer de novo, Félix.

— Juro que não vai acontecer de novo. — concordou rapidamente, animado, mas com os olhos cheios de dúvidas. Decidiu não esconder seus pensamentos. — Por favor, não fique com raiva de mim.

— Não estou com raiva de você. — se aproximou de seu garoto favorito, e o pegou pelas bochechas, inclinando um pouco seu rosto. — Ficarei com raiva se descobrir que é alguém que desrespeitou você.

— Jinnie, ele não vai me desrespeitar. E se o fizer, não me importo. — ele claramente se importava, mas não iria admitir. — Porque estou fazendo o que sei que é certo... e o que quero.

Félix adquiriu o estranho hábito de começar a falar como Hyunjin. Era como se esse jovem curioso imitasse as atitudes de outra pessoa para que o parabenizassem. Desde que seus poderes foram dominados, começava a repetir as coisas que Hyunjin dizia quando seu ego aumentava. "Faço o que quero, quando quero e como quero." ou "Porque eu quero e posso".

— Esse é o meu garoto favorito. — se inclinou e deu um último beijo nos lábios do menor. — Eu só quero pedir que não esconda esse tipo de coisa de mim. Há coisas que realmente não podem acontecer, e não quero que você se meta em problemas.

— Está bem. Vou falar com ele agora, acho que... seria melhor você vir depois de explicar para ele.

Hyunjin assentiu, claramente concordando.

— Só quero que você entenda uma coisa: se ele te ouviu, e não quer o que você quer, deixa ele ir, porque não vai dar certo.

— Jinnie, eu nunca forçaria ninguém a ser alguém que não quer ser. — negou, quase horrorizado com isso. Ele apenas tentaria, e se não fosse possível, ele levaria com prazer a alma do garoto para o céu, não importa o quanto isso machucasse sua alma.

Sem mais delongas, se livrou do Diabo e saiu daquele corredor, mas parou no meio do caminho, virando-se.

— Ah, por falar nisso. Os...?

— Estavam dormindo. Acho que vão continuar assim.

— Bom. Não vou demorar, Jinnie. — se virou novamente e voltou para a sala, disposto a enfrentar seu passado e tentar fazer dele um futuro.

⸸⸸

2003

Félix se lembrava do que aconteceu nesse dia perfeitamente, encarregou de sentar depois de preparar algo para comer, ao lado de uma xícara de chocolate quente para o humano, que ainda estava meio perdido, mas conseguiu falar depois de beber uma grande quantidade de água. Ele explicou exatamente o que aconteceu na noite de seu aniversário e depois comentou como conheceu Hyunjin e o que isso tinha a ver com sua morte. Ele também detalhou como foi a notícia e, claro, pediu desculpas mais do que queria por muito, muito tempo. Quando Jisung insinuou que estava tudo bem, mas que precisava de um tempinho para processar, ele resolveu ficar calado, mas quando seu melhor amigo não aguentou a espera, que sempre era típica dele, Félix resolveu começar. Confessou que Hyunjin acreditava que a alma de Jisung ascendeu devido à penúltima Morte estar muito ocupada vigiando Félix na noite de seu aniversário para levá-lo. Também explicou o ritual que tentaria obter de Deus para realizar sua transição como Parca, se quisesse. Ele o deixou fazer sua escolha, qualquer que fosse, mesmo que doesse perdê-lo mais uma vez.

Ele pensou que seria rejeitado, mas a proposta foi aceita rapidamente. Jisung até parecia animado com aquele plano, e tudo que Félix lhe dizia era como música para seus ouvidos. Porém, a Morte resolveu esperar mais de duas semanas antes de se encarregar de falar com Deus, pois queria confirmar a decisão de seu melhor amigo. Hyunjin e Jisung se conheceram, e este último o reconheceu como "Aquele que estava vestido de Diabo na festa de Halloween e ofereceu suco a Félix". Trocaram poucas palavras, pois Hyunjin não era muito falador, além disso, o único com quem ele conseguia manter um bom relacionamento era Félix, e apenas ele.

Jisung confessou sempre querer algo diferente em sua vida, mesmo que tivesse Christopher e Félix. Ele sempre quis fugir, ter uma chance de desaparecer, e pelo que parecia, Félix satisfez sua necessidade. Quando a Morte conversou com Deus, foi épico. Em suma, não houve discussão, porque o rei do céu gostava muito do marido de seu arcanjo favorito. Aceitou com a velocidade da luz, como se devesse isso, e Félix ficou grato por isso. Jisung levou o assunto a sério, mas isso não significava que não fosse fácil realizar o ritual e transformá-lo em um Parca.

No entanto, foi feito. E, atualmente, ele era um de seus servos, mas seu melhor amigo para sempre.


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