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XXVIII ➵ Consequências Infernais

Dancing with the Devil | Hyunlix

APENAS ALGUNS minutos se passaram desde o evento, e Félix parecia ter congelado no lugar. Hyunjin se encarregou de enxugar o rosto com sangue com a própria camisa, pegou-o nos braços, e levou-o para a pequena e desconfortável cama daquele local, despindo-o e vestindo o pijama no garoto.

Era o mínimo que poderia ser feito.

Foi quando o menor adormeceu — ou assim parecia — que Hyunjin se virou para a porta, acenando com a mão em sua direção. Ela deveria estar trancada, pelo menos, durante o momento em que não estaria lá.

Levantou-se lentamente, caminhando até o meio do quarto, fazendo o piso de madeira ressoar a cada passo lento e, não sem antes dar uma última olhada em seu garoto favorito, que dormia tranquilamente, desapareceu daquele lugar.

Quando voltou para a casa dos Castratis, foi recebido por um choro irritante e de partir o coração. Mas não poderia se importar menos. Estava aqui para ameaçar o único primo de Félix, a quem ele avisaria para ficar quieto, ou sua morte seria ainda mais dolorosa do que a de seus irmãos.

Havia policiais naquele local, também ouviu o choro de uma mulher, e teve certeza que era a tia de Félix, lamentando a perda de mais um de seus filhos. Não era culpa dela, mas ele não podia explicar para ela, nem queria. Hyunjin teria ido direto para a sala onde estava o corpo daquele idiota, mas parou abruptamente ao perceber algo inusitado. O seu olhar deslocou-se ao saco fechado que se encontrava numa maca, a ser transportado para algum lugar, para o qual se aproximou. Não lhe importava, mas havia algo estranho naquilo...

Olhou para a sacola que envolvia o corpo de Geunsoo, que estava em uma maca, e teve que se aproximar um pouco mais para verificá-la. Ele não estava sendo visível para os outros de qualquer maneira.

Passou a mão pela sacola, sem tocá-la, e confirmou: a alma de Geunsoo ainda estava em seu lugar.

Como isso é possível? Em vez disso, a verdadeira pergunta de Hyunjin era: por que a Morte não foi buscar a alma daquela tentativa lamentável de matar uma pessoa?

Quando não estava fazendo pactos, a Morte tomava conta das almas. Ela as levava embora e as guiava para onde pertenciam: céu, inferno ou purgatório. Não tirar uma alma de um corpo significava deixá-lo com sua própria decisão, isto é; Geunsoo viraria uma alma perdida ou sequer acordaria, continuaria como se estivesse dormindo, o que parecia perfeito para Hyunjin, não queria vê-lo como um fantasma, mas de qualquer forma, isso era realmente estranho.

Estranho o suficiente para prestar atenção nisso.

Quando Hyunjin reapareceu no quarto do motel, notou seu marido acordado, olhando para o teto antes de virar a cabeça levemente em sua direção, o olhando. Havia olheiras mais perceptíveis sob seus olhos, parecia que estavam piorando com o passar dos minutos.

Isso tinha que acabar hoje, e ainda mais agora, que tinha quase certeza de que havia conseguido.

O Diabo caminhou até a cama, sentando-se no espaço que restava.

— Preciso que me conte sobre suas visões.

Félix piscou rapidamente antes de balançar a cabeça, voltando o olhar para o teto.

— Elas não eram muito interessantes. — disse ele. Um silêncio se formou entre eles antes que o menor suspirasse e virasse de lado, na direção do marido. — Por que quer saber?

Hyunjin tinha que ser esperto, e isso significava não contar a Félix seu plano. Ele havia entrado no estágio escuro — que estava evoluindo um tanto rápido demais — e provavelmente já não queria sua alma de volta.

— Eu simplesmente não parei de pensar nisso. — mentiu, e com muita facilidade. Ele era o rei das mentiras. — E quero saber mais sobre.

— Eu vi um hospital. — respondeu imediatamente, sem hesitar. — Eu estava no final de uma maca e vi uma menina com câncer.

Hyunjin se pôs de pé imediatamente. Bingo.

— O que está acontecendo?

O Diabo caminhou até o meio do quarto, passando a mão nos lábios e no queixo, tentando conter a ansiedade e a raiva que vinham, fazendo o possível para não sacudir aqueles quadros baratos na parede.

— Eu já sei quem tem sua alma. A Morte. — se virou, notando o jovem sentando-se de repente, com as sobrancelhas ligeiramente franzidas.

— A Morte? Por que a Morte teria minha alma?

— Ainda não tenho certeza. — na verdade, ele tinha algumas teorias: a Morte provavelmente levou a alma de seu garoto porque seu pai queria lhe ensinar uma lição. Sim, com certeza, ele sempre quer ter razão. Tentou não rosnar, saindo de seu transe e olhando para o marido. — Estou indo atrás dela.

— Eu vou com você.

— Não, não vai… — com isso, o olhar de Félix ficou ainda mais sombrio, e ele se levantou abruptamente. — Você não está em condições de ir, você matou alguém.

O mais novo ergueu as duas sobrancelhas enquanto apontava o dedo indicador para o peito.

— Justo você está dizendo isso para mim? Você é o diabo.

— Não sou exceção. Não me sinto culpado e é meu trabalho, não seu.

— Você está errado. — o mais novo respondeu rapidamente. — Não sinto nada, e deveríamos deixar desta forma.

— Já chega. — o rei do inferno levantou a voz um pouco antes de baixar o olhar para o humano sem alma à sua frente. Seu marido estaria de volta em breve, tinha certeza disso. — Voltarei em breve.

Os dois se encararam por alguns segundos, e o Diabo notou algo mudar no olhar de Félix. Era indecifrável.

— ... Tudo bem. — respondeu, finalmente concordando.

Hyunjin sabia que ele não concordava e que estava tramando algo. Limitou-se a apenas desaparecer num abrir e fechar de olhos, porque quanto mais demorasse, piores seriam os problemas.

Por outro lado, Félix, assim que percebeu que o Diabo não estava mais naquele quarto, caminhou rapidamente até sua mochila e tirou dela a faca que usou para matar Geunsoo junto com um crucifixo de prata, rapidamente subiu na cama, esperando encostado nela, contra a parede enquanto olha para um ponto fixo do cômodo.

Era só esperar.

⸸⸸

A cripta de San Antolín estava localizada sob a catedral de Palencia, na Espanha. Era uma cripta bastante reconhecida pela sua beleza, e porque a igreja guardava nela coisas importantes.

Era ali que estava a figura alta, coberta por um manto preto.

Caminhou direto depois de descer as escadas, pronta para seguir em direção a um destino que já sabia de cor. Sempre procurava por ele, porque ele cuidava dela, porque era a única maneira de...

Parou ao sentir uma presença muito forte atrás de si, e não hesitou em se virar rapidamente, encontrando a própria Morte a sua frente. Esta tinha olhos cor de sangue, cabeça ligeiramente inclinada e uma vibração sombria e intimidadora.

Hyunjin levou alguns segundos para fechar os olhos e respirar fundo, concentrando-se bastante. Podia senti-la tão perto, que até seu coração bateu como nunca antes. De repente, abriu os olhos.

— Você percebeu o que fez, certo? — deu um passo à frente, fazendo com que a Morte recuasse. — Você tirou a alma do meu garoto favorito, do meu inferno, e sem minha permissão. — lambeu os lábios, olhando para trás da figura de capa preta antes de voltar seu olhar para ela. — Vamos facilitar. Dê-me a alma ou eu vou destruí-la. Você não é tão forte, e eu não dou a mínima se as pessoas param de morrer porque não há Morte para recebê-las.

Um grito agudo e alto veio da boca de Morte, impossível de ver graças ao manto que cobria grande parte de seu rosto. Aquele som reverberou por toda a cripta, fazendo o local tremer. Hyunjin não moveu um fio de cabelo, apenas continuou com o queixo erguido e o olhar fixo na figura à sua frente, que tentou demonstrar sua força através daquele som.

Hyunjin soltou um profundo suspiro, farto desta situação. As pessoas não se cansam de querer mostrar superioridade a ele? Ele era a porra do Diabo, podia fazer o que quisesse.

Sentindo-se mais poderoso do que nunca, porque finalmente sabia onde estava a alma de seu marido, e tudo voltaria ao normal, estendeu a mão, colocando os dedos em posição de estalar. Apenas moveu seus dedos, preparando-se, e rachaduras começaram a aparecer nas paredes da cripta enquanto o local tremia intensamente. A única lâmpada da sala explodiu, deixando as duas criaturas sobrenaturais na escuridão e em um silêncio ensurdecedor.

— ... Estou esperando.

⸸⸸

O jovem abençoou a faca sob a manga de sua roupa e o crucifixo em seu pescoço e ficou em frente ao armário, olhando para o caderno com o exorcismo. Serviria no próprio Diabo? Não tinha certeza, mas valia a pena tentar.

Se virou quando sentiu uma presença atrás de si e notou Hyunjin parado a apenas alguns centímetros de seu rosto. O menor permaneceu imóvel, devolvendo o olhar. Os olhos azuis claros do Diabo foram para o pescoço de seu garoto e logo ficaram cor de vinho.

— Realmente achou que isso iria te proteger de mim? — inclinou a cabeça para baixo, erguendo as duas sobrancelhas enquanto sorria friamente. — Criança boba, você não tem alma. Não há nada para proteger.

Omnus immundus spirits. Omnus s...

— Seria bom você parar de insistir. — interrompeu o rei do inferno, voltando a ficar sério. Era estranho ver seu marido contra ele.

— Por que eu faria isso?

O olhar de Hyunjin mudou para um cheio de ansiedade, até excitação.

— Encontrei a sua alma.

Félix balançou a cabeça, recuando e se chocando contra a mobília atrás de si.

— Não quero minha alma. — disse ele com determinação. — Estou bem assim.

— Que pena para você, porque iremos para o inferno e eu vou fazer você voltar ao normal.

Foi quando o Diabo tentou pegar o menor pela mão que este foi bem mais rápido: tirou a faca debaixo da manga e tirou-a com o punho fechado do cabo, cravando-a com força, cerca de três vezes no peito do seu marido antes de tirá-la e segurá-la em sua mão.

A testa de Hyunjin franziu antes de baixar o olhar para o próprio peito. O quarto começou a tremer de tal forma que o menor cambaleou, e não esperou nenhuma reação do mais velho, apenas correu em direção à porta, tentando abri-la e não conseguindo. Começou a bater desesperadamente enquanto ouvia coisas caindo das paredes e dos móveis.

— Ajuda! Alguém me ajuda!

— Você já deve saber que onde quer que você queira ir agora... eu vou te encontrar.

— Ajuda! Alguém me ajuda por favor! — gritou mais alto, começando a chutar a porta e bater com o ombro esquerdo.

Não teria sua alma novamente. Não deixaria isso acontecer.

— Félix... — Hyunjin quis avisar, parecia completamente calmo apesar de ter sido esfaqueado pelo marido. Estava em sua cabeça que esse garoto não era realmente o seu garoto.

Uma voz fora do quarto do motel o interrompeu.

— Quem bate tanto? — foi ouvido. Era a velhinha da recepção, que agora batia devagar na porta do outro lado. — Jovem? Está preso?

— Ajuda! Me ajude!

— Félix.

— Ajuda! — aumentou os golpes.

Inesperadamente, o quarto parou de tremer e Hyunjin agarrou seu braço, virando-o e olhando em seus olhos, sua mandíbula mais tensa do que o normal.

— Preste atenção em mim. — disse, sua voz baixa ao ouvir a velha falando e batendo ao fundo do outro lado. O menor o observava com os olhos ligeiramente estreitados e a respiração agitada de tanto se mexer. — Você vai abrir aquela porta e dizer a ela que apenas não estava conseguindo abrir, e depois vai para o inferno comigo e eu te levo de volta. Você não pode evitar, então seja inteligente e enfrente isso.

— Jovem? Vou procurar meu filho! Talvez ele possa te ajudar!

Félix girou e abriu a porta. A velha virou-se e o olhou, preocupada.

— Oh, meu Deus! — a doce velhinha levou a mão ao peito, aproximando-se do menino. — Você está bem?

Félix deu seu sorriso mais gentil e falso.

— Oh, sim, estou. A porta estava emperrada e eu fiquei com muito medo. — disse, rindo no final.

A velha negou enquanto um pequeno sorriso se fazia presente em seus lábios.

— Oh. Sem problemas, querido. Você sempre pode bater, e eu irei ajudá-lo. — Félix assentiu quando uma ideia passou pela sua cabeça. Então segurou melhor a faca na mão. — Ou se você tiver qualquer outro problema, posso mudar seu quarto...

Um grito saiu de seus lábios quando o mais novo rapidamente pegou seu braço e se posicionou atrás dela, tocando seu pescoço com a faca e encarando o Diabo que, provavelmente pela primeira vez, fora pego desprevenido. Parecia cada vez mais bravo, sabia que isso iria custar caro, pois seu marido havia sido absorvido pela escuridão mais rápido do que alguém normal, e isso com certeza tinha uma explicação que ele ainda não havia descoberto.

A velha soluçou, fechando os olhos.

— Por favor. P-por favor.

— Hyunjin, eu vou matar todo mundo antes que você me faça de idiota de novo. Se você...

Foi interrompido por um clique do Diabo. A senhora caiu no chão, morta. Hyunjin preferiu ser ele a matá-la, pois não já não sabia como ajudar Félix após presenciar ele matando o próprio primo.

A faca voou da mão do garoto, e quando ele se virou para tentar escapar, viu-se preso nos braços do rei do inferno, que o mantinha imóvel.

— Deixe-me ir! Hyunjin!

O nomeado o ignora completamente e nem mesmo o avisa quando se teletransportam de um lugar. Tudo ali era diferente e, se Félix tivesse uma alma, deveriam fazer o jogo de escadas, mas sendo apenas um corpo, não afetaria em nada ir imediatamente para o inferno.

Estavam naquela sala redonda com muitas portas. No meio estava a escadaria reconhecível e elegante que levava a um porão onde o Diabo tinha aquele escritório muito bem cuidado. Hyunjin dirigiu-se para uma das enormes portas, a segunda da porta onde ficava o calabouço das almas.

O Diabo entrou com o marido — que não parava de gritar para ser colocado no chão — em seus braços no quarto com a velha e pesada porta de madeira escura. A sala parecia o próprio nada, pois havia apenas uma maca no centro, com uma lâmpada de luz iluminante, pendurada em um cabo. Os cantos estavam escondidos graças à escuridão, mas não havia ninguém ali. Apenas eles.

Hyunjin colocou Félix cuidadosamente no chão e, quando Félix tentou escapar, foi agarrado pelos ombros até se deitar.

— Hyunjin! Hyunjin, olhe para mim. Meu amor... — o arcanjo ergueu os olhos para o jovem imediatamente, sem poder evitar. Não tinha lágrimas em seus olhos, mas suas sobrancelhas estavam levemente franzidas e parecia aflito. Ele era um bom ator. — Jinnie, não faça isso. Você vai me matar, por favor. Eu te amo.

Hyunjin engoliu em seco antes de desviar o olhar e puxar a faca de sua manga, estendendo a mão livre e colocando a ponta afiada no próprio braço, começando a falar palavras em uma linguagem indecifrável.

— Hyunjin! Você vai fazê-lo morrer, Hyunjin!

— Não vou deixar que meu Félix se transforme em um monstro. — apenas respondeu quando terminou de citar aquelas palavras ininteligíveis, e cortou a palma da mão, percebendo um leve brilho no sangue. Sua mão estava muito tensa, e era devido a algo tão puro dentro da palma do Diabo.

Mais uma vez, citou outras palavras em uma língua estranha.

— Eu serei um monstro com minha alma! Pelo menos não o reconheço agora! Você tem alguma ideia do que eu vou sentir? Saber que eu matei Jisung? Ou que matei minha família? — Hyunjin ignorou tudo isso, fechando o punho antes de girá-lo. Félix resolveu levantar a voz, desesperado. — Você acha que eu vou te perdoar? Acha que vou continuar te amando depois do que você fez?! Eu não sentia nada por você antes de ficar como agora! NADA!

Hyunjin o olhou, incapaz de deixar de prestar atenção.

— Eu só estava com medo de você, e é por isso que você me teve. Não há nada que me provoque mais do que terror e prazer. Com alma ou não, vou continuar fingindo. — respirou profundamente. — Eu nunca te amei.

— Eu não me importo... — o arcanjo apenas respondeu. — Porque eu te amo... — finalmente disse. Uma pena que o menor não conseguiu apreciar muito suas palavras. Ele voltou seu olhar para sua mão. — E não vou deixar você se tornar o que um dia implorou para não ser. Descendit.

Pressionou a palma da mão no peito do mais novo com força, que imediatamente soltou um grito que ecoou pela sala, arqueando as costas e jogando a cabeça para trás. Hyunjin, com os olhos um pouco mais abertos do que o normal, observou tanto o rosto de seu garoto quanto sua mão em seu peito. Parecia que estavam puxando dolorosamente de sua palma, embora para ele fossem como cócegas. Podia sentir o quão forte era a alma do marido, e como ele parou de respirar, com o grito cessando até cair desmaiado na maca, o rosto suado, pálido.

A sucção na mão de Hyunjin cessou alguns segundos depois, e ele afastou a mão, olhando para o corpo de Félix. Colocou uma das mãos novamente no peito do menor. Não havia batidas.

E também não estava respirando.

Hyunjin rapidamente colocou o braço sob as costas do marido, levantando-o um pouco e apoiando-o sobre o peito, sentindo sua cabeça cair para a frente. Ele rapidamente levou a outra mão ao seu queixo, levantando seu rosto.

— Félix? Ei, Félix… — o moveu ligeiramente enquanto sua testa franzia um pouco. Afastou os cabelos suados que caíam de sua testa, acariciando sua bochecha. — Vamos, vamos, vamos. — sussurrou lentamente.

Notou que, depois de alguns segundos, ele continuou do mesmo jeito, então tentando manter o controle, colocou a mão no peito do garoto novamente. Iria ter que revivê-lo.

Se concentrou e fez o que sempre fazia, mas apesar de várias tentativas, não conseguiu ouvir seu batimento cardíaco. Então engoliu em seco, rosnando.

— Não, não, não, não. Acorde. — o moveu novamente enquanto o segurava melhor em seus braços, puxando-o para mais perto de seu peito. Negando com a cabeça rapidamente. — Acorde, porra. — rosnou.

Foi a primeira vez que ele ficou realmente assustado. Quando ele estava prestes a morrer e teve que possuí-lo, pelo menos o garoto estava reagindo, e sabia que, de uma forma ou de outra, iria trazê-lo de volta à vida. Mas agora ele havia tentado de tudo e o menor ainda não reagia. Acariciou sua bochecha, franzindo ainda mais a testa. Não pode ser, aquilo não podia estar acontecendo...

Tentou, uma última vez, reanimá-lo. Colocando a mão no peito do menino e fechando os olhos com força, concentrando-se. Já deveria ter acontecido, já deveria ter sentido seu coração bater, ou pelo menos ter ouvido uma respiração.

Ele estava realmente morto? Realmente não voltaria mais?

Abriu os olhos lentamente, esperando encontrar os olhos de seu marido, seu garoto. Queria admirar aquela cor castanha única e notar o brilho em seus olhos. Queria abraçá-lo melhor, e prometer-lhe que ninguém mais o faria sofrer, que era idiota porque não era da sua natureza amar, nem sabia demonstrar o que sentia, mas faria o possível. Aprenderia por ele, qualquer coisa por ele.

No entanto, se viu com os olhos fechados do marido, e tocou a pele fria de sua bochecha antes de protegê-lo em seu peito. Seu olhar foi direto para a frente, para um ponto fixo, e seus olhos lentamente escureceram. Não havia vestígios de azul claro, nem branco ou vermelho. Estavam completamente escuros.

Um rosnado começou a subir em sua garganta, terminando com um grito alto cheio de desamparo e fúria. O inferno inteiro tremeu. As almas da masmorra, apavoradas com o barulho, começaram a implorar para sair de trás das grades. A fileira interminável de outra sala balançou enquanto os demônios se entreolhavam.

E isso não importava mais. Se pudesse, faria o mundo desaparecer em um único estalo.

Porque seu marido, seu garoto... o príncipe do inferno se foi.

E se Hyunjin alguma vez pensou que estava com raiva, estava errado. Isso era estar com raiva, exalando desamparo de si...

E isso foi de partir o coração.

Cripta - Cripta é uma construção subterrânea, geralmente feita de pedra ou escavada no subsolo.

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