❛ 🧜🏼♀️ 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝟬𝟬𝟮 :: the shipwreck in the mangrove ❜
🏄🏼♀️
❛ 𝗖𝗔𝗣𝗜𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟬𝟬𝟮 ¡¡ ❜
o naufrágio no mangue
ㅤㅤㅤVirginia suspirou irritada por se despertar do seu sono. Como todas as manhãs, abriu os olhos e logo os tampou com o braço quando a claridade os atingiu. Sentiu as pálpebras pesadas e a pontada de dor em sua cabeça, a relembrando que havia passado do limite na noite anterior. Tentou se mover na cama, mas sentiu um peso em sua cintura; paralisou ao também sentir o toque extra em suas mãos. Ao olhar para trás, notou que estava dormindo com John B lhe abraçando, e isso foi o bastante para se despertar por completo.
ㅡ Merda... - ela sussurrou, tentando se mover sem acordá-lo.
Obrigou sua mente a trabalhar, para que se lembrasse do que havia acontecido na noite anterior. Lembrou da troca de beijos que tiveram no sofá. E se lembrou de quando decidiram ir para o quarto para os tornarem ainda mais privados, no final da festa. Muitas mãos bobas rolaram. E apenas isso, a garota suspirou aliviada ao se lembrar. Estar dormindo com uma camiseta do garoto era apenas um detalhe - que não foi exatamente o que a preocupou, já que havia dormido outras vezes assim -.
Apenas queria ter certeza que não haviam feito nada a mais. E desejava que ela não tenha dito nada de besteira enquanto estava chapada.
Com seus bruscos movimentos - não intencionais - para se levantar, Ginny acabou acordando John B. Ele abriu os olhos e olhou para ela confuso, enquanto a assistia procurar com urgência seus shorts e regata da noite anterior, além de seus sapatos. O garoto então se sentou na cama.
ㅡ Gigi, o que você...?
ㅡ John. - ela se virou para ele. Fechou os olhos, suspirando fundo e não conseguiu o olhar diretamente ao abri-los outra vez. ㅡ Foi loucura isso. A gente tava bêbado e eu ainda estava chapada... não foi assim que pensei que isso aconteceria!
ㅡ Gigi, para com isso. - John se levantou apressado, se livrando atrapalhadamente do lençol para a seguir pelo quarto. A garota, novamente, suspirou aliviada ao vê-lo de bermuda. ㅡ A gente não fez nada demais! Está realmente arrependida?
ㅡ Não... é que... - a Maybank suspirou. O olhou finalmente, perdida nas palavras. ㅡ Qual é! Nós somos amigos... não quero tornar isso estranho.
ㅡ Nada vai ficar estranho, Gigi. - John riu, com cuidado passou a mão pelo braço dela, até segurar em sua mão. ㅡ Eu queria ter te beijado a muito tempo. Eu realmente gosto de você, Sereia. - ele sussurrou.
Ginny ficou surpresa. Olhou para John, que sorria levemente para si, enquanto tirava com delicadeza os cabelos de seu rosto. A garota realmente ficou sem palavras; não podia acreditar que seus sentimentos por seu melhor amigo realmente fossem correspondidos.
Ela quis respondeu, mas simplesmente não conseguiu. Havia travado. Ficou abrindo e fechando a boca algumas vezes, até fechá-la completamente e suspirar. Seu olhar se desviou para longe dos olhos do garoto em sua frente.
ㅡ Eu não sei como começou... - John voltou a sussurrar. ㅡ Talvez eu tenha gostado de você desde o dia que nos conhecemos. Mas acho que meus sentimentos realmente mudaram há um ou dois anos, e agora eu realmente gosto de você. Entende?
ㅡ Você não tem que fazer isso só porque a gente se beijou. - Ginny sussurrou, ainda com a cabeça baixa.
ㅡ Não estou, Gigi! - John disse. ㅡ Caramba. Eu realmente estou apaixonado por você! Estava esperando um momento certo de dizer isso sem que nossa amizade fosse estragada e percebi que você correspondendo meu beijo ontem foi o sinal de que precisava.
Ginny suspirou, fechando os olhos quando John se aproximou e juntou suas testas. Ele tocava em seu rosto e pescoço, deixando um leve carinho no local, enquanto aguardava seu silêncio.
ㅡ Ei... - John a chamou. Ginny ergueu o olhar para ele. ㅡ Acredite em mim. Eu não diria isso para brincar com você ou seus sentimentos. Nunca faria isso! - ele foi sincero. ㅡ Eu realmente gosto de você, Gigi.
ㅡ Eu sei. Entendi isso, Johnny. - a garota sussurrou, tornando a fechar os olhos e suspirar. Ceder aquilo não era difícil, ela apenas não sabia como fazer. ㅡ Eu também gosto de você, se quer saber. - ela disse ainda sussurrando, e o sorriso do Routledge iluminou seu rosto. ㅡ Mas, é que... - Ginny se perdeu nas palavras, ficando em silêncio no final.
Ela se sentiu tola por isso. John gostava dela e ela gostava dele. Precisava apenas aceitar isso e eles fariam aquilo acontecer.
Então qual o problema?
ㅡ Me desculpa. - Ginny disse baixinho.
ㅡ Ginny... - John tentou chamá-la, quando viu que havia se afastado e estava indo apressada até a porta, sem olhá-lo outra vez.
Ginny suspirou ao sair do quarto, fechando a porta com cuidado e olhando para o corredor. A garota notou que a casa estava uma bagunça pós-festa e apenas os membros daquele grupo de Pogues haviam passado a noite por ali.
Ao passar por um dos outros quartos e ver a porta aberta, Ginny lotou que do lado de dentro JJ estava com uma garota na cama.
ㅡ Ei! - ele exclamou com a irmã, fechando o local com a perna.
ㅡ Porta é para isso, JJ! - a Maybank rebateu, enquanto bufava e continuava seu caminho.
Kiara estava deitada em um dos sofás, ainda dormindo; e Greg estava jogado no chão, de barriga para baixo e o rosto grudado em uma almofada. Ginny deu risada do estado do melhor amigo e abriu a porta da frente, cumprimentando Pope deitado no sofá da varanda.
Ginny foi até a rede pendurada nas árvores do quintal e se sentou nela, observando a paisagem do mangue em sua frente e sorrindo com o final do nascer do sol. Novamente seus pensamentos vieram lhe incomodar, e se perguntou porque estava tão inseguro sobre tentar um relacionamento com John.
Ela pensou que talvez estava preocupada em como os amigos iriam reagir. Como seu irmão ficaria ao descobrir. E se John estava mesmo sendo sincero ao dizer que gostava dela a mais tempo - não podia evitar pensar nisso, era involuntário. Ginny suspirou com tudo, e percebeu que precisava esvaziar a cabeça antes que os pensamentos a deixassem louca.
A Maybank se levantou de onde estava e se preparou para deixar o Castelo, sabendo que aquela era a melhor escolha no momento. Mas, quando deu a volta na rede, notou John caminhando em sua direção com uma cerveja na mão.
ㅡ É a última, mas a gente pode dividir. - ele disse sorrindo. ㅡ Olha... a gente pode conversar melhor agora, Ginny.
ㅡ Esquece isso, Johnny Boy. Eu preciso ir embora agora. - Ginny disse, explicando antes que o garoto perguntaase: ㅡ Richie me mandou uma mensagem e perguntou se algum de nós estava em condições, porque ele precisa de ajuda no quiosque hoje. - ela tentou soar com humor, mas John percebeu que tinha algo a mais.
ㅡ Tudo bem. Eu te levo lá. Só me deixe buscar uma camisa e avisar...
ㅡ Não precisa, John! - Ginny rapidamente dispensou. ㅡ Vou andando, assim acordo totalmente da ressaca e chego bem lá. - completou rápido. Ela ponderou, mas o deu um demorado beijo no rosto antes de começar andar. ㅡ A gente se vê mais tarde. Quero saber como foi com a assistente social!
Ginny não olhou para trás outra vez, apenas apressou seus passos e saiu do Castelo antes que se arrependesse de sua decisão - ou enlouquecesse com seus pensamentos -.
🌊
Ginny iria mesmo até a praia, pois sabia que surfando iria conseguir se acalmar; talvez em algum momento se encontrasse com Richard, e quem sabe poderia conversar com o mesmo - sabia que ele a escutaria e ajudaria em seu desabafo -.
Mas, antes, tomou nota que precisava passar rapidamente em sua casa para pegar mais algumas roupas que havia esquecido no dia anterior - em seu celular havia chegado o aviso de furacão próximo, então queria pegar mais coisas e não precisar voltar ali pelos próximos dias de verão -.
A garota abriu a porta e entrou, encontrando o lugar vazio, o que a aliviou. Mas também encontrou o lugar uma zona; havia louças, garrafas e lixo espalhados por todo os cômodos. Poderia muito bem ignorar tudo e seguir para seu quarto e depois ir embora, mas o estado de bagunça havia passado até mesmo seus limites, então resolveu que iria ajeitar rapidamente a casa.
ㅡ Pelo amor! - Ginny franziu o nariz, seguindo para seu quarto pelo corredor da cabana, pulando os lixos pelo caminho.
Puxou sua outra mochila do cabide da porta e começou a pegar novos shorts, blusas e biquínis. Pegou outras coisas que também achou necessárias, enquanto tomava nota de como começaria a arrumar aquela bagunça na sala. Fechou a bolsa e a colocou nas costas, enquanto olhava o quarto para ver se não havia esquecido nada.
Assim que fechou a porta e começou a voltar pelo corredor, a garota paralisou ao ver a porta da sala se abrindo. Luke entrou e jogou suas chaves no aparador ao lado da entrada; assim que ele caminhou e encontrou seu olhar com Virginia, a garota sentiu um arrepio percorrer seu corpo com o sorriso cínico do homem. Seu pai não parecia bêbado ou drogado, e aquilo era ainda pior.
ㅡ Lembrou que tem uma casa, foi? - ele disse, enquanto caminhava pela sala.
ㅡ E-Eu estava de saída. - Ginny disse, enquanto apressava os passos até a porta.
ㅡ Virginia. - Luke chamou e a garota paralisou com a mão na fechadura. ㅡ Vai deixar essa bagunça aqui?
ㅡ Não fui eu quem a fiz. Não é problema meu!
Virginia fechou os olhos ao responder com os segundos de coragem que haviam lhe cercado. O silêncio de seu pai pareceu esmagar seus ossos. Ela conseguiu se mover, virando seu corpo para olhá-lo; mas, nesse instante, Luke já havia avançado e prendido-a contra a porta com seu braço em seu pescoço. Ginny ofegou e fechou os olhos amedrontada, mas tentou disfarçar - às vezes, queria ser apenas um pouco mais corajosa como JJ e não abaixar tão fácil a guarda para seu pai.
ㅡ Onde 'tá o seu irmão? - Luke perguntou.
ㅡ Não sei... - Virginia respondeu. ㅡ Eu não sei! Não sei! - respondeu vacilando, colocando as mãos sobre o braço de Luke, quando ele apertou mais seu pescoço.
ㅡ Mentirosa. - ele rosnou.
Luke a pegou pelos ombros e empurou até que seu corpo fosse jogado contra o sofá. Ginny caiu e logo se encolheu, sentindo as lágrimas arderem em seus olhos, observando seu pai olhando-a com raiva bem em sua frente.
ㅡ Você e ele ficam grudados o dia inteiro com aqueles seus amiguinhos e depois passam a noite na casa daquele otário do Lawrence!
ㅡ Engraçado, nenhum dia eu vi você indo nos procurar por lá! - Ginny não ficou quieta, agora sentindo raiva queimar em seu sangue.
Um tapa foi a resposta de Luke. Um tapa que a fez cair novamente no sofá, com a mão no rosto e sentindo aquele lado arder. Suas lágrimas finalmente caíram, mas a garora não olhou exatamente assustada para o pai: estava com raiva.
ㅡ Ficam para a rua e esqueçam que têm casa, deixando ela nessa bagunça. - Luke gritou. ㅡ É bom que tenha voltado para organizar rudo, Virginia!
ㅡ Não vou! - Ginny gritou e se levantou. ㅡ Não estamos nos anos 50 para eu ser uma empregada para você, Luke! Quer sua casa limpa? É melhor você mesmo pegar sua bunda e juntar o resto de pó espalhado nessa mesa!
Luke tentou a avançar outra vez, mas Ginny se defendeu dessa vez. Tinha bem menos força e JJ não estava ali para ajudá-la, como sempre fazia, mas mesmo assim já havia enfrentado seu pai outras vezes sozinha. Bêbado, quando ele mal aguentava consigo mesmo, mas agora as coisas não poderiam ser diferentes. Ela conseguiria.
Ginny agarrou as mãos do homem em seu pescoço com suas unhas e se debateu quando ele a prendeu contra a parede. Sentiu a parte de trás de sua cabeça batendo no local, mas não deixou a dor lhe parar. Esticou a mão e arranhou o rosto de Luke, que apenas ficou mais raivoso e a jogou com toda sua força no chão, quando ela o arranhou com força.
A garota ofegou ao sentir sua testa latejando e seus sentidos desfocados por alguns segundos. Ela então resolveu se entregar, já que estava chorando e Luke cada vez mais lhe dando tapas nas pernas e costas.
ㅡ Para! - Ginny gritou em meio às lágrimas, se virando para cima e tentando se defender com chutes. ㅡ Para, Luke! Para! Por favor... pai... pai!
Luke a deu um chute para terminar, e Ginny se encolheu abraçada aos joelhos no chão. Fechou os olhos e chorou como criancinha. Quando teve coragem de olhar na direção do pai outra vez, ele ainda estava sob si bufando de raiva.
ㅡ Não quero essa bagunça quando voltar. E se estiver, saiba que irei pela primeira vez atrás de você, onde estiver, sua vadia. - Luke rosnou se abaixando. Ginny se esquivou dele com medo. ㅡ E não vai querer saber o que vou fazer com você ou quem estiver te protegendo se isso acontecer!
Luke saiu da casa batendo a porta. Virginia deitou-se no chão e continuou chorando, sentindo os tapas arderem em seu corpo e o sangue ainda escorrer pela sua testa. Ela se sentiu uma tola por não saber se defender, e aquilo apenas fez sua raiva por seu pai aumentar ainda mais.
Poderia simplesmente se levantar e sair correndo daquela casa e nunca mais voltar, mas ficou com medo que a ameaça do homem fosse real, então criou coragem para se levantar e organizar a bagunça. Pegou um saco de lixo e colocou as garrafas e latas de cerveja vazias e o resto de comida; lavou as louças e guardou tudo nos armários; limpou a mesa de jantar e ainda organizou a sala. Fez tudo em um tempo muito rápido, querendo sair o mais rápido da casa e temendo que Luke voltasse.
Ginny colocou novamente sua mochila nas costas e correu para sua bicicleta. Ainda chorava e sentia dor em seu corpo, mas não parou novamente. Pedalou com raiva pelas ruas e foi diretamente para a casa dos Lawrence's.
No local, encontrou Richard na garagem com seu carro, se preparando para sair e ir em direção ao trabalho. Ele parou ao notar a presença da garora, se alarmando ao vê-la chorando e também sangrando. O homem correu em direção de Virginia, que havia largado a bicicleta e feito o mesmo, logo caindo em seus braços em busca de um abraço - o qual foi concedido com urgência pelo Lawrence -.
ㅡ Ginny, o que houve?! Ei! - Richard tocou seu rosto molhado, tirando os cabelos do local. Ele observou com mais atenção as marcas em seus braços. ㅡ Ginny...?
ㅡ Foi meu pai, Richie. - ela disse com a voz embargada, apenas para confirmação do homem. Richard tornou a abraçá-la, enquanto ainda dizia: ㅡ Eu... eu fui em casa pegar umas coisas. Enfrentei ele... não devia...
ㅡ Ei, shiu... está tudo bem, querida. Não foi sua culpa. - Richard olhou para ela outra vez. ㅡ Vai ficar tudo bem! Vamos entrar e cuidar disso.
Ginny deixou-se ser guiada por Richard para dentro da casa. Ela foi colocada em uma cadeira na cozinha e o homem logo correu em busca do kit de primeiros socorros, também pegando um copo de água para a Maybank. Em silêncio, Richard limpou a ferida na testa da garota e colocou dois pontos falsos no local; procurou por outros cortes, mas tudo que encontrou foram as marcas dos tapas, alguns já se tornando hematomas.
ㅡ Luke é um completo filho da puta covarde. - o Lawrence murmurou. ㅡ Ele está precisando que eu o encontre outra vez, isso sim!
ㅡ Por favor, tio Richie, não faça nada. - Ginny pediu. Havia se acalmado, mas algumas lágrimas silenciosas ainda escorriam em seu rosto. ㅡ Não vale a pena e não adiantaria de nada. Se não, hoje e outras vezes não teriam acontecido.
ㅡ Mesmo assim isso não está certo, Ginny. - o homem suspirou. ㅡ O que devo te falar então? "Vamos esquecer isso e apenas continuar nosso dia"?!
ㅡ Está tudo bem dizer isso. É até melhor se for assim. - Virginia respondeu. Richard olhou-a e suspirou. ㅡ Sabe, achei que hoje seria um dia legal. Não deveria ter ido para lá. Eu só queria tomar um ar...
ㅡ Tomar um ar? - Richard perguntou com curiosidade.
Ginny olhou para o homem e suspirou. Pensou que, talvez, ainda pudesse ter a conversa que pretendia com ele. Aquilo poderia ser uma forma de esquecer um pouvo o que havia acontecido com Luke.
ㅡ John B e eu nos beijamos. - ela murmurou.
ㅡ O que?! - Richard exclamou, e sua exagerada reação arrancou uma risada da garota. ㅡ Então vocês finalmente perceberam as coisas e agora estão namorando?!
ㅡ Como assim?
ㅡ Ah, por favor, Gigi! - Richard riu. ㅡ Querida, todo mundo percebe como vocês se olham e gostam um do outro!
Ginny corou.
ㅡ Sério?! - perguntou baixinho, depois de alguns segundos de silêncio.
ㅡ Estava na cara que isso aconteceria uma hora ou outra, meu anjo. - Richard riu novamente.
ㅡ Bem... mas... não aconteceu nada. Eu fugi do assunto. - Ginny disse, envergonhada. ㅡ Eu não sei porque fiz isso! Entrei em pânico talvez. E também pensei em como o pessoal reagiria se algo rolasse entre a gente.
ㅡ Olha, antes de tudo, você tem que se lembrar que a vida é sua! E ninguém tem que interferir sobre por quem a gente se apaixona, nem nós mesmos conseguimos fazer isso! - Richard começou. ㅡ Kie, Greg, Pope e JJ são seus amigos, e irmão, mas não têm que interferir se algo rolar entre você e o John. O relacionamento vai ser de vocês e só vai dizer respeito a vocês. E se der certo ou não, vocês dois têm que se lembrar que tem uma amizade antes disso, e agir com maturidade para ela continuar. - ele sorriu.
ㅡ Obrigado, Richie. - Ginny murmurou. ㅡ Por tudo. - completou baixinho.
ㅡ Estou aqui para o que precisar, Sereia. Sempre lhe digo isso. - o homem sorriu. Ginny correspondeu, abraçando-o pelo pescoço e finalmente sentindo-se segura outra vez.
🌊
Ginny foi com Richard para o quiosque na praia; havia conseguido dar risadas, esquecendo do que havia acontecido, durante a viagem com o homem quando a música 'Shake it off' da sua cantora favorita começou a tocar no rádio do carro. O Lawrence cantava com a Maybank super empolgado e os dois batiam palmas no ritmo.
A garota riu quando no refrão Richard balançava os ombros durante a música, se virando para ela e cantando com grande exagero de expressões. Se ele fez aquilo apenas para distraí-la, Virginia agradecia por ter funcionado, pois agota estava bem mais leve e a briga com seu pai já não existia em sua cabeça.
Virginia chegou na praia e percebeu que as ondas estavam um pouco violentas por causa do forte vento daquela manhã, então sua ideia de surfar foi deixada de lado, por enquanto. A garota apenas ajudou o Lawrence a cuidar dos primeiros clientes do quiosque.
Seu episódio daquela manhã foi lembrado apenas duas horas mais tarde, quando JJ e Greg finalmente apareceram no local. O primeiro trocou um olhar com a irmã e seu sorriso sumiu, logo quando notou seus ferimentos. Ele andou apressado em sua direção.
ㅡ O que aconteceu?! - perguntou alarmado. Porém, não precisou de respostas diretas e concluiu por conta própria: ㅡ Eu deveria ir até lá e acabar com ele!
ㅡ JJ, por favor! - Ginny tocou em seus ombros, forçando-o olhar em seus olhos. ㅡ Esqueça isso. Os tapas já sumiram e esse corte foi porque eu cai. Não vai em busca de roxos para você mesmo. - ela disse com cuidado. ㅡ Sabe que com você ele não pega tão leve.
ㅡ Deveria estar com você. - JJ murmurou.
ㅡ Não, eu quem não deveira ter voltado lá. - Ginny disse, enquanto voltava a limpar uma mesa. ㅡ Mas deixe isso para lá. Esqueça. Luke não vale a pena, lembra?
ㅡ É. - JJ disse, ainda olhando preocupado para a irmã.
ㅡ Não me olhe assim! - a garota mudou o assunto: ㅡ Tome, começa a ajudar! - e jogou um pano para o irmão, obrigando-o limpar as mesas enquanto ela recolhia os pratos.
ㅡ Ei, Gigi - Greg veio em direção deles, servindo os clientes na mesa ao lado da qual os Maybank limpavam ㅡ, onde estava ontem a noite? Você sumiu de repente, de uma hora para outra, da festa.
ㅡ Verdade. - JJ apontou.
ㅡ Ãh... eu... - Ginny engoliu em seco, pegando a bandeja e correndo para a cozinha. ㅡ Tava com alguém. - disse baixo. Mas suspirou ao ver os garotos lhe seguindo.
ㅡ Hum! - Greg cantarolou. ㅡ Quem era?
ㅡ Vocês se lembram o nome de quem estavam pegando? - ela se virou para eles.
ㅡ Vou ter que negar, mesmo que essa manhã ainda tenha ficado com ela... não guardei seu nome. - JJ disse tranquilamente.
ㅡ Pois é. Eu também não lembro o nome de quem eu beijei. - Ginny continuou, saindo da cozinha e voltando a fugir dos garotos. ㅡ Nem me importo na real! - concluiu olhando-os por cima dos ombros.
Assim que se virou para frente, Ginny arregalou os olhos ao ver John B debruçado sob o balcão. Ele olhava para ela com um sorriso cínico nos lábios, e a garota teve certeza que ouviu sua fala anterior. E o Routledge não parecia ofendido por isso, mas sim se divertindo exatamente por sua reação ao vê-lo. A Maybank rolou os olhos ao perceber aquilo e sorriu disfarçadamente.
ㅡ E aí? - o Routledge cumprimentou eles.
ㅡ E como foi o encontro com a noiva do Frekeisntain, cara? - JJ perguntou.
Ginny deixou os garotos e foi cuidar do caixa, porém ainda podendo escutar sua conversa. Ela tentava não olhar diretamente para John, mas os dois disfarçavam os sorrisos ao se pegarem ao mesmo tempo olhando um para o outro.
ㅡ Ela disse que vão vir me avaliar amanha. E dependendo da minha situação, vão me colocar em um lar temporário. - John respondeu com deboche.
ㅡ Que empolgante, hein? - JJ riu.
Na televisão do quiosque, o noticiário informava a situação climática. O furacão Agatha estava se aproximando da ilha e tinha previsão de chegar naquela noite e madrugada; todos os presentes começaram a murmurar e fazer planos para se cuidarem. Quando a sirene de emergência ecoou pela ilha, tiveram a certeza de que a previsão na televisão estava certa.
ㅡ Talvez esse seja o sinal para você fugir do lar temporário, Johnny Boy. - Ginny passou pelo Routledge, sorrindo divertida.
John correspondeu, e a garota o viu saindo do quiosque com o celular na mão.
O movimento no comércio diminuiu depois do horário do almoço, quando os ventos ficaram ainda mais fortes pela ilha. Os garotos e Ginny ajudaram Richard fechar e proteger o local, antes de irem embora para a casa dos Lawrence's.
No final da tarde, uma forte chuva começou, além dos ventos. Ginny estava com Gregory no sofá da casa do garoto, já que JJ estava no Castelo com John. Com seu celular em mãos, a garota viu uma notificação de mensagem cair em sua tela. Ela a abriu com um pequeno sorriso.
JB: Sereia...
V: O que você manda, Johnny Boy?
JB: 'Tá afim de uma loucura?
V: O que?
JB: Me encontra na praia em cinco
minutos... e leva sua prancha.
V: Como é?!
JB: Eu disse, uma loucura, Sereia!
Ginny olhou para a tela de seu celular ainda desacreditada, mas sorrindo. Ela olhou para Greg e o viu cochilando ao seu lado, então se levantou com cuidado. Pensou que Richard estaria no banho, então caminhou até a porta da casa nas pontas do pé.
ㅡ Ginny. - o homem lhe chamou da porta do corredor. A garota não deixou de se assustar.
ㅡ Richie!
ㅡ Só não vá fazer nenhuma loucura, viu? - ele disse. Um sorriso curto nos lábios, enquanto cruzava os braços na altura do peito.
ㅡ Lógico que não! - Ginny riu. ㅡ Só ia direto para a casa do John, porque JJ me chamou!
ㅡ Tudo bem. - Richard disse. ㅡ Vai rápido, antes das coisas piorarem. E me avise quando chegar!
ㅡ Está bem! - Ginny abriu a porta. ㅡ Tchau, Richie! Amo você! - ela gritou, tornando a fechar o local rapidamente.
ㅡ Também amo você, Sereia! - o homem respondeu. Balançou a cabeça levemente, soltando uma fraca risada.
Ginny pedalou naquela chuva, sem se importar de se molhar. Havia ido até o quiosque de Richard e pegado sua prancha, que havia deixado por ali; em seguida, seguiu até a praia, encontrando com John B na calçada antes da areia, onde um aviso de que a praia estava fechada havia sido colocado.
ㅡ John! - ela gritou, contra a chuva e o forte vento. ㅡ É sério que está pensando que vamos conseguir surfar nessa tempestade?!
ㅡ Você também está pensando nisso, pelo visto. - o garoto sorriu, apontando para a prancha nos braços da Maybank. Ela balançou a cabeva, rindo ao saber que ele estava certo.
ㅡ Vamos logo então! - Ginny disse, correndo pela areia.
Os dois se jogaram no mar violento. Virginia conseguiu se equilibrar em sua prancha e fazer duas manobras, antes de cair e não conseguir mais levantar por conta do forte vento. Apenas se sentou na prancha, sentindo as águas movimentarem com força seu corpo pelas ondas. Ela tentava manter os olhos abertos, tentando exergar diante da chuva que havia aumentado.
ㅡ John! - gritou, não avistando o gatoto. Procurou novamente, o avistando parado metros na sua frente no meio do mar. ㅡ JOHN! - Ginny gritou mais alto, ganhando a atenção dele.
O Routledge nadou em sua direção, parando ao seu lado.
ㅡ Vamos embora, a tempestade está ficando feia! - Ginny gritou.
ㅡ Tem razão! - John gritou de volta.
Os dois nadaram até a areia novamente e logo correram por ela. Com dificuldades diante dos ventos e rindo quando se assustaram com os altos trovões. Se esconderam no telhado do quiosque, antes de irem até a Twink, onde Ginny colocou sua bicicleta na parte de trás e John amarrou rapidamente as prachas em cima. Os dois entraram e bateram as portas, soltando risadas ofegantes.
ㅡ Isso foi uma tentativa de suicídio! - Ginny disse entre as risadas, enquanto o garoto começava a dirigir. ㅡ Mas foi divertido!
ㅡ Sabia que iria gostar dessa loucura, Gigi. - O Routledge a olhou rapidamente, e os dois trocaram sorrisos.
🌊
Ginny e John B tiveram apenas tempo de saírem da komb e correrem para dentro da casa, antes da tempestade cair realmente. Se surpreenderam ao verem que JJ já estava dormindo, e riram ao comentarem sobre o sono pesado do garoto.
Cada um tomou um banho quente e rápido e vestiram roupas secas. Quando Ginny se sentou no sofá ao lado do que JJ estava, o tornado já estava fazendo estragos no lado de fora. Ela ficou um pouco assustada ao olhar para as janelas, mas seu sono foi maior. De repente havia adormecido, não sabendo mais nada do que havia acontecido na parte de fora da casa.
ㅡ Gigi...
Ginny sentiu um toque em sua perna e se despertou, encontrando com John B ao seu lado. Ela levantou o olhar sonolento para o garoto, sorrindo quando viu que ele também fazia aquilo para si.
ㅡ Quantas horas em? - ela perguntou, tateando o sofá em busca de seu celular.
O desbloqueando, notou que estava sem sinal naquele momento. Ginny suspirou, guardando o celular, que esgava apenas com a única mensagem de Richard marcada como última que recebeu - na hora que avisou ao homem que havia chegado no John ontem, quando na verdade estava na praia -.
Ginny se levantou, olhando JJ ainda despertando no sofá ao lado e foi atrás de John B no quintal. Ao notar o lugar revirado, a garota se surpreendeu com a violência que o furacão veio na noite anterior.
ㅡ Caramba. - disse, retirando alguns galhos caídos no deck.
ㅡ A Agatha mandou ver, hein? - eles olharam para JJ, que estava na porta da varanda com uma latinha na mão.
ㅡ Que 'cê tá pensando? - Ginny perguntou para o Routledge, parada ao seu lado e ajudando-o retirar oa galhos de dentro do seu barco.
ㅡ Pensando que a enchente jogou caranguejos no manguezal. - o garoto respondeu. ㅡ E os peixes vão caçar peixes.
ㅡ Mas o juizado não era hoje? - JJ perguntou.
ㅡ Eles não vão pegar a balsa. - John disse sorrindo. ㅡ Se liga, irmão, é Deus mandando a gente ir pescar!
Os Maybank sorriram.
ㅡ Eu vou tentar avisar os outros. - Ginny disse, correndo para dentro da casa outra vez.
Por sorte a garota conseguiu algum sinal de telefone, conseguindo perguntar para Kiara, Pope e Gregory se queriam ir pescar com eles. Com sorte, a garota e Lawrence logo responderam, concordancom a idéia.
Então, agora, ela e aqueles dois garotos estavam subindo o rio com o barco. Passavam pela enchente, observando todos limpando a frente de suas casas. Também havia lixo, como folhas e pedaços de entulho, jogados no rio, levados pelo vento e correnteza.
ㅡ Olha só esse lugar... - JJ comentou.
ㅡ A Agatha realmente não estava para brincadeira. - Ginny suspirou.
O primeiro lugar que passaram foi o combinado com Gregory. O mesmo já esperava pelos amigos, com seus óculos de sol e camiseta com os botões abertos; sorriu ao avistar o barco, e entrou com o veículo ainda em movimento.
ㅡ Meu pai mandou algumas coisas para comermos. Espero que a bebida tenha ficado por conta da Kie. - o Lawrence disse, logo após cumprimentar os amigos.
ㅡ Ela disse que cuidaria disso. - Ginny sorriu, enchendo sua mão com salgadinhos.
ㅡ Achei que iria dormir lá em casa ontem, mas meu pai disse que havia ido ao Castelo. - Greg disse à ela.
ㅡ É mesmo. Fiquei me perguntando como apareceu de repente por lá. - JJ completou, antes da irmã ter a chance de responder.
ㅡ Longa história, conto depois. - Ginny disse rapidamente, vendo John sorrir disfarçadamente. ㅡ Temos uma missão maior agora. - e completou, antes dos garotos rebaterem, apontando com o queixo para o lugar onde se aproximavam.
Eles olharam, avistando Pope limpando o deck de madeira em frente de sua casa. Ao avistar os amigos, o Heyward deu um suspiro um pouco triste. Ele havia sido o único a não dar uma resposta imediata à Maybank, que pode suspeitar o porque.
ㅡ Reunião de emergência, presença obrigatória de todos! - John B fingiu dizer em um rádio, enquanto aproximava ainda mais o barco.
ㅡ Não vai rolar, pessoal, meu pai não quer que eu saía. - Pope avisou.
ㅡ Qual é cara! - JJ também fingiu dizer em um rádio: ㅡ Seu pai é um babaca!
ㅡ Ei! - Ginny repreendeu o irmão.
ㅡ Eu ouvi isso, seu mal educado! - o senhor Heyward apareceu dizendo.
ㅡ Precisamos do seu filho. - John B disse.
ㅡ Eu conheço as regras, um dia depois do furacão é folga!
ㅡ Quem inventou isso? - o pai de Pope perguntou para JJ.
ㅡ Acho que foi o Pentágono. Eu tenho um cartão aqui...
ㅡ Cala a boca, JJ! - Ginny disse, risonha. ㅡ Senhor Heyward, deixa o Pope vir! - ela tentou, sabendo que o homem gostava um pouco de si. Era a única que ainda tinha sua confiança.
ㅡ Eu limpo aqui amanhã, pai! - Pope disse também.
Houve silêncio da parte do grupo, enquanto o senhor Heyward continuava insistir em dizer que não deixaria Pope ir.
ㅡ Corre... entra no barco. - John B "sussurrou' para o amigo. ㅡ Pula rapidinho!
ㅡ Não se atreva a fazer isso...! - o senhor Heyward alertou o filho.
Mas já era tarde, Pope correu e pulou no barco, enquanto Ginny sorria ao ajudá-lo. John B acelerou, se afastando mais e o bastante para ficar longe do alcance do pai do garoto.
ㅡ Não gosto dos seus amigos, Pope! - o senhor Heyward gritou. Porém, ele pensou por um momento e disse: ㅡ Virginia é a única que salva!
ㅡ Obrigada pela confiança, senhor Heyward! - a garota devolveu rindo. ㅡ Eu vou cuidar do Pope e trazê-lo em segurança, eu prometo!
Os quatro riram, cada vez mais longe daquela parte da ilha. Não demoraram para buscarem Kiara, e viram a garota caminhando pela passarela de madeira com uma caixa térmica em suas mãos.
ㅡ Boa dia, meninos! - a Carreira cumprimentou, entrando no barco com a ajuda de JJ. ㅡ Oi, Gigi! - ela sorriu para a melhor amiga ao se sentar ao seu lado.
ㅡ O que tem aí para a gente, Kie? - a loira perguntou, enquanto a caixa térmica era aberta.
ㅡ Sabe, alguns iorgutes e cenourinhas. - ela ironizou, distribuindo cervejas aos amigos.
ㅡ Esse iogurte é muito bom! - Greg sorriu, abrindo sua garrafinha e tomando um gole. Todos riram.
ㅡ Saúde! - o grupo brindou uma vez, antes de sentirem o leve impacto do barco atravessando o mangue.
🌊
Ginny deu risada ao ver JJ e Greg disputando quem conseguia jogar mais amendoins para cima e pegar na boca sem cair. Ela estava sentada no fundo do barco, atrás de Pope, que era quem pilotava agora.
ㅡ Querem parar de desperdiçar? - o Heyward repreendeu os garotos, vendo mais amendoins se juntarem no chão do barco.
ㅡ 'Tá legal! Então vou tentar aquilo de novo, querem ver? - JJ disse, indo até a ponta do barco. ㅡ Pope, pode acelerar mais um pouco?
ㅡ Eu vou sair de perto. - John B disse, indo se sentar ao lado de Ginny. Ele descansou o braço atrás de suas costas e os dois sorriram naturalmente.
JJ ficou em pé bem na ponta do barco, que era acelerado por Pope. O Maybank virou sua cerveja, tentando tomar a mesma; mas o líquido caiu todo para fora de boca e foi lançado pelo vento para trás, acertando o restante do grupo. Greg deu risadas, mas os demais protestaram com o loiro.
ㅡ Para com isso, seu...
A frase de Virginia foi interrompida com um forte impacto no barco contra, o que parecia, um banco de areia. Todos foram arremessados para frente, e JJ caiu na água.
Ginny caiu para a frente, e se levantou com a ajuda de John B. Ao se recuperar, pegando seu óculos e o voltando para seus cabelos, a garota se aproximou da borda do barco e se debruçou na mesma, vendo o irmão boiando na água.
ㅡ Você 'tá legal, Jay? - ela perguntou.
ㅡ Acho que meu calcanhar foi parar na minha nuca. - JJ respondeu. Ginny rolou os olhos, tendo certeza que o irmão estava bem. ㅡ O que 'cê fez em Pope? - perguntou.
ㅡ É um banco de areia, JJ. O canal mudou. - o garoto explicou.
ㅡ A enchente deve ter mudado tudo por aqui. - John B disse.
ㅡ Pelo menos eu salvei a cerveja! - JJ disse sorrirndo orgulhoso.
ㅡ Parabéns, JJ! - Greg sorriu para o amigo.
ㅡ Vocês juntos dão um idiota inteiro. - Kiara murmurou, se sentando novamente.
ㅡ Aí, gente... - Pope que havia ido até a ponta do barco observar, alertou: ㅡ Isso não se parece com um banco de areia.
Ginny se aproximou do amigo, parando ao seu lado e ficando surpresa. Com certeza a ponta metálica e branca não era um banco de areia.
ㅡ Parece um barco afundado. - ela completou.
ㅡ É serio! - Pope olhou para os outros. ㅡ Tem um barco afundado ali!
ㅡ Vamos logo! - Virginia disse, retirando a camiseta larga que vestia por cima do seu biquíni e pulando na água.
Os seis mergulharam ainda mais, chegando até o barco, tendo a certeza que era mesmo um que estava afundado na água. Olharam a cabine rapidamente, notando que (por sorte ou não) estava vazia. Começaram então voltar para a superfície. Virgínia conseguiu ficar por alguns minutos a mais e mergulhar mais, para verificar todo o redor do barco.
Ao votar para cima e puxar o ar, a garora logo sorria num misto de euforia e nervosismo.
ㅡ Viram aquilo, não viram?! - JJ perguntou animado.
ㅡ É um barco novinho! - Kiara disse.
ㅡ Foi o barco que vi quando surfei na tempestade ontem! - John B disse, quando saíram da água.
ㅡ Viu um barco ontem?! - Ginny perguntou para ele.
ㅡ Surfou na tempestade? - Kiara perguntou para John B, mas seu cenho se franziu ao ouvir a fala da Maybank e corrigiu: ㅡ Vocês dois surfaram druante a tempestade?!
ㅡ Meu pai disse que foi para o Castelo porque JJ te chamou. - Greg olhou para a amiga. Estava sorrindo de um jeito não julgatorio, e a forma que agora olhava para Ginny e John B fez com que a garota ficasse corada.
ㅡ Eu disse, longa história. - ela se contentou em dizer.
ㅡ Haha! É disso que eu falo! - JJ sorriu animado para os dois. ㅡ Surfe de Pogue!
ㅡ Espera, mas alguém sabe de quem é esse barco? - Pope perguntou.
ㅡ Não, mas vamos descobrir. - John B disse, pegando a âncora do próprio barco e se preparando na ponta.
ㅡ Já avisando... não vou fazer respiração boca a boca em você. - Greg disse, olhando a profundidade.
ㅡ Tudo bem. - John B disse sorrindo e logo olhou para Ginny. A garota revirou os olhos, olhando séria para ele.
ㅡ John. - ela alertou.
ㅡ Que foi?!
ㅡ A missão é sua, marujo. - Pope bateu continência com a mão na testa.
ㅡ É, então vai! - JJ empurrou John B na água.
ㅡ JJ! - Ginny o repreendeu, correndo para a borda do barco.
Eles ficaram olhando a água por algum tempo, que estava demorando mais que o necessário na visão da Maybank. Ela já estava pensando em pular na água, quando John ressurgiu na superfície outra vez.
ㅡ Você demorou! - disse ela, ajudando o amigo a subir no barco outra vez. ㅡ Achou alguma coisa pelo menos?
ㅡ Um corpo talvez? - Pope disse.
ㅡ Uma chave de hotel. - John B balançou o objeto.
ㅡ Ótimo. Você resgatou uma chace de hotel, parabéns, John! - Greg disse.
ㅡ Gente, acho melhor avisarmos a guarda costeira. - Kiara disse. ㅡ Talvez tenha uma recompensa.
ㅡ É, e a gente tira folga no verão! - JJ disse, enquanto Pope ligava o barco. ㅡ Valeu, Agatha, sua vaca!
Ginny soltou um riso fraco com a fala do irmão. Em seguida, voltou a se sentar no banco traseiro do barco, com uma nova garrafa de cerveja em mãos; suspirou ao olhar John B sentado ao seu lado - o garoto ainda parecia meio ofegante por ter segurado o fôlego por tanto tenpo em baixo da água -.
ㅡ Sereia - ele tocou seu joelho, ao sentir o olhar dela de preocupação em si. ㅡ, eu estou bem. Relaxa! - o Routledge achou necessário avisá-la, dando um sorriso pequeno.
Virginia suspirou, sorrindo da mesma forma e tentando ignorar o polegar do garoto acariciando levemente a pele de sua coxa. Manteve seu olhar fixo ao de John, torcendo para que estivesse sabendo disfarçar bem as reações do seu corpo diante dele.
𓏸 .🏄🏼♀️ notes of author ˖ !
Ginny no velho cu doce,
eu amo 😍😍 KKKKKK
ainda bem que não
vai demorar para a
sereia cair no conto
do pescador 🙈
eu vou tentar ser mais
ativa com essa fic, eu
juro! mas preciso saber
se estão gostando dela!
façam teorias, por favor!
principalmente do porquê
o richie odiar tanto o luke
(sim, não é só pq o luke é
o luke... tem algo a mais
entre eles 🙈)
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! 💙
𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐢𝐬𝐞 𝐨𝐧 𝐞𝐚𝐫𝐭𝐡 🏝
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro