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𝟭𝟭𝟯. so this is christmas;

🌕

ϟ CAPÍTULO 113 ϟ
então é natal

PHOENIX ACORDOU NA MANHÃ SEGUINTE e permaneceu deitada em sua cama, abraçando seu travesseiro e observando o vazio da tenda. A realidade lhe atingiu, lembrando-a que Ron realmente havia partido; seu choro foi engolido, impedido de sair, e se levantou para ir ao encontro de Hermione na cozinha.

A garota havia chorado a noite inteira. Mesmo que certamente acreditava que os amigos já estavam dormindo e não a escutariam. Phoenix escutou - afinal, havia demorado para pegar no sono naquela noite -, e ficou em silêncio em sua cama enquanto a Granger chorava na beliche de cima.

ㅡ Bom dia, Mione. - a Black a cumprimentou, recebendo a resposta um pouco baixa e desanimada.

Harry apareceu minutos mais tarde, cumprimentando as duas e se sentando à mesa. Os três tomaram café em completo silêncio, e levando mais tempo do que o necessário para aquilo. Depois, na hora de desmontarem o acampamento, Hermione fez aquilo sem pressa alguma, enquanto, sua amiga observou, olhava para os lados da floresta a todo instante com um pouco de esperança em seus olhos.

Phoenix, enquanto retirava os feitiços de proteção em volta deles, notou que Harry, mais discretamente, também olhava algumas vezes para os lados. O garoto estava agachado no chão e limpando seus rastros sozinho, e usava aquela desculpa para vez ou outra olhar um pouco por cima dos óculos além das árvores.

Todos eles ainda tinham alguma esperança que Ron retornaria, mas ele não fez. E sabiam que não podiam mais prolongar sua partida; Hermione suspirou fundo, amarrou seu cachecol em uma árvore e voltou para perto do casal, para então segurar na mão esquerda de Phoenix e por fim aparatarem daquele lugar.

Assim que reapareceram em um urzal, na encosta de um morro assolado pelo vento, Hermione largou a mão da amiga e se afastou, sentando-se em um pedregulho, com o rosto nos joelhos, o corpo sacudindo - o casal que lhe observava sabia - por soluços. Phoenix parou para observá-la, querendo ir consolar a amiga, mas alguma coisa a manteve pregado no chão: percebeu que também estava à beira do choro, e precisou disfarçar rapidamente.

Ela então saiu caminhando pelo urzal, ditando todos os feitiços de proteção em uma circunferência em volta deles. Harry, enquanto isso, sem ninguém precisar dizer nada, outra vez montou em silêncio a barraca deles.

Nos dias que se seguiram, eles não tocaram em nenhum momento no nome de Ron. Phoenix queria, mas notou como Harry estava decidido a jamais voltar a mencionar o nome dele, e como apenas insinuar começar uma conversa com Hermione sobre o garoto parecia colocar a amiga novamente à beira das lágrimas. Então a Black se silenciou, optando por martelar sozinha o pensamento sobre onde o Weasley poderia estar, ou se estava bem.

Em algumas noites, às vezes em que passava acordada até tarde esperando Hermione dormir após um longo tempo chorando, Phoenix pegava o mapa do maroto - que por algum motivo, talvez recordação, havia colocado na bolsinha de Hermione - e o abria, passando seus olhos pelos corredores de Hogwarts.

Se aliviava por ver os nomes de Ginny, Neville, Teddy e Luna em suas comunais ou reunidos em alguma parte do castelo, e pensava que talvez eles encontraram uma forma de continuar com a Armada de Dumbledore para se protegerem dos comensais, ou até mesmo estavam tentando encontrar uma forma de aniquilarem Snape.

Phoenix observava por um longo tempo as partes do castelo, desejando que talvez em algum momento o nome de Ron fosse aparecer de repente no mapa. Se acontecesse, significava que o amigo havia voltado para a escola, e estava protegido por seu status de sangue puro.

Mas, a Black fechou o pergaminho quando teve certeza que isso não iria acontecer. Suspirou fundo ao olhar o colchão da beliche, e em sua cabeça surgiu um novo pensamento naquela manhã.

O tempo estava frio e a neve já cobria toda a floresta onde estavam. Pelas contas mentais, mesmo perdendo a noção do tempo, Phoenix sabia que estavam em dezembro. Provavelmente, o Natal já estava próximo, ou já havia passado. Havia colocado um desejo em sua mente que sempre visitaria o túmulo dos pais naquela data, já que era sua festa preferida de se passarem juntos; pensar em deixar de fazer aquilo, no segundo ano após a partida de Sirius e Remus, estava a deixando triste.

Phoenix então se levantou da cama, decidida em ir até Hermione e conversar com a amiga sobre. Talvez a entendesse, e rapidamente pudessem dar um pulo ao cemitério do vilareto de Ottery St. Catchpole.

Assim que a garota levantou da sua cama, encontrou Harry na cozinha da barraca. Estava com o pomo de ouro que Dumbledore havia lhe deixado, tentando decifrar a mensagem que o objeto significava para si. Ela se aproximou do namorado, o abraçando pelos ombros e beijando levemente sua bochecha.

ㅡ Ele deveria ter reconhecido meu toque, não? - o Potter começou, enquanto o pomo sobrevoava na frente deles. ㅡ Se Dumbledore realmente deixou algo nele para mim, já deveria ter mostrado!

Phoenix deu um suspiro leve, não sabendo exatamente o que dizer ao garoto. Ela parou para pensar, e de repente se levantou franzindo o cenho; flashes do seu primeiro jogo de quadribol em Hogwarts no ano de 1991 vieram em sua mente, e a Black conseguiu ver o exato momento em que Harry apanhou o pomo. Não com suas mãos.

ㅡ Hazz! - ela voltou-se a ele, que já lhe olhava, percebendo que havia pensado em algo. ㅡ Você não apanhou o pomo com a mão naquele jogo... Você quase engoliu ele! - Phoenix completou, com um riso frouxo no meio da frase. ㅡ Por isso que ele não reconheceu seu toque, porque você não o fez com as mãos!

ㅡ É mesmo! - Harry disse, se virando outra vez para o pomo de ouro balançando em sua mão. Pensou alguns instantes, mas finalmente deu um leve toque no objeto com seus lábios.

Phoenix se aproximou outra vez para acompanhar com o namorado o que estava acontecendo. Na superfície dourada do pomo uma frase apareceu: "Abra no fecho". Harry a leu com um tom confuso, completado por um fraco e frustado suspiro.

ㅡ O que isso significa? - perguntou ele, olhando o perfil do rosto da Black.

ㅡ Eu não sei. - ela também suspirou. ㅡ Mas já é alguma coisa, certo? Comprova que a minha teoria realmente está certa. - completou olhando-o. Harry concordou. ㅡ Vem, vamos procurar a Mione, para contar para ela nossa descoberta. - Phoenix estendeu a mão para o Potter.

Harry guardou novamente o pomo em seu bolso, segurando em seguida a mão da sua namorada estendendida para si, se levantando e entrelaçando seus dedos no processo. Os dois saíram da barraca juntos, encontrando Hermione bem agasalhada e sentada em um pedregulho, enquanto fazia a vigia e lia 'Os contos de Beedle, o bardo'.

ㅡ Mione! - Phoenix chamou sua atenção, sentando-se ao seu lado. ㅡ Harry e eu descobrimos uma coisa.

ㅡ O pomo realmente guarda memórias. - Harry a entregou o objeto. ㅡ Mas, não havia acontecido nada porque não peguei meu primeiro pomo com as mãos, eu quase o engoli.

ㅡ Abra no fecho. - a Granger também leu a mensagem.

ㅡ Sabe o que significa? - Harry perguntou esperançoso.

ㅡ Não. - respondeu ela. O casal suspirou, mas logo se atentaram novamente à amiga, ouvindo-a dizer: ㅡ Também encontrei uma coisa!

Hermione disse, pegando o livro de Bardo e tornando abri-lo em uma página específica. Phoenix e Harry se aproximaram para observar o que a Granger apontava: um símbolo que lembrava um olho triangular, a pupila cortada por uma linha, estava desenhado acima do título do conto.

ㅡ Todo esse tempo achei que fosse um olho, mas não. Também não é uma runa, pois não consta em nenhum lugar no silabário de Spelman. - Hermione começou. ㅡ E não faz parte do livro, foi feito à tinta, alguém o desenhou aqui!

ㅡ O pai da Luna estava usando isso no casamento da Gui e da Fleur. - Harry disse.

ㅡ Tem razão! - Phoenix se lembrou também.

ㅡ Então é a marca de Grindelwald.

Harry disse. As garotas olharam boquiabertas para ele.

ㅡ O bruxo das trevas que Dumbledore derrotou?! - Phoenix perguntou.

ㅡ É. - Harry explicou: ㅡ Krum me disse naquela noite que o símbolo foi gravado nas paredes de Durmstrang, e que achava que o próprio Grindelwald o teria posto lá.

ㅡ Nunca soube que Grindelwald tivesse uma marca. Não vi isso mencionado em nada que tenha lido a respeito dele. - Hermione disse.

ㅡ É bizarro. - Phoenix comentou baixo. ㅡ Se for mesmo um símbolo das Artes das Trevas, que está fazendo em um livro de histórias para crianças?

ㅡ É, é bizarro. - concordou Harry. ㅡ E seria de esperar que Scrimgeour o reconhecesse. Era ministro, tinha que ser especialista em Magia das Trevas.

ㅡ Talvez ele achasse que era apenas um olho, exatamente como eu. - Hermione disse. ㅡ Todos os outros contos têm pequenos desenhos sobre os títulos.

Ela se calou e continuou a examinar a estranha marca. Phoenix mordeu o interior da bochecha, pensando que seria uma boa hora para tentar convencer a amiga da sua idéia.

ㅡ Mione?

ㅡ Hum?

ㅡ Eu estive pensando... - Phoenix fez uma pausa, dizendo de uma única vez: ㅡ Será que poderíamos ir até o cemitério onde meus pais estão? Não queria deixar de visitar o túmulo deles no Natal desse ano.

Houve silêncio. Hermione levantou a cabeça do livro e olhou para ela, enquanto Harry fez o mesmo e apertou mais suas mãos uma na outra. Phoenix mordeu novamente o interior da boca, aguardando ansiosamente a resposta da amiga.

ㅡ Tudo bem, Nix. - ela respondeu, num sorriso compreensivo. ㅡ Acho que poderíamos dar uma passada rápida lá, e depois ir até Godric's Hollow também.

ㅡ Como é? - Harry perguntou surpreso, assim como Phoenix estava.

ㅡ Bem, estive pensando, talvez lá seja o único lugar que esteja. - ela disse, continuando: ㅡ E Dumbledore talvez pensasse que fizéssemos a ligação...

ㅡ Ãh... qual ligação? - Harry perguntou, realmente confuso.

ㅡ A espada, Harry! - Hermione respondeu impaciente. ㅡ Godric's Hollow foi onde Godric Gryffindor nasceu!

ㅡ Godric Gryffindor era de Godric's Hollow?! - o Potter exclamou.

ㅡ Ah, Hazz! Você algum dia ao menos chegou abrir o livro de História da Magia, querido?! - Phoenix perguntou.

ㅡ Ãh... apenas uma vez. - Harry disse, pela primeira vez em semanas se esforçando a dar um sorriso ao completar: ㅡ Quando comprei.

ㅡ Céus! - Phoenix riu, batendo a testa contra seu ombro rapidamente. Hermione balançou a cabeça ao lado deles. ㅡ Bem, Batilda faz uma descrição sobre a aldeia em um dos capítulos. Até você e seus pais são citados em outro... Hermione! - se interrompeu, olhando para a amiga em êxtase. ㅡ Batilda Bagshot ainda vive em Godric's Hollow.... e se ela tiver a espada? E se Dumbledore tivesse a confiado?!

ㅡ É nisso que estivesse pensando, e por isso acho que devemos ir até lá! - Hermione disse na mesma adrenalina.

🌔

O trio decidiu sair daquela floresta e viajar para os vilarejos tarde da noite, assim, correriam menos riscos. Então guardaram seu acampamento, limparam os rastros, e aparataram juntos para a porta do cemitério de Ottery St. Catchpole.

Voltar para o vilarejo estava sendo uma sensação diferente, Phoenix e Harry pensaram ao se olharem. Haviam crescido por ali, e sabiam que naquele momento suas casas haviam se tornado cinzas e nada mais existia no campo. Era uma nostalgia com uma dor angustiante em seus peitos.

E Phoenix sentia ainda mais aquela dor, pois nunca iria se acostumar com a ansiedade em seu peito ao encarar o portão do cemitério. Suspirou falhadamente, quando entrou nele e começou a caminhar entre as tumbas. Decorar o caminho entre elas até uma específica não era algo que pensou em fazer tão cedo em sua vida.

ㅡ Nix, Harry... - Hermione chamou baixinho, enquanto andavam. ㅡ Acho que é véspera de Natal.

Eles pararam para escutar a música que vinha do coreto da pequena capela no fundo do cemitério. Phoenix sentiu as lágrimas em seus olhos queimarem ao identificar que realmente era uma música natalina. Ela apenas fungou o nariz, disfarçando o choro, antes de continuar com sua caminhada.

Suas mãos estavam na sua jaqueta de couro, e ela apertou os punhos quando o caminho começou a chegar próximo do fim. Quando parou de frente à lápide onde os nomes de Sirius e Remus estavam escritos, novamente seu peito estava descompassado às batidas e se sentiu desenquieta de alguma forma; os sentimentos de saudade, luto e dor sempre pareciam vir à tona naquele lugar.

Os sinos na igreja se tornaram mais altos, e as lágrimas de Phoenix mais impossíveis de serem controladas. De repente já estava chorando silenciosamente olhando os nomes de Remus e Sirius na lápide, com as lágrimas escorrendo e os punhos sendo apertados dentro de seus bolsos.

Não havia o que ser dito. Não havia o que ser feito. Mas, Phoenix estava ali. E isso já bastava.

Ela conteve as lágrimas com a manga da jaqueta, sentindo Harry e Hermione se aproximarem ainda mais de si. O garoto havia segurado em sua mão, enquanto a amiga conjurou um ramo de flores sob o túmulo, antes de se colocar ao seu lado também.

ㅡ Queria voltar naquela noite em que eles me adotaram. - Phoenix começou baixinho. ㅡ Não me lembro de nada do que aconteceu antes na minha casa em Nova Iorque, e nem da sensação de ser adotada por Remus e Sirius... mas posso sentir que ali, naquele instante em que Moony me pegou em seus braços, foi o melhor momento para nós três depois de tudo que aconteceu naquela noite. Eu sinto isso.

ㅡ Era exatamente o que eles diziam, Nix. - Harry disse, a abraçando pelos ombros e beijando seus cabelos. Ela deitou a cabeça no ombro do namorado, sentindo a amiga segurar sua mão.

Phoenix fechou os olhos e deu um pequeno sorriso ao abri-los, deixando uma última lágrima escorrer enquanto encarava o nome dos pais gravados naquela lápide. Ela ajeitou o corpo, olhando para Harry e Hermione, que já estavam lhe olhando, apenas aguardando seu momento, e sorriu para indicar que poderiam ir.

Antes de seguir o dois, a garota deu alguns passos para frente e tocou a ponta dos dedos com seus lábios e tocou a lápide, sentindo um pouco do peso que havia em seu corpo sair com o gesto, e então começou caminhar novamente em direção da saída do cemitério. Agora estava em paz outra vez.

O trio não demorou para aparatarem mais uma vez naquela noite. Agora se viram no meio de outro vilarejo, rodeado com casas idênticas e próximas uma da outra e com uma pequena praça. Na entrada do mesmo, onde apareceram, puderam ver uma estátua bem em sua frente.

Eles se aproximaram, encarando a estátua da família Potter. Sabiam que eram conhecidos ali, mas Harry ainda estava surpreso com o fato de serem homenageados naquela proporção. Era uma misto de sensações ao finalmente conhecer Godric's Hollow, as quais o garoto não soube descrever.

ㅡ Bem, sabem qual é a casa de Batilda? - Hermione arriscou ao perguntar.

ㅡ Não. - Harry balançou a cabeça. ㅡ Na verdade, não sei nem qual foi a dos meus pais no passado. - ele continuou, olhando todas as casas dos lados da rua.

ㅡ Nunca viemos aqui. - Phoenix disse, fazendo a confusão na expressão de Granger se tornar surpresa.

Eles caminharam pelo vilarejo. Pararam em frente ao cemitério que também havia nele, ouvindo que o coro de Natal vindo da igreja local estava ainda mais alto em Godric's Hollow. Talvez fosse a hora, pois podiam ouvir algumas festas nas casas próximas, de famílias que provavelmente estariam aproveitando suas ceias naquele momento.

Phoenix encarava o escuro cemitério, com o cenho levemente franzido. Algo parecia a pedir para entrar ali. Tinha a sensação que aquilo deveria ser feito. Olhou rapidamente para Hermione, que também lhe olhou naquele momento, parecendo compartilhar daquela sensação, e então abriu o portãozinho do local.

Os três entraram, procurando por nada específico naquelas lápides. Harry encontrou algumas famílias que já havia escutado falar em Hogwarts, e até mesmo de seus familiares antigos. Hermione havia encontrado tumbas antigas com o nome da família de Dumbledore, e logo havia identificado que uma era de sua falecida irmã Ariana.

A Granger procurou rapidamente com o olhar pela a amiga, vendo-a caminhando entre os túmulos e olhando os nomes deles com curiosidade também. Fazendo o mesmo, Hermione encontrou outro túmulo antigo; limpando a neve de cima do mesmo, a garota identificou o mesmo símbolo marcado no livro de Bardo. Harry se aproximou, notando o mesmo.

Hermione acendeu a varinha e iluminou o nome na lápide.

ㅡ Ignoto Preverel. - ela leu.

ㅡ Já ouviu falar desse nome? - Harry perguntou.

ㅡ Não. - Hermione franziu o cenho. ㅡ Ou pelo menos não consigo me lembrar.

Os dois levantaram a cabeça ao ouvir uma nova canção de Natal começar de outro lado do vilarejo. Mais melancólica, emocional, e que realmente carregava uma mensagem. Harry e Hermione desviaram sua atenção novamente, e o garoto procurou pela namorada; por um momento não a encontrou em nenhum lugar visível aos seus lados.

Mas, quando Harry se virou na direção que antes estava às suas costas, encontrou Phoenix parada de frente à uma lápide. O garoto se despertou ao notar os movimentos dos ombros da namorada, e logo apressou seu passo, junto com Hermione, até a garota.

Antes de perguntarem o porquê do seu choro, mesmo bastante preocupados, o olhar de ambos caíram nos nomes que estavam naquela lápide que Phoenix observava com tanta dor. Hermione tampou com surpresa a boca e uma expressão de realização tomou conta do rosto de Harry, que se apressou em abrigar Phoenix em um reconfortante abraço.

JOHN MCCARTHY   •   MELYSSA MCCARTHY
⋆ 15 JUN 1954             ⋆ 22 OUT 1954
† 31 OUT 1981

Viveram e morreram lutando pela única
coisa que lhe importavam. Sua
maior herança.

Phoenix não conseguiu conter o choro que foi tão forte em segurar até agora no momento em que encontrou aquela lápide; ele havia chegado de surpresa e duma única vez, impossível de ser impedido. Suas lágrimas se misturaram com as que segurou anteriormente em Ottery St. Catchpole, e de uma maneira intensa, mas silenciosa, escorriam pelo seu rosto.

Ela sabia que Melyssa e John estavam mortos, sempre soube. Havia visto a cena daquele dia na lembrança de Narcissa, mas nunca havia pensado que o túmulo dos pais estava tão próximo assim de si - e nem de fato havia pensado que algum dia poderia achá-la -.

E vê-lo era como a confirmação final que eles realmente estavam mortos, sem chances de tudo que descobriu na penseira de Dumbledore serem apenas lembranças falsas - não que em algum momento pensou serem, mas uma parte do primeiro estágio de luto a fez ter aquele pensamento distante -.

Talvez no fundo ainda houvesse o desejo de que aquele toque de Melyssa em seu rosto e o abraço tão amoroso de John se tornassem realidade e a fizesse senti-los uma única vez. Mas eles não seriam. Sua mãe e seu pai biológicos estavam mortos.

Remus e Sirius também.

E mais uma vez a realização daqueles fatos ecoou em sua mente, a fazendo sentir a dor do luto em seu peito e desabafa-la em lágrimas. Era inevitável, ela sempre viria sem convites e em momentos inesperados.

Phoenix limpou um pouco de suas lágrimas, deitando ainda mais a cabeça no ombro de Harry e sentindo-o lhe abraçar pela cintura. A Black acompanhou Hermione fazer um círculo no ar com a varinha e fazer novamente uma coroa de flores aparecer - a garota de cabelos loiros a pegou com um sorriso curto para a amiga, antes de se abaixar na lápide dos pais -.

Ela depositou a coroa de violetas no túmulo coberto de neve, vendo as flores roxas se destacarem no branco, e deu um pequeno sorriso ao encarar novamente os nomes marcados ali. Ao se levantar, Hermione entrelaçou seu braço com o esquerdo da Black e Harry entrelaçou suas mãos livres. Phoenix permaneceu em silêncio, contraindo os lábios e derramando as lágrimas silenciosas.

ㅡ Feliz Natal, Hazz. Feliz Natal, Mione. - ela disse, com sua voz sussurrada, ainda encarando a lápide coberta de neve em sua frente. ㅡ Feliz Natal, papais. Feliz Natal, mamãe. - completou em um sussurro e com a voz embargada.

Phoenix tornou a fechar seus olhos, suspirando baixinho ao incluir Melyssa, John, Sirius e Remus naquela única frase. Ao abri-los novamente, se esforçou em dar um curto sorriso e olhar para o céu, desejando que eles estivessem em um bom lugar e ainda olhando por ela - como disseram fazer no dia em que usou a Pedra da Ressurreição -.

ㅡ Feliz Natal, Nix. - Hermione correspondeu baixinho, também emocionada, e deitou a cabeça no ombro da amiga.

Phoenix trocou um olhar com Harry, que lhe lançou um sorriso curto, mas confortante, e deu um demorado beijo em seu rosto. Os dois apertaram novamente suas mãos, em gestos silenciosos, mas confirmando que estavam lá um pelo outro sempre. E a Black agradecia inteiramente seu namorado e melhor amiga por estarem ali consigo.

O silêncio permaneceu por mais um longo minuto, até Phoenix franzir o cenho e olhar o portão do cemitério. Ela viu uma silhueta parada na escuridão, claramente os observando de trás de alguns arbustos, antes de se virar e caminhar pela rua em direção às casas.

ㅡ Tem alguém nos observando. - ela disse baixinho. Harry e Hermione se viraram na mesma direção, podendo verem a mesma silhueta que a garota.

ㅡ Eu vi. Nos arbustos. - Hermione sussurrou.

Os três começaram a sair do cemitério ainda como estavam; bem próximos, com cautela, e avistaram mais uma vez o vulto se arrastando pela escuridão daquela rua coberta de neve.

Ao passarem por uma das casas, Harry e Phoenix pararam imediatamente. O garoto deu um passo à frente e contemplou o que, um dia, foi uma casa igual às demais. O mato em volta da construção havia crescido, a porta da frente estava explodida e o segundo andar teve boa parte desmoronado.

ㅡ Meus pais e eu quase morremos aqui. - Harry sussurrou.

ㅡ Está me dando uma sensação ruim apenas de encará-la. - Phoenix sussurrou. Sentia todo seu corpo dando calafrios ao encarar a construção. ㅡ Entendo porque eles nunca quiserem voltar aqui.

ㅡ Por que será que ninguém nunca pensou em reconstruir? - Hermine perguntou.

ㅡ Talvez não possam reconstruir. Talvez os danos sejam iguais aos ferimentos causados pelas Artes das Trevas, não curáveis. - Harry disse.

ㅡ Vamos embora? - Phoenix pediu, quase em súplica, pegando na mão do garoto outra vez.

Assim que se viraram, os três ofegaram de surpresa ao ver a mulher que antes seguiam parada bem à sua frente. Era miúda, vestindo um xale gasto e parecia bem debilitada. Ao trocarem um olhar, chegaram à conclusão que era quem procuravam.

ㅡ A senhora é Batilda Bagshot? - Harry perguntou.

O vulto agasalhado assentiu e lhes fez um sinal para que se aproximassem. Assim que o trio obedeceu, depois de mais um olhar trocado, na mesma hora, a mulher deu meia-volta e saiu manquejando pelo caminho que anteriormente veio.

Conduzindo-os pela fileira de casas, entrou por um portão. Os garotos a seguiram por um caminho ladeado por um jardim quase tão crescido quanto o que tinham acabado de deixar. Ela se atrapalhou um instante com a chave à porta, mas abriu-a e se afastou para deixá-los entrar.

Phoenix torceu o nariz ao passar por ela, notando como a bruxa cheirava mal. Ou talvez fosse a casa. A garota observou como Batilda era miúda, tinha olhos fundos e com cataratas, e a pele era quase transparente. A Black acreditou que a doença da mulher realmente estivesse em um estágio muito avançado para ela se encontrar assim.

Tirou um momento para observar a casa, enquanto seguiam Batilda pela escuridão do hall de entrada da mesma. O odor de velhice, de poeira, de roupas e de comida rançosa piorou quando ela retirou o xale preto roído de traças, revelando uma cabeleira branca e rala que deixava visível o couro cabeludo.

Phoenix voltou a encarar o lugar em sua volta, sentindo um grande desconforto inexplicável. Harry ajudou Batilda acender uma vela, mas a luz daquela chama não havia sido o suficiente para tornar o ambiente minimamente iluminado.

ㅡ Senhora Bagshot? - a voz de Harry despertou sua atenção. Notou que o garoto segurava uma foto nas mãos. ㅡ Sabe quem é esse rapaz?

ㅡ Harry, que está fazendo? - indagou Hermione. Ela parecia ainda mais desconfortável e assustada que Phoenix.

ㅡ A foto, Hermione, é do ladrão, o ladrão que roubou Gregorovitch! Por favor! - pediu ele a Batilda. ㅡ Quem é?

Ela, porém, continuou olhando-o calada.

ㅡ Por que a senhora nos pediu para acompanhá-la, senhora Bagshot? - perguntou Hermione, alteando a voz. ㅡ A senhora queria nos dizer alguma coisa?

Sem dar sinal de ter ouvido Hermione, Batilda agora se adiantou para Harry. Com um pequeno movimento de cabeça, ela espiou para o hall de entrada.

ㅡ Quer que a gente vá embora? - perguntou ele.

Ela repetiu o gesto, desta vez apontando primeiro para ele, depois para si mesma e, em seguida, para o teto.

ㅡ Ah, certo... acho que ela quer que eu suba com ela. - Harry disse.

ㅡ Está bem, vamos. - Phoenix estava pronta para dar um passo para frente.

Quando, porém, antes das garotas realmente começaram a andar, Batilda sacudiu a cabeça com surpreendente energia, e mais uma vez apontou para Harry, depois para si mesma e por último para o teto.

ㅡ Quer que eu vá com ela... sozinho.

ㅡ Por quê? - perguntou Phoenix, e sua voz soou alta e ríspida na sala iluminada pela única vela; a velha sacudiu levemente a cabeça de leve ao ouvir o barulho.

ㅡ Talvez Dumbledore tenha dito para entregar a espada a mim e somente a mim?

ㅡ Você realmente acha que ela sabe quem você é? - a Black tornou a perguntar. ㅡ Ela mal está se pondo de pé!

ㅡ Acho. - respondeu Harry, olhando para os olhos esbranquiçados fixos nos dele. ㅡ Acho que sabe.

ㅡ Bem, então seja rápido, Harry. - Hermione disse, tocando o braço da amiga. Phoenix suspirou.

ㅡ Vá na frente. - Harry disse para Batilda.

Ela pareceu entender, porque passou por ele e se encaminhou para a porta. Harry olhou para trás e sorriu querendo tranquilizar sua amiga e sua namorada, principalmente.

Phoenix suspirou os acompanhando com o olhar, vendo-os subindo a escada e finalmente sumindo de suas vistas. Uma estranha sensação havia lhe invadido de repente, e seu instinto queria apenas gritar para Harry voltar, para em seguida sair correndo dali com ele e Hermione. Mas ela se controlou, se contentando em desviar o olhar para a amiga e lhe dizer:

ㅡ Não estou gostando disso.

ㅡ Nem eu. - Hermione sussurrou de volta, suspirando no final e também desviando o olhar das escadas.

¡notes!

esse capítulo é mais curto pq
a ideia era colocar essa cena
dos cemitérios... e a nix no
túmulo dos seus pais e também
encontrando o local onde melyssa
e john estão enterrados

sim, foi só para dar deprê 💋

masss espero que isso tenha
ficado bom e que vocês tenham
gostado! no próximo capítulo já
é a continuação dessa cena na
casa da batilda.

(curiosidade: o título do capítulo
foi inspirado naquela música da
trend do tiktok "war is over", sabem?
e eu imaginei que ela era a que estava
tocando na parte em que eles ouvem
uma "música natalina melancólica".
tudo perfeitamente calculado pra
cena ficar ainda mais triste 😍pfvr
nao me matem, obrigada!)

Espero que tenham gostado.
Até o próximo capítulo! ❤

𝐭𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐭𝐨𝐨 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐨𝐨𝐧 🐺

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