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𖦹 XVI. ESCOLHAS E SACRIFÍCIOS

16. CAPÍTULO DEZESSEIS
escolher é perder algo; cada opção é um pequeno adeus

O VENTO GÉLIDO da noite beliscava as bochechas de Scar, enquanto seus olhos permaneciam fixos no horizonte. As luzes tremulantes de Piltover piscavam abaixo, mas não conseguiam penetrar a escuridão que pairava sobre sua mente.

Os dedos dela correram pela barra de ferro ao seu lado, o toque áspero uma distração momentânea para os pensamentos que martelavam sua cabeça. A imagem de Violet, com aqueles malditos olhos azuis, recusava-se a sair de sua mente.

Jinx batia a perna constantemente nos ferros da ponte, o movimento incessante ecoando no silêncio da noite. Estava agitada outra vez, enfiando os dedos entre os cabelos azulados enquanto murmurava algo que Scar não conseguiu ouvir.

— Não deveríamos estar aqui. Eu te disse, ninguém vai aparecer, Jinx – Scar disse, a voz firme, enquanto seus olhos permaneciam fixos no outro lado da cidade. A água turva do rio refletia as luzes amareladas.

Jinx parou de balançar a perna, mas seus dedos ainda estavam presos em seus cabelos. Ela virou o rosto para Scar, os olhos arregalados e carregados de uma inquietação que parecia não ter fim.

— Vão aparecer! – Jinx respondeu, com um tom de voz que era um misto de frustração e indignação — Talvez estejam esperando. Ou talvez…

Scar suspirou profundamente, passando uma das mãos pelo rosto.

— Ninguém vai aparecer porque não é pra aparecer, Jinx. Não hoje – a loira olhou para a garota, o tom duro suavizando levemente. — Só… fica quieta por um minuto, pode ser?

Jinx piscou algumas vezes, inclinando a cabeça para o lado como se tentasse decifrar o que Scar queria dizer. Depois, soltou uma risadinha que parecia forçada, quase ensaiada

— Já está ficando irritadinha? – brincou, o sorriso que fingia inocência, mas carregava um toque de provocação crescente.

Scar ignorou, embora sentisse os músculos do maxilar tensionarem. Já estava cansada de esperar naquele mesmo lugar por horas, sentindo o frio penetrar até os ossos.

O vento parecia zombar de sua paciência, trazendo consigo o cheiro metálico de Piltover. Ela não gostava de esperar, muito menos em situações como aquela, onde a inutilidade do momento parecia gritar mais alto a cada segundo. Mas sabia que ceder ao cansaço ou à frustração só daria a Jinx o combustível que ela queria. Por isso, permaneceu imóvel, olhando para a cidade como se o movimento à distância pudesse justificar sua permanência ali.

Os minutos pareciam se arrastar, cada segundo marcado pelo som do vento cortando as vigas de metal e pelo tamborilar incessante dos dedos de Jinx. Scar cruzou os braços, tentando afastar o desconforto físico e mental que a espera prolongada trazia. Seus olhos vagavam por todos os lados abaixo, mas não havia nada de novo para ver, nenhuma movimentação que justificasse a insistência em permanecer ali.

Até que, de repente, Jinx saltou por cima da sustentação em que estavam, os braços estendidos e um sorriso largo no rosto, quase comemorando.

— Eu sabia que viriam! – ela gritou, como se tivesse vencido algum tipo de aposta invisível.

Scar soltou um suspiro profundo, passando a mão pelo rosto, mas não pôde evitar um sorriso irônico ao ver a animação descontrolada de Jinx.

Não deu tanta importância, apenas revirando os olhos enquanto voltava a encarar a paisagem, os braços cruzados.

Jinx soltou um murmúrio de raiva, abafado por trás das mãos que agora cobriam seu rosto. Ela estava furiosa, os ombros tensos e o corpo inquieto. Quando finalmente abaixou as mãos, os olhos brilhavam com uma mistura de raiva e desprezo.

— Cala a boca! É só um abraço de despedida.

Scar virou o rosto rápido, o pescoço estalando no processo, seus olhos fixos em Jinx com uma expressão dura e interrogativa.

— Do que você está falando agora? – perguntou, enquanto a curiosidade parecia percorrer cada parte de seu corpo.

Scar, já sem paciência, arrancou a luneta das mãos de Jinx, ignorando o resmungo da garota, e levou o instrumento aos olhos. Movimentou-o rapidamente, varrendo o cenário diante dela, até que algo prendeu sua atenção.

Na ponte, Vi e Caitlyn. O instante era claro: a enlaçada firme dos braços, o contato demorado, a expressão contida nos rostos. Um abraço.

O estômago de Scar se embrulhou instantaneamente, como se um soco tivesse sido desferido ali. A bile subiu em sua garganta, o gosto amargo refletindo a sensação que queimava em seu peito.

Ela sentiu os dedos apertarem a luneta com força, os nós se tornando brancos enquanto uma raiva crescente tomava conta dela. A imagem parecia gravada em sua mente, repetindo-se como uma maldição, e cada vez que piscava, era como se estivesse vendo de novo.

O calor da raiva misturava-se ao frio que soprava contra seu rosto, mas nada disso era suficiente para distraí-la. Alguns segundos depois, elas se afastaram, e Vi se distanciou em passos curtos. Sem pensar, Scar abaixou a luneta de forma brusca e a devolveu para Jinx, mas sua mão tremia levemente, denunciando o turbilhão de emoções que ela tentava mascarar.

Scar se moveu pelas barras de ferro, seus pés encontrando facilmente os apoios enquanto avançava. Jinx, observando-a, franziu a testa e perguntou com um tom de desconfiança:

— O que vai fazer?

Scar olhou para trás, o rosto sério.

— Conversar um pouquinho com sua irmã.

Scar desceu as colunas com agilidade, seus dedos apertavam o metal com uma força desnecessária, como se tentasse esmagar a sensação incômoda que lhe queimava o peito. Era só um abraço idiota, uma despedida qualquer, mas longa o suficiente para que sua mente envenenasse cada detalhe com um ciúme corrosivo.

Estúpida.

Era exatamente assim que Scar se sentia.

Odiá-la era tão fácil. Tinha todos os motivos para isso. Mas, por mais que tentasse, o ódio nunca se consolidava completamente. Havia esses pequenos sentimentos conflitantes, destruindo qualquer chance de existir apenas a raiva descomunal pela rosada. E, por mais que a raiva estivesse lá, não era somente isso.

Então ela a viu.

A cabeça baixa e os ombros levemente caídos. Scar esperou, até que a visse. E quando aconteceu, ela jurou não estar sentindo nada, até os olhos azul-acinzentados se fixarem nos seus.

— Oi, Violet – disse, a voz rouca, alta o suficiente para que a ouvisse pela distância que estavam uma da outra.

Era quase engraçado como ela parecia patética no meio da ponte, a jaqueta vermelha cobrindo os braços, deixando-a com uma postura fechada, como se tentasse se proteger do mundo. Mas, apesar da tentativa, a boca estava aberta, os olhos arregalados e o vinco no meio da testa denunciava a confusão que ela não podia esconder.

— Ás? O que você... Por que está aqui?

Como assim "por que está aqui?". Não conseguia ter uma conversa normal sem parecer uma idiota.

— Você tem passe livre para andar aqui em cima? – ela riu com escárnio — Vou ter que encontrar uma Defensora para me acompanhar também?

Violet abriu a boca várias vezes, tentando encontrar as palavras certas, mas logo se calou, sem conseguir pronunciar uma única sílaba.

— Você costumava falar mais. Arranquei sua língua?

Violet suspirou, tão alto que Scar conseguiria ouvir mesmo que estivesse mais distante do que estava.

— Áster, eu sinto muito! – ela começou, os passos hesitantes um atrás do outro, tentando quebrar a distância — Eu sei que o que nós tínhamos terminou de um péssimo jeito, mas nunca foi minha intenção magoar ou abandonar você.

Tínhamos? Terminou?

Scar deu um passo à frente, o rosto endurecendo. As palavras de Violet eram tão vazias, tão distantes da verdade, que quase fez Scar rir de raiva. Ela passou a mão pelo cabelo, tentando conter a explosão de sentimentos que ameaçavam escapar.

— Não venha com essa de "terminar", Violet. Você simplesmente sumiu da minha frente, como se não aguentasse nem me olhar. Eu não fiquei só esperando por você. Fiquei me perguntando o que diabos eu fiz de errado para ser jogada fora assim, sem a mínima consideração.

Scar olhou-a com desdém, os lábios curvados em um sorriso vazio.

— Não era só sobre você ir embora. Era sobre você me tratar como se eu fosse nada, como se fosse fácil me deixar para trás – fez uma pausa, o olhar se tornando mais frio — E tinha sua irmã. Ela precisava de você, estava sofrendo com a culpa.

Vi ficou imóvel, o rosto contorcido em dor, as palavras de Scar como facadas em seu peito. Os olhos dela brilharam com uma tristeza profunda, o peso das lembranças e das escolhas que a assombravam. Ela sabia que tinha falhado, e agora, diante de Scar, não havia como negar.

— Áster, eu sei que...

— Por que insiste em me chamar de Áster? Ela desapareceu no dia em que você fez o mesmo com ela.

O rosto de Vi ficou pálido e seus olhos, mesmo nas sombras, começaram a lacrimejar. A dor no peito era quase insuportável, uma mistura de culpa, arrependimento e uma saudade que queimava. Ela apertou os lábios, tentando não deixar a fraqueza transparecer, mas não conseguiu segurar as lágrimas que teimavam em cair.

— Tudo bem, Scar – o nome saiu dela com repulsa, o rosto retorcido em desgosto, mas os olhos traiçoeiramente entregavam um sentimento diferente — Eu mereço qualquer coisa que você tenha para me dizer. Eu assumo qualquer maldita culpa, porque realmente fui uma idiota. Mas eu tentei! Todos esses anos eu tentei, você não imagina o quanto...

Ela suspirou profundamente, sentindo o ar faltar enquanto falava rapidamente, cada palavra carregada de frustração.

— Eu voltei por você e pela Powder. E tudo o que encontro é... isso? Tem noção de como dói olhar para você e não enxergar nada do que eu admirava? Nada do que eu me orgulhava em dizer que eu tinha? Que era por àquela pessoa, pela Áster, que eu me apeguei de uma forma que jamais imaginei, e que era recíproco.

As palavras de Vi a atingiram com uma força inesperada. A menção de Áster a fez reviver algo que ela preferia enterrar. A raiva e a dor se misturaram, e por um momento, Scar se viu diante de uma versão de si mesma que já não era amada. Era uma sensação desconfortável, uma fraqueza que ela tentava ignorar, mas que surgia, mesmo que por um instante.

Apesar disso, a raiva voltou rapidamente, a única defesa que Scar ainda podia controlar. As palavras de Vi apenas aumentaram o vazio que ela guardava dentro de si, mas ela não queria admitir. A saudade da Áster que Vi mencionava, a parte dela que ainda restava, doía mais do que Scar estava disposta a mostrar.

Um disparo ecoou pelo ar, rompendo o silêncio tenso entre elas. Vi olhou para trás, assustada, mas Scar manteve os olhos fixos nela, sem dar atenção ao restante ao seu redor.

— Vi...

— Preciso ajudar! — respondeu, visivelmente aflita.

— O que? Estamos conversando!

Violet se virou, seus olhos tristes, mas com uma intensidade feroz. O impacto daquele olhar fez Scar dar dois passos para trás.

— Poderíamos conversar depois? Nós precisamos disso.

Sem esperar por uma resposta, Vi disparou em uma corrida rápida para o lado oposto.

Scar soltou um grunhido abafado, chutando uma pedra para longe, sentindo a frustração borbulhando. Ela percebeu Jinx se aproximando, inexpressiva, mas com uma energia pesada ao seu redor.

— Você é boba, Scar. Caindo no papinho da minha irmã — Jinx murmurou, com um tom carregado de desgosto.

Jinx lançou suas bombas de Fogolumes mecânicos, que explodiram em poucos segundos com uma pequena chuva de faíscas e fumaça, iluminando o ar com um brilho verde-amarelado.

Ela lhe deu as costas, começando a caminhar em passos calmos, já sabendo o que viria a seguir. Scar, com a raiva queimando dentro de si, seguiu atrás, seus passos apressados e pesados.

Quando finalmente ouviu os estrondos das explosões à frente, ela desacelerou, os passos se tornando mais calmos enquanto a fumaça tomava conta do cenário. À medida que a névoa se dissipava, ela viu os corpos dos Defensores espalhados pelo chão. No meio da destruição, Violet estava sustentando o peso de Caitlyn, seu corpo tremendo sob a pressão, mas sua expressão era de pura determinação, como se estivesse resistindo ao próprio peso da dor.

Scar negou com a cabeça, o coração apertando ao ver aquilo. A raiva se intensificou, mas algo mais pesado, uma sensação de perda que ela não queria enfrentar, se instalou em seu peito.

Violet, notando a presença de Scar, não teve tempo para reagir. Seu rosto estava tenso, marcado pela angústia, mas os olhos dela... estavam tristes. Era uma tristeza profunda, em uma consciência de que tudo aquilo – toda aquela dor – fora causada por ela.

— Olha só quem é. É o garoto salvador — disse Jinx, com uma empolgação forçada, mas sua voz traía o desdém. Seus olhos brilhavam de um modo perigoso.

Ekko apareceu, rindo suavemente, encarando as duas, os cílios piscando lentamente para Scar. Ele balançou o relógio de bolso com uma agilidade que demonstrava o quão sério ele estava, como se estivesse se preparando para um movimento que ninguém ali esperava.

E então, como um raio, ele atacou.

Os movimentos eram ágeis, rápidos, quase predatórios, como se estivesse esperando o momento certo para agir. Quando Scar estava prestes a derrubá-lo, ele a empurrou com uma força inesperada, movendo-se como uma sombra, até a empurrar para o lado. O impacto com o chão foi brutal, o rasgar da pele no braço dela fazendo com que ela se contorcesse com a dor, mas antes que pudesse reagir, a cena se transformou.

Ekko e Jinx se enfrentaram com fúria, seus golpes trocados com uma precisão cruel. Scar, ainda no chão, viu o rosto de Ekko se contorcer em um arrependimento momentâneo, mas não havia tempo para lamentações.

Jinx, com uma expressão indecifrável, ativou uma granada, os mecanismos de engrenagens girando com um som ameaçador, quase como uma sinfonia de destruição. O objeto estava prestes a explodir, e Scar não estava preparada.

Antes que ela pudesse levantar ou sequer reagir, a explosão tomou conta de tudo. O impacto foi instantâneo, o mundo ao seu redor se desintegrando enquanto ela caía na escuridão total.

𒅌

A ponte de Piltover estava em ruínas, mas o que Silco encontrou ali foi ainda pior.

Jinx e Scar estavam deitadas lado a lado, desacordadas e completamente feridas. Os cabelos loiros de Scar estavam completamente sujos de seu sangue e da sujeira causadas pela destruição da granada.

Sua respiração fraca, os grandes cortes em seus braços e pernas desnudos, misturados com a cinza dos escombros, a faziam parecer mais um reflexo sombrio de quem ela já foi. O sangue ainda escorria lentamente de sua cabeça, tingindo seu rosto pele. Estava pálida, com a expressão congelada em uma dor silenciosa.

Silco se desesperou. Com a ajuda de seus homens, ele conseguiu levar as garotas até o laboratório de Singed, onde sabia que poderiam encontrar uma chance de sobrevivência.

O ambiente era sombrio e sufocante, com o ar impregnado pelo cheiro de produtos químicos e substâncias desconhecidas. Singed se levantou devagar, seus olhos analisando as duas mulheres diante dele, o corpo de Scar e Jinx caídos e inconscientes.

— Salve-as! – Silco exclamou, a voz carregada de urgência.

— Farei o que eu puder – Singed respondeu sem emoção, mas o olhar fixo e implacável.

— Vcê fará tudo que for possível!

Singed não respondeu de imediato, seus olhos fixos nos corpos das jovens. Ele se aproximou, inspecionando Jinx e Scar com uma atenção clínica.

— Os ferimentos são graves – disse o homem com frieza, movendo-se para examinar Scar com mais cautela.

Silco não conseguia desviar o olhar, seu coração acelerado pela tensão.

— Acha que não estou vendo?

Singed, com suas mãos experientes, tocou com precisão o corpo de Scar, seus dedos se movendo ao longo das feridas expostas. Ele analisava cada corte, cada hematoma, como se estivesse avaliando uma peça quebrada.

— Infelizmente, o corpo desta parece não resistir da mesma forma. Está fraca. Qualquer intervenção extrema a destruirá antes que eu possa salvá-la – ele murmurou, sua voz grave e objetiva.

Silco, os dentes apertados, deu um passo à frente, quase rosnando.

— Zaun é construída sobre riscos e sacrifícios! Faça alguma coisa!

Singed levantou a cabeça, seu olhar fixo e impassível, como se já tivesse tomado sua decisão.

— Eu não terei tempo de observar as modificações com a atenção que precisarão após.

Silco se aproximou rapidamente, sua mandíbula tensa, e encarou Singed com a frieza de um homem sem escolhas.

— O que está querendo dizer? – ele perguntou, a voz baixa e ameaçadora.

Silco não sabia como reagir. Sentia-se em um fio prestes a se partir, tensionado por uma situação que escapava ao seu controle. A incerteza o corroía, misturada com uma raiva contida e a urgência de encontrar uma saída que não lhe custasse mais do que podia suportar.

Singed não hesitou; sua voz grave e direta soava como um veredito inescapável, carregada de frieza.

— Você terá que escolher, Silco. Agora.

✹ não gostei disso aí que você disse singed, apaga.

✹ um beijo e até o próximo! 🤍

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