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𖦹 XVII. MUDANÇAS IMPREVISÍVEIS

17. CAPÍTULO DEZESSETE
inesperado. impossível de ser ignorado

Silco lançou um olhar ardente de raiva para Singed, seus olhos faiscando com a fúria contida. O rosto do cientista, no entanto, permanecia impassível, uma máscara de calma que parecia desafiar qualquer reação, qualquer palavra que quebrasse o silêncio tenso da sala.

— Você espera que eu acredite nisso? – voz de Silco retumbou como o estrondo de uma tempestade prestes a desabar, a frustração transformando-se em raiva pura.

Singed não se moveu, seu olhar fixo e sem emoção, como se já soubesse o que viria. Apenas deu um leve aceno com a cabeça, como se tivesse oferecido tudo o que podia.

— O corpo dela está enfraquecido, Silco – Singed foi cruel, sem remorso — Os ferimentos são extremos. Ela não está pronta para isso.

Silco deu um passo à frente, seus pés ecoando pesadamente no chão de concreto. Seus olhos não desgrudavam dele, e a raiva que borbulhava por dentro se transformava em algo ainda mais perigoso: desespero.

— E você acha que me importa? – Silco cuspiu, sua voz carregada de uma frustração crescente — Eu não estou aqui para ouvir que ela não é mais útil!

Singed, sem pressa, finalmente olhou para ele, seus olhos estreitando ligeiramente, como se a resposta fosse óbvia. Mas o cientista sabia o peso da decisão que estava tomando.

— Ela pode não sobreviver – disse, sem uma gota de emoção, sua voz fria como o aço.

O silêncio entre eles foi quase palpável, o ar denso com a tensão daquilo que estava prestes a acontecer. Silco deu um passo para trás, seu desejo de controlar a situação chocando-se com a dura realidade. Ele fechou os olhos por um instante, como se fosse possível afastar a dor que ameaçava consumir tudo dentro dele.

— Faça o que for necessário – ele disse, sua voz fria, mas carregada com a raiva que ele mal podia esconder.

O laboratório estava imerso em uma quietude ameaçadora, quebrada apenas pelos estalos das máquinas e o som das agulhas sendo preparadas. Singed, com uma calma desconcertante, preparava a injeção de cintila. Jinx, amarrada à mesa de operações, permanecia inconsciente, seus batimentos cardíacos fracos e irregulares.

Enquanto isso, Scar estava em um canto do laboratório, a respiração lenta e difícil. Cada inspiração parecia ser um esforço intenso, seus lábios pálidos e suas mãos, quase trêmulas. Ela estava no limbo, seu corpo à beira da morte, o futuro incerto dependendo do que estava prestes a ser injetado.

Silco, de pé diante dela, sentiu a impaciência crescer dentro de si. Os olhos fixos no líquido cintilante da seringa, sua mão firme, mas com os nervos tensos. Ele não tinha mais escolhas. O que fosse necessário, ele faria.

Com um movimento rápido, ele inseriu a agulha na veia de Scar. O líquido espesso se espalhou quase que instantaneamente, e a reação foi brutal. O corpo se contorceu violentamente, os músculos tensionando de forma grotesca, como se a própria carne estivesse se rasgando por dentro.

Quando Scar se contorceu na mesa de operações, a luz cintilante percorrendo suas veias, algo dentro de Silco mudou. Ela estava ali, transformada, e a dor dela parecia pesar sobre ele de maneira inesperada. Ele nunca se importou com o sofrimento dos outros, mas com elas era diferente. Por um momento, ele se viu pensando no que aconteceria se ela não sobrevivesse. E se ela morresse ali? A mão que segurava o frasco da cintila se apertou um pouco mais, tentando afastar esses pensamentos.

Um grito estridente escapou de sua garganta, e a temperatura na sala parecia subir com ela. O líquido cintilante se espalhou pelas veias dela, brilhando intensamente sob a pele, como um rio de energia percorrendo seu corpo. Ela arqueou para trás, os olhos apertados com a intensidade.

Singed observava de longe, seu olhar curioso e meticulosamente clínico. Sua expressão não se alterou, mas uma leve sobrancelha se ergueu, interessado na intensidade da reação.

— Curioso... Parece estar reagindo – ele murmurou, mais para si mesmo do que para Silco – Era para ser apenas um teste.

Silco, no entanto, não se deixava impressionar. Ele se aproximou de Scar, seus olhos fixos nela, cada contorno de seu rosto tenso com uma mistura de preocupação e controle. O sofrimento dela não era novidade para ele – havia presenciado muito mais dor ao longo de sua vida. Mas, de alguma forma, ver Jinx e Scar assim ainda tocava algo profundo dentro dele.

Ele se inclinou para frente, a voz baixa e quase íntima, como se estivesse sussurrando palavras que poderiam quebrar a tensão no ar, mas com um peso que não poderia ser ignorado.

— Não me decepcione, Scar – as palavras flutuaram na sala, carregadas de uma ameaça velada, como um aviso que ele sabia que ela não poderia ignorar.

Os gritos dela e de Jinx ecoaram pelo laboratório, misturado ao zumbido das máquinas, o som da dor e da luta. A guerra dentro de seu corpo estava apenas começando.

𒅌

SEIS HORAS DEPOIS.

— Por que ela não se move? – ele girava o ambiente do alquimista com fervor, seus passos ecoando nas paredes frias do laboratório. Seus olhos faiscavam de inquietação, fixos no corpo inerte de Scar, estendido sobre a mesa metálica.

Singed ajustou sua máscara com a calma característica, ignorando o tom furioso de Silco enquanto observava as leituras em seus monitores.

— O corpo dela está em estado de inércia. Pode ser normal.

Pode ser? – Silco virou-se abruptamente, os dentes cerrados — O que isso quer dizer?

Singed finalmente ergueu o olhar para encarar Silco, com a mesma serenidade de sempre.

— O que você injetou nela não era cintila pura. Eu estava fazendo testes com reações diferentes. Você deveria ter ao menos perguntado.

O silêncio que se seguiu foi cortante. Silco, por um instante, ficou imóvel, processando as palavras. Sua mandíbula se apertou, e sua respiração tornou-se pesada.

— Testes? – ele cuspiu, aproximando-se de Singed com passos firmes, a raiva evidente — Você sabia o que estava em jogo, e mesmo assim permitiu?

Singed ergueu levemente uma sobrancelha, como se a acusação fosse algo trivial.

— Tudo aqui é um teste, Silco. O progresso exige sacrifícios. E se ela sobreviver, poderemos descobrir algo extraordinário. Se não sobreviver... bem, ao menos saberemos o limite.

— E você me fez arriscar tudo com sua curiosidade maldita!

Singed não reagiu, apenas inclinou a cabeça ligeiramente para o lado.

— Você a colocou nessa posição, Silco. Se era tão importante, por que você mesmo tomou a decisão?

As palavras o atingiram como um golpe certeiro. Seus olhos voltaram-se para Scar, tão diferente de Jinx, que já aparentava sinais estáveis. Ela estava imóvel, mas suas veias ainda brilhavam levemente com o resíduo da substância, uma luz pulsante e instável que percorria seu corpo.

De repente, um som baixo, quase imperceptível, cortou o silêncio. Uma respiração irregular, fraca, mas presente. Silco aproximou-se dela, inclinando-se para verificar.

— Ela ainda está viva – sua voz saiu mais baixa, como um sussurro para si mesmo.

Singed aproximou-se também, analisando os sinais vitais nos monitores.

— As reações estão começando a estabilizar. O corpo dela está se adaptando, mas lentamente. O tempo dirá se a adaptação é permanente ou... terminal.

Scar arquejou subitamente, seu corpo se contorcendo de forma brusca, como se uma corrente elétrica tivesse atravessado seus nervos. Silco deu um passo para trás.

— Scar? – Silco chamou, sua voz mais suave, quase paternal.

Nada. Apenas sons incoerentes  antes de seu corpo relaxar novamente, mergulhando em uma nova quietude. O brilho em suas veias pareceu aumentar, espalhando-se como rios de luz sob sua pele.

Singed, intrigado, inclinou-se para observar mais de perto.

— A transformação é... única. Nunca vi nada assim.

Silco estreitou os olhos, sua expressão um misto de preocupação e determinação.

— Seja lá o que for, certifique-se de que ela sobreviva, Singed.

O cientista não respondeu, voltando sua atenção para os monitores enquanto o brilho nos braços de Scar pulsava como um coração batendo fora de ritmo. O laboratório, mergulhado na tensão, parecia segurar o fôlego, aguardando o que quer que viesse a seguir.

𒅌

TREZE HORAS DEPOIS.

Quando Silco voltou ao laboratório, a ausência de Jinx foi a primeira coisa que notou. O espaço agora estava envolto em um silêncio opressor. Apenas Scar permanecia deitada na mesa, imóvel, como se o tempo tivesse parado para ela.

Singed, ao perceber sua entrada, ergueu os olhos de sua estação de trabalho repleta de frascos, tubos e líquidos de colorações vibrantes.

— Ela acordou – Singed declarou, com a tranquilidade de quem entrega um relatório rotineiro — A outra garota também. Saiu sem olhar para trás.

Silco franziu o cenho, aproximando-se, os olhos escuros fixos em Singed.

— Para onde ela foi? – perguntou, sua voz baixa, mas carregada de tensão.

Singed não respondeu de imediato. Em vez disso, voltou sua atenção para um líquido turvo que agitava suavemente em uma proveta. Sua expressão era indecifrável, como se a pergunta de Silco fosse irrelevante diante da curiosidade científica que o consumia.

— Funcionou, pelo menos – ele finalmente disse, desviando os olhos para Scar — Mas não posso dizer nada concreto sobre esta.

Silco apertou os punhos, sua paciência se desgastando rapidamente. Ele caminhou até Scar, observando seu rosto mais natural, mas os traços rígidos. As veias que antes brilhavam intensamente agora mostravam apenas vestígios esmaecidos da cintila.

— "Nada concreto" não é uma resposta que posso aceitar, Singed. Ela está bem ou não? – rosnou, virando-se para encarar o alquimista.

Singed deu de ombros, como se a vida ou morte de Scar fosse apenas mais uma variável em sua equação interminável.

— Ela está viva, por enquanto.

Antes que Silco pudesse responder, um som fraco ecoou pelo laboratório. Um gemido. Ele virou-se rapidamente para Scar, cuja respiração começou a acelerar.

Ela tentou se mover, mas seus membros estavam rígidos, como se o próprio corpo fosse estranho para ela agora. Silco se inclinou, colocando uma mão firme e quase protetora no ombro dela.

— Scar, me escute. Você está bem? Consegue me ouvir?

Singed, observando com um interesse quase mórbido, aproximou-se.

— Fascinante. Parece que ela está reagindo melhor do que o esperado. Mas... há algo diferente. O brilho na pele. É novo.

Scar tentou se mexer outra vez, mas Silco a segurou gentilmente, mantendo-a firme.

— Não force. Precisa se recuperar. Você passou por... algo significativo – a voz dele, que geralmente carregava frieza, agora tinha um toque de cuidado raro.

Silco trocou um olhar breve e tenso com Singed. O cientista esboçou um som de aprovação, mais para si mesmo do que para qualquer outro.

𒅌

VINTE HORAS DEPOIS.

O cheiro químico penetrante foi a primeira coisa que Scar sentiu ao abrir os olhos. Ela piscou, tentando ajustar sua visão à luz fraca e esverdeada do laboratório. O ambiente estava úmido, abafado, e o som constante de tubos borbulhantes ecoava em sua cabeça como um tambor distante.

Seu corpo parecia estranho, mais pesado e, ao mesmo tempo, cheio de uma energia inquieta que fazia seus músculos tremerem. Cada movimento parecia vir com um custo, como se algo dentro dela se contorcesse e se agitasse, buscando escapar. Quando tentou se levantar, sentiu um choque percorrer suas veias, como se algo estivesse fluindo dentro dela, algo vivo e selvagem.

Uma dor lancinante atingiu sua cabeça, forçando-a a agarrar os cabelos com força.

— O que você fez comigo? — sua voz soou rouca, quase irreconhecível, ecoando pelo espaço.

Não havia resposta. Apenas a silhueta de Singed, a uma distância segura, observando por trás de uma barreira de vidro. Ela viu algo no reflexo de um tanque próximo: seus olhos, agora uma combinação intensa entre roxo e violeta. Ela recuou, mas a imagem a seguiu, confirmando o que ela temia: ela não era mais a mesma.

Scar sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando tocou a mesa de aço ao seu lado. Algo parecia... errado. Seus dedos pressionaram a superfície, mas ao se afastar, ela percebeu que o metal estava levemente amassado, como se tivesse cedido sob o toque. Ela olhou para as mãos, confusa.

— O que...? — murmurou para si mesma.

Tentando se recompor, ela deu um passo atrás, mas seu pé esbarrou em um suporte de metal. Sem querer, fez com que alguns frascos balançassem e caíssem, quebrando-se silenciosamente no chão. Scar congelou, o coração batendo forte.

"Não era assim antes", ela pensou, afastando a mão com cuidado. A sensação de não ter controle sobre o que estava acontecendo era crescente. Ela olhou para o lugar ao seu redor, tentando entender. Tudo parecia tão frágil agora.

Ela não sabia o que estava acontecendo, mas podia sentir a força, a energia, algo dentro dela se expandindo e forçando seus limites. Sua respiração ficou mais pesada, e ela teve a nítida sensação de que não poderia parar. Cada movimento parecia liberar mais energia, mais força. Seus braços estavam tensos, como se um poder desconhecido estivesse se tornando parte de seu corpo, descontrolado, sem um lugar para ir.

Por fim, Scar caiu de joelhos, os braços envolvendo seu corpo em uma tentativa inútil de conter a força que se agitava dentro dela. Sua respiração estava pesada, e seus olhos pulsavam de maneira irregular, como luzes de emergência, enquanto uma dor latejante tomava sua cabeça.

Através do vidro, Singed a observava, inexpressivo, mas curioso. Para ele, aquilo não era um desastre completo – era um experimento que acabara de se provar um sucesso. Para Scar, era o início de uma transformação que ela nunca pediu, mas que agora era impossível de ignorar.

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