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✹ㅤㅤPARTES DO QUE SE FOI.

QUANDO ERA CRIANÇA, Scar tinha um medo profundo de monstros.

Um temor comum na infância, mas assustador o suficiente para roubar o sono de uma garotinha que não conseguia fechar os olhos sem a presença reconfortante de sua mãe. As sombras dançavam ao seu redor, transformando a noite em um pesadelo onde criaturas invisíveis espreitavam, aguardando o momento de surgir. O abraço, a voz tranquila, era o único refúgio onde o medo se dissipava, mesmo que por um instante.

E ela perdeu isso.

Sua mãe, com o sorriso gentil que afastava seus medos, foi a primeira pessoa que Scar perdeu. O vazio que ficou parecia maior que qualquer medo.

No mesmo dia, Scar conheceu Vander, o homem que lhe ensinou muito mais do que ela jamais imaginou ser capaz de aprender sozinha. Ele lhe mostrou que era possível ser amada por estranhos, o valor de ter uma figura paterna que realmente estivesse presente, apoiando-a em cada pequena decisão. Vander lhe deu amigos, irmãos, e, mais importante, a melhor pessoa que ela já conheceu.

Scar era tão tímida que se encolhia a cada pergunta, quase como se quisesse desaparecer. Mas então, aquela garota extrovertida, cheia de energia e com o cabelo rosa vibrante, entrou em sua vida como uma avalanche, mudando tudo ao seu redor.

Já fazia pouco mais de dois anos que estavam todos juntos. Ela se aproximou, tímida, como se carregasse o peso de algo não dito, mas o sorriso estava lá, iluminando sua expressão como o sol após um dia nublado. Vi a olhou nos olhos com aquela intensidade que sempre a deixava sem fôlego e inclinou a cabeça levemente, como se estivesse avaliando cada detalhe que fazia dela quem era.

Scar observava o céu, os olhos atentos e o corpo balançando com os sopros do vento, como se estivesse flutuando em seus pensamentos.

"— Você gosta de estrelas, o significado do seu nome é estrela... Talvez eu deva te chamar de Estrelinha?" disse, com um tom brincalhão, mas os olhos denunciando algo mais profundo, quase carinhoso.

Scar sentiu o coração acelerar, o calor subindo até as bochechas, e desviou o olhar, incapaz de encarar Vi diretamente. "Estrelinha." O som da palavra ressoava em sua mente, como se carregasse algo precioso, algo só delas. Apesar do nervosismo, ela não conseguiu esconder o pequeno sorriso que se formava em seus lábios, como se sua alma sorrisse junto. Talvez, só talvez, estivesse tudo bem deixar Vi chamá-la assim. Afinal, ela fazia o mundo parecer um pouco menos caótico.

Mylo e Claggor, apesar de suas brincadeiras incessantes e idiotices masculinas, eram seus irmãos. Amigos leais que, mesmo com as piadas e a bagunça, sempre a acolhiam, oferecendo-lhe uma sensação de pertencimento que ela nunca imaginara sentir.

Ela perdeu todos eles. De uma única vez.

A noite que destruiu tudo o que ela acreditava, tudo o que sentia e quem ela era. Em um piscar de olhos, tudo se foi, consumido pelo fogo e pela fumaça daquele armazém.

Quando conheceu Silco, estava quebrada em pedaços que jamais poderiam ser colados. Resquícios de pó que voavam para longe, fugindo de suas mãos.

Silco foi a segunda pessoa que ela teve como um quase pai. Ele não ofereceu o amor que ela conhecia, mas lhe deu algo ainda mais sombrio: um propósito. Um caminho onde a dor se tornava força, e a vingança, uma razão para seguir em frente. Com ele, Scar encontrou não a cura, mas uma nova identidade, capaz de cobrir as cicatrizes da perda e preencher o vazio que a consumia.

Mas não deu certo. No momento em que reencontrou Violet, Scar teve certeza de que toda a armadura que construiu tinha seus acabamentos frágeis, vulneráveis àquela presença que despertava nela algo que havia enterrado. A força que ela acreditava ter moldado com Silco se desfazia, e, por mais que tentasse se manter distante, a verdade se impunha: havia partes de si que ainda pertenciam a Vi.

No entanto, Scar não poderia se dar ao luxo de ter algo que a causava tanta dor. Violet não amava quem ela se tornara. Ela amava a antiga pessoa, a doce, calma e empática. Aquela versão de Scar parecia agora distante, como uma memória empoeirada, e ver Violet se apegar a uma imagem que ela já não era mais só a dilacerava de uma forma que Scar não queria reconhecer.

E, apesar de ser algo doloroso, Scar havia perdido pessoas demais em sua vida, o suficiente para saber que, por mais cruel que fosse, deveria permanecer sozinha. Cada perda tirou partes de Scar, pedaços que ela jamais recuperaria de volta.

A solidão se tornara sua companhia, e ela havia aprendido a viver com ela, mesmo que, por dentro, o vazio de viver dessa maneira nunca poderia ser preenchido.

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