ㅤㅤ𝟬𝟬𝟲.ㅤ› los hermanos;
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୧ ❛ CAPÍTULO 006 ❜
los hermanos
ㅤㅤ Brooklyn ficou quieta durante todo o caminho até Atlanta. Ela apenas ouvia vez ou outra Rick e Alexander conversando na frente, ou então Daryl dando alguns resmungos impacientes. E ela ficou obsevando tudo em seu canto, enquanto girava uma das facas nos dedos, para assim arrumar alguma distração.
Em alguns momentos a Dixon se sentia observada e levantava a cabeça, pergando Carl logo desviando o olhar de si. Ela o encarava de volta, com o cenho franzido e em uma expressão de poucos amigos, e isso era o bastante para o garoto não voltar a lhe olhar por um bom tempo.
Depois de um longo tempo, o grupo estava finalmente de volta na estrada principal da cidade. Rick parou o caminhão próximo às ruas principais e onde o prédio do dia anterior ficava, dizendo que seguiram à pé para manter o silêncio.
Os Grimes e Alexander estavam na frente com sua armas de fogo; seguidos pelos irmãos Dixon's - com suas facas e crossbow em mãos -, e por fim Glenn e T-dog. Corriam pela rua, que até então estava deserta, e então conseguiram localizar a loja do dia anterior. Usaram as portas da frente, quebradas pelos zumbis, para entrarem dessa vez.
Rick logo sinalizou para eles pararem, e apontou para o fundo da loja. Havia um único zumbi vagando por ali, solitário, e que até então não havia notado a presença do grupo. Brooklyn olhou para o Grimes mais velho, dando um sinal que poderia acabar com isso; e o homem assentiu de volta, deixando a garota passar em sua frente.
Daryl observou a irmã, impressionado por ser a primeira vez que a veria fazer aquilo. Brooklyn estava com os cabelos presos em um coque e o seu colete por cima da camiseta. Os dois braços erguidos, com as facas em suas mãos. A garota andava sorrateiramente até o errante, ficando por trás dele, e o Dixon sorriu pequeno ao vê-la acertar sem nenhum esforço a nuca do zumbi.
ㅡ Vamos! - Brooklyn quem disse, após limpar a faca e correr na frente dos homens.
A escada estava vazia, sem nenhum errante pelo caminho, e então o grupo conseguiu subir sem dificuldades os dois lances até o telhado. Brooklyn sentiu seu peito acelerar ao avistar a porta, vendo que ela ainda estava lacrada. Merle havia sido um idiota, mas ainda dividinham o mesmo em sangue em suas veias, então a Dixon estava ansiosa para se certificar que ele estava bem.
T-dog estava com o alicate, e ficou na frente para usá-lo no cadeado. Assim que as correntes caíram, Daryl e Brooklyn entraram juntos no telhado. Gritando o nome do irmão, os dois olharam para todo o lugar. Os outros já haviam notado o que acontecia, e a garota também, mas ela continuava a ouvir o irmão gritar o nome de Merle, enquanto dava voltas pelo telhado.
ㅡ Merle! - Daryl gritou, num misto de raiva e da voz embargada do choro que prendia.
Brooklyn havia parado de gritar, colocando as mãos na cabeça e chorando baixo. Chorando por deixar se levar pelo lado sentimental, entendendo que seu irmão havia cortado a própria mão para sair dali. Ela olhava para o membro caído no chão, sufocando o pensamento de que Merle agora estava em algum lugar, perdendo sangue e sozinho junto a muitos errantes.
Ela apenas voltou do seu transe, depois de ouvir o grito carregado de raiva de Daryl, e se assustar ao ver o irmão se virando e partindo para cima de T-dog, com a crossbow apontada no rosto do homem. Rick havia apontado o revólver para o Dixon, e Brooklyn correu para controlar o irmão - e o Grimes também -.
ㅡ Não vou vacilar. - Rick disse, ao mesmo tempo que Brooklyn colocou a mão no peito de Daryl, tentando o empurrar para trás. ㅡ Não me importo se todos os errantes da cidade escutarem. - completou, sem oscilar a postura.
ㅡ Daryl, não é culpa dele! Para com isso. - a garota, com um pouco de esforço, finalmente fez Daryl se afastar. Os dois trocaram um olhar, como se pudessem conversar em meio ao gesto.
ㅡ Tem um lenço para me emprestar? - o homem disse a T-dog, depois de um breve silêncio.
Brooklyn suspirou, desviando o olhar. Daryl havia pegado a mão cortada de Merle e embrulhado no pano, antes de colocá-la na mochila de Glenn. O asiático claramente não estava contente com aquilo, e a garota o observou com a expressão um pouco enjoada enquanto o Dixon mexia na bolsa.
ㅡ Ele deve ter feito um tornicate, talvez com o cinto. - Daryl continuou, observando o chão. ㅡ Haveria mais sangue se não tivesse feito. - concluiu, seguindo as manchas de sangue pelo telhado.
Daryl seguiu em frente, e os demais homens foram atrás deles, enquanto T-dog rapidamente foi recolher as ferramentes de Dale - que haviam sido deixadas para trás -. Brooklyn ainda estava observando seu irmão, determinado demais a encontrar Merle, enquanto também tentava processar o quê o mais velho havia sido capaz de fazer com a própria mão.
Mais uma vez, a garota se sentiu observada.
Ainda parada, ela olhou para o lado e notou ser Carl que estava lhe encarando outra vez, com uma expressão curiosa e como se estivesse tentando decifrar alguma coisa na Dixon. Ela franziu o cenho para o Grimes, fechando a expressão e o intimidando. O garoto desviu o olhar rapidamente, disfarçando com a arma em mãos, enquanto olhava de relance a outra finalmente seguir os outros.
ㅡ Você não vem, garoto? - T-dog perguntou ao passar por Carl, o tirando completamente daquele transe.
ㅡ Vou, é claro! - ele respondeu, pigarreando, e acelerando o passo para acompanhar o homem, ainda tentando entender porque aquela garota lhe deixava tão curioso.
Brooklyn ainda tinha o cenho franzido, pensando que o Grimes estava começando a lhe irritar agindo daquela forma, quando entrou na porta em que os outros haviam seguido. Tinha suas facas novamente em mãos e, sem precisar olhar, sabia que T-dog e Carl já estavam atrás de si. Daryl gritava pelo irmão, enquanto eles desciam as escadas que haviam por ali.
ㅡ Acho que você não precisa ficar gritando assim, Daryl! - ela disse ao irmão, um pouco irritada. ㅡ Se Merle estiver aqui, a gente vai achar ele!
Daryl apenas olhou para ela, sem responder e também gritar pelo restante do caminho.
Eles seguiram até um novo ambiente, que parecia como um prédio administrativo com várias salas de reuniões. Havia uma errante em frente, que se virou e deu a visão horrenta de sua boca faltando um pedaço e com uma parte cheia de gosmas.
Uma flecha de Daryl atravessou a cabeça do errante, e Brooklyn olhou para Carl nesse momento, depois de ouvir o seu suspiro fraco. Ela viu o garoto franzindo o nariz, com um pouco de nojo do cadáver, e riu em deboche quando ele lhe olhou - um pouco sem graça por ter sido pego naquela situação -. A Dixon, ainda rindo divertida, balançou a cabeça e seguiu para frente, ao lado do irmão.
ㅡ Merle ainda conseguiu matar esses dois desgraçados. - Daryl disse, apontando os corpos no chão. ㅡ Meu irmão é o cara mais durão que eu conheço!
ㅡ É, pode até ser. Mas, não esqueça do tempo que ele pode ter levado para chegar aqui, o esforço gasto nessa luta e o tanto de sangue que ele está perdendo. - Brooklyn começou. ㅡ Ser durão não vai o impedir de desmaiar por causa da perda de sangue! - completou, seguindo em frente e ouvindo o suspiro do irmão atrás de si.
ㅡ Esqueci que você era tão nerd. - Daryl murmurou.
ㅡ Culpe ou agradeça você mesmo por isso! - a garota debochou, balançando a cabeça e tornando a olhar para frente, para assim Daryl não conseguir ver o sorriso escapando de seus lábios.
Eles continuaram seguindo os rastros de sangue, até que chegaram em uma cozinha. Brooklyn observou até onde a linha de sangue ia, e notou o fogão ainda ligado.
ㅡ Merle!
ㅡ Não estamos sozinhos, esqueceu?! - Rick disse para Daryl, quando ele gritou novamente.
ㅡ Que se dane! Ele está sangrando, não ouviu minha irmã?! - disse ele.
ㅡ Mas, eu também disse que não adianta nada você ficar com essa gritaria! - rebateu a garota. ㅡ E não sei se quero centenas de cabeças pobres na minha cola novamente tão cedo! - concluiu, antes de olhar para a bancada ao seu lado.
Rick agora também estava observando a bancada e fogo, além da ferramenta que estava com pele queimada e grudada. Os outros se aproximaram, e Glenn por fim perguntou:
ㅡ O que é isso queimado?
ㅡ Pele. - Brooklyn respondeu, passando a ponta da faca no local. ㅡ Merle usou o fogo para cauterizar o punho. - ela suspirou, antes de completar. ㅡ Ninguém mata aquele idiota se ele não quiser.
ㅡ Não pode contar com a sorte. - Rick disse a ela. ㅡ Ele perdeu muito sangue, e sabe que um choque como esse - apontou para onde estava a pele queimada. ㅡ só o deixará mais fraco.
ㅡ É? - Daryl disse no fundo da sala, onde estava perto de uma janela. ㅡ Isso não o impediu de arrumar um jeito de sair daqui.
ㅡ Ele saiu do prédio?! - Alexander perguntou, surpreso e indignado. ㅡ Porque ele sairia daqui?
ㅡ Porque não sairia? - Daryl perguntou de volta. ㅡ Ele está lá fora, fazendo o que tem que fazer: sobrevivendo. - disse.
ㅡ Chama isso de sobreviver?! - T-dog começou. ㅡ Perdendo sangue, desmaiando por aí... quais a chances de sobreviver dessa forma?
ㅡ Aposto que são chances maiores do que ser deixado algemado em cima de um prédio! - o Dixon rebateu.
ㅡ Aí, não começa com essa merda! - Brooklyn disse, peitando o irmão. ㅡ Por mais que ele seja um idiota, e eu esteja com vontade de arrancar mais coisas do que apenas a mão dele, Merle ainda é nossa família. Entendo o que está sentindo, também passei por muita coisa para achar vocês. - Daryl a olhava com atenção. ㅡ Nós vamos olhar os quarteirões ao redor daqui, Merle não pode ir tão longe com aquela ferida. Mas, você tem que manter a calma, está bem?
ㅡ Só se a gente pegar aquela bolsa de armas antes. - T-dog disse. Todos olharam em sua direção. ㅡ Não vou ficar andando pelas ruas de Atlanta só com boas intenções, está bem?!
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Reunidos em uma das salas de escritório daquele prédio, o grupo olhava com atenção para Glenn, que havia conseguido montar um plano para eles pegarem as armas.
ㅡ Não vai fazer isso sozinho. - Rick disse a ele. ㅡ É uma péssima idéia!
ㅡ Até eu acho isso, e nem gosto tanto de você, cara. - Daryl diz também, logo recebendo um olhar repreendedor da irmã.
ㅡ É uma boa idéia, está bem? - Glenn disse, terminando de fazer alguns desenhos no chão. ㅡ Se formos lá fora em grupo, seremos lento e chamaremos atenção. Se eu for sozinho, eu posso me mover rápido. ㅡ continuou, apontando de volta para o desenho. ㅡ Esse é o tanque, cinco quarteirões daqui. E essa a bolsa de armas. - ele colocou um clipe e papel amassado para representar a maquete. ㅡ Esse é o beco que te levei, lembra? É para onde eu e o Daryl vamos.
ㅡ Porque eu? - o Dixon perguntou.
ㅡ Sua besta é mais silenciosa que a arma dele. - Glenn respondeu.
ㅡ Eu vou também, e vou pegar as armas com você. - Brooklyn disse. Antes de alguém protestar, ela continuou. ㅡ Também sou rápida e sei lidar com os errantes. E tenho as facas, vou ser como cobertura para você durante o caminho. - explicou. ㅡ É mais seguro do que ir totalmente confiando na sorte!
ㅡ Isso foi bem pensado. Então eu, você e Daryl iremos para lá. - Glenn disse, concordando. Brooklyn deu um fraco sorriso.
ㅡ E o resto de nós? - Carl perguntou.
ㅡ Você e T-dog irão ficar aqui. - Glenn apontou uma parte do desenho. ㅡ E Rick e Alexander aqui. - ele mostrou outra parte.
ㅡ Separados? E dois quarteirões para frente e dois quarteirões para trás, porquê? - Rick perguntou.
ㅡ Eu e a Dixon podemos não voltar pelo mesmo caminho. - Glenn disse. ㅡ Os zumbis podem bloquear a gente. Se isso acontecer, iremos correr para uma dessas direções. - ele apontava o desenho ao falar. ㅡ Qualquer direção que formos, teremos vocês nos dando cobertura. Depois disso a gente se encontra aqui.
ㅡ Cara, o que você fazia antes disso?! - a Dixon perguntou.
ㅡ Entregava pizza. Porquê? - Glenn parecia confuso.
ㅡ Nada. - ela respondeu, contendo o riso. Os homens também se olharam, compreensivos com a estratégia do garoto.
Depois da conversa sobre o plano, o grupo se preparou para sair daquele prédio e se separarem em suas funções. Brooklyn estava um pouco mais atrás, andando em silêncio ao lado de Carl, e nem mesmo se importando com aquele fato. Mas, diferente dela, o garoto parecia querer começar um conversa - apenas não sabia como -.
ㅡ Então... - Carl disse, mas não ganhou a atenção da garota. ㅡ Meu pai disse que Atlanta estava infestada. Mas, parece calmo, não? - Brooklyn parou e o fitou finalmente, mas de maneira não muito agradável.
ㅡ Primeiro, para de tentar fazer isso! - começou. Carl lhe olhou confuso. ㅡ Não sou sua amiga, está bem? E nem tenho interesse de ser. - ela explicou. ㅡ E depois, deixa eu te dizer uma coisa, Grimes... - a Dixon se aproximou um pouco, o fazendo engolir em seco. ㅡ Tenho regras para sobreviver nessa merda, e uma delas é nunca dizer que algum dia está calmo. Porque ele nunca está! E sempre vai aparecer um problema, pronto para colocar sua vida em risco, okay?!
Depois de dizer, Brooklyn encarou o garoto mais uma vez e saiu andando, ainda deixando-o parado no mesmo lugar. Carl a seguiu se afastando com o olhar, antes de suspirar fundo. Ela era uma Dixon, ele sabia que a convivência não seria fácil, mas não iria desistir de conseguir uma amizade com a garota.
ㅡ Devia pegar leve com o garoto. - Daryl disse, de forma debochada, quando a irmã estava ao seu lado. Ele havia escutado a conversa.
ㅡ Ele é muito bom moço. - ela começou, revirando os olhos. ㅡ Isso me irrita!
ㅡ Tirou conclusão disso em um dia de convivência?
ㅡ Não. - ela respondeu, olhando Rick na frente deles. ㅡ Foi apenas um instinto. - Daryl riu ao entender.
Os grupos se separaram a partir daquele ponto. Glenn levou os irmãos Dixon's até o beco que encontrou Rick no dia anterior, e eles precisaram descer uma longa escada de emergência na parede. O trio correu até se esconderem atrás de uma lixeira, onde já podiam avistar o portão que usariam para executar o plano.
ㅡ Aí, é muito corajoso para um chinês. - Daryl disse a Glenn.
ㅡ Sou coreano. - ele respondeu, saindo na frente.
ㅡ Tanto faz! - o Dixon bufou.
Brooklyn riu pequeno, antes de o seguir - depois de trocar um olhar significativo, dizendo que ficaria bem, para o seu irmão -. Os dois usaram a calçada para correr, sem emitir qualquer som, e evitando chamar atenção dos errantes que estavam do outro lado. O único que havia notado eles estava dentro de um carro, e antes de sair a dupla já estava muito longe.
Glenn apontou para frente, e Brooklyn logo avistou o tanque de guerra. Haviam vários errantes em volta dele, mas afastados uns dos outros. Os dois correram para perto do veículo, e logo o asiático apanhou a bolsa do chão. A Dixon acertou silenciosamente um errante que se aproximava, antes de correr para perto do Rhee.
ㅡ Espera! - ela disse, voltando ao notar algo no chão. ㅡ Droga... - Brooklyn murmurou, empurrando outro errante. Apanhou o chapéu de xerife de Rick, que ainda estava jogado por ali.
ㅡ Vamos logo! - Glenn gritou, puxando ela para o outro lado, mas já estavam sendo cercados.
Desviando, eles apenas se viraram para voltar de onde vieram. Brooklyn usou suas facas mais uma vez, Glenn empurrou um errante, e logo eles estavam correndo pela calçada e se desviando dos demais que se aproximavam. Olharam uma única vez para trás, apenas para notarem que estavam sendo seguidos por meia dúzia dos zumbis.
ㅡ Merda... - Brooklyn sussurrou, assim que chegaram novamente ao beco.
Havia um garoto desconhecido no chão, e ao lado dele Daryl levava chutes de outros três homens. Brooklyn gritou, usando uma chave de braço em um deles, o afastando do irmão. Enquanto isso, o outro havia ido até Glenn e o apunhalado, tomando a bolsa de suas mãos e o prendido em seus braços.
ㅡ Daryl! - Brooklyn gritou, quando também foi golpeada e presa por aquele homem que havia imobilizado. ㅡ Daryl! - ela continuou gritando, quando eles a colocavam junto a Glenn em um carro.
Daryl tentou se levantar, mas estava ainda se recuperando dos golpes. Tudo que conseguiu fazer, foi acertar uma flecha de sua crossbow na bunda do último homem, o fazendo ir embora sem conseguir pegar as armas no chão. O Dixon gritou, quando por fim se levantava e corria até a grade do beco.
ㅡ Brooklyn! - ele gritou, mas o carro já havia se afastado.
O homem apenas fechou o portão, já que os errantes estavam prestes a entrar ali, e voltou a olhar para o garoto. Daryl correu, o empurrando na parede e começando a gritar.
ㅡ Seu branquelo desgraçado! Eu vou te matar! - Rick se aproximava com os outros, e logo correu para segurar Daryl. ㅡ Eu vou te matar, está me ouvindo?!
ㅡ O que aconteceu?! - Alexander perguntou.
ㅡ Os amigos desse moleque levaram minha irmã e o Glenn! - o Dixon respondeu com raiva.
ㅡ Pai, eles estão se aproximando! - Carl avisou, olhando para o portão, que já estava se entortando por conta dos diversos errantes que se juntaram ali.
ㅡ Vamos voltar para o laboratório! Pensaremos em algo. - Rick finalmente disse.
Os outros saíram, empurrando em sua frente o garoto desconhecido, enquanto Rick correu para pegar a bolsa de armas ao lado do portão. Ele olhou para o chão, vendo seu chapéu, e deu um suspiro. Pensou por alguns instantes, antes de finalmente pegar o objeto e correr atrás do grupo.
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Brooklyn e Glenn foram apagados em algum momento daquela viagem. E a garota só havia percebido aquilo, quando, algum tempo depois, começou a se despertar e ver que não estava mais naquele carro em movimento. Ela tentou se mover, mas suas mãos estavam amarradas para trás na cadeira que estava sentada - além da sua boca estar fechada com uma fita cinza -.
A Dixon virou a cabeça ao ouvir alguém balbuciar, e viu que era Glenn preso junto a si. Eles tentaram se mexer outra vez, para se livrarem das cordas, mas pararam ao ouvir a porta do local se abrindo.
ㅡ Finalmente! - Brooklyn olhou de volta para frente. Um dos homens que os sequestraram estava ali. ㅡ Vamos tentar isso de uma forma legal, tudo bem? É melhor colaborar...
Brooklyn trancou os dentes, ao sentir a fita ser puxada de uma vez de sua boca. O homem pareceu se divertir com isso.
ㅡ O que querem em Atlanta? - ele foi direto.
ㅡ Não te interessa, cara! - a Dixon respondeu. Estava com raiva, então seu sotaque do interior parecia tão carregado quanto o do chicano. ㅡ E sou eu quem deveria perguntar o que querem com a gente, afinal, sou eu quem está com a bunda presa na porcaria dessa cadeira!
ㅡ Uma caipira brava?! - o homem debochou. A Dixon o fuzilou com os olhos. ㅡ Você e seu pessoal roubaram algo nosso. - ele usou o tom sério outra vez.
ㅡ Do quê 'cê 'tá falando, cara?! - Brooklyn realmente parecia confusa.
ㅡ Da bolsa de armas! - ele respondeu. A Dixon deu um sorriso irônico.
ㅡ Tem literalmente 'xerife' escrito na bolsa. Um dos nossos é policial, sabia? A bolsa é nossa! - ela respondeu.
ㅡ Carlito, traga eles! - uma voz gritou do lado de fora da sala.
ㅡ Vamos ver isso, muñeca! - ele riu, antes de pegar outro pedaço de fita.
ㅡ Filho da...
A fita foi novamente colada na boca da Dixon, interrompendo o insulto ao homem. Ela e Glenn foram levados da sala por Carlito, que também colocou um saco na cabeça de cada um. Sentiram que estavam subindo em algum lugar, mas não sabiam a onde.
Brooklyn podia ouvir seu pessoal na tentativa de negociar com aquele grupo na parte de baixo, e sentia que agora estavam no telhado. Carlito estava empurrando ela e Glenn cada vez para beirada, e teve a certeza daquilo quando o saco foi tirado da sua cabeça. A Dixon ofegou, logo cruzando seu olhar com o do seu irmão.
ㅡ Estamos em desvantagem aqui. - o líder no lado de baixo disse a Rick. ㅡ Traga Miguelito e minha bolsa de armas, e eu libero os seus. Ou então, iremos ver qual lado sangra mais. - ele disse.
Finalizando, os homens na parte de baixo entraram de volta no galpão, e os do grupo de Glenn e Brooklyn tiveram que assistir eles serem puxados de volta. Daryl se controlou bastante, enquanto via a irmã se debatendo e ouvia seus murmúrios - mesmo com a boca fechada, ele sabia que a mais nova estava xingando aquele cara de todos os nomes possíveis -.
Brooklyn e Glenn foram outra vez levados para dentro do prédio. Além de Carlito, agora o chefe e os demais homens estavam o cercando. O Rhee mantinha um olhar assustado, em silêncio - mesmo quando já não estava mais com a fita na boca -, enquanto olhava todos; Ao contrário da Dixon, que se debateu nos braços do chicanos por todo o caminho, e tentou avançar nele quando pararam.
ㅡ Seus filhos de uma puta! - ela brandou, quando tiraram a fita de sua boca outra vez. ㅡ Porque disso? Por causa de uma bolsa cheia de armas?! Qual é!
ㅡ Ela parece com aquele desgraçado que atirou a flecha na minha bunda! - um deles disse com raiva.
ㅡ Ele é meu irmão, seu mané! E desgraçado é você por ter batido nele sem motivo! - Brooklyn tentou avançar, mas dois homens a seguraram outra vez.
ㅡ Nós temos o quê proteger com aquelas armas, garota! - o líder disse, ignorando aquela discussão.
ㅡ O que?! Suas bundas moles para que mais ninguém machuque elas? - ela debochou, olhando cínica para o grupo de homens. Eles ficaram em silêncio, se olhando, e nem mesmo retrucaram aquela provocação.
ㅡ Guilhermo! - um homem entrou afobado ali, antes que alguém realmente pudesse a responder. ㅡ Temos problemas!
ㅡ Agora não é um bom...
ㅡ É o senhor Gilbert! Ataque de asmas, outra vez! - o rapaz respondeu.
ㅡ Felipe. - o líder chamou, e sem responder o cara da flecha seguiu o outro para fora da sala. ㅡ Nós temos um propósito. - Guilhermo começou para a Dixon. ㅡ Isso aqui era uma Casa de Repousos, e alguns de nós éramos apenas funcionários. Alguns foram chegando e decidiram ficar com suas famílias. - Glenn e Brooklyn o ouviam atentamente. ㅡ Nós cuidamos dos idosos que foram abandonados no fim do mundo. Cuidamos, e tentamos proteger esse lugar com o que temos.
ㅡ Sentimos muito. - Glenn murmurou, enquanto a Dixon permanecia ser saber o que dizer.
ㅡ Queremos as armas para nos dar uma chance a mais. - o homem ainda completou. ㅡ Está sendo difícil sair apenas com armas brancas, ou proteger aqui com poucas munições.
ㅡ Não sabíamos, de verdade! - o asiático completou. ㅡ Mas, poderiam resolver isso com conversas civilizadas. Rick é um bom homem, e iria entender que vocês precisam mais do que nós.
ㅡ Aquele cara disse que há alguém tendo ataques de asma. É frequente? - Brooklyn perguntou finalmente, depois do silêncio. ㅡ Eu sou enfermeira também. Posso ajudar.
ㅡ Não queria nos matar?
ㅡ Você também não queria, antes de não saber quem somos?! - ela rebateu. ㅡ Somos apenas um grupo, como vocês, querendo sobreviver a essa merda, cara. - a Dixon disse. ㅡ Parece que começamos com o pé esquerdo. Mas, é melhor resolver com o nosso pessoal e dizer a verdade quando eles voltarem. Pois, confie em mim, eles vão voltar! - Guilhermo a olhou com atenção.
ㅡ Nós resolvemos com eles do nosso jeito. - disse. Ele sinalizou para os dois homens que a seguravam, e logo eles soltaram seus braços e cortaram as duas cordas. ㅡ Eles vão levar vocês até a parte dos fundos. Só tentem não me fazer arrepender dessa decisão.
ㅡ Você não vai! - Glenn disse, estendendo a mão. ㅡ Glenn Rhee.
ㅡ Guilhermo. - o homem se apresentou, apertando a mão do rapaz. Ele então olhou na direção da Dixon.
ㅡ Brooklyn Dixon. - ela murmurou. Guilhermo acenou com a cabeça para os dois.
Eles logo acompanharam os dois capangas para a parte dos fundos daquele prédio, finalmente entrando na Casa de Repousos que Guilhermo havia dito. Nos corredores haviam alguns idosos que os olhavam com curiosidade, e outras senhorinhas que lhe davam sorrisos gentis.
Ao entrarem em outra sala, viram o tal de Felipe agachado a frente de um senhor, que tinha a respiração ofegante e com dificuldades. Assim que notou a presença deles, o chicano estava prestes a protestar, mas Brooklyn interferiu:
ㅡ Vim ajudar. - ela disse, com uma calma que surpreendeu a si própria. ㅡ Guilhermo sabe disso. E é melhor ir até ele, se não acredita em mim.
ㅡ Eu... eu vou mesmo! - Felipe disse desconfiado. ㅡ Fiquem de olho neles. - a Dixon revirou os olhos, ao ouvir ele murmurar para os dois que os acompanhavam.
Brooklyn deu um sorriso leve ao se aproximar do senhor que estava sentado, conversando com calma com ele e fazendo algumas perguntas. Glenn a observava com atenção, com uma pontada de curiosidade e também surpresa, ao ver que a Dixon simplesmente mexia nos remédios com sabedoria e conversava com tranquilidade com o senhor Gilbert; o Rhee realmente estava surpreso com a tamanha mudança de comportamento da garota.
O mais velho finalmente havia estabilizado sua crise de asma, com ajuda de Brooklyn e da bombinha que ela havia encontrado em umas das gavetas. Agora o Gilbert dizia a ela como era uma garota muito gentil e sabia o que estava fazendo. A Dixon não sabia reagir a elogios, mas tratou o senhor muito bem e deu um sorriso pequeno a ele.
ㅡ Como sabe dessas coisas? - Glenn murmurou, quando eles estavam juntos observando os homens conversando com o senhor Gilbert.
ㅡ Fiz um curso de enfermagem e estava estudando para entrar em uma faculdade de medicina. - Brooklyn murmurou. Glenn não conseguiu disfarçar a expressão de surpresa estampada em seu rosto. ㅡ O que?!
ㅡ Não, nada! É que... isso é...
ㅡ Surpreendente para uma Dixon? - ela riu. Estava acostumada com aquelas reações, já que na escola muitos duvidavam de si. ㅡ Eu sei. Mas, Daryl queria que algum de nós fôssemos diferente. E eu era a única que ainda dava tempo de 'concertar'.
ㅡ Uau... - Glenn murmurou. ㅡ Só queria dizer que é incrível. Para alguém da sua idade, saber fazer essas coisas já é um talento e tanto!
ㅡ Valeu, coreano! - Brooklyn deu um sorriso. Glenn correspondeu, feliz por ter conseguido um progresso daquele.
ㅡ Guilhermo mandou isso para vocês. - um homem veio até eles. Um boné e camisa xadrez estava em uma de suas mãos, enquanto na outra estava o colete e facas da Dixon. ㅡ Acho que realmente ganharam a confiança dele.
ㅡ Obrigado. - Glenn e Brooklyn disseram juntos, pegando seus objetos.
Um pouco depois Felipe voltou, correndo diretamente para o senhor Gilbert, supreso por ele já estar bem. Ele trocou apenas um olhar com a Dixon, além de aceno de cabeça - em um agradecimento mudo, que foi correspondido pela garota -. Atrás dele vinha os outros, junto ao grupo de Glenn e Brooklyn.
ㅡ Você está bem? - Daryl correu até ela.
ㅡ Estou. - Brooklyn respondeu, antes de ser esmagada em um abraço rápido do irmão.
ㅡ O que é isso? - Rick perguntou, observando a cena em frente a eles.
ㅡ Ataque de asmas. - Glenn respondeu. ㅡ Não conseguia respirar, mas Brooklyn o ajudou. - ele explicou.
ㅡ Achávamos que vocês tinham virado comida de cachorro! - T-dog disse, indignado.
Eles olharam para trás, no fundo da sala, onde haviam três cachorros de porte pequeno dormindo tranquilamente. Brooklyn soltou um riso anasalado, ao mesmo tempo que via Rick puxar Guilhermo para conversar. Ela podia ver o segundo explicando a situação daquele lugar.
ㅡ E o resto do seu pessoal? - Rick perguntou, quando eles foram para outra sala.
ㅡ Os chicanos vieram para ver as suas famílias, e decidiram ficar. - Guilhermo começou. ㅡ As outras pessoas que encontramos eram saqueadores. Do tipo que roubam e matam para sobreviver. - explicou.
ㅡ Nós não somos assim. - Rick disse.
ㅡ Como eu iria saber? - o outro diz. ㅡ Meu pessoal foi atacado, e você aparece com Miguel como refém. Aparências... - deu de ombros.
ㅡ Acho que o mundo mudou. - T-dog disse.
ㅡ Não, continua o mesmo. Os fracos são roubados. - Guilhermo disse. ㅡ Então a gente faz o que pode aqui. Os Vatos trabalham nos carros, falam em tirar os idosos da cidade. Mas, a maioria não consegue ir ao banheiro sozinhos, então isso é apenas um sonho. - o grupo olhava com atenção para ele. ㅡ Colocamos barreiras nas janelas, nas portas... exceto na entrada. O pessoal saem, buscam suprimentos para nos manter vivos. Vigiamos o perímetro dia e noite, e esperamos.
ㅡ Você é o líder? - Alexander perguntou.
ㅡ Agora essas pessoas me veem como essa função. - o homem respondeu. ㅡ E eu nem sei o porquê!
ㅡ Porque eles sentem que podem. - Rick disse. Os dois trocaram um olhar, antes do Grimes abrir a bolsa de armas e tirar algumas de dentro dela, entregando-as na mão de Guilhermo.
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O grupo saiu em silêncio daquele prédio, e permaneceram assim durante todo o caminho pelas ruas de Atlanta. Só quando estavam de volta ao caminho até a entrada da cidade, foi que Carl pensou em caminhar ao lado de seu pai e o fazer a pergunta que todos queriam naquele momento.
ㅡ Porque deu metade das armas a eles?! - ele perguntou, quebrando aquele silêncio.
ㅡ Não foi nem a metade. - Rick respondeu, seguindo em frente. ㅡ Não diga a ninguém. - ele completou ao filho, mas claramente dando um recado para todos.
ㅡ Para quê isso? Para um bando de velhos que vão acabar morrendo mesmo?! - Daryl perguntou.
ㅡ Mano, cala a boca! - Brooklyn revirou os olhos.
ㅡ É verdade! - ele disse à irmã. ㅡ Quanto tempo acha que eles têm aqui? - perguntou outra vez para Rick.
ㅡ Quanto tempo nós temos? - Rick rebateu, trazendo outra vez o silêncio reflexivo ao grupo.
Caminhando mais alguns metros, eles finalmente chegaram onde o caminhão havia sido estacionado. Porém, o que todos notaram, é que ele não estava mais ali. Havia desaparecido.
ㅡ A gente deixou aqui! Quem iria pegar?! - Glenn disse.
ㅡ Merle. - Alexander respondeu, trocando um olhar com Rick. Pareciam estar pensando no mesmo naquele momento.
ㅡ Ele vai buscar vingança no acampamento. - o Grimes completou.
ㅡ Droga... - Brooklyn murmurou. ㅡ Viu?! É isso que eu disse sobre não dizer que um dia está calmo! - ela disse em direção à Carl. ㅡ Vamos logo, talvez possamos alcançar ele! - ela completou para todos, logo começando a correr na frente.
O grupo então começou a correr pela rodovia vazia, e também em direção à pedreira. Todo o caminho estava vazio, sem sinal de errantes ou, principalmente, de Merle, mas eles levaram horas para subissem toda a colina à pé, apenas correndo.
Estavam muito cansados, e foi apenas com a noite caindo que puderam ver o acampamento acima da colina em sua frente. Enquanto observavam, eles pararam ao ouvirem diversos tiros sendo disparados no local, que se misturavam com gritos, choros, e os fortes latidos de Luna.
ㅡ Merda! - Brooklyn gritou, logo voltando a correr com urgência pelo restante do caminho, na frente de todos os homens, que logo estavam a seguindo na mesma velocidade.
A Dixon engatilhou com raiva a espingarda que estava em suas mãos, e logo começou a acertar os primeiros errantes que apareceram em sua frente. Os outros logo estavam fazendo o mesmo, desesperados ao chegar e ver todo o acampamento infestado de errantes. Cada vez mais tiros surgindo e errantes caindo.
Brooklyn ouviu o grito de Aurora pelo seu nome, e ofegou por um segundo, antes de abater um errante e o derrubar no chão, pisando diversas vezes em seu cérebro podre com sua botina. Ela logo voltou a dispar com a arma, enquanto caminhava mais pelo local, vendo que faltam poucos infectados por ali.
Com um grito de esforço, misturado com raiva, Brooklyn matou o último errante na mão, enqunto acertava várias vezes o cabo da arma - que havia descarregado - em sua face. Ela ofegou, jogando a espingarda no chão e passou a mão pelo rosto, olhando para os lados e encontrando o seu irmão lhe olhando um pouco estático. A Dixon desviou, voltando a atenção para a bagunça que o acampamento havia ficado.
Os errantes haviam sido derrubados, e logo a visão do que sobrou pôde ser avistada por todos. Várias das pessoas que viviam ali estavam mortas, dentre elas Amy. E isso, além do choque da perda, fez Brooklyn se desesperar, pois sabia que Aurora estava sob os cuidados da jovem.
ㅡ AURORA! - Brooklyn gritou, olhando para todas as direções. ㅡ Aurora! - ela gritou mais uma vez, sentindo seu peito se apertar por um instante.
Ela viu que Alexander havia corrido para sua família, logo tomando o filho em seus braços e sendo abraçado pelo pai e irmã. Os Grimes correram até Lori, que abraçou com urgência seu filho. Shane estava cuidando deles, e também de Carol e Sophia, que acabavam de perder Ed. Brooklyn suspirou, aliviada e soltando um soluço involuntário de choro, ao ver uma pequena cabeleira ruiva correr em sua direção, após sair do lado de Dale.
ㅡ Brookie! - Aurora disse, com a voz cheia de choro, antes de se jogar e ser rapidamente apertada nos braços da Dixon.
ㅡ Você 'tá bem? - a mais velha perguntou, procurando qualquer arranhão com urgência na Phelps. Aurora assentiu, antes de abraçá-la novamente e se entregar ao choro.
ㅡ A tia Amy foi mordida... ela vai virar um dos monstros, Brookie. - Aurora sussurrou, e foi abraçada com mais força pela Dixon.
ㅡ E-eu sei... Eu sinto muito, Aury. - foi o que ela conseguiu dizer, suspirando fundo e consolando a garotinha, enquanto acariciava os pêlos de Luna, que havia se deitado ao lado delas.
Brooklyn se levantou, não se importando de manter Aurora ainda em seu colo e grudada em seu pescoço, e voltou a olhar na direção de Daryl, que agora caminhava para perto delas. O homem não pensou muito, apenas puxou a irmã para dentro dos seus braços também, consequentemente, ficando junto a Phelps também.
O mais velho suspirou ao ouvir os fracos murmúrios de choro da mais nova, enquanto Brooklyn acariciava seu cabelo e tentava dizer palavras para a acalmá-la. No fundo, Daryl estava começando a entender a ligação das duas, e estava orgulhoso de sua irmã, pois sabia que ela estava cuidando de Aurora da mesma forma que ele havia cuidado de si.
E mesmo que não fossem as pessoas mais sentimentais do planeta, aqueles dois Dixon's ainda tinham um pouco de bondade em seu coração de ouro. Apenas tinham que perceber e aceitar aquilo com os próprios olhos com mais frequência.
¡notes!
antes de tudo: muñeca
significa boneca (acho
que ficou claro naquele
contexto, mas estou
dizendo caso ainda
tenha alguém que não
entendeu 🙃)
Carl querendo amizade
e Brooklyn pensando o
momento certo para dar
um soco nele, a vibe>>>
Glenn e Brookie vão ter
uma amizade bem doida,
mas vocês vão amar KKKK
(resumindo: ele um golden
vibes e ela pincher vibes 🗣)
JURO ESSE FINALZINHO
AÍ DOS IRMÃOS DIXON'S
(sim, já incluindo aury) 😭💗
Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤
𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐨 🧟♀️
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