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XXX ➵ O Anjo da Morte

Dancing with the Devil | Hyunlix

O DIABO e Félix passaram longas horas no inferno, que foram dias na terra. Estavam conversando sobre o que havia acontecido e, mais do que tudo, mimando um ao outro; especialmente Hyunjin a Félix. Este último estava realmente abalado com tudo o que havia acontecido, então ainda não se sentia muito bem. Estava muito fraco, tão fraco que mal conseguia se levantar. Seu olho doía, com o qual ele podia ver um pouco nublado ao redor, e sua cabeça latejava.

Hyunjin tinha toda a atenção em Félix e estava tentando curá-lo, mas não seria possível, e se ele ultrapassasse a dosagem limite de seus poderes, a marca de Félix poderia tomar isso como um ataque e mandá-lo embora. Ele não podia morrer, mas também não queria isso, sabendo que seu garoto favorito se sentiria culpado o suficiente para não querer chegar perto dele.

No escritório do Diabo só havia calmaria, com o som da lenha queimando na pequena lareira, e a respiração de ambos. Porém, Félix sabia que não poderia passar a vida ali, precisava se mudar, e uma estranha sensação o fez querer começar seu trabalho como Morte.

Era estranho dizer, ou mesmo pensar sobre isso.

Ele nunca teria se imaginado em uma situação como aquela. Hyunjin sabia? Acreditava que não, mas o outro já havia dito a ele que havia cuidado de sua alma desde sempre. Hyunjin poderia ter percebido isso? Mas então se lembrou de sua expressão de completa surpresa quando confirmou que o menor realmente era a última Morte, descartou isso completamente.

Quando o jovem pediu ao marido que saíssem daquele lugar, Hyunjin logo o levou para Busan, outra pequena cidade, e na qual havia visto Deus mais de uma vez. Hospedaram-se em um hotel sem pagar graças aos poderes do rei do inferno. O quarto era muito melhor do que o do hotel anterior, embora, é claro, que Félix não conseguia se lembrar. O hotel ficava em uma localização central, cheia de bares e lojas. Nenhum deles se importava, mas Hyunjin acreditava que eles poderiam usar isso a seu favor para praticar os poderes de seu garoto favorito.

Félix colocou sua foice, agora valiosa, no canto do quarto. Esta emanava uma vibração completamente poderosa, um pouco perigosa, ousaria dizer o dono, que se olhava em frente ao espelho do banheiro. Estava sujo, com o pijama com que acordou que, sem saber porquê, tinha ligeiras manchas de sangue.

No momento, não queria pensar sobre o motivo das mesmas.

Suspirou depois de olhar em seus próprios olhos, especificamente, para aquela mancha preta em um deles. Sentiu a presença de Hyunjin, que era muito mais fácil de interpretar agora, e o olhou através do espelho enquanto o mais alto o envolvia com seus braços fortes por trás, roçando sua bochecha contra a lateral da cabeça de seu garoto.

Ambos compartilharam um intenso olhar através do espelho, e Félix piscou rapidamente algumas vezes antes de olhar para si mesmo.

— Preciso de roupas novas. — comentou com um nó na garganta, ainda percebendo as manchas de sangue. O que tinha acontecido?

— Você deve saber que precisa começar a usar roupas escuras, por ser a Morte. No entanto, acho que a decisão é sua. — acrescentou no final. Sabia que era demais para seu pobre menino e não queria assustá-lo mais do que ele já estava.

E, porra, ele percebeu isso. Desde que Félix se transformou na Morte, podia sentir tudo com muito mais intensidade do que já sentia. Agora ele podia sentir sua notável preocupação em seu menino favorito, e isso o estava deixando um pouco inquieto. Pressionou suavemente seus dedos incrustados de anéis contra a barriga do marido.

— Félix, me diga o que está pensando.

— … É só que… — negou. Nem sabia por onde começar. Hyunjin virou-o cuidadosamente em seus braços. Félix ainda estava um tanto delicado, sempre tentando não ficar tonto enquanto andava e coisas do tipo. Procurou por aqueles olhos castanhos, mas não conseguiu encontrá-los porque estava sendo evitado. — Não sei se quero isso. Não é por causa da roupa, ou do meu olho, mas é só… — ficou quieto. Parecia ingrato ou assim pensava. Hyunjin ergueu seu queixo com uma das mãos, segurando sua cintura com a outra, e os dois se olharam nos olhos. — Não era o que eu tinha em mente. Não sei se quero passar o resto da minha vida... da minha eternidade vendo as pessoas sofrerem até a morte.

Hyunjin balançou a cabeça lentamente.

— Seu conceito de ser a Morte é mal ensinado, como é de se esperar dos humanos. — Félix o olhou com uma leve confusão, inclinando a cabeça um pouco para o lado. — Você já viu pessoas morrerem de maneira muito cruel. Sim, você verá corpos em péssimo estado, e sua missão é levar as almas das pessoas, mas não é nada assustador, nada com o que deva temer.

Se afastou um pouco, pegando as mãos do mais baixo. Félix imediatamente acariciou seus dedinhos sobre os de seu marido, que estavam realmente quentes.

— Félix, agora posso sentir tudo o que você emana, e uma dessas coisas é a paz. Quando as pessoas o virem antes de morrer, sentirão sensações positivas que nunca sentiram antes. Todo esse tempo eles estiveram com uma Morte que os fazia morrer de maneira desconfortável, e até muitas almas ficaram presas em corpos.

— Como poderei acompanhar tantas pessoas enquanto morrem e ficar calmo com isso? — até mesmo pensar nisso o estressava, parecia impossível para ele. — Pessoas morrem a cada segundo em todo o mundo.

— É para isso que existem as Parcas*. — respondeu o Diabo, e, percebendo a inquietação do marido, tentou suavizar mais a voz, não perder a paciência. Odiava explicar coisas, muitas vezes seu ego o fazia acreditar que todos deveriam saber o que ele era, mas ele tinha que engolir, porque não era qualquer um ali, era Félix. — Elas são suas servas, e existem milhares delas. Já sabem que há outra Morte, e que é a última, então provavelmente se curvarão a você e não falarão com você.

Félix balançou a cabeça lentamente.

— Isso não parece algo bom.

— Você é o rei delas agora, o verdadeiro. Elas esperaram milhares de anos por você, e meu conselho como rei do inferno é permitir que elas permaneçam nesse respeito. Muitas vezes elas acreditam que têm mais direitos do que lhes são dados, e você não pode permitir que isso aconteça.

O silêncio esteve presente por alguns segundos. Quando Hyunjin explicou assim, quando Hyunjin o fez ver que a morte era um novo começo, e que não era nada do que os humanos imaginavam, não parecia um problema real.

Félix fez um leve biquinho com os lábios, pensativo.

— Não soa… tão ruim quando você fala assim. — comentou, e teve que fechar os olhos devido a súbita angústia em seu peito, lembrando de um certo garoto esquartejado e desviou seu olhar para o nada, lembrando-se de algo dentro de uma sacola. Jisung conseguiu fazer um novo começo? — Eu só... não consigo parar de pensar em…  — seus lábios tremeram quando tentou dizer o nome dele, então balançou sua cabeça.

Novamente um pequeno silêncio se fez presente, e ele sabia que o Diabo estava pensando em como responder a isso.

— Nós deveríamos falar sobre isso.

— Não. — o mais novo respondeu com firmeza, abrindo os olhos e encarando o marido. — Não quero falar dele nunca mais. Esta é a minha maneira de superar isso.

Hyunjin o encarou. Claro que respeitaria a decisão do marido, mas também sabia que mais cedo ou mais tarde ele iria explodir, e isso não era bom para a nova Morte. Não, não. Ainda mais se este tivesse que suportar isso toda a eternidade.

— Bom. — novamente, deixou beijos nos nós dos dedos do outro, acariciando seus lábios com aquele anel que outrora lhe dera. Seu anel de noivado. Lentamente, ele guiou as mãos do menor para o próprio pescoço, fazendo-o envolver os braços em volta do mesmo. — Não se preocupe com os outros. Você pode ter uma vida completamente normal.

Um suspiro saiu da boca do mais baixo, desanimado.

— Jinnie, eu não acho que isso seja possível.

Hyunjin ergueu ligeiramente as sobrancelhas, sentindo aquilo como um desafio. Ele era a porra do Diabo, e ele poderia fazer qualquer coisa, sempre. Ele era invencível, se quisesse, poderia estalar os dedos e incendiar todas as cidades da Coréia, ou convocar um maldito apocalipse.

Então, se ele pode fazer tudo isso, tecnicamente, ele pode fazer feliz a única pessoa que importava.

— Claro que é. — disse ele, puxando-o para mais perto pela cintura. — Podemos ter uma casa onde você quiser, do tipo que você quiser. — os olhos castanhos de Félix começaram a brilhar, até mesmo aquele quarto escuro em um deles se iluminou um pouco. — É isso que meu garoto favorito quer?

Com um rubor perceptível em suas bochechas, ele assentiu enquanto um pequeno sorriso tímido abria caminho em seus lábios.

— Sim. — respondeu. Hyunjin inclinou o rosto para mais perto, os dois roçando seus lábios e as pontas de seus narizes. — Mas eu só quero se for isso que você quer.

O Diabo sorriu lentamente. Ninguém além de seu precioso marido jamais havia perguntado o que ele queria.

— De qualquer forma, precisamos de um lugar. — o arcanjo voltou a falar, acariciando a parte inferior das costas do menino com os dedos. — Eu sugeriria o inferno, mas você claramente não gostaria de passar a eternidade nele.

— Seu escritório é muito bom, mas o resto… — negou. Não queria ser maldoso, já que, afinal, tinha sido uma espécie de casa para o Diabo. — Prefiro uma... casa. — foi interrompido pelos inesperados, mas suaves beijos em seus lábios.

Foi quando Félix finalmente percebeu onde era seu verdadeiro lar, e a espera realmente valeu a pena.

Sim, era uma droga ser a Morte, ter tantas responsabilidades, mas no final, ele era imortal. Por fim, não haveria noites sem dormir com a preocupação de que estivesse envelhecendo, nem o pensamento de que, um dia, ele seria apenas uma lembrança na cabeça de Hyunjin. Agora ele está lá, era invencível e ainda mais com o marido ao seu lado.

No meio de um beijo suave e lento, uma dor aguda na cabeça o fez se afastar do rei do inferno e encará-lo. Imagens passaram por sua cabeça: uma noite fria, no banco de trás do Impala de seu pai, no colo de seu marido, beijando-o. Ele pisca rapidamente e se afasta um pouco, confuso.

— O que está acontecendo?

— Nada, e-eu... eu só lembrei de uma coisa.

Félix pode sentir a inquietação do Diabo como se fosse sua depois de ouvir aquela resposta. Ele franze a testa um pouco, intrigado com isso.
                  
— Do que você se lembra?

— Eu te beijei no carro do meu pai?

Hyunjin apenas o encara por alguns segundos.

— Sim, tivemos uma conversa.

Sentiu um arrepio na espinha quando engoliu em seco.

— Eu sim... me lembro. — apesar de ter se visualizado dessa forma, foi como se apenas um trecho de segundos trouxesse à tona todas as coisas daquele dia. Se lembrava de não sentir nada, do vazio em seu estômago e de falar automaticamente, apenas pensando como se viver fosse uma simples estratégia. — O que eu era sem uma alma?

— Um pé no saco. — Hyunjin não pôde deixar de usar sua sinceridade, muito mais do que costumava fazer. Félix também não pôde evitar a notável indignação em seu rosto. — Você era neutro. Havia escuridão em você e tentei fazer o que pude para atrasá-la. No começo eu sabia que não era você, mas com o passar do tempo comecei a me desesperar, a sentir sua falta, e fiquei bastante confuso. Em um momento baixei a guarda e te beijei. — não iria mentir para ele, queria que Félix soubesse, mas apenas sobre algumas coisas. — Então eu pude sentir que estava errado, e só me concentrei em voltar para você.

— Entendo. — Félix assentiu, mas o embaraço o forçou a olhar para o chão. Se sentiu mal por ter sido um fardo. — Me desculpe por ter agido daquela forma.

— Não precisa se desculpar, não era realmente você. — Hyunjin encontrou seu olhar, inclinando o rosto ligeiramente. Félix levanta um pouco o seu próprio, e os dois se encaram. — Agora você está aqui… — suspirou profundamente e se perdeu em seus próprios pensamentos enquanto admirava o jovem à sua frente. — Finalmente comigo. — termina, baixando ligeiramente o tom.

— E por toda a eternidade.

Hyunjin exalou bruscamente, satisfeito com essas palavras.

— Vem aqui. — rosnou, puxando seu lindo marido para mais perto e beijando-o devagar, com cuidado.

Ambos acariciaram os lábios, inclinando a cabeça e fechando os olhos enquanto relaxavam contra o corpo do outro. Hyunjin pressionou a palma da mão contra a parte inferior das costas de seu garoto favorito, enquanto com a outra mão segurava seu queixo com firmeza, sem machucá-lo. Queria poder devorar sua boca.

Foi nesse exato momento em que ele enfiou a língua, encontrando-a com a de Félix, que ouviu o vidro do espelho quebrar, e tanto a lâmpada do banheiro quanto a do quarto explodiram. O menor abriu os olhos, assustado, e olhou em volta, ainda com seu queixo sendo segurado pelo Diabo. A preocupação e a angústia de que algo estava errado novamente doendo em seu peito.

— O que foi isso? — perguntou com a voz trêmula, trazendo seu olhar, levemente carrancudo, para o do Diabo, que se viu sorrindo de ladinho.

— Foi você. — respondeu, e até parecia um pouco orgulhoso. Diante do olhar surpreso do mais novo dos dois, Hyunjin deu uma lambida nos lábios vermelhos e apetitosos do marido. — Agora você tem poderes, assim como eu. Você tem que aprender a controlá-los.

— Mas eu... nem sei como fiz isso. — respondeu, perplexo, e tentou não gemer com o aperto suave em uma de suas nádegas.

— Vou te ensinar. — respondeu o Diabo, sem parar de acariciar o corpo de seu menino favorito. É que Félix era, simplesmente, tão lindo. Olhou em volta antes de olhá-lo novamente. — Acho que não há mais nada que você possa destruir. — sem mais delongas, o beijou.

Hyunjin não entendia como havia aguentado tanto, e Félix não sabia até aquele momento o quanto sentia falta de fazer amor com o marido. Os dois estavam se beijando profundamente, suas línguas se acariciando lentamente, acaloradamente, parados no banheiro daquele hotel barato em Busan. Suas mãos estavam por toda parte, e foi quando Hyunjin notou que Félix estava lentamente ficando na ponta dos pés com exaustão que ele agarrou suas coxas e o pegou no colo, levando-o de volta para o quarto.

Félix sentiu suas costas baterem no colchão da única cama do quarto, e abriu as pernas para permitir o corpo do Diabo entre as suas. Passou as mãos pelas costas quentes de seu marido, e levou as mãos à cintura do jovem, levantando lentamente a parte de cima do pijama.

Seus lábios desceram pela mandíbula de Félix, que respirava mais profundamente, com os olhos fechados e a cabeça inclinada. Só por hoje, tentaria não ser tão tímido quando se tratasse de sexo, porque sentia muita falta disso. Sentia falta dos choques de prazer, do calor do corpo de Hyunjin, de seus lábios, de suas mãos acariciando-o, de... absolutamente tudo nele.

O Diabo finalmente tirou sua camiseta, e olhou para o seu torso, acariciando-o lentamente, fazendo-o estremecer.

O Diabo rosnou.

— Meu.

— Apenas seu…

Seus lábios desceram pelo pescoço de seu marido, alcançando seu peito, e tomando um mamilo em sua boca, sugando-o. Leves calafrios se fizeram presentes no corpo do menor, que se viu arqueando ligeiramente as costas, com os lábios entreabertos. Inconscientemente, se viu levantando os quadris, roçando seu membro no de Hyunjin por cima de suas calças.

— Porra. — Hyunjin pôs a mão no queixo do menor, segurando-o com firmeza enquanto continuava chupando seu mamilo, que parecia realmente apetitoso. Ele empurrou seus quadris contra os do jovem, causando uma fricção inevitável, e o ouviu ofegar. — Félix, você não tem ideia do quanto eu precisava te ter assim.

Félix ofegava baixinho, os lábios entreabertos, e Hyunjin aproveitou a oportunidade para enfiar os dedos indicador e médio na boca de Félix, por cima de sua língua, que imediatamente começou a lambê-los. Ele rosnou e movimentou os quadris com mais força, roubando suspiros e sons suaves de ambos.

Aconteceu muito rápido.

Félix sentiu como se estivesse sendo sugado para dentro do colchão. Se viu sendo puxado para longe de Hyunjin, como se a cama o tivesse engolido, e em apenas um piscar de olhos, ele estava em outro lugar.

Mais do que confuso, sentindo a cerâmica fria do chão contra a pele de suas costas, se sentou abruptamente e olhou em volta. Um hospital... o que ele estava fazendo em um hospital?!

Ele piscou lentamente, muito quente. E rapidamente se abraçou, tentando cobrir a nudez de seu peito e a ereção visível sob suas calças.

— … O-oh.

Ele lentamente se levantou do chão. Não sentia nenhum tipo de dor, apenas um leve calafrio por ter sentido a cerâmica fria do chão contra suas costas nuas depois de uma situação tão quente. Ele olhou em volta, mais incerto do que antes. Felizmente, a porta estava fechada e parecia ser noite onde quer que estivesse, não havia muitas pessoas vagando pelo hospital.

E, claro, a... bem, sua foice estava no chão. Esta o seguiria aonde quer que fosse?

Sentiu uma corrente de ar atrás de si, a presença reconhecível, e rapidamente se virou, observando a expressão zombeteira de seu marido, que estava perfeitamente vestido enquanto tentava cobrir o menor vestígio de pele, sem sucesso. Sentiu como suas bochechas começaram a queimar, e eles apenas se olharam por alguns segundos.

— Não sei como vim parar aqui.

— O dever te chamou por si mesmo e agora você deve cumpri-lo. — respondeu ele, e ergueu a mão um pouco mais alto, onde segurava a camisa de seu garoto favorito, se aproximando e vestindo-o com a mesma. Honestamente, precisava de uma troca de roupas urgente. — Depois de dominar seus poderes, isso não acontecerá mais.

O menor bufou, ainda mais corado. Realmente não queria estar em uma situação tão  comprometedora. Já tendo colocado a camisa, olhou melhor em volta, e seu olhar pousou na maca a sua frente, deixando-o atordoado.

— Eu… — franziu a testa ligeiramente quando as memórias vieram à sua mente. Era a mesma garota, e ela estava do mesmo jeito: os olhos fechados, pálida, magra e ligada a uma máquina de respirar. Ao lado dela descansava um pequeno coelho de pelúcia com uma orelha faltando e parecendo um tanto sujo. — Isso... Já vi isso antes. Eu estive aqui. — afirmou lentamente, terminando com confiança.

— Quando você estava sem alma, você mencionou sonhar com isso. Pode ter sido uma previsão.

E Félix podia ouvir, com certeza, mas havia algo que não o deixava tirar os olhos daquela garota. Havia algo que o chamava para estar ali, ao lado dela, e quando sua visão embaçou um pouco devido à concentração, pode sentir-se delirar ao observar algo branco, levemente transparente, flutuar em volta do corpo dela. Era como uma vibração, e podia senti-la extremamente fraca, prestes a desaparecer.

Precisava dela.

Perceber seus próprios pensamentos o fez sentir uma leve dor no peito, e por inércia ele recuou. Ele estava ficando com medo, e quando o Diabo foi capaz de sentir isso, imediatamente colocou a mão na parte inferior das costas do marido, segurando-o e olhando em seus olhos.

— Agora que você é a Morte, posso sentir suas emoções, ainda mais fortes do que antes. Infelizmente para você, a garota também pode. — tinha que ser sincero, não podia mentir para o menino, ainda estava tentando processar a questão de ter ficado sem alma.

— M-mas, eu… — Félix estava começando a se desesperar um pouco, e sua mente o forçou a ficar calmo. Tinha que ser inteligente, tinha que obedecer ao que seu marido lhe pedia indiretamente. No entanto, quando olhou para suas próprias mãos, elas tremiam. — Não sei se consigo, Jinnie.

— Sim, você consegue. — afirmou Hyunjin, quase rosnando e se aproximando um pouco mais. Félix olhou para a garota quando ouviu um suspiro de dor dela, e sentiu mais pânico crescer em seu peito, mas seu marido agarrou seu rosto para que seus olhos se encontrassem. — Você é o responsável por levá-la para o outro lado, você precisa proporcionar a ela bem-estar e tranquilidade para que ela não tenha medo. — enxugou a umidade que se formava sob os preciosos olhos de seu garoto favorito com o polegar. — Você não precisa ficar triste, morrer é um processo tranquilo e nada doloroso. — mesmo que ele não fosse muito paciente, ele sabia que tinha que ficar com seu marido ou ele iria se acovardar, e tudo iria para o inferno... literalmente. — Eu voltarei assim que você terminar. Nomeie-me, e eu voltarei.

— O que? Não. — o jovem rapidamente pegou seu braço, arregalando os olhos e negando rapidamente. — Jinnie, acho que não posso fazer isso sem você. — sussurrou, sentindo um nó na garganta.

— Se eu ficar aqui, a menina vai sofrer por causa da minha presença, e sei que isso importa para você. — comentou. E era verdade, porque desde que Hyunjin pusera os pés naquele quarto, a garotinha não parava de reclamar. O Diabo pegou sua mão e deu um beijo suave nas costas da mesma antes de soltá-la lentamente e dar um passo para trás, desaparecendo em um piscar de olhos.

Ele olhou ao redor antes de voltar para a maca e respirou fundo. Inalou, prendeu a respiração por alguns segundos e a soltou lentamente. Suas mãos, pouco a pouco, pararam de tremer e seus pensamentos se estabeleceram. Deveria tomar isso como algo completamente normal, porque o destino se encarregou de escolhê-lo para um trabalho tão pesado como este, e não adiantaria nada se ele não levasse isso a sério.

Então se abaixou e pegou a foice. A marca em seu braço queimou levemente e ele se sentiu muito mais firme. Parecia... muito poderoso. Lentamente, começou a dar passos até ficar do lado da maca dela, e se ajoelhou no chão para ficar à altura. Tentando ficar calmo, continuou a observá-la. Levou seu olhar para os pequenos detalhes do rosto daquela garota, ela era mais bonita do que em seus sonhos: tinha manchas, pequenas sardas nas maçãs do rosto e no nariz, assim como ele próprio, e seu cabelo era muito comprido, ruivo. Ela não parecia mais mal, ao contrário, parecia relaxada.

Félix piscou rapidamente, surpreso ao encontrar sua própria mão na bochecha fria da humana. Ela lentamente se viu abrindo os olhos com o toque. Eram claros, e seu olhar era muito atraente para quem o via, pois tinha um brilho especial e único. Félix não sabia exatamente por que estava prestando atenção naquelas coisas. Fazia parte de ser a Morte?

A respiração da garota aumentou, e Félix imediatamente balançou a cabeça.

— Está tudo bem, está tudo bem. Não tem... não precisa ter medo. — ela sorri para ele timidamente, é perceptível o quanto ela está fazendo o seu melhor para não chorar. Lentamente, e com muito cuidado, ele leva sua mão até a pequena mão da outra, cobrindo-a antes de dar um aperto suave. Tinha que fazer direito, isso não era qualquer coisa. — Eu cuido de você. Pode dormir.

A garotinha abriu a boca e tentou dizer algo, mas parecia estar sem o mínimo de ar.

— Não fale, está tudo bem. — ergueu as duas sobrancelhas e baixou os olhos para os lábios daquela garota quando percebeu que ela estava articulando uma palavra, repetidas vezes. Seu coração disparou, e desta vez ele sorriu docemente, sentindo suas bochechas corarem. — Sim... sim, sou um anjo.

O anjo da morte.

A garota começou a fechar os olhos lentamente, e Félix sentiu um desejo, que ele imediatamente permitiu. Sabia que faz parte do processo, sabia que se não fizer, nada vai acontecer. Então se levanta lentamente do chão, sem largar a mãozinha da garota e se inclina para ela, deixando um pequeno beijo em sua testa.

Algo vibrou em seu peito e aquela vibração levemente visível ao redor da maca desapareceu.

A garota está morta.

Félix a olhou com um nó na garganta e gentilmente soltou sua mão, colocando-a em sua maca. Observou a máquina começar a emitir aquele bip, que indicava que seu coração não batia mais. Se virou para o final da maca, prestes a chamar Hyunjin, mas parou quando notou uma mulher parada... ao lado da garota que havia morrido alguns segundos atrás.

A mulher vestia roupas cinza escuro e seus olhos estavam no chão, nunca olhando para Félix. Em vez disso, a mulher acenou para ele, dizendo adeus. Félix não teve tempo de retribuir aquele cumprimento porque, num piscar de olhos, já havia sumido.

O jovem continuou igualmente intrigado e surpreso, apenas piscando para um ponto fixo.

A porta é batida com força e mais de dois médicos entram na sala. Félix percebe que está ferrado quando seus olhos se voltam para ele. Claro, se ele ainda não tinha aprendido a como não fazer com que pessoas o vejam, não apreendeu nada mais do que explodir luzes por beijar o marido.

— O que você está fazendo aqui? Quem o deixou entrar?

E Félix nem teve tempo de responder — embora, honestamente, não soubesse o que dizer — quando, em um piscar de olhos, foi levado de volta ao hotel. Os braços do Diabo o envolveram, e ele apenas encostou a bochecha no peito quente do marido, respirando rapidamente enquanto olhava para um ponto fixo.

Suas mãos tremiam, e suas pernas também. Todo o nervosismo que estava engolindo para manter aquela garota adorável calma estava fazendo efeito agora. Então ainda respirava com dificuldade e procurou agarrar-se a Hyunjin, fechando os olhos.

— E-eu... consegui. — gaguejou, e largou a foice, que ainda segurava firmemente em sua mão. Ela caiu no chão, e o Diabo aproveitou para pegar seu garoto preferido nos braços quando percebeu que suas pernas tremiam.

— Você foi brilhante.

⸸⸸

Ambos estavam deitados na cama daquele hotel. Félix estava de frente para a parede, e Hyunjin passou um de seus braços ao seu redor por trás, segurando-o perto de seu peito. O mais novo não disse uma palavra durante as longas horas que estiveram ali, apenas continuou respirando calmamente, brincando com as alianças na mão do marido e olhando para o seu anel de noivado.

— Jinnie… — finalmente falou, e limpou a garganta enquanto sua voz estava um pouco rouca. — Estou melhor. — não obtendo resposta, se virou. Sentiu o olhar do Diabo sobre si, se encararam por alguns segundos antes de Félix falar novamente. — Eu precisava de tempo para organizar meus pensamentos.

— E o que você conseguiu organizar?

— A menina está bem. Ela sorriu para mim antes de partir.

A testa do Diabo franziu um pouco.

— Eu disse a você que isso aconteceria.

— Sim, eu sei. Mas, aparentemente, eu apenas tinha que ver para acreditar. — olhou para baixo e torceu um pouco o nariz, pensando. — Não te assusta? Seu trabalho é realmente superior.

— Não. —  respondeu. — Mas posso entender por que isso te assusta, já que você passou de uma vida completamente mundana para ser a última Morte. São coisas completamente opostas. — Félix olhou para cima novamente, fazendo com que seu rosto se levantasse também. Hyunjin sabia que quando seu garoto fazia isso era porque precisava de carinho. Então inclinou um pouco o rosto e seus narizes roçaram um no outro. — Você não tem nada a temer.

A cabeça do menor se inclinou ligeiramente e seus olhos se fecharam enquanto ele exalava profundamente pelo nariz.

— Você... você poderia… ? — parou por alguns segundos, mas o Diabo permaneceu em silêncio, esperando. — Você poderia... cuidar de mim, mesmo eu sendo poderoso?

Porra.

Hyunjin estava quase rosnando de alegria, envolveu seu corpo em torno do corpo de seu garoto, puxando-o para mais perto.

— Você é meu marido, sempre vou cuidar de você. — roçou os lábios com os do outro. — Não sei o que você fez comigo, garoto.

Ambos compartilharam um beijo doce e lento. Quente, mas calmo. Não tinham intenção de ir mais longe, só queriam se sentir próximos.

— Eu te amo Jinnie. — recebeu outro beijo, e uma leve e suave mordida no lábio inferior, que o fez corar. Quando o Diabo recuou um pouco, Félix não pôde deixar de olhar para baixo timidamente. — Certo... agora me ensine. Como você faz?

— Como eu faço o que?

— Para ser invisível. — parecia um pouco estranho dizer isso. Olhou para cima novamente, encontrando os olhos do Diabo. — Como você faz todas essas coisas?

— Eu apenas me concentro no que quero e acontece. Você já tentou?

Félix negou.

— Não exatamente.

— Bom. Te proponho algo. — em poucos segundos, o rei do inferno estava sobre o corpo de seu marido, segurando-o pela cintura e levando seu rosto ao pescoço, deixando beijos suaves e molhados na pele. Félix se viu envolvendo os braços em volta do pescoço de Hyunjin. — Que tal você e eu irmos aonde você quiser? Em algum lugar distante... e mostrarei tudo o que você precisa.

Félix sorriu timidamente.

— Sério? — ouviu um murmúrio de afirmação do Diabo, e inclinou um pouco mais a cabeça aos beijos dele em seu peito. — Sim claro. Para onde iríamos?

— Para onde você quiser.

— Mas eu não sei. — Hyunjin ficou surpreso ao ouvir uma pequena risadinha, cheia de felicidade do marido.

Se afastou um pouco e o observou atentamente, ouvindo-o falar sobre alguns países que sempre teve interesse em visitar, mas nunca considerou a oportunidade.

Então o Diabo realmente começou a pensar se era necessário contar a ele tudo o que havia acontecido quando não tinha alma. Realmente faria diferença? O que mudaria contar a ele o que havia acontecido? Ele não poderia trazê-los de volta.

Ele mesmo havia tomado para si em seu pouco tempo livre longe de seu garoto para guiar as duas almas para um canto no inferno. Isso mudaria alguma coisa? Ele realmente iria estragar essa felicidade e calma que seu garoto estava finalmente sentindo? Iria deixá-lo triste por dois canalhas que nem mereciam ser lembrados?

Nunca mentiria para ele... a menos que seja para protegê-lo.

De qualquer forma, realmente não mentiria para ele. Félix eventualmente se lembraria e contaria a ele no momento que quisesse. Enquanto isso, evitaria isso e o lembraria de apenas coisas mais importantes.

— … Jinnie? — o Diabo ergueu as duas sobrancelhas em resposta. — Então, o que acha? A Alemanha estaria bem?

Hyunjin assentiu.

— Qualquer coisa que meu garoto favorito quiser. — deixou um beijo lento nos lábios opostos, que se prolongou, tornando-se mais profundo e úmido. Suas línguas se encontraram com suaves carícias e, mais uma vez, Hyunjin tirou sua camisa, passando as mãos quentes pelo peito nu de seu menino.

Félix desabotoou a camisa escura do Diabo, e suas mãos deslizaram por seu torso coberto de tatuagens com símbolos desconhecidos e frases ininteligíveis. Admirava a beleza que todos rejeitavam e dizia a si mesmo que deixaria a timidez de lado o máximo possível. Precisava fazer amor com o marido, lenta e apaixonadamente, sem nada para detê-lo. Sentia falta dele e precisava dele mais do que nunca.

Os beijos em seu pescoço retornaram com leves sucções e lambidas, fazendo com que perdesse a respiração enquanto levava as mãos às costas do Diabo, acariciando-o lentamente. Como poderia não delirar se Hyunjin era um mestre com a boca? Fazia tudo perfeitamente, enviando arrepios por sua espinha e puxões em sua barriga. Ele ergueu os quadris ao senti-lo abrir sua calça e puxá-la para baixo, acariciando suas coxas no caminho e deixando-o apenas de cueca.

Os beijos iam do pescoço ao queixo, terminando finalmente nos lábios. Ele abriu a boca para receber, de novo, aquela língua quente, e inclinou ligeiramente a cabeça enquanto suas mãos desciam do torso do marido até sua calça, desabotoando-a e abaixando-a. O Diabo estava completamente nu sob aquela vestimenta, como sempre.

As cobertas foram afastadas para que segundos depois se encontrassem cobrindo os dois corpos assim que a última peça de roupa do corpo de Félix. Estava frio lá fora, e o menor ainda não estava totalmente recuperado. Ele havia passado do nada para a imortalidade, mas sua temperatura corporal se manteria por um tempo.

Hyunjin encostou-se ao lado de seu menino e puxou-o para mais perto, nunca deixando seus lábios. Ele levou a mão à perna do marido e a levou ao quadril, passando o outro braço em volta da cintura. Sua mão incrustada de anéis vagou pela coxa de Félix, acariciando para cima e para baixo, segurando levemente uma nádega enquanto o apertava para ficar mais perto.

O Diabo quebrou o beijo, e levou dois dedos à boca oposta, sentindo a sucção que a mesma fazia. Ambos podiam sentir o leve brilho do suor aparecer com o passar dos minutos. Félix fez movimentos pequenos, mas lentos, com os quadris, esfregando seu membro contra o do marido dela, ofegante. Ele tinha esquecido desse sentimento.

— Jinnie… — disse quando os dedos do Diabo deixaram sua boca, e sua respiração engasgou ao senti-los em sua entrada, acariciando. Se contorceu um pouco, e empurrou-se contra aquele contato, na direção das carícias. Os dedos da mão oposta de seu marido pressionaram mais profundamente a pele de seus quadris, e ele soltou um suspiro quando os dois dedos, molhados de sua saliva, lentamente o penetraram. — U-uhm...

Hyunjin esperou apenas alguns segundos, que dedicou para beijar o rosto de seu garoto favorito, lambendo e mordendo os lábios antes de mover os dedos em um vai e vem, acariciando as paredes dentro de seu marido, que respondeu aos beijos em seus lábios ofegante.

O Diabo segurou a perna do menor, acariciando sua língua com a própria e movendo os dedos para frente e para trás cada vez mais rápido, penetrando-os cada vez mais fundo, procurando encontrar aquele ponto que roubava o fôlego de seu pequeno e o fazia ofegar.

Foi quando finalmente o fez, que teve que segurar o marido com mais firmeza quando percebeu como ele se contorcia, os lábios entreabertos, ofegante. Hyunjin rosnou baixinho, bufando pelo prazer que lhe dava ver seu garoto daquele jeito, e pelos movimentos de quadril que fazia, criando um atrito inevitável entre eles.

Apenas alguns minutos depois ele estava em cima do corpo de seu marido, preso dentro dele, movendo-se lenta mas profundamente enquanto se apoiava em seus braços, beijando-o até a exaustão.

Como o Diabo acabou assim?

O que ele carregava em seus braços, o que ele reivindicava com seus beijos... aquele que ele fazia amor com cuidado, era o que ele tinha de mais precioso no mundo.

Sempre foi egoísta, porque a única coisa preciosa que tinha era ele e seu trabalho. Se sentia importante, ele era, e acima de tudo, essencial no mundo da porcaria. Ele fazia o que queria, quando queria, como queria. Jogou com os bons, mas principalmente com os maus. Ele mentiu e destruiu com muito prazer, porque foi feito para isso. Foi feito para fazer o mal, tanto na terra quanto no inferno.

No entanto, Félix apareceu. Esse menino inocente e curioso, que pensava estar procurando uma saída mais fácil com a magia negra, que achava que tudo seria mais fácil e menos doloroso.

Hyunjin também pensava assim.

— Jinnie… — engasgou, movendo seus quadris mais rápido, contraindo sua entrada, fazendo o rei do inferno rosnar. — M-mais... por favor.

As estocadas aumentaram, com Hyunjin batendo sua glande repetidamente contra o ponto doce dentro de seu marido, sentindo-o se contorcer, até que ele tremeu levemente. Ela o segurou com mais firmeza pelos quadris, mas sentindo o garoto, de forma contraditória, entrelaçar uma de suas mãos com a a do Diabo. Félix era, simplesmente, uma obra de arte para onde quer que olhasse.

Descobriu isso especificamente no primeiro dia, à noite. O garoto foi a primeira pessoa a ser legal com ele, pois, apesar de estar morrendo de medo, havia oferecido um lugar para dormir ao lado dele… mesmo que fosse o próprio Diabo. E Hyunjin só sabia ficar calado, ouvindo os soluços ao fundo e sentindo o terror que o humano sentia.

Porque não entendia o que era aquilo que batia em seu peito, e se já estava ali antes, mas ele não tinha percebido. Não entendia o que era aquele nervosismo subindo por sua garganta e deixando sua mente em branco. Sempre tinha algo a dizer, porque era tudo fluentemente falso, mas friamente calculado. Sua simpatia era uma máscara, honestamente odiava explicar as coisas e preferia ficar longe de qualquer humano inútil.

Mas com Félix... apenas era diferente. Ele queria estar lá, mimá-lo, conversar com ele sobre qualquer coisa estúpida, mesmo que parecesse ruim.

No dia seguinte, quando o viu acordar com os cabelos desgrenhados e os olhos levemente inchados, ele soube. Quando o viu bocejar e puxar as cobertas até o peito... sabia que queria vê-lo assim todos os dias.

Bastou uma investida para seu garoto favorito se contorcer em seus braços, cortando sua respiração enquanto arqueava as costas, derramando sua essência entre os dois torsos e dobrando os dedinhos dos pés. Seus lábios estavam vermelhos assim como suas bochechas, seus cabelos desgrenhados com o movimento e sua testa ligeiramente franzida. Se esparramou confortavelmente na cama quando terminou, e Hyunjin precisou de algumas estocadas para provar o êxtase.

O céu tinha sido um lugar muito legal, embora com muita falsidade. No entanto, nunca sentiu que poderia tocar em algo mais angelical, até agora. Com um suspiro profundo e se desvencilhando dos fios negros, se posicionou ao seu lado e o puxou para um abraço. Ambos respiravam um tanto agitados, e Félix não hesitou em esconder o rosto no pescoço do Diabo, deixando ali um beijo suave.

— Jinnie, eu te amo...

— Eu também. — não iria admitir que ainda era difícil para ele dizer isso, e que muitas vezes temia não conseguir, porque esse não era o seu suposto trabalho, mas tentou implementar seu lema de fazer o que queria, e se ele quisesse amar Félix, então o amaria.

Se beijaram novamente, mais suavemente do que antes, e se sentiram completos ao retomar a conversa anterior, planejando o longo futuro que os esperava.

— E também em dezembro a Alemanha fica muito fria. Gosto do frio e vai nevar bastante. Podemos, claro, se você quiser, procurar uma casinha legal para morar, longe de uma cidade. — comentou com certa insegurança, timidamente enquanto olhava nos olhos dele pelo canto do olho.

O fato de alguém pedir sua opinião o fez, inevitavelmente, sorrir. Se inclinou novamente e deu um beijo na ponta do nariz antes de puxá-lo para seu peito quente.

— Qualquer coisa que você quiser, meu menino favorito.

E eles ficaram assim, calados, apenas abraçados e pensando no que iria acontecer.

Desde quando pensa nesse tipo de coisa? Quão baixo ele havia afundado?

Finalmente, ele respondeu às suas conclusões:

Ele já havia caído uma vez, séculos atrás, mas tinha certeza de que nunca havia caído como quando se apaixonou por Lee Félix.

Parcas - tem relação com a mitologia. Cada uma das três divindades (Cloto, Láquesis e Átropos) ou parcas, que, na mitologia clássica, presidiam à duração da vida e determinavam o destino dos humanos.

Estamos nos despedindo, não é mesmo Chanie?

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