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ㅤㅤ𝟬𝟭𝟲.ㅤ› in name of the love;

🧟‍♀️

୧ ❛ CAPÍTULO 016
em nome do amor

ㅤㅤ O horizonte no campo da fazenda ainda estava alaranjado. Aquela manhã estava começando mais fria do que os dias anteriores, dando os indícios que o inverno se aproximava cada vez mais. Mas, não apenas isso; estava começando novamente com a tristeza pairando sob o grupo, que outra vez estava debaixo daquela grande árvore para um enterro.

Rick falava coisas bonitas e emocionantes sobre Dale, dizendo como deveriam a partir daquele momento seguir a forma do homem de fazer e olhar as coisas, para honrarem sua memória. Brooklyn estava com algumas lágrimas teimosas nos olhos, olhando a cova do mais velho e se lembrando do mesmo; gostava de Dale, e sabia que aquela era uma perda dolorida e difícil para todos do grupo.

Brooklyn estava abraçando Aurora pelos ombros. A garotinha chorava intensamente desde a noite anterior quando encontraram o corpo de Dale, mas agora apenas encarava a terra do túmulo com lágrimas silenciosas. A Dixon sabia que os dois eram próximos e amigos, e entendia a reação da Phelps.

Naquele momento, Brooklyn desviou seu olhar para Aurora, a vendo se virar e abraçar sua cintura para esconder o rosto em suas roupas. A mais nova novamente chorou intensamente, e a Dixon correspondeu o abraço fortemente, enquanto passava lentamente a mão pelos fios ruivos, em forma de um carinho reconfortante.

As duas ficaram assim por algum tempo, apenas ouvindo Rick terminar seu discurso para Dale. Brooklyn voltou a encarar a grama, enquanto ainda abraçava Aurora; continuou até todos começarem a sair daquele lugar, respeitando o espaço da mais nova e seu silêncio enquanto se acalmava daquele choro.

ㅡ Eu vou com os outros. - Daryl, que estava ao lado delas o tempo todo, disse.

Brooklyn assentiu para o irmão, sabendo que ele estava indo com o pequeno grupo fazer a vistoria das cercas ao redor da fazenda. Ela ainda viu Daryl se afastando, antes de se virar novamente para Aurora.

A garota havia se desprendido de sua cintura, se afastando para tentar enxugar o rosto e retirar os cabelos grudados no mesmo. Brooklyn a ajudou, mesmo que naquele momento estivesse com a cabeça um pouco virada para trás, para a direção da cova de Dale.

ㅡ Sabe, Dale era um cara legal. - Brooklyn começou, ainda incerta. ㅡ Vai fazer falta para todos nós.

ㅡ Não era para o Dale ter morrido... - Aurora soluçou baixinho.

ㅡ Não mesmo, garota. Mas... a vida não parece muito justa com as pessoas boas. - Brooklyn levantou o canto dos lábios. ㅡ Sua mãe, Sophia, Dale... nenhum deles deveriam ter partido assim.

Brooklyn a observou, sufocada com o silêncio entre elas. Às vezes achava demais, mas preferia Aurora tagarelando sem parar e saltitando com Luna do que quieta daquela forma; já havia aprendido que vê-la em silêncio absoluto era o verdadeiro problema.

E naquele momento parecia um problema ainda maior, quando Aurora não parava de chorar e olhava com o olhar perdido para o lugar onde Dale havia sido enterrado. Algo estava errado.

ㅡ Aury. - chamou, e sentiu um aperto no peito quando a garota lhe olhou, com as lágrimas à beira de caírem dos olhos outra vez. ㅡ Não tem outra coisa que posso pensar em dizer para você nesse momento do que: Dale está num lugar bom. Sem cabeças podres e sem qualquer dor. Sabe disso?

ㅡ Sei. - Aurora disse baixinho. Ela tentou sorrir, mas falhou.

ㅡ A dor não vai passar, Aury. Você sabe. - A Dixon continuou, abraçando-a pelos ombros e começando a caminhar para longe daquela árvore. ㅡ Você apenas aprende a lidar com ela. Com alguns dias sendo mais difíceis que os outros, mas isso faz parte do processo.

Aurora balançou levemente a cabeça, soluçando entre as lágrimas. Brooklyn a sentiu apertando sua mão enquanto caminhavam, então olhou-a; notou como a mais nova estava à beira de outro choro intenso. Franzindo o cenho, a Dixon fez com que parasse e encarou sua amiga, notando como seu olhar estava perdido em culpa.

ㅡ Aury, o que...?

ㅡ Ontem eu fui caminhar, como sempre tenho feito, Brookie. - Aurora começou, dizendo rapidamente. ㅡ Eu encontrei um errante preso num brejo na floresta. Ao invés de matar ele, eu fiquei brincando... ai ele se soltou um pouco e veio para cima de mim. Eu me assustei, tentei atirar, mas não consegui. Falhei. Então eu fugi...

Brooklyn encolheu os ombros em um momento de realização. Se abaixou rapidamente, suspirando e tocando - em meio a um carinho desajeitado - os ombros de Aurora.

ㅡ Então, me deixe adivinhar, esse foi o errante que matou Dale? - a mais velha suspirou com o aceno positivo da outra. ㅡ Aury, não foi sua culpa!

ㅡ Mas se eu tivesse matado ele...

ㅡ Aurora, não. - Brooklyn a cortou. ㅡ Pare com isso, está bem? Dale não morreu por sua culpa, entenda isso, ele foi atacado por um errante...

ㅡ Errante que eu não matei...

ㅡ E se tivesse matado, o som da arma poderia ter atraído outro, e então Dale ainda teria sido atacado da mesma forma. - Brooklyn tocou-lhe no rosto. ㅡ Aury, não foi sua culpa! - repetiu, puxando-a para um abraço e deixando que desabafasse mais uma vez.

Brooklyn suspirou fraco, acariciando os cabelos ruivos da mais nova; tinha certeza que deveria fazer ou falar mais por ela. Deveria ajudar Aurora de alguma forma, mas não sabia como poderia. Seus conselhos não eram os melhores, e sabia que não seriam o bastante para ajudar uma criança naquelas situações.

ㅡ Brookie... obrigada. - Aurora fungou o nariz, olhando-a quando se afastaram, e tentou sorrir pequeno. ㅡ Acho... acho que agora eu preciso ficar um pouquinho sozinha.

ㅡ Pode ficar comigo, Aury. - Brooklyn soltou um riso anasalado. ㅡ Sei que não sou a melhor pessoa para falar isso, mas... ficar sozinha não é a melhor opção.

ㅡ Às vezes é. - Aurora disse, depois de um silêncio. As duas se olharam rindo, com Brooklyn escondendo o rosto: era exatamente o que ela dizia.

ㅡ Tudo bem. - Brooklyn disse. Ela se levantou entre um suspiro. ㅡ Tenta ficar só nos terrenos da fazenda e no meu campo de visão, por favor, garota.

ㅡ Pode deixar. - Aurora sorriu pequeno. Ela saiu andando, com Luna tentando lhe seguir. ㅡ Eu preciso ficar realmente sozinha, Luna.

A pastora alemã abaixou as orelhas, se sentando sob a cauda na grama, entre o espaço afastado de Aurora e Brooklyn. As duas observaram a mais nova se afastar em direção ao moinho de ventos da fazenda; a Dixon suspirou observando-a, no fundo, não julgando a decisão de isolamento.

Afinal, ela teria feito - e faz - o mesmo.

O silêncio próprio às vezes era o melhor para colocar os pensamentos em ordem. Aurora apenas precisava daquele tempo, e então ficaria bem.

ㅡ Vem, Luna! - Brooklyn assobiou, finalmente dando as costas e saindo do lugar.

Ouviu Luna choramingando, antes de finalmente se mover e finalmente seguí-la para onde todos do grupo estavam reunidos - já que os que haviam saído, naquele momento, estavam retornando também -.

꩜꩜꩜꩜

Enquanto ia se aproximando, Brooklyn pegou a conversa pela metade e entendeu o que estava acontecendo. Hershel queria todos dentro da casa para o inverno, e afirmava que devia ter feito aquilo a tempos. A garota se encostou no irmão, enquanto ouvia Rick separando tarefas para todos.

ㅡ E quanto às patrulhas? - Andrea perguntou.

ㅡ Vamos proteger a área da casa primeiro. - o Grimes começou. ㅡ Depois Shane vai atribuir turnos. Eu e Daryl vamos tirar Randall daqui... e soltá-lo.

ㅡ Vou arrumar minhas flechas. - Daryl disse, trocando um olhar com a irmã. Só estava arrumando uma forma de sair dali.

A garota, entretanto, se aproximou mais e começou a ajudar organizar as coisas na camionete para transporte. Carl estava ajudando a mãe fazer a mesma coisa, e Hershel estava ao lado. Todos disfarçadamente pararam para ouvir a conversa dos outros dois homens.

ㅡ O plano era certo da primeira vez. Só foi mal executado. - Rick ainda completou, com o murmúrio descontente de Shane.

ㅡ Sabe que a morte do Dale e o prisioneiro são duas coisas diferentes, não é? - Shane o perguntou. ㅡ Se quiser o Daryl como braço direito... vá em frente!

ㅡ Tenho certeza que meu irmão pelo menos não tentaria matar alguém quando não estivesse olhando. - Brooklyn se intrometeu, fazendo questão de esbarrar no homem ao se afastar carregando uma caixa.

Não olhou para trás, mas seu olhar de ódio era compartilhado por Shane, que fuzilava suas costas. Brooklyn suspirou irritada, e seu cenho franzido em raiva quase doía em seu rosto. Ela entrou na casa e jogou aquela caixa - que nem sabia do que se tratava, mas estava leve para segurá-la apenas com sua mão livre - em qualquer lugar no chão e depois saiu pisando duro.

ㅡ Não deveria ficar assim pelo Shane. - ela ouviu a voz, parando de andar e respirando fundo ao olhar para cima. ㅡ Não vale a pena.

ㅡ Disse o garoto que estava idolatrando ele há algumas semanas atrás. - a garota se virou e disse para Carl. ㅡ Olha, não preciso dos seus conselhos, Grimes. Tenho mais o que fazer!

ㅡ Olha, eu posso ter admirado o Shane boa parte da minha vida, sim! Ele era tipo de um tio fodão para mim. - o garoto continuou, seguindo-a pelo gramado. ㅡ Mas também consigo admitir que ele mudou! E anda estranho há semanas. Eu sei observar as pessoas, Dixon.

ㅡ É claro que sabe, stalker. - Brooklyn se aproximou de uma vez do garoto. ㅡ É o que você mais sabe fazer! - ela sorriu forçado, se desviando no último instante e esbarrando apenas no ombro do garoto.

Carl a olhou, suspirando fundo e desviando o olhar em seguida; continuou subindo as escadas da casa para também guardar as coisas que carregava em seus braços. Brooklyn se aproximou da camionete que Tdog terminava de estacionar em frente à casa, para ajudar com o restante das coisas.

Haviam desmontado acampamento durante a noite, já que ninguém havia exatamente conseguido dormir. Então, naquele momento, Brooklyn pegou sua mochila, a de Aurora e também a sacola que estava as coisas de Luna, sendo as únicas "bagagens" que possuíam. Ao terminar, olhou para o outro lado da carroceria, onde Tdog ajudava Lori com uma grande caixa pesada.

ㅡ Coloque as coisas dela no meu quarto. - Hershel disse a ele, saindo da casa. ㅡ Vai ficar mais confortável por lá. - disse à mulher, se aproximando.

ㅡ Não podemos... - Lori tentou negar.

ㅡ Você está grávida e aquele é o melhor colchão da casa. - Hershel disse. ㅡ E aquele sofá e eu temos uma história. Minha mulher trancava a porta do quarto as noites que chegava cheirando à whisky. Eu vou ficar bem, não se preocupe. - completou.

ㅡ Se não decidirem, eu posso ficar com aquela cama. - Brooklyn brincou, se encostando na camionete.

ㅡ Ou pode brigar comigo por ela, garota. - Tdog, que já havia voltado, disse também.

ㅡ Vai sonhando, Dog! - Brooklyn sorriu.

ㅡ Obrigada. - Lori agradeceu Hershel.

ㅡ O sofá é meu! - o mais velho avisou alto, enquanto voltava para casa com Tdog.

Brooklyn soltou um riso anasalado, arrumando a alça das mochilas em suas mãos para começar a sair. Antes, parou para observar a direção para que Lori olhava; Shane estava num dos moinhos de vento da fazenda, o que ficava no meio do campo - ela garantiu com o olhar que Aurora não estava mais ali -. Com um suspiro, a Dixon se virou para a mulher.

ㅡ Lori, acho que você deve conversar com ele de uma vez por todas. - ela comecou, chamando a atenção da mulher. ㅡ Explicar seus sentimentos e deixar as coisas claras, se quiser assim. Shane está perdendo a cabeça, não deixe que ele realmente perca.

ㅡ Eu sei. - Lori suspirou, sorrindo pequeno para ela. ㅡ Eu vou fazer isso. Obrigada, Dixon.

Brooklyn suspirou ao vê-lo se afastar, então decidiu realmente entrar na casa e guardar suas coisas. Colocou-as do lado das escadas, para depois arrumar um lugar ideal para ficarem; em seguida, abriu a última lata de ração para Luna e a viu devorando-a em segundos.

A porta da casa se abrindo chamou sua atenção; ao se virar, encontrou Daryl parado meio fora e meio dentro da casa. Passou o olhar pela sala, parando-o na irmã e dando certeza que estava procurando-a. Com um aceno, chamou a mais nova para seguí-lo e fechou novamente a porta.

Brooklyn saiu atrás de Daryl, observando-o já no gramado depois dos degraus da varanda. A garota também os desceu, parando em frente ao mais velho e esperando que ele começasse a dizer qualquer coisa.

ㅡ O que aconteceu com a Aurora? - Daryl perguntou. ㅡ Não te vi grudada com ela hoje.

ㅡ Aquele cabeça podre de ontem, o que fez aquilo com o Dale. - Brooklyn continuou, após um suspiro: ㅡ Aurora encontrou ele. Mas... ela se assustou e não conseguiu o matar.

ㅡ E agora acha que o que aconteceu é culpa dela. - Daryl tirou as conclusões, e Brooklyn confirmou silenciosamente.

ㅡ Ela disse que queria ficar sozinha e eu não questionei. - Brooklyn continuou após um suspiro. ㅡ Olha... para falar a verdade não soube o que dizer. O que deveria?! - ela abaixou a cabeça, procurando as palavras para continuar. ㅡ Eu só... não sei o que estou fazendo. O que devo fazer, dizer, ensiná-la. Entende?

Daryl a observou por um segundo. Quando a irmã levantou novamente o olhar para si, o homem suspirou. Ele abaixou a cabeça, gesticulando um sutil movimento de confirmação.

ㅡ Eu sei, pirralha. - Daryl disse num murmúrio. Os dois trocaram um silencioso olhar, até o homem novamente dizer: ㅡ Eu posso falar com ela. Vou tentar descobrir o que está acontecendo.

ㅡ Sério?! - Brooklyn perguntou. Seu tom era meio divertido, meio receoso, meio surpreso.

ㅡ Qual é. - Daryl estalou a língua. ㅡ Não é como se fosse a primeira vez que eu estaria lidando com uma pirralha com mudanças comportamentais. - o homem murmurou, já dando às costas e saindo.

Brooklyn levantou as sombrancelhas e não resistiu à sua risada espontânea. Daryl ouviu aquele som e deu um sorriso pequeno - gesto que a mais nova não pode ver - enquanto caminhava.

꩜꩜꩜꩜

Daryl não precisou caminhar muito para procurar por Aurora. Seguiu sua intuição e acabou no celeiro de cavalos da fazenda; o homem entrou no lugar, passando pelas baías que estavam ocupadas e indo em direção às últimas portas, que estavam abertas.

Numa delas ficavam os montes de fenos, organizados. Daryl se apoiou no portal, olhando para o pequeno vão que havia sido formado entre dois blocos. Continuou em silêncio, encarando o local por um tempo; deixou escapar um suspiro e então entrou.

Daryl largou a crossbow ao seu lado, logo quando se sentou naquele bloco de feno. Seu silêncio permaneceu, e o homem aproveitou para pensar realmente o que estava fazendo ali, e também no que poderia dizer à Aurora.

ㅡ Como me achou? - uma voz fininha finalmente soou daquele vão entre os fenos.

ㅡ Intuição de caçador, garota. - Daryl respondeu, olhando para frente.

Era verdade, porém, em parte do caminho havia seguido os rastros que encontrou naquela direção. Pelo tamanho podiam ser apenas de uma criança, que obviamente seria Aurora.

ㅡ Isso existe? - a garota perguntou, depois de alguns segundos.

ㅡ Eu não sei. Talvez sim. Ou talvez realmente tenha sido uma boa intuição. - Daryl mexeu os ombros.

Daryl olhou por cima de seus ombros. Ouviu o suspiro fraco de Aurora, antes de novamente caírem no silêncio. Ele esperou, mas a garota não saiu de onde estava; então, voltou a olhar para frente e pensar em suas próximas palavras.

ㅡ Cenourinha, você sabe guardar segredo? - em um tom rouco, Daryl perguntou. Aurora não respondeu, mas o Dixon sabia que ela estava lhe dando atenção. ㅡ Queria te contar uma história que aconteceu.

ㅡ Com você? - Aurora perguntou, sua voz saindo abafada pelo esconderijo.

Daryl olhou para suas mãos, onde mexia nervosamente numa sujeira em sua calça. Um suspiro escapou de seus lábios, mas logo tratou de se recompor.

ㅡ Vai guardar segredo? - perguntou novamente.

ㅡ Sim. - Aurora respondeu, sem pensar.

ㅡ Bom mesmo. - Daryl logo começou: ㅡ Uns anos atrás eu saí para trabalhar e algo aconteceu na minha casa. Algo ruim. Algo que não deveria acontecer nem nos piores pesadelos...

ㅡ O que aconteceu, Daryl? - Aurora perguntou, ao perceber que ele não daria mais detalhes.

ㅡ Podemos pular essa parte. Ainda é muita coisa para sua idade. Consegue compreender isso?

ㅡ Tudo bem.

ㅡ Bom. - o homem suspirou, continuando: ㅡ Eu cheguei do trabalho e encontrei a cena... e eu me senti culpado pelo que aconteceu. Não protegi quem mais amava. E eu quase perdi essa pessoa.

ㅡ Era alguém importante para você?

ㅡ Ela ainda é muito importante para mim, Aurora... É a Brooklyn. - Daryl respondeu, depois de pensar por alguns segundos se deveria. ㅡ A minha irmã é tudo que mais importa para mim, daria minha vida por ela.

Houve silêncio.

Daryl continuou olhando para frente, mas percebeu os movimentos próximos. Aurora havia saído de trás daqueles blocos de fenos e agora se sentava ao seu lado. Ela lhe observava com as perguntas correndo em seu olhar curioso, porém, entendia que deveria se controlar em fazê-las.

ㅡ Por que você quase perdeu a Brookie? - a garotinha perguntou baixinho.

ㅡ Não pude proteger ela. A deixei sozinha, invulnerável... e depois... me culpei por isso por muito tempo. - Daryl se virou para Aurora rapidamente, prosseguindo: ㅡ Repetia a mim mesmo que havia falhado como irmão mais velho. Sabia que deveria ter feito mais. A protegido mais... que o que havia acontecido era minha culpa.

ㅡ E ainda acha isso? - Aurora perguntou.

Na mente de Daryl a resposta foi "sim". Ele sempre se sentiria daquela forma, independente dos anos que se passassem.

Entretanto, precisava continuar seu intuito de "conselho" à garota, então respondeu:

ㅡ Não. - ele olhou para frente. ㅡ Entendi que as coisas aconteceriam comigo em casa ou não. A culpa não foi minha, muito menos da Brookie, e sim... de outra pessoa. Não precisamos ficar com o fardo da culpa, quando ele não é nosso.

Aurora abaixou a cabeça, pensativa.

Daryl continuou:

ㅡ Dale ter morrido não foi sua culpa, Aurora. Foi aquele cabeça podre desgraçado. Você não ter o matado não é motivo de culpa também, ele teria se soltado sozinha alguma hora. Dale estava no lugar errado e na hora errada, apenas.

ㅡ É só que esse mundo tem me assustado. - a garota murmurou, ainda de cabeça baixa. ㅡ Tem sido muita coisa acontecendo ao mesmo tempo... e eu estou perdendo pessoas que eu gosto. Papai, mamãe, a Soph... Dale. - a Phels o olhou, com os olhos cheios de lágrimas. ㅡ Não quero perder mais ninguém. Não quero perder você e a Brooklyn também!

Daryl a olhou sem reação. Ele suspirou, passando os braços sob os ombros da garota e a puxando para um abraço desajeitado. Não soube realmente o que fazer, quando a mais nova correspondeu fortemente e desabou em lágrimas no seu peito.

ㅡ Olha, cenourinha, às vezes Brooklyn e eu podemos saber não reagir à essas suas demonstrações, mas é porque fomos criados assim. - Daryl começou, pigarreando ao se separarem. Continuou, ainda a olhando: ㅡ Mas saiba que a gente sente o mesmo por você, 'tá bom? Eu também não sei o que faria se perdesse vocês duas.

ㅡ Sério?! - Aurora perguntou. Seu tom era meio divertido, meio receoso, meio surpreso.

Daryl balançou a cabeça, rindo por um breve momento.

ㅡ Claro. Quem poderia irritar meus dias além de vocês duas? - sua resposta fez Autora sorrir de orelha à orelha. ㅡ Não sou bom nessa coisa de conselhos, mas espero que tenha entendido o que quis te passar. Não deve se culpar pela morte de Dale, pois ela não foi sua culpa. - Daryl se distraiu, fingindo tirar uma palha presa no cabelo da mais nova para continuar: ㅡ E sinto muito estar tendo que crescer nesse mundo de merda, mas Brooklyn e eu vamos garantir que fique bem. Vamos te ensinar a ser uma de nós.

ㅡ Já sou. - Aurora respondeu confiante. ㅡ Eu tenho um colete e uma cicatriz de superação! E sou uma garota fodona como a Brookie.

Daryl soltou um riso anasalado.

ㅡ É, você é. - Daryl observou-a. ㅡ Mas, vamos ter que arranjar seu próprio colete. Cada um terá o seu, pois sei que a Brooklyn sente falta do dela. - ele pegou a crossbow outra vez. ㅡ Que tal voltarmos agora?

ㅡ Tudo bem. - Aurora sorriu e pulou de onde estava para se levantar. Antes de se mexer, chamou Daryl outra vez e disse: ㅡ Obrigada.

ㅡ Pelo que, garota? - Daryl perguntou confuso, com a sombra de um sorriso no rosto.

ㅡ Por ter vindo. - Aurora sorriu outra vez.

Daryl correspondeu rapidamente, logo disfarçando. Ele começou a andar, ouvindo a garota saltitando ao seu lado. Antes de saírem totalmente do celeiro, se lembrou de avisá-la:

ㅡ Falei sério quando te pedi segredo, Aurora. - o Dixon olhou-a. ㅡ O que te falei não deve sair daqui, está me ouvindo? Não comente nem mesmo com a Brookie.

ㅡ Tudo bem, Day. Eu sei guardar segredo. - ela sorriu. ㅡ Prometo! - completou, beijando a ponta dos dedos e os erguendo em seguida.

Daryl riu, balançando a cabeça enquanto observava. Em seguida, acompanhou Aurora saindo saltitando em sua frente; vê-la novamente eufórica fez um sentimento, que nem percebeu estar lhe sufocando, sair de seu peito imediatamente.

꩜꩜꩜꩜

Brooklyn estava sentada nos degraus da varanda da casa. Olhava para o meio cigarro que tinha entre os dedos, e escutava os roncos baixinhos de Luna deitada ao seu lado. Em seu redor, alguns do grupo colocavam madeiras nas janelas.

ㅡ Brooklyn! - a garota levantou o olhar, vendo Rick e Carl se aproximando. Ignorou o Grimes mais novo, dando atenção apenas para o outro, quem lhe chamava. ㅡ Onde está seu irmão?

ㅡ Ele já deve estar voltando. - ela respondeu, colocando o cigarro rapidamente na boca e o tirando. ㅡ Foi procurar a Aury.

ㅡ Já 'tô aqui. - eles se viraram ao ouvirem a voz do Dixon mais velho.

Brooklyn e Daryl trocaram um olhar, e o mais velho deu um sorriao de canto para a irmã. Ela correspondeu aliviada, aumentando-o ao ver Aurora saindo de trás do homem e correr até si para um abraço.

ㅡ Está pronto para irmos? - Rick perguntou àquele Dixon. Daryl acenou em concordância.

ㅡ Vou buscar o garoto. - Tdog avisou, saindo em direção ao quartinho de ferramentas.

Brooklyn apagou o resto do seu cigarro e jogou a bituca longe. Se virou para Aurora e sorriu, observando-a correspondendo da mesma forma; seja o que Daryl havia falado para ela, havia funcionado.

ㅡ Então, como você está? - a Dixon ainda precisou perguntar.

ㅡ Agora acho que bem. - a mais nova balançou os pés ao dizer. ㅡ Ficar me culpando sobre a morte de Dale não vai resolver as coisas. E entendi que não foi minha culpa, de qualquer maneira.

ㅡ Isso, garora. - Brooklyn olhou para frente. ㅡ A gente vai ficar bem.

Seu olhar se encontrou com o de Carl, que estava parado poucos metros para frente da varanda, ao lado do pai no gramado. Nenhum dos dois desviaram no primeiro momento. A Dixon sustentou ainda mais aquele olhar e franziu o cenho rigidamente, quase perguntando durante o gesto o que o Grimes estava fazendo.

O momento começou a ficar desconfortável para a Dixon, que se sentiu estranha. Ela bufou, ainda com o cenho franzido, e desviou a atenção para longe do Grimes. Entretanto, não conseguiu tirá-lo totalmente de sua visão periférica; vez ou outra ainda olhava para o garoto com o canto dos olhos - achando estranho quando pegava ele ainda olhando em sua direção -.

A volta de Tdog, sem Randall, distraiu Brooklyn de seus devaneios. Porém, o aviso do homem não foi algo que acalmou o grupo:

ㅡ Gente! Randall fugiu.

Todos se reuniram no quarto de ferramentas, enquanto Tdog explicava o que acontecia. Ele havia aberto o lugar e Randall simplesmente não estava ali. Teorias começaram a serem feitas, para descobrirem o que de fato havia acontecido.

ㅡ Ei, pessoal!

O grito chamou a atenção de todos, que se viraram para a orla da floresta. Shane vinha caminhando com o rosto coberto de sangue; uma expressão não tão boa o acompanhava. Brooklyn sentiu instinto de colocar-se na frente de Aurora, enquanto observava o homem se aproximando cada vez mais.

ㅡ Shane? O que aconteceu?! - Rick perguntou.

ㅡ Randall. O desgraçado me atacou. Ele roubou minha arma e fugiu! Precisamos ir atrás dele, talvez não esteja longe! - o Walsh respondeu.

ㅡ Ele está com a perna ferrada, como conseguiu deixá-lo escapar? - Brooklyn foi quem perguntou.

ㅡ Prestou atenção quando disse que ele me atacou, garota? - Shane disse ríspido. ㅡ Assim que desmaiei não pude fazer mais nada!

ㅡ Certo. - Rick quebrou o silêncio. ㅡ Daryl, Glenn, Alex, venham com a gente. Tdog, leve os outros para dentro e fechem tudo. Não saíam até que voltemos!

ㅡ Pode deixar. - Tdog acenou. ㅡ Vamos, gente!

Brooklyn continuou parada no mesmo lugar, enquanto assistia o irmão e os outros entrarem na floresta. Assim que eles desapareceram, a garota suspirou e se virou; surpreendeu-se levemente ao ver que Audrey ainda estava ali também, segurando a mão de Aurora, e as duas pareciam lhe esperar.

ㅡ Vamos. - foi tudo que a Dixon disse, dando um leve toque nas costas das mais novas.

Assim que as três entraram na casa, Tdog e Stephen fecharam a porta. O silêncio ali estava pairando, mas logo o grupo se espalhou em busca de coisas para serem feitas.

Brooklyn ficou atrás da janela da sala, que conseguia ver exatamente o rumo que os homens haviam entrado na floresta. Olhava através dos pequenos vãos entre as madeiras postas nas janelas, na esperança de alguém dar algum sinal naquela direção.

ㅡ Ei, Brooke. - a Dixon não precisou olhar para o lado, para perceber que era Audrey quem parava ao seu lado. ㅡ Preocupada?

ㅡ Não com Daryl. - ela respondeu, explicando diante a confusão da mais nova: ㅡ Notou como os fatores da história do Shane não batem? Em que mundo um garoto como Randall, magricela e ainda com a perna fudida, iria domar e escapar tão rapidamente de um policial bruta montes como o Shane?

ㅡ Acha que ele forjou a história?! - Audrey perguntou, meio assombrada.

ㅡ Acho. - Brooklyn respondeu sem receio, olhando para a escuridão do campo. ㅡ E não me surpreenderia se tivesse feito isso para conseguir o que sempre quis: matar Randall.

ㅡ Mas se ele fez isso mesmo... porque os levariam para a mata atrás de um fantasma?

ㅡ Ele não tava contando que Daryl, Glenn e Alex iriam também. - Brooklyn disse num sussurro, logo suspirando. ㅡ Apenas quero estar errada, dessa vez.

Brooklyn a olhou, e Audrey deve um momento de realização ao entender o raciocínio da amiga. As intenções de Shane era apenas bolar uma armadilha para Rick.

ㅡ Brooklyn, pode me ajudar aqui? - Maggie chamou a garota, descendo as escadas com alguns travesseiros nos braços.

ㅡ Claro. - a Dixon respondeu. Antes de sair, trocou um olhar com Audrey, pedindo por seu silêncio. Então foi ajudar Maggie, deixando a amiga ainda pensativa e assombrada para trás.

Brooklyn e Maggie distribuíram aqueles travesseiros nos pontos que seriam montados os colchetes para o grupo pela sala e sala de jantar. Assim que terminaram, notram que já haviam se passado muitos minutos desde que os homens haviam saído.

Estavam em silêncio, até que Brooklyn notou a forma inquieta que Luna estava. Ela franziu o cenho e se aproximou da pastora-alemã, que arranhava suas unhas embaixo da porta dos fundos da casa e chorava pulando contra a mesma.

ㅡ Ei, garota! - Brooklyn se aproximou. Seu chamado fez Luna começar a latir. ㅡ Ei, Luna! O que foi, gatota? O que foi?! - perguntava, mas isso só fazia a cachorra latir ainda mais forte e um pouco desesperada. ㅡ Luna!

ㅡ O que ela tem? - Maggie perguntou para Brooklyn. Todos haviam virado para descobrir o que estava acontecendo.

ㅡ Não sei! Nunca vi ela assim. - Brooklyn respondeu.

Um tiro ecoando pelo campo da fazenda havia assutado a todos. Brooklyn se virou para frente, mas logo olhou assustada novamente para Luna; o som havia a agitado ainda mais, fazendo com que pulasse mais desesperada contra a porta e soltasse uivos juntos aos latidos.

ㅡ Ei, Luna! - Brooklyn chamou, franzindo o cenho. ㅡ Silêncio! Agora! - ela deu o comando.

Luna parou, olhando-a e novamente para a porta. Estava claramente lutando contra a vontade de ignorar, porém era muito treinada e já havia aprendido respeitar Brooklyn usando seus comandos. Então, ficou quieta e se sentou em frente à porta, ainda sem desgrudar os olhos da mesma.

ㅡ O que foi isso? - a garota correu para perto do grupo e perguntou.

ㅡ Devem ter encontrado algum errante, ou até mesmo Randall. - Andrea disse.

Passou-se alguns minutos e a porta da casa se abriu. Daryl, Alex e Glenn entraram e logo fecharam ela novamente. Brooklyn olhou aliviada para o irmão, trocando um aceno com o mesmo.

ㅡ Encontramos Randall. - o primeiro homem disse.

ㅡ E colocaram ele no celeiro? - Maggie perguntou.

ㅡ Não, estava morto e transformado. - Glenn respondeu.

Brooklyn sentiu um olhar em si e virou a cabeça, encontrando Audrey com os olhos arregalados. As duas ficaram daquela forma, ouvindo o restante da conversa.

ㅡ Pegaram o errante que o mordeu? - Hershel perguntou.

ㅡ Ele não morreu porque foi mordido, estava com o pescoço quebrado. - Daryl explicou. ㅡ O rastro dele e de Shane estavam juntos, não parece a história que ele contou.

ㅡ Ouviram os tiros, não? - Brooklyn chamou a atenção. Os homens confirmaram. ㅡ Precisam ir atrás do Rick e do Shane.

ㅡ O que está dizendo, Dixon? - Andrea perguntou.

ㅡ Acho que todos nós sabemos. - Brooklyn respondeu simples. ㅡ Shane queria Randall morto, ele conseguiu isso.

ㅡ Pode... ir atrás deles, por favor? - Lori pediu desesperada para Daryl. O homem assentiu.

ㅡ Pessoal... - Jimmy, que estava olhando pela janela, chamou.

Todo o grupo seguiu para a varanda, logo vendo o que o garoto havia tentado alertar: uma grande horda de errantes estava vindo em direção à fazenda. Era um grupo muito grande, que facilmente colocaria o lugar para baixo.

ㅡ O que vamos fazer?! - Glenn perguntou.

ㅡ São muitos, não vamos dar conta! - Andrea diase.

ㅡ Podem ir embora se quiserem, mas eu vou defender a minha fazenda. - Hershel disse, arrancando uma arma da bolsa de armas, que Maggie havia buscado.

Todos observaram o mais velho, Maggie e Jimmy, que se preparavam com as armas.

ㅡ Patrícia, Beth, Lori, Audrey, arrumem as nossas coisas e se preparem para evacuar, se preciso. - Alexander começou. ㅡ Os outros, subam nos carros e vamos atirar. Vamos ajudar Hershel defender a fazenda até quando podermos.

ㅡ É apenas mais uma noite tranquila. - Daryl disse, pulando a varanda.

Brooklyn correu para dentro da casa, chamando por Aurora. Gritou a garota e franziu o cenho quando ela não respondeu. Os latidos de Luna aumentaram, e a cachorra veio em sua direção, parando em sua frente e latindo alto para ganhar sua atenção.

ㅡ Carl sumiu! - Lori avisou, descendo as escadas.

ㅡ Aurora também. - Brooklyn murmurou. Ela olhou para Luna, que parava de latir. A cachorra se virou para a cozinha, virando novamente para a garota em sua frente. ㅡ Eles saíram. - a Dixon concluiu, e Luna faltou falar que ela finalmente havia lhe entendido.

ㅡ Por que fariam isso?! - Lori puxou os cabelos.

ㅡ Talvez tenham ido atrás de Rick! - Carol disse.

ㅡ Se alguma coisa acontecer com ela, eu vou matar o Carl! - Brooklyn disse irritada, não se importando de ter falado isso diretamente para a mãe do garoto. Em seguida, ela apanhou as suas mochilas no canto da escada. ㅡ Vem, Luna! - gritou, deixando a casa em passos largos.

Brooklyn colocou sua mochila nas costas e a de Aurora na frente do corpo, segurando a sacola de Luna em seu ombro. Desceu as escadas da varanda enquanto puxava suas facas do cós da calça e as arrumavam em suas mãos; mesmo com uma delas enfaixada, ainda conseguiu segurar a arma. A Dixon olhou para sua moto estacionada ao lado da camionete de Daryl, mas a ignorou - não podia subir no veículo e deixar Luna -.

AURORA! - ela começou gritar, acertando com raiva os errantes que vieram em sua direção, sem ligar para o esforço feito ou com o sangue que rapidamente se juntou em suas mãos.

Brooklyn gritava o nome de Aurora, cada vez mais se desesperando com a quantidade de errantes que apareciam na fazenda. Olhava em todas as direções, enquanto corria com Luna pelo gramado, acertando todos os mortos que apareciam em sua frente.

AURORA! - Brooklyn gritou mais uma vez, ao ouvir seu nome finalmente ser gritado em resposta. ㅡ Aurora!

Brooklyn e Luna correram de encontro à garota, que corria desesperada de dois errantes. A mais velha os acertou de uma única vez, com raiva, antes de se abaixar e abraçar a mais nova. A ruiva chorava, então rapidamente a Dixon passou a procurar ferimentos em seu corpo.

ㅡ Por que você saiu assim?! - Brooklyn a olhou no fundo dos olhos. ㅡ Não faça isso! Saiu porque?! Foi o Grimes que...

ㅡ Eu ouvi sua conversa com Audy... quis tentar avisar Rick sozinha... Carl me seguiu e me protegeu...

ㅡ Mesmo assim. - Brooklyn pareceu surpresa. Estava preocupada com o choro da garora. ㅡ O que aconteceu?! Você está bem?

ㅡ Eu... eu matei um errante. - Aurora disse entre o choro. Brooklyn sorriu pequeno, pronta para elogiá-la, mas a garota continuou antes: ㅡ Era Shane. Rick o matou, porque Shane tentou fazer isso com ele. Você estava certa. - ela soluçou forte. ㅡ Então ele voltou... e eu...

ㅡ Está tudo bem, Aury. - Brooklyn a abraçou novamente. ㅡ Não precisa ficar assim. Quem você atirou já não mais o Shane. - ela disse, ainda em choque pela notícia. ㅡ Agora, precisamos sair daqui...

Então as duas se levantaram, e Brooklyn rapidamente colocou Aurora atrás de si e teve Luna de guarda em sua frente, enquanto mais errantes se juntavam em cima delas, a encurralando de todos os lados. A Dixon acertou os mais próximos, mas logo se desesperou ao ver que não daria de conta dos outros apenas com suas facas.

Ela pegou a pistola que estava no cós de sua calça e começou acertar precisamente a cabeça de alguns, mas logo ficou sem balas. Usou também a arma de Aurora, mas logo precisou voltar para sua faca, mas não tinha mais o que ser feito com tão pouco espaço para lutar.

Brooklyn viu Luna olhando para elas, antes de dar um passo para frente, se distanciando e começando a latir para os errantes, que começaram ir diretamente até si. A Dixon negou com a cabeça, já chorando pelo desespero e agora ao entender o que a pastora-alemã tentava fazer.

ㅡ Luna, não! Junto! - Brooklyn gritou, mas Luna fingiu não ouvir. Aurora chorava apavorada atrás de si, gritando o nome sa cachorra. ㅡ LUNA! JUNTO! - a Dixon gritou, indo até ela a tempo de afastar um errante e puxar a cachorra. ㅡ Não vou deixar você fazer isso, garota. - Brooklyn sussurrou entre um soluço, abraçando o pescoço da cachorra. Luna choramingou e lhe deu uma lambida, antes de se encolher com Aurora, que rapidamente havia se abaixado e abraçando seu corpo.

ㅡ Brookie... eu não quero morrer! - Aurora disse entre o choro dolorido.

Brooklyn a olhou rapidamente, logo voltando para os errantes. Realmente estavam cercadas. Mesmo se tentassem correr, haviam mais cabeças podres e seriam pegas de qualquer jeito. A Dixon deixou um soluço alto escapar e então negou a cabeça, olhando para Aurora e Luna.

ㅡ Não vou te deixar, Aury. - ela disse. Aurora chorou mais ao entender. ㅡ Nenhuma de nós vai fazer isso sozinha. Vamos ficar juntas, como sempre foi. - Brooklyn disse, agora com o peito apertado e rapidamente tentando se convencer da ideia. ㅡ Se uma de nós cair, vamos cair juntas. - a Dixon suspirou fundo e guardou suas facas. Aurora soluçou outra vez, escondendo o rosto nos pelos de Luna. ㅡ Sinto muito, Marie... me perdoe por não protegê-las. - Brooklyn sussurrou, após olhar elas e encarar os errantes outra vez em seguida.

Brooklyn ouviu um motor de moto e virou o pescoço, sorrindo e chorando ainda mais ao ver Daryl saindo por uma das estradas da fazenda com Carol. A garota sentiu seu peito arfando às lágrimas e olhou os errantes mais próximos, enquanto ficava na frente de Aurora e Luna; seria a primeira, e, talvez, isso daria algum tempo para elas fugirem.

ㅡ Um Dixon só morre se ele quiser. E eu quero morrer. - Brooklyn pensou. ㅡ Estou pronta... realmente estou, por elas. - sussurrou, mais determinada, mas ainda com lágrimas, olhando os errantes. ㅡ ESCUTARAM?! ESTOU PRONTA, SEUS CUZÕES! VENHAM ME PEGAR! - ela deu um passo para frente e gritou, ganhando a atenção dos mortos. Ela sorriu, olhando para Aurora.

EI!

As garotas ouviram um grito, e a mais velha se esforçou para enxergar para trás daqueles errantes. Franziu o cenho ao ver uma pessoa com o rosto tampado e com uma arma pesada em mãos; Alguns errantes desviram a atenção para ele, que logo havia gritado outra vez:

BROOKLYN, SE ABAIXA!

Brooklyn não parou para pensar em quem era, ou como sabia seu nome, ela apenas obedeceu. Correu para se ajoelhar na frente de Aurora, que havia agarrado novamente Luna, e jogou seu corpo por cima das duas. No mesmo instante ela ouviu os disparos de uma metralhadora, e sentiu aqueles corpos sendo abatidos em segundos. Sentiu suas costas serem acertadas com entranhas e sangue, mas também não ligou para isso.

Ao perceber que havia acabado, Brooklyn se levantou com cuidado e encarou todos os corpos no gramado surpresa; ela levantou a cabeça, ao mesmo tempo que Aurora agarrava sua cintura e Luna ficava de guarda. Mas, as garotas se surpreenderam ao ver o garoto se aproximando e tirando a bandana do rosto, após colocar a metralhadora nas costas, junto com outra enorme mochila.

ㅡ Duane?! - Brooklyn arregalou os olhos, enquanto o negro apenas abria um largo sorriso.

ㅡ É muito bom ver vocês, mas acho melhor sairmos daqui antes de colocarmos o papo em dia.

꩜꩜꩜꩜

Brooklyn não soube o que dizer, apenas continuou encarando Duane em estado de choque. Se levanrou e ajudou Aurora, ainda abrindo e fechando a boca em busca de palavras.

ㅡ Realmente se conhecem. - a voz tirou Brooklyn de seus devaneios.

ㅡ Onde está Rick?! - Brooklyn perguntou, finalmente notando a presença de Carl.

ㅡ Nos separamos. - Carl disse. ㅡ Estava correndo e encontrei esse garoto, que disse que conhecia vocês.

ㅡ Longa história. Sem tempo agora. Vamos! - o Jones disse novamente, puxando eles para saírem. ㅡ Tome isso, Brooklyn. - ele tirou uma outra arma da mochila em suas costas e passou para a garota.

ㅡ Finalmente um brinquedo de verdade! - a Dixon sorriu, engatilhando a metralhadora com um sorriso no rosto. Ainda correndo, apertou o gatilho e abateu os errantes em sua frente.

SOCORRO!

Brooklyn olhou na direção do grito, encontrando Audrey cercada de errantes. Não usava seu arco por falta de espaço, e naquele momento tentava se defender apenas com uma pistola - que parecia já estar sem munição -.

ㅡ Audrey! - a Dixon gritou.

A garota olhou e sem maiores avisos se abaixou. Brooklyn e Duane atiraram contra os errantes que a cercavam, abrindo espaço para a garota fugir e correr até eles, acompanhando-os em sua corrida em direção aos carros que ainda estavam na fazenda.

ㅡ Quem é ele? - Audrey perguntou para a Dixon.

ㅡ Assunto para outra hora. - Brooklyn disse simples. Eles chegaram na camionete, e a Dixon abriu as portas. ㅡ Entram!

ㅡ Alguém sabe dirigir?! - Duane perguntou.

ㅡ Eu sei, cara. - Carl respondeu, assumindo o volante.

ㅡ Audrey, vem comigo. - Brooklyn disse, depois de entregar as mochilas para Aurora e fechar a porta.

As garotas deram a volta na camionete e subiram na moto de Brooklyn. A garota não demorou dar partida, desviando de errantes pelo caminho e sentindo Audrey se segurando em si antes que caísse.

ㅡ Sabe dirigir?! - Brooklyn gritou.

ㅡ Não...? - Audreu respondeu, num tom que acusava Brooklyn de ter enlouquecido.

ㅡ Ótimo, vai aprender agora. - a Dixon disse, logo prosseguindo antes que a Mallory pudesse raciocinar: ㅡ Tudo que vai ter que fazer é manter a velociodsde da moto. Caso cair, a marcha se troca aqui e o acelerador é na mão. Assume quando eu sair. - ela dizia rápido, colocando a mão de Audrey sob a sua no guidão, enquanto passava com cuidado sua perna sob o tanque.

ㅡ O que?! Vai fazer o que?! - Audrey gritou assustada.

ㅡ Abrir a porteira, óbvio! - Brooklyn respondeu. ㅡ Tem errantes se aproximando rápido, não vai dar tempo de parar para fazer isso.

ㅡ Brooklyn, não! Enlouqueceu?!

ㅡ Audrey, agora! - Brooklyn a ignorou e gritou, tomando impulso para pular da moto.

Audrey gritou, mas logo conseguiu tomar controle da moto. Brooklyn se levantou rápido, ignorando que havia dado dois giros no gramado. Correu e assumiu a metralhadora novamente em sua mão; disparou contra os errantes e passou pela moto, logo abrindo a porteira em um piscar de olhos. Tudo acontecendo em questões de segundos.

Brooklyn assistiu Audrey passando por si, seguida pelo carro que Carl dirigia. Fechou a porteira outra vez a tempo de pular antes que mais errantes lhe alcançassem. Ela ofegou, se virando e correndo, mas os amigos haviam parado logo há um metro da porteira.

ㅡ Você conseguiu! - ela riu eufórica para Audrey, que segurava firme no freio e ainda havia afundado os pés na terra para parar a moto e não cair. ㅡ E nem acredito que isso deu certo! - a adrenalina queimava em sua veia.

ㅡ Nunca. Mais. Faça. Isso. - Audrey disse lentamente. Porém, ela logo começou a rir também.

ㅡ Você enlouqueceu, Dixon?! - Carl gritou para ela. O sorriso da garota se desfez e seu cenho se franziu olhando-o. ㅡ Acha que está em um filme de ação ou coisa assim para acreditar que essas ideias idiotas podem funcionar?!

ㅡ Mas funcionou, não?! - Brooklyn o enfrentou. Os dois bufavam. ㅡ Então cala a sua boca e cuida da sua vida, Grimes!

ㅡ Grimes? - Duane chamou a atenção. ㅡ É o filho do Rick?!

ㅡ É. O próprio! Mas, diferente do pai, esse aqui é um playboyzinho metido! - Brooklyn respondeu, olhando ainda para Carl, que revirou os olhos e desviou dela.

ㅡ Eu nem acredito que está vivo, Duane! - Aurora disse, finalmente mudando o assunto, e surpreendeu o garoto com um abraço. ㅡ Duane e seu pai ajudaram Rick, Brooklyn, eu e Luna antes de irmos para Atlanta. - ela explicou aos outros dois.

ㅡ É isso. - Brooklyn confirnou, finalmente olhando e sorrindo psea o garoto. ㅡ Então, como nos achou?

ㅡ Meu pai não estava confiante que manteriam contato, mas eu sabia que sim. Então fiquei com o rádio e ouvia tudo que Rick falava. Alguma coisa no sinal não me deixou responder, sinto muito. - o garoto começou. ㅡ A única coisa que ouvi foi que haviam saído do CDC e iriam para Fort Benning, então segui esse caminho. Mas tive alguns problemas no caminho... tentei dirigir, mas me machuquei e segui a pé.

ㅡ O carro na rodovia. - Brooklyn se lembrou. ㅡ E a cabana! Estava lá?!

ㅡ Sim. - Duane sorriu. ㅡ Me escondi quando ouvi que haviam pessoas se aproximando. Eu ouvi sobre a fazenda que falaram, então nas últimas semanaa passei nas propriedades próximas procurando as certas. Até que ouvi os tiros de dois atrás e ficou fácil... e então os dessa noite... e aqui estamos.

ㅡ Uau! - Brooklyn se impressionou. ㅡ E fez tudo isso sozinho?

Duane ficou quieto. Com um suspiro, voltou a dizer:

ㅡ Sim... meu pai não estava bem. - ele fez uma pausa, criando coragem para continuar. ㅡ Nos dias depois que partiram, ele juntou munição e suprimentos, mas nunca partimos. Ele estava tentando.... finalizar minha mãe. Mas não conseguiu. Então, num dia houve uma invasão em nossa casa... e ele deixou que ela o atacasse.

ㅡ Duane, eu... sinto muito. - Brooklyn murmurou, sem saber ao certo o que dizer.

ㅡ Está tudo bem. - o garoto sorriu fraco. ㅡ Eu só entendi que naquele momento precisava sair de lá, daquela cidade... deixei tudo para trás. Deixei eles. E torci para conseguir seguir as mensagens que Rick havia deixado e achar vocês.

ㅡ E que bom que conseguiu! - Aurora quem disse, sorrindo para o garto. O Jones correspondeu.

ㅡ Bom, muito bom! Feliz por tê-lo no grupo, de verdade! - Audrey chamou atenção. Os dois se olharam. ㅡ Mas... acho melhor a gente vazar agora.

Eles olharam para a porteira, onde mais errantes haviam se juntado. A madeira estava prestes a ceder com todo aquele peso contra ela.

ㅡ Vão! Vão! - Brooklyn os apressaram.

ㅡ Vou no carro dessa vez! - Audrey correu para o veículo.

Brooklyn sorriu para a amiga. Ela subiu em sua moto, assistindo os outros entrarem no carro. Assim que os dois veículos foram acelerados, o som da madeira demonstrou que ela havia se cedido. Porém, os errantes logo se espalharam pela estrada de chão; não foram capazes de alcançarem o grupo, pois já estavam muito distantes.

꩜꩜꩜꩜

Brooklyn guiou o caminho, e entrou no consenso de voltar para a rodovia que haviam perdido Sophia. No meio do caminho, ouviram outro motor de veículo ao seu lado e olhou, dando um grande sorriso ao ver Daryl em sua moto, seguido por Glenn em um outro carro.

Assim que todos pararam na rodovia, Brooklyn desceu da sua moto e pulou no pescoço do irmão, escondendo seu rosto ali e chorando aliviada. Daryl correspondeu o gesto, se afastando apenas para verificar se a mais nova estava bem.

Daryl! - os irmãos olharam para trás, vendo Aurora correndo em sua direção.

Brooklyn sorriu quando Daryl se abaixou e abrigou a mais nova nos braços, se levantando com ela ainda no colo. Ele tornou a puxar a sua irmã para os braços, e ficou abraçando as duas garotas com uma expressão de alívio. Também brincou com Luna, que pulava animada ao vê-lo.

ㅡ Que bom que vocês duas estão bem, pirralhas. E a Luna também! - Daryl disse quando se afastaram. Brooklyn sorriu para o irmão.

Todo o grupo se cumprimentou, e Brooklyn observou para ver quem estava faltando. Sabia de Shane, e entendeu quando Rick ponderou sob a pergunta do que havia acontecido com o homem. Carol também disse que Andrea havia caído após salvá-la. E Beth chorou ao dizer que Patricia havia sido mordida em sua frente.

ㅡ E Jimmy? - Hershel perguntou.

ㅡ Ele me ajudou no celeiro, mas foi atacado. Sinto muito. - Rick disse. Ele passou o olhar por todos no grupo, surpreendendo-se ao finalmente notar Duane. ㅡ Duane...?

ㅡ Ei, Rick! - o garoto sorriu, vendo o homem andar apressado em sua direção para um abraço.

Após Duane contar rapidamente para Rixk a mesma história que contou para Brooklyn, eles decidiram partir. Se dividiram em cinco veículos, contando as motos dos Dixons. Antes de irem definitivamente, apanharam um pouco de suprimentos que encontraram - sendo parte do que haviam deixado para caso Sophia voltasse -.

ㅡ Vai finalmente abandonar essa lata velha? - Brooklyn perguntou, olhando a camionete em frente a eles.

ㅡ Está na hora. - Daryl respondeu.

Ele e Brooklyn trocaram um olhar. O veículo na verdade sempre foi de Merle, e aquele gesto tinha um significado para eles.

ㅡ Só... tenho que pegar uma coisa. - Daryl foi em direção ao porta luvas, procurando algo.

ㅡ O que é isso? - Brooklyn perguntou, sorrindo com a foto que havia sido mostrada para si.

Era dela e dos irmãos em algum dia das bruxas, há anos atrás, quando haviam se fantasiado com o uniforme dos "Caça Fantasmas", onde, provavelmente, os homens foram obrigados pela irmã mais nova.

ㅡ É você, Brookie?! - Aurora sorriu, se inclinando para olhar a fotografia.

ㅡ Sim, garota. Provavelmente tinha um ano a menos que você nessa época. Há alguns anos atrás. - Brooklyn respondeu sorrindo. ㅡ Por que tem isso aí? - ela riu ao perguntar para o irmão.

ㅡ Merle guardava isso ali. Achava que eu não sabia, mas encontrei por acaso num dia qualquer. - Daryl respondeu, guardando a foto no bolso do colete. ㅡ No fundo aquele babaca tinha algum sentimento.

ㅡ É, tinha mesmo. - Brooklyn murmurou de cabeça baixa, sorrindo pequeno.

Merle era um babaca, ela sabia. Ele tinha seus defeitos, e Brooklyn tinha suas brigas com o mais velho, mas ainda eram irmãos. E a garota sentia falta dele todos os dias, mesmo que não confessasse em voz alta.

ㅡ Vamos indo. - Rick chamou a atenção de todos. ㅡ Vai escurecer logo.

Aurora iria com Rick num dos carros, já que Brooklyn precisava levar sua moto. A camionete que Alexander tinha era maior, com cabine dupla e uma grande carroceria; ele estava com sua família e Tdog no veículo, e decidiram mantê-la para carregarem suprimentos. Além de Luna poder viajar na parte de trás, com sua coleira presa e a mantendo em segurança.

Com todos acomodados, a caravana dos três carros começou a deixar a rodovia. Brooklyn deu partida em sua moto e seguiu-os, saindo bem atrás de Daryl. Eles viajaram para o outro lado das estradas, numa velocidade tranquila e sem problemas pelo caminho.

Quando o final da tarde caiu ainda mais, com a viagem já avançada em longos quilômetros distante da fazenda Greene, Rick deu um sinal com o carro que dirigia e parou. Havia ficado sem gasolina.

ㅡ Podemos passar a noite aqui e amanhã saímos atrás de mais combustível e suprimentos. - o Grimes disse.

ㅡ Passar a noite em ar livre, acha seguro? - Maggie perguntou.

ㅡ É o único jeito. - Rick respondeu simples.

Brooklyn ficou em silêncio quando uma pequena discussão se formou. Glenn, Daryl e Alexander contavam a Rick o que havia acontecido com Randall, e todos voltaram a questionar o que havia acontecido. Porém, o foco da garota não estava exatamente neles; ela havia tirado seu casaco e feito Aurora colocá-lo, depois de perceber a Phelps tremendo de frio.

A atenção da Dixon foi chamada novamente à conversa dos hoemns, assim como a de todos, quando Rick disse:

ㅡ Estamos todos infectados.

Houve silêncio. Pausa, onde todos o encararam com seus rostos banhados em perplexidade.

ㅡ Desde quando sabe disso?! - Glenn perguntou.

ㅡ Jenner me disse, antes de sairmos do CDC. Não é a mordida que mata, todos podem se transformar mesmo depois de uma morte por causas naturais. Achei que fosse mentira, então não achei necessário contar. - Rick respondeu.

ㅡ E tomou esaa decisão sozinho? - Carol perguntou, com um tom um pouco arrogante.

ㅡ Fiz isso para proteger vocês! Será que podem entender isso?! - Rick falou, antes de se afastar do grupo.

Com  a noite finalmente presente, o grupo se reuniu numa parte fechada entre as árvores próximas da rodovia. Acenderam uma floresta para se aquecerem, e ficaram acompanhados do silêncio.

Brooklyn observava tudo ao seu redor, enquanto acariciava os cabelos de Aurora, que etava deitada em seu colo. Percebeu que quando Rick e Lori haviam voltado de sua conversa a mulher estava muito transtornada; o Grimes havia chamado Daryl e Alexander para uma conversa, e suspeitou que o assunto fosse o mesmo que tinha contado à esposa.

A Dixon suspirou, desviando seu olhar novamente para Aurora, que não estava nem perto de pregar os olhos naquela noite. Encarava o fogo com um olhar ainda vazio e distante dali, e a mais velha infelizmente sabia que poderia estar repassando as cenas que havia presenciado do errante de Shane.

ㅡ Não podemos deixar Rick nos liderar. - Carol começou de repente. Todos se viraram para a mulher, que continuou: ㅡ Ele mentiu para nós! Deveríamos ir embora, isso sim.

Assim que completou, ninguém teve chance de dizer mais nada, pois logo os outros homens haviam se aproximado. Rick, obviamente, tendo escutado aquilo.

ㅡ Acha que fiz aquilo por que quis?! Eu fiz isso para proteger vocês. Matei meu melhor amigo para manter vocês seguros! - Rick disse, e Carol ficou sem resposta. Os que ainda não sabiam da notícia se surpreenderam também. ㅡ Vocês querem ir embora?! Vão! Mas, se escolherem ficar, saibam que isso não é mais uma democracia. - ele completou para todos, antes de se levantar e novamente se afastar do grupo.

Brooklyn não desprendeu o olhar do hoemn por um segundo, e só pode suspirar quando ele se afastou o bastante do grupo. Ela voltou-se ao fogo, com a cabeça a um milhão; se perguntava o que o destino aguardava para o grupo, e tudo que precisariam enfrentar nos próximos meses.

¡notes!

MDS QUE CAPÍTULO
GIGANTEEEEE!!!! eu
espero que tenham lido
tudo 😰 tinha que terminar
esse ato, e não queria ter
que dividir em mais um
capítulo (até porque nem
daria mais um inteiro...

enfim, vamos aos comentários:

eu amo tanto os dixons, já
falei isso? (spoiler: quero
que a Eliza apareça logo p/
a família ficar completa 🫶)

o dia que sair a descrição
completa do que realmente
rolou com Brookie eu vou
chorar tanto 😭

a brooklyn simplesmente
achando que estava njm
filme de ação oara pular
de uma MOTO em movimento,
e graças ao roteiro deu tudo
certo 😍😍 kkkk

E O FINAL QUEM AMOU???
a brookie pronta para se
sacrificar, o duane aparecendo,
a tensão carlyn... muitas emoções!!

sobre o duane: sim o morgan
tá morto e não me arrependo,
um beijo 😘 quem gostou, bom.
quem não gostou, não posso
fazer nada 🤷🏼‍♀️

comentem o que acharam
desse capítulo, e suas teorias
para os próximos! 👀

(ps: desculpem novamente
pelo capítulo e notas gigante.
e também caso encontrem
algum erro; revisei esse cap
umas 4 vezes, mas sei que
algo vai acabar passando
de qualquer forma 🫠)

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤️

𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐨 🧟‍♀️

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