★ 𝗮𝗽𝗽𝗮𝗿𝗶𝘁𝗶𝗼𝗻 ━━ Suguru Niragi x reader
★ 𝘄𝗮𝗿𝗻𝗶𝗻𝗴𝘀 ━━ female pronouns, mentions of violence, suicide and toxic relationship.
★ 𝘀𝘆𝗻𝗼𝗽𝘀𝗶𝘀 ━━ Aonde [nome] e Niragi se reencontram em borderland, agora, se perguntando se poderiam mesmo ser salvos.
★ 𝗿𝗲𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁 𝗼𝗳: parte 2 do último imagine.
VOCÊ SE PERDEU completamente de si mesma, se perguntando quem era desde que todos sumiram, desde que poucas pessoas ficaram vivas por lá.
A fronteira, aquele novo mundo desconhecido e extremamente cruel, lá você não era nada além de mais uma vítima da crueldade que os humanos poderiam ser após enlouquecerem.
Traída tantas vezes, pelas poucas pessoas que confiava, mas principalmente, traída por si mesma que acreditou na bondade humana.
Você sentiu a água molhar seu rosto, agradeceu aos céus pela bondade de enfiar água até você mais uma vez, você adorava a chuva, te dava a sensação de ainda existir uma minima esperança.
—— [nome]? —— Você ouviu a voz de Suguru, aquela voz que você jamais imaginou ouvir novamente.
Você sentia que havia enlouquecido completamente, quando notou Niragi em condições terríveis. Seu rosto queimados, seus cabelos curtos e queimados também, suas roupas sujas de sangue que poderia ser dele ou não.
—— Suguru? É você? —— Você perguntou alto.
—— Continua me chamando pelo meu nome, mesmo sabendo que eu odeio —— Niragi sorriu pelas rasas lembranças que ele ainda tinha.
Niragi estava tão obsecado em ser odiado, que havia esquecido que em algum momento, foi amado.
—— Isso é você? —— Você não resistiu perguntar, se amaldiçoava por ser tão impulsiva com palavras.
—— Eu sou um monstro assim —— Niragi abaixou a cabeça cuspindo sangue pelo chão.
—— Você não é um monstro por sua aparência —— Você explicou. —— Mas pelas suas atitudes.
Niragi riu das suas palavras, sentindo a água tocar sua pele queimada trazendo uma leve ardência que ele ainda não havia se acostumado.
—— Vamos jogar —— Niragi deu alguns passos a frente. —— Jogamos quando eram adolescentes, vamos jogar novamente.
Você deu passos para trás, odiava se lembrar que a primeira interação sua com Suguru havia sido a base de uma sessão de violência.
—— Vamos dizer frases de quatro a sete sílabas, se não conseguir responder eu atiro em você, se não conseguir formular a frase, te darei outro tiro —— Niragi pegou a arma tirando todas as balas deixando apenas uma.
—— Eu não tenho uma arma —— Você murmurou se lembrando que havia perdido a última em um jogo qualquer.
—— Não seja por isso —— Niragi respondeu pegando a outra arma da cintura e jogando na sua direção do chão daquela imensa rua de Tokyo. —— Só tem uma bala, então tenha uma ótima pontaria.
—— Eu começo —— Você respondeu apontando a arma na direção de Suguru. —— Foi longe demais!
Você não ouviu Niragi responder e então apertou o gatilho fechando os olhos, recebendo apenas um silêncio, a bala não estava alí.
—— Eu sou imprestável! —— Niragi gritou apertando o gatilho sem nem pensar, recebendo silêncio.
—— Está perdendo a cabeça! —— Você gritou nem se importando mais com o jogo então apertou o gatilho novamente vazio.
Você sentiu as lágrimas descendo dos seus olhos para seu rosto, você não queria mais estar naquele mundo horrível.
—— Eu já perdi! —— Niragi gritou. Se aproximou lentamente de você, ficando a sua frente com ambos os corpos centímetro de distância.
Niragi apontou a arma na sua cabeça, seu olhar ainda era o mesmo, você podia ver aquele Suguru jovem cheio de melancólica nós olhos de Niragi.
Ele puxou o gatilho não recebendo nada, aquilo te fez suspirar de alívio caindo sobre o chão ajoelhada chorando em desespero enquanto Niragi continuava em pé na sua frente.
—— Eu te odeio! —— Você gritou jogando a arma no chão.
Segurando as próprias mãos com tanta força que poderia sentir a carne rascar entre suas unhas em desespero.
Niragi se ajoelhou na sua frente em silêncio, pegou sua arma e então a levou até sua mão te obrigando a segurar o metal gelado. Niragi pegou sua mão levando até o próprio peito, empurrou seu dedo no gatilho recebendo silêncio.
—— Não pode me salvar —— Niragi soletrou outra vez agora em silêncio. O garoto apontou a arma em seu rosto outra vez, e então segurava firme o gatilho.
Não havia o quê fazer, tinha certeza que dessa vez a balada acertaria sua cabeça e seria o fim para você. Morta pelo único garoto que você já amou, morta pelo homem que você mais odiava.
Suguru tinha ódio nós olhos, tristeza e principalmente rejeição, todos a sua volta o rejeitaram a vida inteira. E agora, ele estava rejeitando a única pessoa que o queria em sua vida, mesma da forma podre que o garoto estava se apresentando ao mundo.
—— Eu não consigo —— Niragi jogou a arma no chão caindo junto, escondeu o rosto com as mãos com vergonha.
Ele estava em crise, isso era óbvio, ambos estavam naquele momento. Você podia ouvir Suguru chorar baixo, podia ouvir ele pedindo por socorro entre soluços.
—— Eu te odeio! Eu te odeio! —— Você gritou em choro notando Niragi no chão como uma criança assustada.
—— Cale a boca! —— Niragi gritou contra seu rosto cuspindo sangue entre a boca e o pescoço. Ele estava morrendo, por dentro e por fora.
Você se aproximou de Niragi ficando encima do garoto tirando as mãos dele da frente do rosto, e mesmo em choro e crise, você deu um tapa no rosto de Niragi.
—— Acorde Suguru! —— Você gritou contra seu rosto lhe dando outro tapa.
—— Pare de me bater! —— Niragi revidou te dando um tapa forte para que saísse de cima dele.
Você o olhava com raiva, notando seus olhos assutados para você, Niragi não era nada além de um garotinho assutado dentro do corpo de um homem grande e fracassado.
—— Prometeu que me salvaria, mas olha como eu estou! —— Niragi gritou contra seu rosto limpando o sangue do pescoço.
—— Eu tentei! Você não sabe o quanto! —— Você gritou no mesmo tom, se levantando e pegando a própria arma.
Jogou a arma de Niragi na sua direção e então se levantou apontando o metal na direção de Niragi.
—— Vamos Niragi, vamos acabar com isso —— Você murmurou.
Niragi concordou apontando para você com a arma, e então puxou o gatilho jogando a arma na direção de um carro qualquer, ele não conseguiria atirar em você.
—— Por quê você não pode me odiar como todo mundo? —— Niragi perguntou jogando a arma longe.
—— Eu também queria saber —— Você respondeu apontando a arma na própria cabeça.
Você puxou o gatilho, dando fim ao própria sofrimento e caos, havia acabado. Havia morrido nós braços daquele que tanto amava e odiava, e assim, Suguru sabia que se odiava ainda mais.
Ele havia perdido qualquer esperança de cura, a única que poderia salvar o garoto, não conseguiu salvar a si mesma.
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